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História Fogo da Justiça - Desejos proibidos


Escrita por: LorenaSnow

Capítulo 4 - Desejos proibidos


Jon

- Bom dia, detetive.

Jon deu um pulo do sofá no qual tinha adormecido ao ouvir a voz feminina invadir sua sala. Daenerys Targaryen tinha acabado de entrar e estava com dois copos de café na mão. Como é que ela tinha conseguido acesso à sua sala sem sua autorização?

Ela o procurou pela sala e finalmente o encontrou quando se virou para o canto onde ficava seu sofá de couro preto. Aquele sofá virava sua cama nas muitas vezes onde ele não conseguia voltar para casa. Dany levantou as sobrancelhas o olhando estranho, mas depois sorriu e levantou os copos que tinha na mão.

- Eu trouxe café! - Que bom que ela trouxe café e conseguia sorrir pela manhã.

- Bom dia, promotora. O que faz aqui essa hora? - Jon foi olhar seu relógio de pulso e percebeu que estava sem camisa, ficou vermelho na hora. - Merda. - Sussurrou enquanto ia até onde havia deixado sua camisa secando.

Quando chegara ao escritório de madrugada ele até teve a intenção de trocar de roupa, mas todas as mudas já tinham sido usadas e agora estavam na lavanderia. Assim, tinha tirado a camisa para deixar secar enquanto trabalhava um pouco. A pouco mais de uma hora ele havia se deitado no sofá e fora tragado pelo sono.

Jon ficou de costas para Dany enquanto colocava a mesma camisa de ontem, mas sentiu os olhos dela em seu corpo. Será que ela se interessou pelo seu corpo ou estava apenas curtindo o embaraço dele?

Abotou a camisa depressa e se virou para ela. Ela tinha um sorriso maroto nos lábios e, se não estivesse imaginando coisas, um olhar depravado. Dany mudou a expressão assim que percebeu que ele a analisava.

- Eu pensei que você tinha dito que iria trocar de roupa para não pegar um resfriado como eu. - Falou com as sobrancelhas arqueadas.

- Eu ia, mas quando cheguei aqui vi que não tinha outra roupa então tirei minha camisa para secar. - Respondeu tímido.

- Só a camisa? Isso quer dizer que se eu tivesse chegado mais cedo não teria encontrado-o só de cueca?

- Não. Sim. É... - O que estava acontecendo?, se perguntou. Melhor mudar de assunto. Pegou então o copo de café que ela havia deixado sobre a mesa. - Você trouxe café. - Ele tomou um gole e viu que era o seu preferido, olhou para ela assustado. - Como sabia?

- Ah, foi o Robb. Eu acordei antes dele trocar de turno, pedi que me trouxesse aqui e me dissesse qual o seu café preferido.

É claro que seu primo a havia levado na cafeteria mais badalada de delegacia, onde ele, no mínimo, tomava um café por dia. Jon notou que havia algo escrito com pincel no pequeno papel que curculava o copo. " Para o lindo detetive Jon Snow" e um coração. Levantou uma sobrancelha para Dany questionando.

- Não fui eu que escrevi isso, foi a atendente, ela disse que te conhecia muito bem.

A única pessoa que poderia ter escrito aquilo era Jeyne, mulher de Robb, ela era dona da cafeteria, mas gostava de atender os clientes também. Foi naquela mesma cafeteria que ela e Robb se conheceram logo quando entraram para a polícia, nunca tinha visto Robb tomar tanto café como no tempo em que a estava paquerando. Jon também tinha se visto empanturrado de café, pois o primo vivia arrastando-o para lá. Robb penou, mas conseguiu conquistar a moça e agora tinha café de graça.

Jon caminhou até a cadeira atrás de sua mesa e se sentou. Estava sorrindo ao se lembrar da doce mulher do primo, ela era muito legal e também lhe oferecera café de graça, mas ele não aceitara, sempre quitava sua conta no final do mês.

- Então... Quem é ela? - Nem tinha percebido que Dany o encarava, ela não parecia muito amistosa agora.

