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História Fogo Lento - Capítulo 6


Escrita por: LetyMalfoy

Notas do Autor


Olá pessoas, eu voltei. Tem a foto do restaurante do Draco, e boa leitura!

Capítulo 7 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Fogo Lento - Capítulo 6

Draco evitava andar pelo prédio do namorado desde o ataque, por isso, simplesmente apareceu na sala. Dessa vez, porém, notou que a ordem impecável das coisas de Percy estavam alteradas. Havia várias sacolas de um vermelho escuro sobre o sofá, o loiro se aproximou delas e viu que estavam vazias, com um logo dourado que ele desconhecia, mas que creditou a loja responsável pelos novos adereços de seu namorado. Com certeza faria uma visita, por mais gryffindor que a loja pudesse ser.

Limpando a mente de ideias futuras, Draco se direcionou para o único quarto do local, onde certamente encontraria seu atrevido namorado. Mordendo o lábio inferior com antecipação, Draco bateu na porta.

– Entre. - A voz de Percy veio abafada pela porta.

Quando o loiro entrou no quarto, teve a deliciosa visão do ruivo deitado em sua cama de bruços, com um lençol cobrindo a parte inferior de seu corpo, as costas nuas, estavam chamando por ele, para que beijasse as várias sardas que desciam desde os ombros até a bunda deliciosa, escondida de seus olhos pelo lençol branco.

– Olá, amor. - O descarado disse, soando muito tímido ao vivo.

– Olá, querido. - Draco respondeu, desfazendo o nó de sua gravata e tirando sua túnica. - Por que tão tímido, prefere uma câmera e uma pena do que meus olhos e falar para mim?

Percy assentiu, ocultando o rosto nos travesseiros.

– Ah, não. Assim não. - Draco disse, se aproximando da cama, já descalço.

– Mas é embaraçoso quando está aqui. - Percy disse, com a voz abafado pelo travesseiro.

Draco riu, subindo na cama e segurando os ombros do namorado para fazê-lo se virar, notando que sem os óculos, ele franzia o cenho para vê-lo.

– Já sei que é um pequeno provocador pervertido, não há motivo para esconder isso. – Draco afirmou, descendo a mão para agarrar o pênis endurecido do namorado, contido por uma calcinha de renda branca, claramente, seu ruivo tinha tomado um gosto por lingerie sexy, sorte a dele.

Percy tragou duro, a voz rouca de desejo de Draco enviou uma onda de excitação por seu corpo, fazendo-o muito consciente da maneira deliciosa que a renda de sua calcinha apertava a ponta sensível de seu pênis.

– Essa sua primeira foto me deixou com uma vontade louca de chupar seus mamilos até você me implorar para parar. – Draco disse, distraidamente, enquanto acariciava a pele leitosa do peito do ruivo, muito próximo ao alvo de sua luxúria, mas sem tocá-los realmente. – São tão bonitos, esse tom de rosa pode ficar vermelho, e quanto mais eu chupar, mais sensíveis vão ficar.

            Percy choramingou, erguendo o tronco para oferecer o que o loiro desejava, mas Draco tinha sido provocado impiedosamente e não teria nada menos que sua vingança. Se afastou do namorado, desabotoando sua própria camisa e a jogando de lado, mas precisa manter suas calças onde estavam pelo bem de sua própria sanidade.

– Meninos provocadores tem que ganhar suas carícias. – Draco disse, sorrindo com maldade. – Agora, me mostre ao vivo como estava tocando essas belezinhas.

            O ruivo mordeu o lábio inferior enquanto levava as mãos ao peito, primeiro acariciando seus mamilos com a ponta dos dedos, provocando-se, depois puxando-os levemente, ofegando com o resultado da onda de excitação que o percorreu.

– Estava pensando em colocar piercings? – Draco perguntou, olhando-o de perto.

– Sim.

– Nos dois?

– Sim… vi um par muito bonito, era de aço e vinha com uma corrente fina.

            Draco negou com a cabeça.

– Nada de aço, vou comprar um par que combine com você. Vou encontrar a joia perfeita.

