1. Spirit Fanfics >
  2. Fogo Lento >
  3. Capítulo 3

História Fogo Lento - Capítulo 3


Escrita por: LetyMalfoy

Notas do Autor


Olá, eu voltei. Boa leitura.

Capítulo 4 - Capítulo 3


Percy realmente estava gostando de trabalhar com a herança de Severus Snape, e já que ele próprio tinha deixado instruções severas para que ninguém trabalhasse com a fórmula para combater o mofo por mais de cinco dias seguidos, viu-se ocupado com a organização dos ingredientes de seu armário antes de poder voltar aos livros e pergaminhos. A coleção dele era impressionante e extremamente valiosa, havia em sua casa plantas exóticas e ingredientes coletados in natura na Floresta Proibida, tudo cuidadosamente processado, etiquetado e colocado sob feitiços de extasis para que ficassem frescos. Levou-lhe quase uma semana inteira para inventariar todos os itens, arrumá-los para transportar para Malfoy Manor, e tudo isso, analisando cuidadosamente as anotações do Mestre Pocionista para ter certeza de que não estava fazendo nada errado, e agradeceu ao fato de que o homem tinha sido um perfeccionista de marca maior, ou muitos ingredientes valiosos e raros teriam se perdido, além de poções de difícil preparo.

Quando os armários estavam finalmente vazios, Percy notou que tinha um fundo falso em uma das laterais, e com cuidado, lançou um feitiço para saber se tinha alguma maldição, não encontrando nenhuma, mas esperto demais para usar as mãos, usou um feitiço de destravamento e levitou a tampa de madeira, revelando vários diários guardados ali. Percy deu um pulinho de emoção, o padrinho de Draco era famoso por criações e melhoras em vários campos das poções, mas nunca se preocupou em registrar ou vender muitas de suas receitas, pelo que Draco tinha contado, só fazia isso às vezes, para ter mais dinheiro para comprar mais livros e ingredientes raros. Sua paixão tinha sido o conhecimento.

- Mal posso esperar para dizer isso pro Draco. - Disse, animado, e logo fez uma careta. Essa coisa de trabalhar sozinho em uma casa vazia estava afetando seu juízo, nunca antes tinha passado tanto tempo falando em voz alta com si mesmo.

Curioso, como todo bom leão, Percy tirou os diários do esconderijo e ficou irritado quando nenhum deles abriu.

- Você era uma serpente muito esperta, professor, muito esperta. - Resmungou, sozinho, fazendo um beicinho.

 

X~x~X

 

Como todo bom rato de biblioteca, Percy não podia deixar de pesquisar como abrir os diários, e foi por isso que terminou na livraria, olhando para vários livros sobre feitiços de colamento e proteção de objetos. Estava tão distraído, que não sentiu alguém a suas costas até que teve o livro arrancado de suas mãos.

- Sabe, irmãozinho, sou um especialista nesse tipo de coisa. Não precisa de um livro chato quando pode ter a mim. - Bill disse, depois de olhar o livro.

- Oh, olá, Bill. - Percy disse, arrumando seus óculos sobre o nariz, fazendo que seu irmão sorrisse.

- Olá, Percy. - O mais velho disse, estendendo a mão para acariciar seu cabelo e tirar alguns fios de sua testa.

- Não sou uma criança, pare com isso. - Percy protestou.

- Mas fica parecendo uma com esse cabelo grande, eu gosto assim. - Seu irmão disse, passando os dedos pelas mechas maiores que o habitual corte curto que ele usava.

Percy corou ao se lembrar que tinha deixado o cabelo crescer a pedido de Draco. Em uma de suas cartas, tinha dito que estava tão animado trabalhando que não tinha tido tempo de ir providenciar um corte de cabelo, a resposta do loiro tinha sido um pedido enfático para não fazer isso, porque gostava do jeito que seus fios estavam ficando.

- Ahhhh... todos estavam falando do seu novo namorado, então, é ele que gosta desse jeito, certo? - Bill provocou.