- É a mulher do meu primo Robb.

- Ah...

Ela desviou os olhos dos dele e ficou analisando sua sala. Não era um lugar enorme, mas ele tinha bastante espaço para andar de um lado para o outro, uma gaveta de arquivos, um sofá, sua mesa com duas cadeiras simples e sua cadeira de rodinhas que era maior e mais confortável. Dany então focou os olhos atrás dele onde estava seu quadro, já havia colocado a foto do homem morto de ontem e uma interrogação para o seu assassino. Seria a partir disso que eles começariam a desvendar o que tinha acontecido.

- Você já começou a montar o quadro. - Ela falou e então começou a tirar o grosso casaco vermelho que ia até os joelhos.

- Sim, ele dá uma visão melhor sobre a situação e fica mais fácil de ver o que geralmente se deixa passar. - Respondeu um pouco distraído enquanto ela revelava o corpo em um vestido azul escuros justíssimo. Este passava da altura do joelho, não era curto, mas era sexy como o inferno, pois era todo colado ao corpo.

Dany andou até ele enquanto encarava o quadro às suas costas, ela ficou então ao seu lado e depois sentou em sua mesa bem na perto de onde sua mão descansava. Jon tirou a mão imediatamente, mas não conseguiu evitar a si mesmo de desejar passar a mão por aquela coxa torneada que estava tão perto. Quando levantou os olhos foi pior ainda, pois os seios dela estavam bem na altura de sua visão. Caralho, pensou, aquele vestido não ajudava mesmo com suas tiras grossas nos ombros que levantavam e apertavam os seios de forma que ficava dificil desviar os olhos de seu decote.

- Você jogou o nome dele no banco de dados da polícia? - Ela perguntou e então ele se esforçou para voltar para a realidade.

- Sim. - Pegou o mouse de seu computador e começou a procurar os arquivos que tinha deixado salvos em uma pasta. - Não achei nada com os nomes das carteiras de identidade, mas achei com o nome que você me deu. - Jon então abriu uma janela que mostrava toda a ficha criminal de Mandon Moore. - Ele tem três passagens pela polícia, assalto a mão armada, agressão e porte de substâncias ilícitas.

- Deixa eu ver. - Dany se levantou da mesa e ficou de frente para o monitor, dobrando o corpo para ler as informações.

Jon arrastou sua cadeira para trás para lhe dar mais espaço, mas foi uma péssima ideia.

Jon fez o máximo de si, mas não conseguia desviar o olhar do bumbum empinado em sua direção. Os glúteos perfeitos e arredondados estavam bem perto de seu rosto, assim quando sua masculinidade deu sinal de vida ele cruzou as pernas. Droga, o que estava fazendo encarando o corpo da mulher sem sua permissão? Não tinha o direito de estar ali se aproveitando enquanto ela estava distraída. Desviou então o olhar do bumbum arredondado, mas o estrago já estava feito, pois já sentia seu sangue correr quente nas veias.

- Aqui tem um endereço. - Dany virou a cabeça para olhá-lo. - Nós vamos lá?

- Sim. Muitas vezes os detidos dão o endereço da casa de parentes, mas acho que podemos conseguir alguma coisa. - Explicou.

- Beleza, a gente só precisa dar um pulinho na secretaria de justiça, para que eu possa resolver algumas coisas, e na sua casa para você tomar um banho e trocar de roupa.

- Eu estou fedendo? - Ficou apreensivo e cheirou a gola de sua camisa para ter certeza.

- Não, não está, mas acho que você merece um banho e roupas limpas. Além do mais, vai precisar de outro casaco pois a manhã está fria e parece que vai chover de novo.

- Tudo bem, como os outros sabem que você está comigo não vai haver nenhuma viatura disponível para te acompanhar então eu mesmo irei.

- Ótimo. - Ela abriu um sorriso lindo e ele ficou sem falar por alguns instantes.

- Acho melhor nós irmos então.