– Nada caro. – Percy avisou, ganhando uma mordida no peito, muito perto de seus mamilos sensíveis.

– Não pode me impedir, porque me deu um presente extravagante também. – O loiro disse, finalmente  capturando um dos mamilos do namorado em sua boca, chupando-o com lentidão, provocando o botão duro de carne com a língua, fazendo o ruivo gemer em resposta.

– Draco…

– Sim, amor? – O loiro perguntou, soltando o mamilo do namorado, para logo voltar a lambê-lo com um prazer sádico ao ver o ruivo estremecer.

– Não é só a calcinha que estou usando. – Percy informou, ofegante. – Tem outra coisa para você.

            Draco tragou duro, gemendo.

– Por Merlin, quer me matar, não é?

– A loja tinha artigos interessantes, e se chama Doçura de Circe. – Percy disse, envolvendo suas coxas pela cintura de Draco e ondulando seus quadris contra o loiro, que gemeu, sentindo a pressão da ereção do namorado contra a sua, mesmo que estivessem separados por algumas camadas de tecido.

– Sim, a bruxa mais lasciva e perigosa da antiguidade, estou gostando desse jogo. – Draco disse, deslizando a mão para encontrar a renda que abraçava o corpo do namorado, puxando-a para baixo.

            Percy permitiu que ele se livrasse do pequeno pedaço de tecido sexy, suspirando com excitação quando a renda deixou de restringir sua ereção gotejante. O ruivo abriu as pernas e gemeu alto quando o movimento o fez sentir o movimento dos dois brinquedos dentro dele. Draco lambeu os lábios, acariciando a entrada do namorado, que brilhava com algum lubrificante, deliciosamente inchada e convidativa, sentiu a vibração ali e descobriu porque Percy já estava tão excitado e desesperado quando ele chegou.

– O que tem dentro de você, seu safado? – Draco perguntou, deslizando um dedo no canal molhado e quente do namorado, encontrando algum objeto duro, que emitia vibrações fortes.

– São dois ovos vibratórios. – Percy disse, ofegando, já que o dedo de Draco tinha movido os brinquedos, fazendo-o arquear mais ainda.

– Não do tamanho de ovos comuns. – Draco refletiu, usando todo seu autocontrole para soar tão calmo e frio quanto poderia nessa situação.

– São os menores, para treinamento, eles podem aumentar. – Percy gemeu, sentindo como o loiro deliberadamente movia o brinquedo dentro dele, fazendo que uma fina capa de suor cobrisse seu corpo.

– Você quer que nós aumentemos isso? Pessoalmente, eu adoraria ver você completamente cheio. – Draco disse, movendo o dedo novamente, adorando a maneira com que isso fez o namorado se contorcer.

– Agora, estou mais interessado em que me foda. – Percy disse, ofegante.

– Isso é a ideia, mas antes…

            Draco realmente não esperava que seu namorado movesse o corpo tão rápido, ou que o virasse para ficar por cima dele.

– Ei! – O loiro protestou, muito levemente.

            Percy agarrou seu cabelo e puxou de leve, montando-o sobre as calças, a bunda perfeita pressionando sua ereção aprisionada pelo tecido.

– Quando eu quero ser fodido, espero ser atendido prontamente, amor. – Percy disse, ilustrando sua afirmação alcançando o cinto do loiro, desatando-o com habilidade, para logo em seguida desabotoar as calças do namorado e agarrar sua ereção palpitante com firmeza. – Vamos ver como é fácil me deixar feliz?

            Percy invocou o pote de lubrificante da mesa de cabeceira, esfregando o líquido nas mãos e usando as duas para masturbar seu namorado desobediente.

– Tão bonito. – O ruivo elogiou, ao usar a palma da mão para esfregar a cabeça em formato de cogumelo do membro de Draco.

– Isso não é justo, eu devia te punir. – O loiro reclamou, ofegante, arqueando o corpo quando o namorado o puniu por reclamar acariciando muito lentamente a fenda na ponta da ereção palpitante em suas mãos.

