1. Spirit Fanfics >
  2. Fogo Inalcançável >
  3. Garotas gostam de romance. - Parte I

História Fogo Inalcançável - Garotas gostam de romance. - Parte I


Escrita por: JacyDulce

Notas do Autor


Miga sua loka ficou oito dias sem postar?!!
Eu sei mores, eu sei.. T,T Gomenasai...

Postei no jornal maiores esclarecimentos sobre esse atraso. Deem uma passadinha lá caso não tenham visto. ok?

Bom, sem mais delongas né.. Demorei demais para postar e não vai ser agora que vou ficar enrolando vocês.

Erros de ortografia são chatos, mas me perdoem por favor. ^^
Boa leitura.

Capítulo 21 - Garotas gostam de romance. - Parte I


Escutou um resmungo manhoso, e algo pequeno sobre seu peito se mexer, de imediato levantou a cabeça e pôs a mão sobre ela. Na tentativa de conferir que estava tudo bem, vendo então Lucy e Happy na sala os fitando, ambos tentando segurar um sorriso vencedor para cima dele, pois era óbvio que Nashi o deixou completamente perdido e exausto.

Lucy e Happy resolveram dar uma bela faxinada naquela casa, que estava clamando por socorro, enquanto os dois rosados estavam desmaiados no sofá. Quando terminavam de concluir a árdua tarefa Nashi despertou, logo despertando seu pai também.

O coração da loira disparou ao ver sua filha formando um biquinho choroso, céus como sentiu falta daquele biquinho.

— Vem aqui meu amor... - Falou calorosa, indo até o sofá e retirando a pequena de cima de Natsu. - Senti tanto a sua falta. - Apertava Nashi em seus braços e afundou seu rosto no pescocinho dela, afim de suprir a louca necessidade de sentir o cheirinho gostoso da filha.

— Há quanto tempo estão aqui? - Natsu levantou sonolento, esticando o corpo e estralando o pescoço.

— Há muito tempo Natsu... não viu que limpamos toda a casa. - Respondeu Happy, mostrando para o rosado o chão limpo e os móveis lustrados.

— Estava uma zona esse lugar... e parece que você deixou minha filha rastejar nesse chão imundo. - Ralhou enojada, lançando um olhar reprovador sobre o rosado.

— Ela é muito teimosa, só quer ficar no colo.. Precisava comer e nem consegui porque ela não parava um minuto sequer. - Resmungou, indo até Lucy e dando-lhe a volta por de trás dela, apenas para ver o rostinho angelical da sua filha.

A loira não pode evitar o rubor em suas bochechas ao ver o rosado se aproximar tão naturalmente de si, sem camisa ainda por cima, como todo aqueles músculos e gominhos para fora. Suspirou exasperada quando viu que ele se aproximava afim de fitar a filha que estava com o rostinho posto sobre seu ombro.

— Não fale assim da Nashi, Natsu... na verdade ela se parece muito com você nesse quesito. - Observou Happy, que olhava para seu companheiro.

— Como assim? - Questionou desatento, pois assim que Nashi o viu soltou seu cativante sorriso banguela e esticou os bracinhos.

Happy sorriu com a cena, que até mesmo esqueceu de dar continuidade na conversa, Lucy vendo a agitação da filha a ajeitou para assim a passar para as mãos de Natsu, que logo a pegou.

— Ela é agitada, faz o que quer e fica bicuda quando não consegue. É dorminhoca e comilona, e me da muito trabalho. - Foi Lucy que respondeu, vendo Natsu arquear uma sobrancelha em descrença.

Natsu nada disse, falar que sua filha se parecia com ele não era uma ofensa. Talvez por isso se deram tão bem, parecia conhecer aquela miniatura de pessoa a vida toda. Não imaginou que se sentiria assim ao conhecer Nashi, não imaginou que um bebê tão pequeno já tivesse uma personalidade tão forte e muito menos imaginou que ela dominaria seus pensamentos e instintos de tal maneira. Passar o dia com sua filha foi exaustivo, irritante e até mesmo frustrante, mas serviu para conhecê-la melhor e experimentar na pele o que Lucy enfrentava para poder cuidar de sua herdeira, tão agitada e teimosa quanto ele.

E a tempestade que estava em Hargeon facilmente alcançou Magnólia, a chuva e os ventos fortes assolavam a região naquele momento. Happy subiu no encosto do sofá e olhou pela janela, vendo naquele momento um raio cortar o céu.

— Vamos ter que esperar essa chuva passar Lucy..

Lucy olhou pela janela e torceu os lábios em desgosto, ficar na casa de Natsu não seria fácil, ainda não conseguia controlar seu coração teimoso que insistia em bater acelerado a cada olhar que o rosado lhe lançava, ou estremecer ao sentir o calor que ele emanava. Olhou de canto para ele, que estava absorto de tudo pois Nashi roubava toda sua atenção. Ele poderia ao menos colocar uma camisa? Arfou constrangida. Decidiu então usar o tempo para ensinar o rosado a cuidar direito da filha, daria mais dicas e lhe mostraria novamente passo-a-passo como banha-la, troca-la e tudo que a pequena precisava. Era o melhor a se fazer ali naquele momento.

— Ok.. - Se conformou, indo até a bolsa de Nashi e pegando algumas pecinhas de roupas e uma fralda. - Enquanto isso vou dar um banho em Nashi e alimentá-la. Vamos Natsu, traga ela aqui, você vai me ajudar.