Jon vestiu um blazer seu que estava no cabideiro e Dany colocou seu casaco vermelho novamente. Pegou se café antes de sair e trancou a porta. Quando se aproximaram da porta de saída do departamento Dany enroscou seu braço no dele. Por que ela fez isso?

- Detevive Snow, bom dia. - Quem falou foi Grenn Bedwyck seu amigo que estava fazendo a segurança naquele setor essa semana.

- Bom dia, Grenn. Essa é...

- Srta. Targaryen, eu a conheci ainda a pouco. - Grenn o interrompeu.

- Ok, até mais. - O amigo fez uma continência e depois piscou para ele, mas Jon não entendeu.

Continuou andando em direção ao estacionamento com Dany ainda empoleira em seu braço. Quando chegaram ao seu carro ele a encarou e questionou:

- O que você falou para o Grenn para que ele te deixasse entrar na minha sala?

- Dessa vez eu trouxe minha bolsa então mostrei a ele a minha carteirinha da Ordem dos Advogados. - Assim tão fácil? Pouco provável. Sua sala era segura para evitar vazamento de informações, roubo de evidências ou qualquer tipo de obstrução as investigações.

- Ele está acostumado com advogados e promotores atrás de mim, não deixaria você entrar assim tão fácil, ele sabe que não pode deixar qualquer um entrar. - Ela deixou os braços cair e suspirou.

- Tubo bem. - Ela olhou em seus olhos e ficou um pouco vermelha. - Eu disse para ele que era sua namorada.

- O que? - Ela? Sua namorada? Quem dera.

- Era a única maneira dele me deixar entrar. Por favor, não me desmente para ele, foi tão doce comigo, não gostaria que ele ficasse com raiva de mim por tê-lo enganado. - Ela juntou as mãos em frente ao peito suplicando.

- Ok, eu não vou falar nada para ele, só não faz mais isso. - Pois quando ela fazia isso o deixava com a cabeça cheia de ideias e imaginando como seria se ela realmente fosse sua.

- Desculpa. - Dany fechou a cara e entrou no carro batendo a porta com força.

Jon não sabia se estava imaginando coisas, mas sentiu que tinha acabado de falar besteira. Como era possível se não tinha falado nada demais? Talvez fosse só coisa de sua cabeça mesmo.


Daenerys

No momento em que Dany viu o belo homem deitado sem camisa seu sangue ferveu nas veias. Deuses, como era lindo mesmo com algumas cicatrizes que marcavam sua pele branca. Ela já tinha reparado no corpo dele na noite anterior quando a camisa molhada não deixava muito para a imaginação, mas vê-lo desnudo era bem melhor do que imaginar. Dany viu que ele ficou tímido e até tentou disfarçar seu olhar, mas não sabia se tinha obtido sucesso.

Aparentemente ele não tinha mais nenhuma roupa ali e tinha deixado que a roupa que usava secasse no corpo. Que maldade. Bem, se ela tivesse deixado ele subir quando a deixou em casa de madrugada, não teria deixado que ele se secasse vestido e ela também teria tirado a roupa para acompanhá-lo, não gostaria que se sentisse desconfortável. Riu consigo mesma de seus pensamentos impróprios com o detetive.

Quando ele leu a maldita mensagem que havia em seu copo, a olhou questionando se foi ela. Se fosse ela teria escrito alguma coisa como: troco esse café por um beijo; você é mais quente do que esse copo de café fervendo; para o detetive mais gostoso do departamento. Mas infelizmente quem escreveu foi uma atendente da cafeteria, teve vontade de jogar fora o papel, mas teve receio de que depois a mulher viesse questioná-lo sobre a chegada da mensagem. Jon ficou todo sorrisos quando lhe respondeu o questionamento e Dany logo pensou que estava perdendo seu tempo desejando um cara comprometido. Mas então ele falou que a mulher era a esposa de Robb, ficou mais aliviada, pelo que sabia ainda não tinha concorrência.