– Estava demorando muito. – Percy se justificou, agora, juntando sua ereção a do namorado, esfregando-as juntas, subindo e descendo num movimento erótico que fez Draco apertar os dedos no lençol, em busca de um pouco de controle. – Merlin, você é tão grosso.

            O loiro assistiu com olhos arregalados e com o coração batendo forte, como o namorado girava a varinha e fazia com que dois cordões finos e dourados aparecessem entre suas coxas.

– Quer tirar isso de mim para poder entrar? – Percy perguntou, puxando os próprios mamilos já abusados pelo namorado.

– Vire para mim, pequeno atrevido. – Draco pediu, perdendo o fôlego quando o ruivo o atendeu prontamente, ficando de quatro sobre o namorado, com a bunda bem em frente ao rosto do loiro.

            Draco segurou os globos brancos e carnudos da bunda de Percy, apertando-os e massageando, exatamente como quis fazer assim que viu as malditas fotos. O ruivo gemeu ao se sentir manuseado tão descaradamente, e como tinha um bom ângulo, baixou a cabeça para lamber a ponta da ereção do namorado.

– Comporte-se. – Draco disse, dando-lhe um tapa afiado, admirando como a pele branca avermelhava e adorando ouvir o gemido lastimoso de Percy. – Se não ficar quietinho como um bom menino, em vez do meu pau nessa bunda gulosa, vai ter que se satisfazer com ele na sua boca… eu ia adorar foder essa carinha bonita sua e ver minha semente escorrendo por essas sardas, mas acho que quer outra coisa, não é? – Ele perguntou, separando as nádegas do ruivo e lambendo-o desde as bolas até a entrada palpitante. – Parece ter se preparado tão bem para mim em outro lugar.

            Percy não conseguiu responder, porque era difícil concatenar palavras ao ter sua entrada lambida e provocada pela língua habilidosa de Draco, que puxou um cordão ao mesmo tempo em que circundava seu orifício com a ponta da língua.

– Gosto dessa visão… - Draco disse, observando como o brinquedo esticava a entrada de Percy, ele puxou um pouco mais, e girou o ovo, fazendo o namorado ofegar.

            Com cuidado, ele removeu o primeiro, vendo como isso fazia que gotas grossas de pré-sêmen caíssem em seu estômago. Animado, voltou a lamber e chupar a entrada do namorado, ganhando gemidos deliciosos, e pedidos desesperados por se apressar, quando tirou o segundo ovo, Percy estava trêmulo e com uma capa de suor sobre todo o corpo, Draco o deitou de bruços com cuidado, preocupado em dar-lhe uma sobrecarga.

– Viu como ganha o que quer quando é um bom menino? – Draco provocou, esfregando sua ereção entre as nádegas do namorado.

– Draco, por favor…

            Sem resistir mais, Draco se posicionou melhor e entrou suavemente, ouvindo como Percy gemia suavemente, movendo os quadris para ajudá-lo a entrar totalmente. Nesse ponto, nenhum dos dois estava apto para continuar jogando, Draco investiu com força contra o corpo receptivo do ruivo, ganhando gemidos encorajadores e movimentos que iam de encontro a ele. Não muitos movimentos depois, ele viu como Percy levava a mão para sua própria ereção, masturbando-se erraticamente enquanto o loiro estocava dentro dele cada vez mais rápido, ele engasgou e se derramou em sua própria mão e lençóis, caindo ofegante para a frente, continuando a sentir como Draco o penetrava, o loiro era grosso e o enchia completamente, fazendo-o morder os lábios e abraçar o travesseiro, imaginando, em sua nuvem de prazer como sentiria essa foda por dias, ainda sentindo ondas de orgasmo que o faziam apertar seu canal ao redor do loiro, desejando que ele chegasse ao seu ápice também, desejo que não demorou a ser atendido. Draco tensou o corpo todo e soltou um gemido alto ao inundá-lo com sua semente, caindo sobre suas costas com a respiração pesada.

– Desgraçado pervertido e provocador. – O loiro disse em seu ouvido, beijando-lhe o pescoço em seguida.