...

Para o alívio de Lucy não demorou muito para a tempestade passar, deixando para trás a terra encharcada e o ar gélido. Natsu acompanhou Lucy, Nashi e Happy, os deixou no apartamento da loira e tão logo partiu. Lucy suspirou enfim dentro de sua casa, tendo Nashi já dormindo em seu berço ela sentou exausta em sua confortável cama, ajeitando a franja atrás da orelha e procurando administrar tudo que aconteceu naquele longo dia. Happy a observava sem que ela percebesse, pois estava imersa em seus devaneios e cansada demais para levantar o olhar perdido para o gatinho azulado que a fitava.

— Luxy?

— Oi Happy.. - Despertou, procurando onde estava o azulado, vendo ele sentado sobre a mesa de madeira que ficava bem no centro do quarto.

— Você está triste? - Perguntou preocupado.

Lucy sorriu gentil e suspirou calmamente.

— Não, por que?

— Você parece estar no mundo da Lua.

Soltou ar e sorriu mais uma vez, que gatinho observador esse Happy.

— Só estou tentando absorver tudo que aconteceu hoje, só isso.

— Você ficou muito preocupada em deixar Nashi com o Natsu? - Nesse momento ele já segurava um peixe grande de escamas acinzentadas.

— No começo sim, e confesso que no decorrer do dia meu coração batia um pouco angustiado. - Apesar de Happy ser muitas das vezes irritante e petulante a loira gostava de conversar com o neko.

— Mas até que ele se saiu bem não foi? - A voz saiu abafada pois já estava com o peixe na boca.

Ver Nashi dormir serenamente tão coladinha com Natsu foi algo que a pegou de surpresa, sentia algo quente lhe abraçar e seus olhos levemente mais úmidos, suspirou, apesar dos pesares Natsu estava se saindo bem.

— Sim... Na verdade não imaginei que ele se sairia tão bem assim. - Respondeu em tom baixo, deixando o olhar cair para o tapete e emergindo novamente em seus pensamentos.

Talvez fosse cedo demais para comemorações, mas o rosado não estava nem há uma semana de volta e já cuidou de Nashi um dia inteiro. Não a renegou, não se recusou em cuidar dela, não a menosprezou... Muitos dos medos e temores que atormentaram Lucy estavam se esvaindo, fazendo seu coração bater mais leve e sereno.


 

[ … ] Três dias depois


 

Acordou ofegante, logo sentando-se na cama e passando a delicada mão na testa, na tentativa de eliminar o suor que se acumulava ali. Não estava calor, ainda era madrugada e o quarto estava escuro, sentia o gélido da noite lhe abraçar. Mas o suor era derivado dos seus batimentos acelerados e descontrole emocional.

Suspirou cansada, esse maldito pesado ainda insistia em atormenta-la. E depois do infeliz encontro de Minerva só piorou. Tirou o edredom de cima das pernas e se levantou devagar, aproximou-se do berço branco e adornado por fluflus e ursinhos, sorrindo aliviada e apaixonada ao ver sua pequena dormindo tranquilamente, olhou para a poltrona no canto do quarto vendo Happy entregue ao sono também. Se afastou em passos leves indo para sua pequena cozinha, enchendo um copo de vidro com água e o tomando com dificuldade, não estava com cede, mas era uma tentativa de se acalmar. Tentativa em vão, pois ainda sentia o coração bater contra a caixa do peito e a sensação de pânico lhe atormentar. Largou o copo sobre o mármore escuro da pia e se recostou nela, arfando tristemente.

Não teve oportunidade de conversar com Natsu, desde a missão em Hargeon há três dias atrás, era quase raro ficarem no mesmo ambiente por muito tempo. Por mais que Natsu tenha assumido seu papel como pai, ia pouco na guilda, somente para pegar missões rápidas no qual voltava no mesmo dia... Passava um tempo com Nashi, mas somente quando Lucy não estava por perto e cuidava dela nas poucas vezes em que a loira pediu. Se mostrou entregue pela menina, pois tudo que ela precisava ele fazia. Nashi não podia vê-lo que logo pedia por colo, e mesmo estando ocupado conversando com Makarov ou Gildarts ele ia e a pegava, mas logo se afastava novamente. Já estava habilidoso em nina-lá quando ficava manhosa e a distrair quando resmungava por atenção. Mas... era isso, ainda era o Natsu estranho e distante, parecia mais contido e menos arrogante, porém, ainda distante. Não se enturmou com o time tão pouco com o restante da guilda, mas virava e mexia ele conversava com Gray, Erza e Gajeel.. Conversas rápidas e sucintas.

Suspirou cruzando os braços e olhando para o chão da cozinha. Precisava conversar com Natsu e esclarecer as duvidas que estavam a atormentando, cortesia de Minerva. Mas estava difícil se aproximar dele, mesmo compartilhando uma filha, pouco tinham para conversar, menos ainda motivos para ela se aproximar dele... Poderia simplesmente o abordar e questionar sobre essa historia de Tartaros e Zeref. O chamar de canto e cobrar por explicações, mas toda vez que buscava forças para isso ou Nashi precisava de sua atenção ou Natsu simplesmente sumia de sua vista.