- Na verdade, é sim. - Percy confessou.

Bill levantou uma sobrancelha.

- Tem que me apresentar, tenho que avaliar se ele é bom o bastante para o meu irmãozinho.

Percy engoliu em seco.

- Hum, melhor esperar que as coisas em casa estejam mais calmas. - Disse. - Ainda é muito cedo.

O mais velho dos Weasley fez uma careta.

- A verdade é que te deixamos de lado por muito tempo, não é? Sinto muito, de verdade. Nem conhece sua primeira sobrinha.

- Sua esposa me enviou fotos. - Percy disse, sorrindo. - É uma menina muito bonita.

Bill ficou triste.

- Isso é um absurdo, tem que ir lá em casa para conhecê-la. Que tal amanhã?

- Pode ser, assim que terminar com o trabalho. - Percy disse, animado, mas contendo-se.

Seu irmão franziu o cenho e olhou de novo para o livro. Sabia que Percy tinha sido demitido depois da implantação e estabilização do novo governo, coisa que achou injusta. O usaram para o trabalho mais duro, e depois o dispensaram.

- Não me diga que está rompendo maldições ou coisas assim. É perigoso, Percival. - Bill disse, com um tom igual ao de seu pai quando estava passando sermões neles. - São trabalhos que pagam bem, mas muito perigosos... se precisa de dinheiro...

- Não estou fazendo nada perigoso, Willian. - Percy interrompeu, reunindo coragem. Draco já tinha dito sobre ele para seus pais, que o tratavam muito bem, não ia continuar escondendo tudo como se fosse algo sujo. - Estou cuidando da herança de Severus Snape.

Bill o olhou com surpresa.

- Está trabalhando para os Malfoy. - Disse, por fim. - Se minha memória não falha, o garoto é o único herdeiro.

- Sim. - Percy confirmou. - Como sabia?

- Fofocas no banco... - Bill disse, distraído. - Me pergunto se ele vai fazer alguma coisa com os cofres de Bellatrix, todos os rompedores de Gringots querem uma oportunidade ali para descobrir que objetos estão ali, seria um dia de alegria.

Percy ergueu uma sobrancelha.

- Maldições são perigosas. - Comentou, com sarcasmo.

- Mas, eu estudei anos para fazer isso, não sou um menino de escritório. - Bill disse, com provocação. - Estou falando sério, não tente nada com as coisas de Snape, ele adorava magia das trevas, pode ser tão perigoso quanto lidar com as coisas da Bellatrix.

- Só quero abrir alguns diários.

- Quer que eu faça isso? - O mais velho ofereceu. - Não gosto da ideia de você mexer nisso.

Percy revirou os olhos.

- Posso me virar. - Disse, com teimosia, fazendo que seu irmão o olhasse com certa nostalgia porque estava apertando os lábios e franzindo o nariz como quando era pequeno e não queria que desse palpites em suas lições.

- Está bem, mas, por todos os deuses... não vá usar um feitiço sem saber exatamente com o que está lidando. Pode destruir os diários, ou pior, se ferir.

- Vou ficar bem, não se preocupe. Os Malfoy colocaram vários feitiços de vigilância na casa, se algo acontecesse eles saberiam imediatamente, e tem o elfo que deixam lá para me ajudar com a limpeza e com alguns consertos.

Bill o olhou com curiosidade.

- Papai não sabe disso, não é?

Percy negou, com o rosto levemente corado.

- Quer que eu conte? - Ofereceu. - Assim se ele reagir mal, economiza a briga.

Bill sentiu vontade de abraçá-lo ao ver como o irmão hesitava com sua proposta.

- Acho que é melhor que eu faça, se é para voltar, tem que ser totalmente.

- Não se preocupe demais, você é tão filho dele quanto os demais. Vai entender que é trabalho, as pessoas precisam viver.

Percy assentiu, mas sabia que seu envolvimento com os Malfoy não era só trabalho, e que isso sim seria um grande problema.