– Você adorou, ou não é seu pau latejando na minha bunda? – Percy provocou, voltando a contrair seu canal, fazendo o loiro gemer.

– Merlin, homem, me dê alguns minutos para me recuperar. – Draco brincou.

– Fracote. – Percy provocou.

– Vou te dar umas palmadas assim que recuperar o fôlego.

            Percy sorriu, gemendo com manha quando o loiro se retirou de dentro dele. Isso era muito melhor do que tinha imaginado.

X~x~X

            Dormir com Percy tinha sido mais confortável do que Draco tinha sequer imaginado. A noite anterior tinha sido quente como o inferno e totalmente divertida, ele descobriu que o atrevimento do namorado era gigantesco, que ele podia assumir tons muito dominadores na cama, ou ser um gatinho manhoso, mas que tinha uma vergonha extrema depois. Teve trabalho para convencê-lo que não era embaraçoso deixar que ele o limpasse, ou o ajudasse a trocar os lençóis para dormir. E quando o ruivo perguntou se queria dormir com ele, foi quase com medo de ser rejeitado, coisa que o enterneceu. Como tinha por hábito acordar muito cedo para ir para os mercados franceses e já rumar para o restaurante, acordou antes do namorado, que continuava dormindo placidamente. Com cuidado, saiu da cama, fez suas abluções matinais e foi até a cozinha, onde pegou o jornal com uma coruja do Profeta, e fez chá. Voltou para a cama, onde se sentou ao lado do namorado, que moveu o corpo para usar seu colo de travesseiro.

            Tomando goles ocasionais de chá, ele abriu o jornal e arregalou os olhos com as notícias. Weasley são demoníacos, Draco pensava, enquanto lia O Profeta, olhando furtivamente para um dos filhotinhos de demônio dos ruivos, que ainda dormia placidamente, com o rosto apoiado em sua coxa. Acariciando os cabelos desordenados e longos de Percy, o loiro agradeceu mentalmente que seu namorado nunca tinha ficado bravo com ele, e fez uma nota mental para nunca deixá-lo magoado, ou fazê-lo chorar, porque, se era desse jeito que os ruivos reagiam... era melhor nunca chatear os irmãos superprotetores Weasley.

– Por que está ficando todo tenso? - Percy resmungou, acariciando seu joelho. - Estou tentando te usar de travesseiro aqui.

– Desculpe-me. - Draco disse, voltando a acariciar o couro cabeludo do namorado. - Só fiquei assustado com o que seus irmãos psicopatas poderiam fazer comigo se te chateasse muito.

– Hummm, nada permanente se tivermos filhos. - Percy disse, sonolento. - Mas, não brinque com a sorte... antigamente Bill e Charlie costumavam ter planos para emergências com nossos namorados ou namoradas. Planejam coisas desde os doze anos, acho que fizeram uma lista com vinganças possíveis para cada um de nós.

– Pensei que George fosse ser o maior problema. - Draco disse, chocado.

– Ele planeja coisas para te envergonhar, os outros para te castigar por um longo, longo tempo.  – Percy avisou, pegando o jornal e jogando longe. - Agora, por favor, pode voltar a dormir?

– Como quer que eu durma quando seus irmãos malucos enviaram quase todo seu prédio para St. Mungo? – Draco perguntou, horrorizado.

– Com o quê? – Percy perguntou, muito calmo para o gosto do namorado.

– Eles explodiram bombas fedidas nos apartamentos, mas eram modificadas, aparentemente, além dos apartamentos estarem com um cheiro positivamente nojento segundo o artigo, todos os moradores afetados estão com verrugas que excretam um pus malcheiroso e coçam sem parar.

– Poético. – Percy disse, se espreguiçando e sentindo uma dor incômoda em certa parte de seu corpo. – Está com pena deles?

– Claro que não. Só estou me perguntando como diabos tudo isso aconteceu sem que nem notássemos, foi ontem a noite.

            Percy franziu o cenho, era realmente estranho. Ele pegou sua varinha e acenou.