Concorrência! Como assim?! Ela nem devia estar desejando o cara, havia acabado de conhecê-lo e ainda por cima trabalharia com ele por sabe-se lá quanto tempo. Dany tentou sufocar seu instinto de predadora, mas eles eram muito fortes quando se tratava do detetive Jon Snow.

Ela andou até se sentar na mesa ao lado do dele, notou que ele ficou de olho em seus seios, parece que não era a única a ter desejos proibidos. Quando ele mostrou a ficha criminal do morto ela fez questão de se inclinar da maneira mais sexy possível sobre a mesa. Não viu, mas sentiu os olhos dele em seu corpo. Bem, parece que agora iria torturar a ambos, pois ela também era afetada pelos olhos dele sobre si. Melhor voltar para os assuntos mais práticos.

Quando saíram da sala dele Dany se lembrou do que havia dito ao policial que fazia a segurança para poder passar e enroscou seu braço no de Jon. Ainda bem que o policial não os parabenizou pelo novo romance, senão ela teria ficado numa saia justa. Esperava que o rodízio na segurança acontecesse logo. Se bem que Dany gostou de se fingir de namorada dele, se sentiu até poderosa, tavez fosse um cargo que ela almejasse ter.

Quando chegaram ao carro dele Jon a questionou sobre o que havia dito para conseguir entra na sala dele sem autorização prévia. Dany tentou mentir, mas ele parecia cheirar mentiras e não acreditou nela. Ficou um pouco envergonhada, mas falou a verdade, ele pareceu ficar um pouco chocado com a revelação e ela implorou para que não a desmentisse. O oficial Bedwyck tinha sido tão legal quando falou que era namorada de Jon, falou o quanto o detetive trabalhava e que já tinha passado da hora de ele arranjar um novo amor.

Jon então aceitou não desmentí-la, mas pediu que jamais voltasse a fazer isso. Na hora uma onda de rejeição a englobou. Será que a possibilidade de eles ficarem o desagradava tanto? Tudo bem então, isso nunca mais voltaria a acontecer.

Dany pediu desculpa e entrou no carro batendo a porta com força. Sentia-se agora, rejeitada, frustrada e com raiva. Não queria pensar muito no motivo de um homem que mal conhecia já a afetar tanto, mas era impossível negar que ele o fazia. Não fazia nem 24 horas que se conheciam, mas ele já tinha conseguido jogá-la de uma emoção à outra como um ioiô. Como ele conseguia fazer isso?

O caminho toda para a secretaria de justiça foi em silêncio, ela ainda sentia-se com raiva e achava que não poderia ser uma boa companhia no momento. Quando chegaram ao grande prédio de arquitetura antiga que ficava bem no coração da cidade, Dany saltou do carro e Jon a acompanhou em direção à entrada. Pegou seu crachá da bolsa e mostrou ao segurança que a deixou passar, já Jon teve de primeiro assinar uma lista de e pegar um pequeno adesivo que indicava que era um visitante. Dany o esperou pacientemente para que subissem juntos no elevador. Ela continuou calada e percebeu que ele lhe lançava olhares de vez em quando. Não queria que ele percebesse que a tinha magoado um pouquinho, mas era difícil agir normalmente.

Quando as portas do elevador se abriram Dany andou em direção à sua sala, mas foi interceptada no meio do caminho por seu colega Tyrion Lannister. O homem tinha se sido seu orientador quando assumiu o cargo de promotoria. Ele tinha os cabelos dourados e olhos verdes, era um anão, mas não era nada pequeno em côrte, na verdade parecia quase um leão.

- Dany, ainda bem que chegou, sua nova estagiária aguarda por você em sua sala.

- Tyrion, eu não tenho tempo para treinar uma nova estagiária. - Respondeu, como era a novata só queriam ficar lhe mandando estagiários inexperientes para que ela desse o jeito.

- Claro que tem, soube que você terminou um caso ontem. Além do mais, você não vai ter tanto trabalho com a menina, ela foi apenas remanejada, parece que não se deu muito bem com Stannis.

E alguém se dava bem com Stannis?, Dany se perguntou. Pelo menos a menina já deveria saber alguma coisa.