 

X~x~X

 

 

Se tinha uma coisa que Percy odiava, era o fracasso, tentou de todo o jeito abrir os diários, mas nada deu certo. Severus Snape realmente gostava de dificultar as coisas, ele pensou. Nem conseguiu identificar o feitiço que colava as páginas tão fortemente quanto supercola mágica. Frustração era a palavra que podia descrevê-lo naquele momento, se sentia tentado a jogar o diário teimoso na parede, mas sabia que esse tipo de comportamento não o levaria a nada, então, voltou aos armários, para finalizar a limpeza.

Olhando para o fundo falso, ele se perguntou quantos esconderijos uma serpente taimada como Severus Snape teria pela casa, e só por precaução lançou feitiços para revelar possíveis armadilhas e cofres ocultos. Deu um sorriso vitorioso, quando encontrou um cofre no fundo do armário, mas nesse, estavam cartas e álbuns. Sorrindo, Percy abriu o primeiro e viu que era muggle, a versão pequena do pocionista já era séria, ele pensou, e ficou feliz ao ver fotos da mãe de Harry, que só reconheceu pelo nome dela anotado abaixo. Ele ficaria feliz, pediria muito amavelmente a Draco que o deixasse mostrar isso para o herói, era uma parte da vida dela que talvez Harry não conhecesse. Esperando achar mais coisas sobre ela, folheou os álbuns, que começaram a ter fotos mágicas, quase caiu do sofá de susto quando viu uma versão mais jovem de Lucius Malfoy beijando a seu antigo professor de poções. Seus olhos quase saíram das órbitas, pensando que tinha descoberto um segredo enorme, mas respirou aliviado ao ver que a próxima foto mostrava a Draco rindo, separando-os para pedir colo ao padrinho, enquanto Narcissa ria dos dois. Já sabia o que fazer para abrir os diários, e quem gostaria de receber tudo aquilo o quanto antes.

 

X~x~X

 

 

Narcissa e Lucius sorriram para ele quando entrou no salão de Malfoy Manor, os dois podiam ser realmente agradáveis, mais do que jamais tinha imaginado. Draco tinha dito que em casa era uma coisa totalmente diferente do público. Lucius era uma fonte de conhecimento sobre negócios e leis maior que qualquer livro, e Narcissa sabia mais sobre feitiços e maldições do que ele tinha suposto.

- Boa noite, Percy. Que surpresa adorável. - Narcissa disse, beijando sua bochecha.

- Sinto muito, espero não ter interrompido. - Percy disse, pensando que em seu entusiasmo tinha vindo sem aviso prévio. Teria que trabalhar para controlar seus impulsos se ia conviver com pessoas tão elegantes.

Lucius sorriu para ele, deixando-o mais encabulado ao recebê-lo com um beijo na testa, fazendo-o se sentar.

- Não atrapalha nunca, somos dois velhos abandonados por um filho desmiolado. - O homem disse, com charme. - É sempre um prazer te receber.

- Seu sogro está feliz porque agora tem alguém mais para reclamar sobre as novas políticas tributárias e alfandegárias do Ministério. - Narcissa disse. - Como sei que você é um bom rapaz, vou te deixar aqui com ele, tente não dormir com essa conversa enquanto verifico nosso jantar com os elfos... Draco mencionou que você gostou de Paris Brest, então, vou providenciar para você.

A mulher saiu antes que ele pudesse protestar, não queria se intrometer no jantar deles, e se preparou mentalmente para dar uma desculpa, mas, Lucius, que tinha acompanhado com o olhar a saída de sua esposa, não lhe deu tempo.

- Vai ter que jantar conosco. Ela vai ficar chateada se não ficar, vai pensar que não gosta dela. - O loiro disse, com o mesmo brilho no olhar que seu pai tinha quando falava de sua mãe.

Percy sorriu.

- Então será meu prazer. - Foi sua resposta sincera. - Mas, vim por um motivo mais específico que visitar meus... hum... sogros.