– Oh. – Disse, depois que um feitiço rebotou na janela em faíscas douradas e vermelhas. – Barreiras do Bill, ele é muito bom nelas por causa do trabalho em Gringots.

– Isso explica o silêncio e a privacidade, mesmo com ataques de bombas fedorentas por todo o prédio.

            O ruivo mordeu o lábio inferior.

– Será que isso significa que eles estão bem com a gente juntos?

            Draco sentiu pena de quebrar essa doce ilusão.

– Amor, se tem algo que sei de leões por observá-los por anos a fio, é que não gostam que tentem machucar um dos seus, mas isso não muda o fato de que ainda podem querer te testar para poções do amor e feitiços de compulsão.

            Percy suspirou, aconchegando-se a seu peito com tristeza.

– Charlie e Fleur estão do nosso lado.

– Já são dois, só falta uma centena. – Draco brincou, ganhando um tapa do namorado. – Eu fiz chá, quer um pouco?

– Vá me fazer um café da manhã decente, cozinheiro. – Percy ordenou. – Me deve comida maravilhosa, já que me deixou com dor na bunda.

– Quer dizer que vai cozinhar pra mim quando me foder? – Draco perguntou, já saindo da cama.

– Eu sei fazer excelente torradas. – Percy brincou. – Até posso passar geleia do mercado nelas pra você.

– Homem horrível. – Draco disse. – Mas, como sou um tolo apaixonado, vou fazer rabanadas para você.

            Percy sentiu uma onda de calor no peito ao ouvir isso, lutou contra as lágrimas traiçoeiras, ele merecia isso, ele merecia ser amado e cuidado.

X~x~X

Draco olhou para o local com um sorriso nos lábios e Percy notou a paz que inundava as feições do loiro numa cozinha como aquela. Finalmente, o loiro tinha dado sua aprovação para as últimas modificações. Ele deu um grande trabalho para o construtor, que, apesar de ter se visto obrigado a fazer coisas totalmente novas e inesperadas, nunca reclamou, o dinheiro dos Malfoy sempre compensava qualquer problema, e Draco era animado e exigente, mas não um pirralho malcriado como antigamente. Lucius tinha ficado de olho, e tinha confessado a Percy que nunca tinha imaginado que seu filho podia ser tão minucioso e profissional.

– Gostou da vista que as mesas mais populares vão ter da cozinha? - O loiro perguntou, abraçando-o pela cintura.

– Sim, é interessante. Ver como a comida é preparada. - Percy disse. Essa tinha sido uma alteração enorme para a equipe de construtores. Eles tiveram que derrubar várias paredes grossas e antigas, a pedido de Draco, substituindo por balcões e fogões modernos, deixando que as mesas ficassem de frente para o local onde a comida seria preparada.

– É um conceito de espaço aberto, fazem mais nos Estados Unidos, e acho muito melhor que as cozinhas escondidas daqui. - Draco continuou. - E minhas ervas ficaram num lugar perfeito.

Percy riu da alegria infantil do namorado.

– Suas ervas estão por todo o lugar. Sua amiga realmente se superou nesses desenhos.

Percy tinha gostado muito da francesa que veio trazer os projetos de decoração, mesmo que os magos ingleses, tenham quase infartado quando ela mandou retirarem toda a madeira do teto para substituir por armações de metal para plantas, que um botânico cresceu magicamente ali. Ele esperava por um restaurante esnobe e incomodamente sofisticado, já que os Malfoy eram tão ricos e Draco tinha estudado num caríssimo restaurante francês, ledo engano. O local escolhido pelo loiro  ficou elegante e aconchegante, com um ar arrojado e inovador que empolgou até mesmo Narcissa, tão conhecida pelo gosto tradicional. As mesas cercadas por ervas aromáticas, pimentas e ingredientes, contrastando fortemente com as toalhas, taças, talheres e pratos elegantes. E havia uma parte mais sofisticada, afastada da cozinha para os clientes mais conservadores e que queriam mais privacidade e paz.