Erza até se dispôs a conversar com o rosado, mas Lucy pediu para ela não fazer isso. Estava na hora dela saber tudo que realmente estava acontecendo, e não queria mais ficar sabendo pela boca de outras pessoas. Queria ouvir do próprio mago do fogo e de mais ninguém. Puxou ar mais uma vez, agora parecendo mais decidida. De hoje não passaria.


 

[…]


 

Não seria a pose de durão e a fama de Poderoso Salamander que manteria Sting longe de sua amiga Lucy. Fazia poucas horas que o sol havia nascido, mas já caminhava por uma das ruas da bela cidade de Magnólia, rumo a Fairy Tail, mesmo contrariando todas as advertências do irmão, e até mesmo de Yukino que ficaram no trem e prosseguiram a viagem junto com os exceeds.

Sting é vaidoso e de grande ego, adora um desafio e estava gostando do contato que desenvolveu com Lucy, estar na presença dela lhe era agradável e já não relutava mais em conter certas sensações ao imagina-la ao seu lado. Já estava divertido e prazerosa fazer essas visitas, mas agora, depois de ter se trombado com Natsu e saber que sua presença incomoda tanto o dragão do fogo foi como jogar um cubinho de açúcar num formigueiro, colocar brasa em uma fogueira... estava flamejando, jamais se permitira ser intimidade por Natsu. Jamais.

Ver Natsu quase enlouquecer ao sentir o cheiro da loira em sua mão foi um dos melhores momentos de sua vida. Sentiu-se um passo a frente do rosado, e esse sentimento era prazeroso e viciante.

Sorriu convencido, pondo as mãos nos bolsos olhando para o céu azul sobre si. O dia estava bastante agradável observou o mago, apreciando a brisa fresca que vinha do mar. Virava e mexia olhava charmoso para as moças que suspiravam apaixonada ao vê-lo. Não estava interessado em paquerar, não com elas. Mas gostava de causar arrepios e ser desejado. Como dito, Sting é um cara vaidoso.


 


 

Não dormiu depois daquele bendito pesadelo, passou algum tempo devaneando na cozinha e depois na cama, ao ver o sol nascer tratou de se levantar, organizou seu quarto e foi se banhar. Prepararia Nashi e sem perder tempo iriam para a Guilda. Falaria com Natsu o quanto antes ou entraria em parafusos a qualquer momento. Era seu plano.

Mas ai sair do banho escutou um resmungo, sabendo então que sua filha havia acordado, e já em modo automático seguiu para o berço. Ainda envolvida por uma toalha branca no corpo e uma rosa no cabelo, parecendo um turbante, a fim de secar as madeixas. Olhou para a pequena e seus olhos brilharam, jamais se cansaria se sentir aquele sensação aconchegante em seu peito ao vislumbrar seu chaveirinho. Nashi estava apenas de fralda, ela era calorenta e não aceitava muitas peças de roupas em seu corpinho, principalmente para dormir.

Lucy colocou suas mãos delicadas nas axilas de Nashi e a trouxe para cima a pondo rente ao seu corpo e a segurando para mante-la quase sentada em seu ante-braço, com a outra mão passou nas madeiras rosadas da filha como um carinho mas ao mesmo tempo na tentativa de dar uma ajeitada naquele fiozinho rebeldes da filha.

Daria um banho da pequena e depois um mama, mas precisa acordar Happy para ele distrair Nashi, só assim ela conseguiria se vestir e arrumar a bolsa da filha. Tinha muitas tarefas a fazer antes de conseguirem zarpar para a guilda. Arfou um pouco exasperada, mas antes de por em prática suas tarefas a pequena começou a resmungar mais dengosa logo dando início a um choro manhoso.

— Que foi filha?? Esta com fome? - Se preocupou, Nashi era sempre manhosa ao acordar, mas não costumava chorar. Olhava para a filha e novamente passou a mão na testinha dela deslizando então para os cabelinhos, notando que ela parecia mais quente que o normal.

— Ohayou Luxyy... - Ouviu Happy, olhando para a poltrona o vendo sentado esfregando uma das patinhas no olho ainda sonolento.

— Ohayou Happy!

— Está tudo bem?

— Nashi parece um pouco febril.

— Quer que eu chame Porlyusica? - Se preocupou.

— Não precisa. - Avisou serenamente, não era a primeira febre de Nashi, na primeira vez entrou em desespero, chorou e ficou sem saber o que fazer, mas Porlyusica lhe disse que elevação na temperatura de bebês é normal. - Só está enjoadinha, vou dar um banho nela e logo passa.

— Tem certeza Luxy?

— Sim, não se preocupe. Vou dar um banho nela e ver se ela quer mamar. Assim que chegarmos na guilda peço para Porlyusica examinar ela, só por precaução.

— Hai. - Falou admirado, Lucy estava se tornando uma mãe confiante. Há poucas semanas atrás certamente procuraria Porlyusica desesperada.

Nesse momento Nashi já tranquilizava seu chorinho, mantendo apenas o bico dengoso, Lucy sorriu ao ver a filha, era um sorriso de consolo e certa angustia, por mais que soubesse que não era nada grave não gostava de ver sua pequena assim.

— Que tal a mamãe te dar um bainho bem gostoso? - Falou amorosa, dando um cheiro no pescoço da pequena, que sorriu agitada com o toque da mãe.