Tyrion então olhou para trás dela notando a presença de Jon.

- Detetive Snow, diria que é um prazer revê-lo, mas geralmente quando está aqui é porque alguma coisa ruim aconteceu.

- Promotor Lannister, dessa vez eu vim apenas acompanhar a promotora Targaryen, mas pode ter certeza que alguma coisa ruim aconteceu. - Jon respondeu e Tyrion levantou a sobrancelha dando um olhar questionador a Dany.

- Muito bem, boa sorte então... para os dois. - Tyrion então continuou seu caminho em direção ao elevador. Dany não entendeu o que ele quis dizer, mas preferiu tirar isso da cabeça por enquanto, tinha questões mais imediatas no momento.

Quando abriu a porta de sua sala se deparou com uma garota de cerca de vinte anos, elegantemente vestida em um terninho. Ela tinha cabelos castanho escuros na altura dos ombros, um pouco mais curtos do que os de Danny, e olhos cinzentos, por algum motivo ela lhe lembrou a Jon.

- Srta. Targaryen, meu nome é Arya Stark e eu sou sua nova estagiária.

- Arya? - Ouviu Jon por atrás dela quando entrou.

- Primo? O que está fazendo aqui? - A menina questionou confusa.

- Eu vim acompanhar a promotora. Pensei que estava trabalhando no juizado. - Jon respondeu.

- Eu fui remanejada. - Arya respondeu com um sorriso amarelo e voltou seu olhar para Dany.

- Muito bem. Bom dia, Arya, eu sou Daenerys, não vou te apresentar ao detetive porque acho que você deve conhecê-lo até melhor do que eu. - Dany começou e a menina trocou um sorriso com Jon. - Devo dizer que eu não vou ter muito tempo para te treinar, pois acabei de começar um caso com o detetive Snow. - A menina arregalou os olhos e Dany se deu conta do que acabou de dizer. - Quero dizer que acabei de pegar um caso onde trabalho em parceria com polícia e principalmente com o Sr. Snow. - Se explicou rapidamente e os outros dois riram, que malditos. - Enfim, vou precisar muito do seu trabalho, mas não vou conseguir ser a melhor orientadora, portanto qualquer dúvida que tiver vá até o Gendry Baratheon, ele é o estagiário mais experiente e saberá te ajudar. Agora vamos começar.

Procurou resolver seus assuntos da forma mais rápida possível, Arya, apesar de nova, era muito eficiente e ficou encarregada de vários afazeres para que Dany pudesse ficar livre para ir. Quando saíram da secretária de justiça o silêncio permaneceu até chegarem ao carro, mas agora Dany estava curiosa, ele parecia conhecer todo mundo. Dany ainda estava um pouco chatiada com ele, mas decidiu deixar isso de lado para matar sua curiosidade.

- Então...Arya também é sua prima, ela é irmã de Robb? - Perguntou.

- Sim, eles são filhos do meu tio Eddard Stark, assim como Sansa, Bran e Rickon. Eu cresci junto com eles já que o meu pai morreu antes de eu nascer e acabei por ser filho único. - Ele respondeu sem tirar os olhos da direção.

- Toda a sua família mora aqui no Norte? Em Winterfell?

- Não. Sansa mora em Jardim de Cima, ela é modelo fotográfica. Bran se mudou para Vilavelha esse ano para começar a faculdade na Cidadela. E meu tio Benjen mora próximo a Muralha, ele é do exército.

- Você tem uma família grande.

- Você não tem?

- Um pouco na verdade. Tenho dois irmãos, uma mora aqui em Winterfell e o outro mora na nossa cidade natal Pedra do Dragão.

- Você veio da ilha? - Ele sorriu. - Soube que lá tem umas formações rochosas interessantes.

- Tem sim e tem também umas pinturas antigas nas cavernas dos nativos.

- Que legal... E pais? Os seus ainda estão vivos?