– Marianne é um gênio, nós falamos disso desde que nos conhecemos, de como ela ia me fazer o lugar dos meus sonhos para cozinhar. Eu realmente não estava esperando que desse tão certo. – Draco disse, olhando tudo com os olhos brilhantes.

– Agora já está pronto para procurar pelos seus empregados? - Percy questionou.

– Sim, mas ainda acho que vai ser um problema. - O loiro disse. - Já estou me preparando para ir buscar ajuda na França ou nos Estados Unidos.

Percy deu de ombros.

– Acho que precisa ser mais otimista. - O ruivo disse, sorrindo. - E, já achei o fornecedor de legumes que você precisa.

Draco ergueu uma sobrancelha, com cara de dúvida, ganhando um beliscão do namorado por isso. Percy tinha sugerido os fornecedores de Hogwarts e da cozinha do Ministério, e o loiro quase teve um ataque de horror ao ver a qualidade terrível dos ingredientes, segundo ele.

– Tudo cultivado lindamente, sem as poções agrotóxicas que você não gosta. – Percy pontuou. – E, minha mãe aprovaria, então, está tudo bem.

– E aqui na Inglaterra? – Draco questionou, preferindo não perguntar se ele tinha falado com a mãe nessas seis semanas que levaram para aprontar o restaurante, já que era um tema tão dolorido para o ruivo.

– Sim. - Percy disse, sorrindo. - É um parente distante, vive no campo.

– E ele está bem com vender para um Malfoy? - Draco questionou, com delicadeza, a questão da família do namorado ainda o machucava muito.

– Sim. Primo Xerxes é muito objetivo, ao contrário do resto de nós. - Percy explicou. - E ele precisa do dinheiro, tem espaço para aumentar a produção, e acho que você vai morrer de amores pelas abóboras deles. É uma aldeia bruxa que se dedica a agricultura, com sorte, vai convencer a velha Storm a te vender suas cenouras premiadas.

– Uau. - Draco disse, impressionado. - Será que eles tem cogumelos?

– O que acha de irmos para lá amanhã e avalia por si mesmo?

Draco assentiu, ia ser divertido.

X~x~X

            Draco estava preparando um dos pratos que pretendia servir na noite de inauguração do restaurante, ele tinha passado a manhã selecionando garçons, que eram jovens e tinham zero de experiência, e em vez de flutuar as bandejas com graça e leveza, tinham lançado as pobres pelo salão. Sua amiga e Sous-chef, recém chegada da França, Anne Marie, tinha sido designada (perdeu o sorteio), para treiná-los nessa fina arte. O som de bandejas caindo e dos palavrões em francês tinham diminuído, o que o fez pensar que era um progresso.

– Draco Lucius Malfoy! – Percy gritou, fazendo-o saltar e quase derrubar o filé de pato que tinha estado temperando tão cuidadosamente.

– Sim, amor? – Ele respondeu, disfarçando a agitação.

– Por que não aceitou nenhum dos Sommeliers que eu mandei hoje de manhã?

– Porque eram tolos incompetentes? – O loiro se justificou.

            Percy suspirou.

– Draco, dois deles eram da Itália, tendo experiência prévia em restaurantes, pensei que era exatamente o que queria. – O ruivo disse, seu namorado podia ser caprichoso e teimoso com muitas coisas relacionadas ao seu trabalho.

            Draco embalou os filés de pato com as ervas aromáticas no filme plástico e selou com um toque de varinha, enviando-os para descansar na área refrigerada por feitiços do balcão.

– Meu sommelier precisa entender que os vinhos e a comida são parte de um mesmo processo, como parceiros de dança… e eles não entendiam isso. Ficaram falando de marcas e variedades, de como algumas garrafas poderiam enriquecer minha adega, mas nenhum deles me disse como complementariam meu menu. – Draco explicou. – Não posso trabalhar assim.

            Percy assentiu, isso ele entendia.

– Vou tentar dar um jeito.

– Ainda essa semana? Preciso que alguém possa gerenciar a carta de vinhos, ou vamos ter que adiar a inauguração.