 

[   ]

 

Caminhava por uma das muitas ruas de paralelepípedos de Magnólia, vestia sua típica calça larga e clara, botas negra e seu sobre-tudo de colarinho alto, e claro, seu inseparável cachecol. A feição era séria e o olhar frio e altivo, a postura rígida e os punhos fechados fazia as pessoas o olharem receosas. Mas ainda sim admiradas.

Natsu pegara uma missão na noite passada, só precisou viajar até a cidade de Oak e incinerar uma guilda das trevas que tirava a paz daquela cidade. Cumpriu com mérito, sem qualquer dificuldade, e já voltava para sua casa. Ao passar frente a alguns estabelecimentos sentiu o cheiro de nicotina, álcool e de um certo velho. Parou de caminhar e deu um passo para trás, a taverna escura e de baixa reputação ainda, ou já, estava aberta.. com as portas de madeiras arreganhadas dando ampla visão do ambiente lá dentro.

O homem que estava sentado na banqueta de madeira e apoiando seu dorso e braços sobre o balcão sentiu olhos onix lhe fitar, olhou então para Natsu.. e sorriu embebedado. Em uma mão havia um grande caneco e no outro uma bituca de cigarro, já completamente tragado.

— Natsu-san!!! - Falou, se levantando com dificuldade da banqueta, largando o caneco sobre o balcão e seguindo para a saída.

— Como assim “san” seu velho bêbado!! - Repreendeu irritado.

— Não fale assim com seu mestre... ops... treinador.

Natsu revirou os olhos, Gildarts estava deprimente... Não parecia um mago, estava com os olhos murchos e avermelhados, barba semi-serrada – mais que o normal – E por céus.. que cheiro era aquele?

— Quando foi a última vez que tomou banho?!! - Falou, retorcendo a cara em desgosto ao obrigar seu olfato a sentir tal odor desgraçado.

— Como assim Natxu-san?! - O sotaque estranho e a voz mansa era derivado da enorme quantidade de álcool que corria por suas veias.

— Cara.. vai tomar um banho e se recomponha, nem parece um mago.

Gildarts estava fora de si, parecia que o mundo girava e que nada era realmente real. Estaria num sonho? Era alguma hipnose? Maldito álcool... Pouco se lembrava do que fizera na noite passada, na verdade nos últimos dias... lembrava vagamente de alguns momentos em que esteve na guilda, ou em sua modesta casa... se que tinha casa. Arfou, passando a mão nos cabelos grandes e arruivados. Estava bêbado, e como estava... mas com muito esforço ainda conseguia manter certo controle sobre sua mente e movimentos.

— E Nashi? - Perguntou do nada...

— O que te importa?! Você esta caindo de bêbado. Não vou perder meu tempo com você. – Se virou, dando menção que seguiria seu rumo. - Vá para casa e tome um banho. - O repreendeu, lançando um olhar reprovador sobre o mais velhos.

— Não saia de perto dela..

As palavras chamaram atenção de Natsu, parando de caminhar e olhando intrigado para Gildarts.

— Nunca a deixe por nada... - Levantou o braço e deu um tapa eu seu próprio peito. - Ou você terminará tão deprimente quanto eu. - Olhar ficou perdido e sem brilho.

Natsu suspirou impaciente ai ver a cena. Se tivesse espaço em seu coração conturbado até sentiria dó do velho mago.

— Do que está falando velho?

— De Nashi...

— E quem disse que pretendo fazer isso? - Lançou um olhar desafiador sobre Gildarts. - Não sou tão tolo assim, nem covarde como você que foge da própria filha. - Se virou e seguiu seu caminho.

Gildarts sorriu aliviado. É não é que o mago do fogo estava com a razão? Tão mais novo e ainda sim mais corajoso e forte do que ele. Pelo menos não estava tendo o desgosto de ver seu discípulo seguindo seu caminho. Respirou fundo, sentindo a ressaca lhe chegar... Sacou um cigarro do bolso e tão logo o colocou nos lábios e com certa dificuldade, devido as mãos fracas e tremulas acendeu o pequeno rolinho. Virou-se e em um ritmo lento e entortado seguiu caminho oposto.

 

 

Dois toques suaves na porta chamou a atenção de Lucy, que estava na cozinha com Nashi nos braços.

— Pode ver quem é pra mim Happy... - Falou da cozinha, estava terminando de tomar seu café da manhã, Nashi estava mais manhosa que o comum e não queria sair de seus braços naquela manhã.

— Aye.. - Respondeu o azulado, voando até a porta e a abrindo. Fechou a cara em desagrado ao ver quem era.

— Quem é Happy? - Perguntou, mas já saindo da cozinha para verificar. Vendo então Happy voltar a se jogar na poltrona e Sting surgir na sua pequena sala barra quarto.

— Sting?! - Falou animada. Ajeitando Nashi em seus braços e sorrindo para a visita inesperada.

— Ohayou Lucy! Espero não estar atrapalhando. - A cumprimentou com um sorriso gentil nos lábios.

— Ohayou!! Não se preocupe... não está.. Mas, o que faz por aqui?

— Vim visita-la... Não consigo mais ficar muito tempo longe. - Largou um sorriso cheio de dentes, colocando um dos braços fortes para trás e coçando a nuca em constrangimento.

Lucy não pode evitar certo rubor ao ouvir a resposta de Sting, mas Happy apenas espremeu os olhos em irritação.

— Na verdade cheguei mais cedo do que imaginei, então deduzi que vocês ainda estariam aqui. Peço desculpas pela ousadia de vir até sua casa.