- Sim, meu pai e minha mãe moram na ilha, assim como meu avó e avó paternos, Aerys e Rhaella. Eu tenho um tio também, Viserys, mas ele vive viajando então não sei onde ele está no momento. Isso tudo por parte de pai, pois tenho vários parentes em Dorne também.

- Você tem uma família grande em. - Ele a provocou com suas mesmas palavras.

- Parece que sim.

Jon parou o carro em frente a uma casa que parecia ter vindo daqueles comerciais de margarina. Tinha dois andares não era muito grande, mas era bonita e parecia acomchegante. Na frente havia um pequeno jardim muito bonito e bem cuidado. Dany olhou para ele com a sobrancelha arqueada.

- O que foi? - Ele questionou quando viu sua expressão.

- Nada, é só que eu esperava algo mais estilo solteirão de você. - Respondeu enquanto tirava o cinto de segurança.

- Eu não pretendo ser solteiro para sempre. - Ele então saiu do carro e Dany ficou pensativa enquanto saía do carro, muito interessante o que ele disse.

Dany saiu do carro e acompanhou Jon em direção à porta da frente. Havia um caminho de pedra entre ad flores para chegar à porta e ela passou seus dedos entre as flores enquanto andavam. Mais perto da porta havia umas flores azuis lindas a quais ela nunca tinha visto, arrancou uma e sentiu seu aroma, era divino.

- Como é que você tem tempo para cuidar desse jardim? - Perguntou a Jon quando chegaram à porta e ele procurava suas chaves.

- Eu não tenho, minha mãe é paisagista, ela que projetou o jardim e cuida dele.

- Nossa, ela muito taletosa e deve ter um dedo verde. - Dany levou a flor que tinha nas mãos ao nariz mais uma vez. - E que flor é essa? Nunca vi antes.

- São rosas de inverno, é uma flor típica do Norte. Elas só conseguem sobreviver no frio. - Jon pegou a rosa de suas mãos, encaixou em seus cabelos em cima da orelha e sorriu. - Elas estão florecendo agora porque está esfriando, o inverno está chegando.

- Sim. - Dany sorriu de volta para ele. Jon ficou encarando-a por mais alguns segundos antes de voltar a falar.

- Você gostou do jardim?

- Sim, ele é muito bonito.

- Lá atrás é ainda mais bonito, há várias luzes e a noite fica lindo, minha mãe projetou como um mosntruário do trabalho dela.

- Gostaria muito de ver um dia, mas agora estamos com um pouco de pressa Sr. Detetive. - Jon desviou seus olhos dos dela.

- Você está certa.

Jon entrou e a convidou a seguí-lo. Agora sim Dany via o solteirão que vivia ali, os movéis era bem impessoais e tudo estava meio que uma bagunça. Havia uma grande televisão na sala conectada a um video-game que estava jogado sobre a mesa de centro. O sofá de couro preto, que parecia uma cópia do que ele tinha no escritório, estava cheio de jogos e pastas com emblema da Polícia de Winterfell na frente.

- Parece que a minha mãe não passou por aqui esses dias. - Jon declarou encarando a bagunça.

- Por que? Ela faz paisagismo na sua sala também?

- Só quando ela precisa mostrar o jardim para alguma cliente. - Jon respondeu enquanto se virava para desligar o alarme que ficava ao lado da porta. - Eu vou subir e tomar um banho rápido, não repara muito na bagunça.

Dany ficou encarando enquanto Jon sumia no topo das escadas, se virou então para explorar o andar de baixo enquanto ele tomava banho. Andou até o sofá e deu uma olhada nos jogos que ele tinha, alguns ela já tinha jogado com Aegon, ele logicamente a havia massacrado em cada partida, os garotos e seus jogos. Ficou curiosa, mas achou melhor não mexer nas pastas, aquilo era documento oficial e provavelmente cofidencial. Havia uma lareira na parede lateral, ela sabia que o inverno era rigoroso nessa região do país, assim muitas as casas tinham lareiras.