– Para seu restaurante sem nome? – Percy provocou. O letreiro em frente ao local estava coberto com um feitiço potente, o loiro não tinha dito nem aos pais como batizaria seu restaurante. Narcissa tinha revirado os olhos e dito ao genro que se preparasse para ter uma homenagem digna de um lufano, Draco só deu de ombros e a ignorou.

– Meu restaurante tem nome, só está curioso porque não te disse qual. – O loiro respondeu, beijando-o.

            Percy correspondeu ao beijo do namorado, sentindo um gosto peculiar.

– Isso é endro?

– Sim, estava fazendo manteiga aromatizada. – Draco explicou, sorrindo. – Está ficando bom em identificar meus temperos.

            O ruivo revirou os olhos.

– Com o tempo que passei por aqui, seria um tolo se não fizesse.

– Fico feliz de saber que tenho um namorado inteligente. Agora, vá encontrar um bom sommelier.

            Percy assentiu, com determinação. Ia precisar dela, considerando quem veria.

X~x~X

– Esse menu é bastante interessante. – Foi o que ouviu depois de tomar seu chá e comer biscoitos.

            Percy assentiu.

– Ele disse que vai começar com isso, mas vai mudar a cada semana, aproveitar produtos da estação e coisas assim. – Explicou. – E temos algumas coisas para testar, Severus Snape deixou alguns tratados sobre comidas e poções que Draco quer experimentar.

            A mulher a sua frente assentiu.

– E por que acha que estou disposta a sair de casa para ajudá-lo? Nunca nos conhecemos, e certamente sabe que não estou em bons termos com a minha irmã.

            Percy colocou sua xícara vazia na bandeja.

– Eu sei, e sei como é a sensação de ser cortado da própria família por causa de quem escolheu amar. – O ruivo disse, ganhando um olhar de entendimento da mulher.

– Molly e Arthur estão preocupados. Toda a sua família está, não é a mesma coisa, eles…

– Não falam comigo, não fui convidado oficialmente para a apresentação da minha sobrinha para não causar rebuliços, mesmo que Fleur quisesse me chamar. Sou a vergonha não falada, como é diferente?

            Andrômeda teve que ceder nesse ponto, era exatamente a mesma coisa.

– Eles te amam, só não sabem como agir, são os Malfoy, pelo amor de Merlin.

– E sou um Weasley. – Percy disse. – Ou pelo menos, era.

– Eles nunca te deserdariam, querido. – Andrômeda disse.

– Há coisas piores. – Ele disse, ignorando a ardência nos olhos. – Mas, estamos falando de uma proposta de trabalho aqui. Não precisa se reaproximar de Narcissa, mas, sei que as duas trocam cartas, então, é uma possibilidade de abertura… e, se eles conhecerem Teddy, talvez parem de me dar indiretas sobre netos.

            Andrômeda o olhou com incredulidade.

– Lucius Malfoy nunca conheceria o filho de um lobisomem.

– Por favor, não viu esse homem babando no filho de Marcus Flint num almoço em Malfoy Manor, se Teddy piscar para ele, será sua babá enquanto trabalha… e já mencionei que talvez pare de me pedir netos por um tempo? Oh, Teddy vai adorar brincar com os cabelos dele.

            A mulher mais velha só o olhou com horror.

– Só estou dizendo, é uma proposta. Pode trabalhar e fazer as pazes com sua irmã, conhecer seu único sobrinho… e dizer-lhe que é idiota por comprar garrafas de mil galeões para combinar com uma sobremesa.

– De que sobremesa e que vinho estamos falando? Pode ser uma combinação sublime.

            Percy gemeu.

– Ei! Eu preciso de ajuda, não de outro sangue puro sem medida de despesas.

– Querido, eu nasci uma Black, só aceito o melhor.

            O ruivo gemeu de novo, pensando se essa tinha sido uma boa ideia.

 


Notas Finais


E foi isso, o que acharam?
Nos lemos por ai, e a propósito, estive viciada em uma série que se chama Designated Survivor que até uma escrevi uma fic sobre ela, recomendo muito a série! Tom é amor e Aaron também! ♥


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