— Já falei, não se preocupe com essas coisas. - Falou gentilu.

Sting sorriu aliviado, amava o tom de voz doce e o jeito gentil da loira, seus olhos brilhavam em satisfação ao vê-la estava linda; como sempre, mas não pode evitar de olhar para o pacotinho em seus braços.

— Ela está cada dia mais linda. - Falou admirado, se aproximando de Lucy.

— Está sim... - Concordou plenamente, olhando orgulhosa para sua filha. E vendo ela sorrir para o loiro pois o mesmo fez coceguinhas em sua barriguinha gorducha. - Bom, já estávamos indo para a guilda. Quer nos acompanhar?

— Claro.

Sting então ajudou Lucy, pegou Nashi nos braços sentindo-se inseguro ao pegar algo tão pequeno e precioso, assim Lucy conseguiria terminar de arrumar a bolsa da pequena, organizar algumas coisas pelo quarto e pegar seu molho de chaves. Apanhou a bolsa rosa de alça cumprida e a pôs sobre os ombros, se aproximou de Sting olhando para a pequena, que parecia tranquila nos braços do loiro.

— Ela gostou de você Sting. - Falou brincalhona pegando sua filha de volta e tirando de Sting mais um dos tantos sorrisos charmosos dele.

Saíram do apartamento, e Lucy não pode evitar de notar a feição irritadiça de Happy que olhava para Sting, resolveu então chamar Plue, sabia que Happy gostava dele, e lhe seria uma ótima distração no caminho até a guilda. E deu certo, Plue distraiu Happy que logo se animou ao vê-lo, caminhavam mais a frente se divertindo com qualquer coisa que encontravam pelo caminho.

Lucy estava distraída observando os dois, quando notou certos olhos azuis escuros sobre si, olhou então para o rapaz ao seu lado. Sting não notava que fitava com tanta intensidade, se perdia naquele face angelical da loira, em seu caminhar sereno e olhar amoroso. Se surpreendeu ou ver os olhos chocolates sobre os seus, e sorriu perdido diante de tal. Era a hora, tendo sua atenção e vendo que Happy caminhava mais a frente resolveu falar.

— É... Lucy...

— hm..

— Você aceitaria sair comigo?

Ao ouvir a pergunta seus olhos se abriram em surpresa, e puxou o ar com força para os pulmões.

— Sair? - Acreditou não te compreendido bem a pergunta. E Vendo Sting parar de caminhar instintivamente também parou, ficando ambos de frente para o outro, e Nashi entre os dois.

— Sim, um encontro? - Confirmou a pergunta da loira, calmo e tranquilo como que se aquilo fosse a coisa mais comum que fazia em sua vida.

— Um encontro? - Acredito novamente não ter entendido corretamente.

— Isso. – Sorriu charmoso ao ver os olhos da loira se abrirem mais e suas bochechas tomarem um tom mais avermelhado. Sabia que ela estava surpresa demais diante da pergunta, então prosseguiu. - Gosto de você Lucy, e quero poder ter uma chance de nos conhecermos melhor.

— Gosta de mim?! - Perguntou surpresa e encabulada. E não é que Levy, Canna, Gray e cia estavam certos?!

— Sim. - Confirmou pacientemente o que já havia falado.

— Mas... - Balbuciou, seu olhar vacilou e Sting viu que ela se afundava em seus pensamentos em busca de alguma desculpa para recusar, não que ela não quisesse aceitar, mas era claro que Lucy não esperava receber uma proposta assim naquela hora da manhã.

— Mas? - A indagou. - Você é linda Lucy, gosto de ficar perto de você de ouvir sua voz e sentir seu cheiro. Sei que tem uma filha pequena com Natsu, mas sei que também sofre por causa dele. Mas eu estou aqui, quero lhe dar o que você merece, um encontro romântico e minha total atenção.

Lucy sentia seu coração bater frenético a cada palavra de Sting, sua face queimava e apertava Nashi em seus braços na tentativa de conter a sensação de fraqueza que percorria por seu corpo. Já a pequena parecia, e de fato estava alheia ao que a mãe enfrentava naquele momento, enfiar a mãozinha gorducha na boca era muito mais interessante para ela, do que notar o rubor no rosto da mãe dela.

— E-eu não esperava receber um convite assim. - Conseguiu enfim falar algo que não fosse um pergunta. Seu olhar era tremulo e demostrava insegurança, mas ainda sim continha um lindo brilhos nas órbes chocolates dela.

— Eu sei, por isso não precisa me responder agora. Tenho alguns assuntos para resolver no Conselho, voltarei em alguns dias. Pode pensar. Só quero que saiba que estou disposto a te dar tudo que sempre sonhou.

Lucy estremeceu. “Tudo que sempre sonhei?

— Vi seus romances que tem na estante de seu quarto.

Sting viu o que sempre imaginou, Lucy era uma garota romântica, sonhadora, que acreditava em príncipe encantado, encontros a luz de velas e declarações amorosas e dramáticas. E sabia que Natsu não ofereceu nada disso para a loira, que agora carregava nos braços o resultado dos encontros luxuosos e impulsivos que tiveram.

Lucy não pode conter certo contentamento ao finalmente entender o que se passava ali. Sting Eucliffe acabara de convida-la para um encontro, escutou um “gosto de você” e um “você é linda” naquela manhã. Como não se envaidecer ao escutar tais palavras? Como não se perder naquele oceano que eram os olhos do loiro? Suspirou indecisa. Logo voltando para sua realidade.