Lucius levantou uma sobrancelha para sua hesitação.

- Não gosta da palavra? É o que somos, ao fim e ao cabo. - O homem mais velho disse, analisando-o com atenção.

- É estranho para mim que aceitem tão facilmente. - Percy explicou. - Estava esperando  que Draco me dissesse que não poderíamos ser mais que amantes ou coisa do tipo... acabou sendo eu o que esconde tudo da família.

Lucius ficou em silêncio por alguns momento, mas terminou por dizer:

- Arthur certamente não deixaria que saísse da família por algo assim. Molly vai bater algum juízo nele se tentar, ela tem bons feitiços.

Dizer que Percy ficou surpreso ao ouvir isso era ser delicado. Seu queixo caiu, fazendo que Lucius sorrisse maliciosamente.

- Os pais têm mais segredos do que imagina, querido genro. Conheço Arthur e Molly há um longo tempo.

- Espero que os meus não tenham muitos segredos. - O ruivo disse, aproveitando para tirar do bolso um pacote encolhido, colocando-o sobre a mesa, usando um feitiço para voltar os diários, cartas e álbuns ao tamanho normal. - Tenho alguns registros fotográficos aqui, segredos sempre aparecem.

Percy tinha certeza que não devia se sentir vitorioso por ser o responsável pela cara chocada de Lucius Malfoy. Conviver com essa família estava sendo mais divertido que ele tinha imaginado.

- Pronto, já posso te receber como manda Merlin. - Narcissa disse, voltando ao salão e sorrindo ao notar o conteúdo da mesinha. - Então ele não destruiu nada, só escondeu. Muito esperto, Severus, muito esperto.

Percy a viu se ajoelhar no chão e tocar os objetos com delicadeza.

- Não abri nada, só vi as fotos porque começam com algumas muggles da infância dele.

- Já tinha cara de mau humor, não é? - Narcissa perguntou, sorrindo ao olhar o pequeno Severus. - Sempre foi um azedo.

- Se me desculpam, volto em alguns momentos, tenho assuntos para resolver. - Lucius disse, saindo apressadamente dali, fazendo sua esposa suspirar.

- Ele e Draco não lidaram muito bem com a coisa da espionagem. - Contou. - Eu sim, fez o que tinha que fazer para nos livrar do mostro. Uma pena que partiu alguns corações no caminho.

- Sinto muito, não quis provocar más recordações. - Percy disse, preocupado por ter aborrecido Lucius. Já sabia como Draco ficava nervosos e triste ao falar do padrinho.

- Não são ruins, é esse o problema. - Ela disse, parecendo mais velha, pela primeira vez. - As memórias são boas e doces, e isso é pior. A doçura se mistura com a raiva e o luto, e os fazem sentir mais falta dele ainda.

Percy sabia como era isso. Fred sorrindo para ele era uma recordação linda e que machucava como uma faca afiada.

- Sinto muito. - Disse de novo.

Narcissa fez um gesto, tirando importância do assunto.

- Os dois já são grandinhos, vão ter que lidar com isso. Por agora, vamos abrir essas linduras. - A mulher disse, sacando sua varinha, mas em vez de apontá-la para os livros, mirou o próprio dedo, que cortou com habilidade, passando o sangue nas páginas do diário. - Não é só meu marido que entende de magia por aqui.

Percy viu com interesse como ela esperava alguns segundos e sorria vitoriosa ao ver uma fumaça branca sair do diário, descolando as páginas.

- Ai está, o primeiro. - A loira disse. - Os diários são sobre poções e estudos, pode olhar tudo o que quiser. As cartas não, creio que deixou explicações para meu marido e filho, tenho certeza que Draco vai falar com você quando se sentir à vontade.

- Nenhum para você?

- Não, fiz as pazes com Severus há muito tempo. Ele sabia que eu entenderia. - Foi a resposta de Narcissa. - Depois do jantar eu termino de abrir essas coisas para você, Lucius vai me ajudar, não se preocupe se ele fica um pouco calado ou ranzinza. Severus foi seu concubino por anos, foi difícil engolir a traição.