Adentrando mais a casa Dany se viu em uma cozinha, era bastante clara pela luz natural que vinha da porta de vidro. Todos os eletrodomésticos eram de inox, bem mais fácil de limpar, ela pensou. Por incrível que pareça, tudo estava organizado ali, a única coisa fora de lugar era um copo de whisky que descansava sobre o balção.

Dany então viu uma foto na porta da geladeira segura por alguns imãs. Se aproximou para ver melhor e então seu coração apertou com a fofura da foto. Um jovem Jon todo vestido com o uniforme da polícia de Winterfell sorria ao lado de um enorme cachorro branco de olhos vermelhos, este também vestia um pequeno colete com o símbolo da polícia. Como os dois pareciam lindos juntos e o sorriso do Jon era grande e contagiante, achava que nunca tinha visto um sorriso mais lindo na vida.

- Foi o dia que nos formamos na Academia de Polícia. - A voz rouca alcançou os ouvidos de Dany e ela se virou para encarar um Jon de cabelos molhados. Ele tinha tomado banho e trocado de roupa, trazia um casaco preto no braço. Ele então se aproximou dela encarando a foto um pouco nostalgico. - Ele era meu sabia, foi um presente do meu tio Ned quando eu tinha dezesseis anos. Eu já tinha ele a dois anos quando entrei na Academia, resolvi colocar ele no treinamento de cães policiais, nós nos formamos juntos e foi nesse dia que tiraram a foto. - Ele deu um pequeno sorriso triste.

- Alguma coisa aconteceu com ele? - Dany perguntou apreensiva com a história, Jon desviou os olhos da foto e a encarou.

- Não exatamente, é só que... Nós eramos parceiros quando eu era um policial de patrulha, viviamos trabalhando juntos então eu não me arrependia de ter colocado-o na polícia. Mas então eu fui promovido, não trabalhava mais com os cães e assim nós acabamos por nos distanciar. Toda vez que eu preciso de um farejador ainda é ele que eu convoco, é o cachorro em quem eu mais confio. - Ele sorriu triste mais uma vez. - Sempre que eu tenho tempo vou até o canil visitá-lo, mas me dói não poder trazê-lo comigo, ele sempre fica triste quando eu vou embora deixando-o para trás. - Dany tocou a mão dele tentando consolá-lo, ele parecia tão triste. - Ele já tem dez anos agora, em pouco tempo ele vai se aposentar e vou poder pegá-lo de volta. Eu sei que a minha vida anda um caos e eu mal paro em casa, mas eu vou dar um jeito em tudo isso se for para ter o meu amigo de volta.

Dany sentia seus olhos marejados por conta daqueles dois amigos que haviam sido separados. Jon olhava para baixo encarando as mãos deles juntas, Dany acariciou a mão dele e falou:

- Eu gostaria muito de conhecer seu amigo um dia. Como é mesmo o nome dele?

- Ghost. Eu aposto que ele gostaria de você, ele sempre é dócil com as garotas bonitas.- Humm, Jon Snow a achava uma garota bonita, sentia-se lisonjeada.

- Talvez ele seja mulherengo que nem o dono. - Provocou.

- Eu não sou mulherengo. - Ele declarou voltando a encarar seus olhos.

- Bom saber, mas eu ainda aposto que você já usou o pobre Ghost para ganhar alguma garota alguma vez. - Jon corou um pouco e se afastou dela.

- Pode ser que isso tenha acontecido uma vez... Talvez duas. - Ele admitiu e Dany riu. - Acho que agora está na nossa hora, milady, nós vamos à caçada.

- Pensei que você nunca fosse chamar.


Notas Finais


Oi, olha eu aqui em baixo. O que vcs acharam? Deu uma esquentada o relacionamento do Jon e Dany e eles estão se conhecendo melhor. Eu riu muito fazendo o ponto de vista da Dany, gente, ela me mata. E eu quase chorei fazendo essa cena em que eles falam do Ghost, meu coração ficou apertado. Deixa aí o que vcs acharam do capítulo também. No próximo capítulo iremos a caçada. Bjs.


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