— Não posso deixar Nashi para sair em um encontro. Ela é muito pequena.. e...

— Te falei, não me responda agora. E pare de procurar por saídas para me recusar, você sabe que tem uma guilda inteira mais que disposta a cuidar de Nashi. E Natsu deve compreender…

— Não me preocupo com Natsu. - O interrompeu. - Desde que Nashi esteja bem e segura ele não irá me cobrar mais nada. Minha vida e o que faço nunca o interessou e tão pouco o interessa agora. - Apesar das palavras pesadas o tom era suave, não deixando de conter certa tristeza.

Sting olhou surpreso para Lucy.

— Então, vejo que não tem porque não sairmos. - Sorriu vitorioso.

Lucy não pode evitar de devolver um sorriso carinhoso para o mago, sentindo um pequena felicidade brotar dentro de si.

— Bom, preciso ir. Não quero me atrasar ou meu irmão me mata. Volto em três dias. Ansioso por sua resposta.

— O-ok... - Gaguejou, pois em um momento Sting nada mais era do que um amigo, agora parecia enfim notar todos o atributos do belo rapaz forte e alto.

— Bye Bye Nashi. - Se despediu da pequena, que sorriu ao sentir a ponta de seu nariz ser tocada por ele.

Sting então se afastou, seguindo caminho onde o levaria para a estação de trem da cidade. Lucy ficou o fitando até ele sumir de sua vista, só então notando que Happy e Plue estavam bem mais afrente, parados e com o neko a fitando desconfiado. Ela piscou varias vezes tentando se recompor, ajeitou a filha nos braços e seguiu seu caminho logo alcançando os pequeninos.

— O que vocês conversaram Luxy? - Perguntou desconfiado.

— Pare de ser tão implicante com o Sting, não era nada de mais. Vamos. - Cortou tratando de evitar que Happy especule mais do que deveria.

O resto do caminho para a guilda foi silencioso para a loira, seu coração ainda batia acelerado e a pele arrepiava ao lembrar-se das palavras de Sting. Mesmo as meninas e até mesmo Gray lhe alertando sobre os sentimentos de Sting ela não acreditava que ele realmente sentisse algo por ela. Suspirou... Antes de se entregar para Natsu sempre sonhou com algo do tipo, estar frente a um belo homem e ouvir sair de sua boca um pedido de encontro. Sempre sonhou com juras eternas de amor, momentos clichês de beijos e declarações românticas. E aquela parte de si, que havia enterrado no dia em que Natsu partiu a deixando grávida e sozinha, parecia ressurgir, renascer dentro de seu peito.

Quando viu estava parada frente ao portão, pronta para entrar quando viu Gray vindo pelo sentido contrário, com as mãos nos bolsos e tranquilo como sempre... Sorriu ao ver o amigo.

— Happy, pode ir entrando com o Plue, eu já entro.

O neko jamais deixaria Lucy sozinha, mesmo que fosse na frente da guilda, já ia protestar quando viu Gray chegando. Imaginou que a loira quisesse conversar algo com o amigo, algo que de fato não o interessava, então assentiu entrando e deixando Lucy e Nashi para trás.

— Ohayou Gray!

— Ohayou.. - Falou, já cutucando delicadamente Nashi na intenção de ser notado pela pequena que estava distraída colocando o brinquedinho amarelo e emborrachado na boca, e assim que ela o viu sorriu divertida esticando os bracinhos e seu dorso em direção ao moreno que prontamente a pegou nos braços. - Ohayou Nashi. - Falou carinhoso, dando um toque carinhoso no narizinho arrebitado da pequena. Olhou então para Lucy.

— Está tudo bem?

— hm..? - Estava tão concentrada em ver sua filha nos braços do amigo que demorou alguns segundos para compreender as palavras de Gray. - Ah sim... estou bem sim.

— hm.. parece um pouco distraída. Na verdade está assim desde a missão. Foi tão ruim assim a experiência?

Lucy então lembrou-se do infeliz encontro com Minerva, como pode se esquecer? Culpou-se por deixar algo tão sério sair brevemente de seus pensamentos.

— Não... Foi muito bom voltar a ativa e confesso que estou um pouco ansiosa para pegar mais missões.. É que...

— É que?

— Preciso conversar com Natsu, mas não consigo.. levantei decidida hoje, mas … Desde que ele voltou só conversamos sobre Nashi e nada mais. Isso quando conversamos.

— E agora precisa falar com ele sobre outro assunto? - Questionou.

— Sim.. mas nada tão importante sabe.. e.. que – Ficou desconcertada, não queria mentir para o amigo, mas Erza havia dito para não comentar sobre o encontro com Minerva nem mesmo com Gray, e sabia ela que seria melhor assim. Apenas por enquanto.

— Não precisa me falar Lucy – Sorriu. - Não se preocupe em ficar dando satisfação para todos sobre tudo que faz com Natsu. E Nada de “mas”. Ele pode manter aquela banca de durão, mas você é a mãe da filha dele, pare de se menosprezar tanto quando o assunto é “Natsu”.

Lucy sorriu, e calmamente assentiu em concordância. Gray estava certo, não tinha pra quê ter tanto receio assim em falar com Natsu.