Percy franziu o cenho.

- Perdão, mas, o que é isso? Um concubino?

Narcissa o olhou com curiosidade.

- Bem, em alguns casos, um casal decide que eles aceitam uma adição a sua relação. Amantes são escondidos, desonrosos, concubinos são parte da família, algo duradouro e aberto.

- Oh. - Percy disse, sem saber o que comentar ao certo. - Isso é comum para os sangue puro?

Narcissa riu.

- Você é um sangue puro, Percy. Não somos de outro mundo, mas hoje em dia, é menos comum, apesar de ser um tabu ou algo do tipo. Severus era conhecidamente companheiro de Lucius no nosso circulo. Nos preocupamos com ele depois da primeira guerra, estava perigosamente triste e culpado, Dumbledore usou isso contra ele, exacerbando os sentimentos negativos para ter um bom soldado. Foi nessa época que tentamos animá-lo, as coisas evoluíram naturalmente entre ele e Lucius, não me importei, foi bom para todos.

- Entendo, por isso Draco estava tão triste, não é? Era como um segundo pai.

- Sim, um segundo pai mais exigente, sarcástico e linha dura que o outro. - Narcissa brincou. - Ele vai superar, não se preocupe.

Percy contava com isso. Odiava o olhar triste que Draco tinha às vezes, mas supunha que era o mesmo que o seu ao pensar em Fred, eram dois casos perdidos, pensou, sorrindo.

 

 

X~x~X

 

 

O sorriso na cara de Draco quando chegou em casa no fim de semana depois da descoberta de Percy dos diários e cartas predizia mais boas notícias vindas de Paris.

- Olá, rapaz bonito. - O loiro disse, ao entrar na casa e ver Percy sentado no tapete, cercado de pergaminhos. - Sentiu saudades?

- Não, para nada. Foi um mês muito produtivo sem que estivesse aqui para me atrapalhar. - Percy disse, seriamente.

Draco fez um beicinho, mas lutou para não cair quando o ruivo se jogou em seus braços, abraçando-o com força. Ele aproveitou que o namorado tinha pousado a cabeça em seu ombro para beijar-lhe os cabelos, já maiores que o normal.

- Você demorou muito para voltar. - Percy reclamou.

- Eu sei, eu sei, mas foi uma loucura no restaurante. - Draco explicou. - Tivemos uma visita de críticos para avaliar o novo menu, foi um pandemônio, não pode imaginar.

O brilho nos olhos do loiro diziam a Percy que ele aproveitado cada momento da loucura.

- E como foi?

- Duas estrelas Circe, com as bênçãos de todos os poderes da culinária. - Draco comemorou.

- Duas é bom? - Percy perguntou.

- Sim, é excelente! O máximo são três. - Draco explicou. - A verdade é que ele já tinha uma estrela e subiu de patamar, tivemos uma festa enorme. E me deram menção no artigo do jornal porque o molho que agora está no prato principal é meu.

Percy sorriu, orgulhoso.

- Verdade?

- Sim, fiz a criação depois que a minha mãe enviou algumas cartas do Severus que você achou. - Draco contou. - Me fez lembrar de porque comecei a cozinhar, é como fazer poções. Somos mágicos e a comida pode ser também.

O ruivo assentiu.

- Tem vários diários onde ele fala sobre isso, fez um estudo sobre ervas e ingredientes que tem propriedades para melhorar o humor e deixar tudo mais saboroso. Até escreveu um tratado sobre curar doenças com comida. Ele sabia que você seria um chef.

Draco assentiu.

- Eu sei, era ele que me levava para brincar e usar a cozinha da mansão. Vou usar o trabalho dele no meu restaurante. Meus pais estão muito felizes que a herança dele me manterá na Inglaterra e não na França.

Percy ficou tenso.

- Isso era uma opção? Morar lá? Você nunca me disse. - Reclamou, saindo dos braços do loiro.

- Foi uma proposta que o Renard, meu chefe, já tinha me feito e que voltou a fazer com a nova estrela, mas sempre deixei claro que minha vida é aqui. Os Malfoy pertencem a Malfoy Manor, Percival. - Draco disse, com convicção. - Meus pais estavam com dúvidas porque na França a guerra não foi tão mal dessa vez, e lá não me olham com desprezo, nem me amaldiçoam. Os dois gostaram das minhas aulas lá, porque me afastou da hostilidade aqui, aconteceram vários ataques a mansão, já sabe como é.

Percy assentiu. No Ministério recebiam os relatórios dos aurores sobre os antigos comensais e partidários de Voldemort.

- Eu nunca pensei em morar na França. - Draco garantiu, passando os braços pela cintura do namorado. - Ainda que eu planeje te levar para conhecer a propriedade da minha tia-bisavó, um lugar lindo onde produzem um dos melhores vinhos mágicos do mundo. Foi ela que abriu as portas da sociedade francesa para mim. É uma velhinha muito interessante, e que ama minha comida.

Percy assentiu.

- Agora que me expliquei, posso ganhar meu beijo?

O ruivo juntou seus lábios aos de Draco, empurrando-o em direção ao sofá, para poder se sentar no colo dele.

- Acho que merece um pouquinho mais que um beijo, já que foi um gênio culinário. - Percy disse, mordiscando os lábios do loiro.

- Acho que sim, realmente mereço um prêmio. Fui um bom menino. - Draco concordou, rapidamente.

Percy riu malignamente.

- Você é um cara de pau! - O ruivo disse, desabotoando os primeiros botões da camisa do namorado. - Está louco se acha que eu e seus pais não vimos os jornais franceses que falavam do restaurante... quem era aquela coisinha de cabelo preto do seu lado? Parecia muito feliz te abraçando.

Draco mordeu os lábios, mais interessado em sentir os dedos hábeis de Percy acariciando seus mamilos do que pensar em explicações, ganhou um beliscão mais forte por não dar atenção ao ruivo.

- Era uma pergunta séria. - Percy disse, olhando-o como se fosse um aluno que não estava prestando atenção na aula.

- Era o Jean, é um amigo.

- Parecia muito intimo. - O ruivo disse, provocando.

- Está com ciúme, Percival? - Draco perguntou, muito interessado nessa novidade.

- Tremendamente. Não gosto de dividir, faça-o saber que você é meu. - Percy ordenou, fazendo um caminho de beijos desde seu pescoço até seu umbigo. Ele tinha dedos rápidos, quando tinha terminado de desabotoar sua camisa?

- Percival... - Draco chamou, com a respiração acelerada.

- Sim? - O maldito perguntou, com a cara mais inocente do mundo.

- O que pretende fazer?

- E você é o sonserino aqui? - Percy provocou, lambendo lentamente seus mamilos antes de continuar. - Te seduzo, idiota.

- Excelente. - Draco disse, segurando os ombros do ruivo e fazendo-o se deitar no sofá, avançando sobre ele. - Sempre quis me vingar de Severus e meu pai por aquela vez que os vi no escritório da mansão.

Percy o olhou espantado.

- E essa será sua vingança? Dar uns amassos no sofá do seu defunto padrinho?

- Sim, isso lhe daria uma úlcera. Sempre foi um alucinado superprotetor. - Draco afirmou, beijando o pescoço de Percy, mas este, já estava rindo incontrolavelmente, acabando com o clima romântico.

- Sinto muito, Draco... você é... você é... um maluco mimado e pirracento. - Percy disse, entre risos, olhando-o com carinho.

Draco fez um beicinho.

- Não acredito nisso... da próxima vez, vou te seduzir e só depois explicar o propósito.

Percy riu de novo, achando que seu namorado era o homem mais maluco e doce do mundo.

 


Notas Finais


E foi isso, o que acharam?
Dica do dia: Assistam Yuri On Ice, melhor anime do ano! Sério.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...