— Mas me diga, o que Sting fazia tão cedo em sua casa? - Seu olhar tinha um brilho de malicia e diversão, o que fez Lucy ficar exasperada e lançar um olhar assustado para ele. - Como disse, você não deve satisfação a ninguém. - Sorriu.

Gray havia feito o mesmo caminho que Lucy, na esperança de encontra-la pelo trajeto quando viu ela e Sting parados conversando, e o assunto parecia ser interessante, pois nem notaram sua presença. Tratou então de virar a esquina e seguir por outro caminho. Sting lhe era um incomodo, mas não um risco a segurança de Lucy. Não achou mal em deixá-los a sós

— Mas cuidado com o que pode dar a entender Lucy. - A alertou.

— Como assim?

— Ele gosta de você.

— Eu sei – Enrrubeceu. Gray demostrou leve surpresa e logo imaginou então qual seria o assunto tão interessante que tratavam naquele momento em que os encontrou.

— E você?

— Eu o quê?

— Gosta dele?

Lucy não tinha coragem de olhar para Gray, mantinha seus olhos para um canto perdido tentando encontrar ou compreender o que ela sentia com tudo aquilo. Nos últimos meses ela e Gray fortaleceram aquela amizade numa maneira incalculável, tornando-se tão próximos que eram confidentes um do outro e sabia que poderia confiar cegamente nele, para o que desse e viesse.

— Não sei... Talvez... Ele é muito gentil comigo, e eu gosto de ficar perto dele. Mas até agora só o via como um amigo. - Olhou então para Gray. - Ele me convidou para um encontro, e isso mexeu comigo.

— E você aceitou?

— Não dei a resposta, ele não deixou eu responder na verdade. Disse que voltaria em alguns dias.

— Você sabe melhor do que ninguém como é não ser retribuído diante de tal sentimento. Sabe como dói. Não dê falsas esperanças a ele Lucy.

— Não estou dando falsas esperanças. - Se assustou ao imaginar fazer tal coisa.

— Então porque não o respondeu na hora? - E antes que Lucy lhe desse algum resposta ele prosseguiu. - Porque você gostou de se imaginar num encontro. De ser bajulada e tratada como uma dama. Te conheço Lucy e melhor do que ninguém sei que é isso que você merece.. não tenho duvidas. E se Sting está disposto a isso eu até o apoio.. Mas você tem um grande problema..

— Nashi?1 – Imaginou Lucy. - Eu sei que ela é pequena mas..

— Não é da Nashi que me refiro.

— Natsu? - Franziu as sobrancelhas em incredulidade.

— Sim.

— Porque ele seria um problema? - Perguntou, sem ao menos se lembrar do clima tenso que pairou na frente daquela guilda, bem ali onde os dois estavam naquele momento, dias atrás quando Natsu se encontrou com Sting.

— Está claro como estão as coisas entre vocês? Digo, o relacionamento de vocês.

— Eu te falei Gray, não teve relacionamento, nem envolvimento da parte dele. - Falou cansada.

— Isso.. da parte dele. E da sua parte? Você se entregou pra ele, jogou de lado seu lado romântico e sentimental e viveu aquela loucura. Olha o que ele lhe fez fazer. - Sorriu. - Está mesmo pronta para abrir seu coração para outro? Se sente pronta para aceitar um encontro com o Sting.

Lucy suspirou, parecia refletir nas palavras do amigo enfim o olhando com convicção.

— Natsu só me magoou Gray. Se Sting me fizer bem acho que estou pronta sim.

Gray sorriu, não daria palpite tão pouco proibiria Lucy de sair com Sting.

— Se esqueceu de como Natsu ficou ao encontrar Sting saindo da guilda dias atrás?

— Não me esqueci. Mas o que isso importa? Natsu sempre foi implicante e cheio de querer intimidar tudo e todos, principalmente magos de outras guildas. - Falou sem dar importância, pegando um paninho rosa de bordinha amarela e secando a boquinha da filha que estava toda babada.

Gray sorriu diante da inocência da loira. Mas não disse mais nada.

Trataram enfim de entrarem na guilda, tinha poucos magos por lá, muitos estavam em missão e outros tantos provavelmente ainda dormiam. Mas Erza estava junto de mira e Laxus no balcão, para onde os recém-chegados foram se aproximando.

 

[ ... ]

 

Sting caminhava para a estação de trem da cidade, estava animado e não escondia. O Sorriso vitorioso em seu rosto só realçava ainda mais seus belos traços. Por algum motivo ele já sabia a resposta da loira, talvez a postura dela ou como ela ficou ao ouvir seu convite, sentia-se vitorioso. Estava absurdamente mais próximo de ter a loira em seus braços. Mas foi puxado de seus pensamentos ao sentir algo diferente pairar ali por perto.

— “Aquele cheiro..” - Lembrou, olhando em sua volta a procura de algo, ou alguém. Não sabia o que era, mas sabia que era a mesmo cheiro que sentiu há meses atrás quando veio visitar Lucy.

A rua estava movimentada, já estava próximo a estação e muitas pessoas apressadas passavam ao seu lado, mas teve uma nítida sensação do tempo quase congelar e dos passos acelerados das pessoas se tornarem lentos e pesados, olhou desconfiado quando um rapaz pálido e de pele alva passou ao seu lado, mesmo para um universo como Fiore, cheio de diversidade e pessoas estranhas ele observou a vestimenta curiosa do rapaz, que usava uma toga preta de colarinho alto e barras douradas, e um outro tecido esse branco que se envolvia em torno de seu dorso, os cabelos tão negros quanto seus olhos. Teve certeza, foi esse cheiro que sentiu tempos atrás... Arfou duvidoso estreitando os olhos, mesmo esse rapaz sendo tão diferente ainda sim o lembrava certo alguém.

Sting não escondeu o olhar intrigado, e Zeref o notou, na verdade o havia notado muito antes do loiro sentir seu cheiro. Afinal, só sentiu porque ele permitiu. Gostava dos Dragons Slayer e da aura poderosa que emanavam, olhou serenamente para Sting, e um sorriso gentil fez o loiro ficar ainda mais incomodado e desconfiado. Porém, não o conhecia, nunca o viu em toda sua vida... Teria motivo para se preocupar? Talvez, ele parecia ser um mago, e poderoso... Mas quando finalmente decidiu em aborda-lo ele já havia sumido, e as pessoas que transitavam em volta em velocidade lenta quase congelados voltaram a se tornarem apressados. Sting arfou incomodado. “Que sensação foi essa?”. Olhou para frente e o trem que o levaria até ERA já estava para partir, deu mais uma olhada para trás, franziu o cenho, mas então seguiu seu caminho. Entrando no trem. Rogue, Lector e Frosch o esperavam na próxima estação.

 

[…]

 

Tão logo não demorou para a guilda receber mais alguns magos, Levy, Juvia, Wendy e outros mais. Lucy estava tranquila, conseguiu conter as emoções e saber que procuraria Natsu para esclarecer sobre o ocorrido em Hargeon não mais a atingia.

Nashi já estava no berçário junto de Porlyusica, a febre já havia passado, mas Porlyusica insistiu e deixa-la somente no berçário naquele dia, afim de poder observar melhor a saúde da menina. Enquanto isso a loira se organizava com seus amigos, escolhiam a próxima missão. Não podia evitar o coração receoso ao pensar em se afastar mais uma vez de Nashi, mas tinha que se esforçar, ser maga é uma parte de si... não realizar mais missões e não lutar seria como matar uma parte da sua personalidade.

Mira e Kinana se ocupavam no balcão, Canna enchia a cara como de costume, Laxus se mantinha perto de Mira, junto com seus companheiros de time. Estava sendo um iniciar de dia tranquilo, ouvia-se risadas, conversas e sons de canecos sendo postos sobre as mesas de madeira. Tudo seguro, todos bem...

Mas, a tranquilidade da guilda foi quebrada pela bruscalidade em que a porta foi aberta, Natsu passou por ela como que se a mesma não estivesse ali, estava afoito, e pela postura, pronto para incinerar alguém.

— Natsu? - Lucy se assustou ao vê-lo tão nervoso. Estava perto do quadro de missão junto de seus amigos de time.

— O que foi? - Gray pressentiu que algo acontecia.

— Ele está aqui? - Falou correndo feito um raio para o andar de cima, não conseguindo controlar o calor que emanava.

Erza se colocou em alerta olhou pra Gray e ambos logo trataram de seguir Natsu. Lucy estava apavorada, mesmo não entendendo muito bem a atitude de Natsu. Mas tratou de correr para cima, pressentiu que algo muito ruim pairava sobre sua filha, não sabe como, mas conseguiu seguir Natsu.

Gajeel, se levantou... sabia que algo esta preste a acontecer.

— Cadê Makarov? - A voz grossa e ríspida soou em tom de alerta. Fazendo Mira, Laxus e os demais se preocuparem ainda mais.

— Está com Porlyusica, no berçário. - Respondeu Mira.

Gajeel correu então para a escadaria.... Levy não entendia o que estava acontecendo, parecia que eles sabiam de algo que o resto da guilda não estava sabendo. Formou um semblante de medo e aflição não sabendo muito bem o que fazer.

— Alguns de vocês.. - Falou Laxus apontando para Macao e companhia. - Vão para a entrada da guilda e façam guarda. - O restante fiquem em alerta... Tem alguém aqui dentro que não foi convidado. - Pressupôs, Natsu agir daquela maneira não era bom sinal.

Natsu corria feito um raio, mas para ele seus passos eram pesados e tortuosamente vagarosos. Ainda estava em sua casa quando sentiu o cheiro dele, seu coração pela primeira vez em muito tempo sentiu um temor crescente ao pensar que ele estava por perto. “Nashi” foi o nome que tomou sua mente, e em todo o trajeto que fez cortando toda Magnólia, entrando na guilda, atravessando o salão, subindo por aquela escada e enquanto cortava aquele corredor... só pensavam em Nashi.

Abriu a porta do berçário com um chute, e para seu desalento estava certo...

— Zeref!!! - Vociferou.


Notas Finais


Calma calma. Não priemos cânico. Próximo capítulo será postado ... Taranran (som de suspense) HOJE!! Isso mesmo, ficou muito grande e eu não tive tempo de revisar tudo ainda. Dividi e postei essa primeira parte pois vou dar uma saidinha agora, assim que eu chegar termino de revisar a outra parte e já posto.. Ok?

Espero que tenham gostado e nos vemos já já ^^

Teve muitos erros?? Não me respondam U,U vou revisar novamente.. Sorry qqr coisa. Beijinhos.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...