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História Fogueira-DRARRY - Do fundo do meu coração


Escrita por: FlahMalfoy

Capítulo 17 - Do fundo do meu coração


Fanfic / Fanfiction Fogueira-DRARRY - Do fundo do meu coração

Por Harry Potter  

- Então na verdade eu tenho é que agradecer você dois por terem me levado no Longbottom no dia do meu aniversário. - disse a Rony e Hermione enquanto servia cerveja amanteigada para eles. 

- É, você deve nos agradecer mesmo. - Rony concordou. - Nós sabíamos que você iria gostar. 

- É verdade. - Hermione assentiu. - Você demora um pouco para aceitar coisas novas mas depois de um tempo acaba se acostumando. 

Talvez aquilo fosse mesmo verdade. 

- Quem diria que você acabaria se apaixonando. - Rony comentou. - E ainda por cima pelo Draco Malfoy. Eu não esperaria isso nem em um milhão de anos. 

- Pode acreditar, nem eu. - respondi. 

- Vocês ficam bonitos juntos. - Hermione sorriu. - Percebi isso já naquele dia em que fomos no boliche. O jeito que vocês estavam disputando quem era o melhor, o jeito que vocês cantaram depois e o jeito que vocês se beijaram. Estava bem na cara, para quem quisesse ver. 

- Isso é verdade. - Rony bebeu um gole da sua cerveja. - Até eu notei algo diferente entre vocês dois naquele dia. 

- Acho que nós não somos muito discretos então. - comentei. 

- Vocês não são nem um pouco. - Hermione riu. 

Dei de ombros quando a campainha tocou. 

- Deve ser ele. - fui abrir a porta. - Oi meu amor, como você está? 

Draco me deu um beijo suave nos lábios e logo se afastou. 

- Eu estou bem e você? - demos as mãos e nos sentamos no outro sofá que havia na sala. - E aí, Granger e Weasley. 

- Estávamos falando de você agora mesmo. - Rony contou. 

- Espero que bem. - Draco brincou. 

- É claro que sim. - Hermione sorriu para ele. - Estávamos falando sobre você e Harry. Em como vocês formam um casal bonito. 

- Nós formamos mesmo. - Draco concordou. - Dois gostosos juntos. As pessoas devem nos invejar. 

- Sua humildade continua a mesma, não importa quanto tempo tenha se passado. - Rony revirou os olhos. 

- Eu só estou dizendo a verdade. - Draco deu de ombros. - Você já olhou bem para o seu amigo aqui? - ele apontou para mim. - Olhe como ele é sexy. A tentação em pessoa. 

Fiquei vermelho na mesma hora. Draco Malfoy não se cansava de me fazer passar vergonha. 

- E agora olhe para mim. - Draco continuou. - Não é a toa que eu era o homem mais requisitado de Neville. 

- Eu prefiro o Blaise. - Rony comentou. 

- Você só diz isso porque nunca passou a noite comigo. - dei um tapa na perna de Draco ao ouvir aquilo. - Ai! O que foi isso meu amor? 

- Você está dando em cima do meu melhor amigo? - perguntei enciumado. 

- É claro que não. Você sabe que eu só tenho olhos para você. - ele se defendeu. 

- Sei! - olhei para Rony. - Tira os olhos do meu homem. 

- Você ficou maluco Harry? Eu frequentava aquele lugar bem antes de você. Se eu quisesse mesmo pegar o Malfoy eu já tinha pego há muito tempo. - ele se gabou. 

- Também não é assim Ronald. - Draco ergueu a mão. - Eu não sou um homem fácil. 

- E também não é um homem solteiro. - destaquei bem essa última parte.

 - O meu amor está muito ciumento hoje. Gostei disso. - Draco apoiou a cabeça no meu ombro. 

- Vou flertar com Gabe para você ver o que é bom. - o provoquei. 

- Pode flertar a vontade. Ele não vai fazer nada a respeito mesmo. - Draco disse isso e caiu na risada. 

Tive que rir também. Aquela era a mais pura verdade. 

- Estou curiosa sobre uma coisa. - Hermione entrou na conversa. 

- Pode falar minha querida. - era muito engraçado ouvir Draco usando palavras carinhosas com meus amigos. 

- Quando vocês descobriram que estavam realmente apaixonados um pelo outro? - ela perguntou. 

Pensei um pouco sobre aquilo antes de responder. 

Eu sempre senti coisas diferentes pelo Draco. Elas foram crescendo pouco a pouco. Gradativamente. 

Primeiro foi o desejo sexual. O tesão. A excitação. O prazer carnal. 

Depois veio a preocupação. O medo. O cuidado. O zelo. A proteção. 

Então veio o carinho. O afeto. A delicadeza. A paixão. A amizade. 

Esses sentimentos foram pouco a pouco se misturando dentro de mim. Foram disputando um espaço em meu coração. 

E então veio o amor. 

Ou talvez, o amor sempre tivesse existido. Eu só precisava tomar consciência desse fato. 

- Acho que eu descobri que estava apaixonado por Harry no dia em que ele segurou a minha mão na montanha russa daquele parque famoso. - Draco disse. - Foi um momento inesquecível. 

- E você Harry? - Hermione quis saber. 

Que pergunta difícil aquela. Quando eu havia me apaixonado por Draco? Em que momento eu percebi que o amava? 

Talvez no dia em que ele batizou uma pizza com o meu nome. Ou quando ele aceitou entrar na banheira comigo mesmo com o seu lado ecológico gritando que o planeta precisa de ajuda. 

Eu não sei. 

Aconteceu tão de repente. 

Um dia, em um momento de distração, puf! Eu o amava. 

Foi assim. Simples assim. 

Do mesmo jeito que o sol nasce todas as manhãs e as nuvens afloram pelo céu. 

- Eu amei Draco durante todos os momentos em que ficamos juntos. - comecei. - Mas acho que o momento em que meu coração teve certeza do que sentia foi quando ele me beijou no karaokê. 

Sorri ao me lembrar daquele momento. 

- Porque antes daquele dia nós já havíamos nos beijado. Mas sempre que isso acontecia nós estávamos transando. Sempre era por desejo. - expliquei. - Mas naquele dia, na frente de toda aquela multidão, não foi desejo. Foi por amor. Eu vi isso nos olhos dele. 

- Foi por amor mesmo. - Draco concordou comigo. 

Rony deixou escapar uma risada. 

- O que foi? - fiquei curioso. 

- Nada. - ele sorriu. - É que vocês se apaixonaram em momentos diferentes. 

- É verdade. - Draco sorriu. 

- Eu não acho isso. - Hermione deu sua opinião. - Acho que eles perceberam em momentos diferentes. Mas se apaixonar mesmo, eles se apaixonaram desde o primeiro dia. 

- O primeiro dia em Hogwarts ou o primeiro dia no Longbottom? - Rony brincou. 

- Como assim em Hogwarts, Ronald ? - Draco ralhou com ele. - Eu ainda era hetero em Hogwarts e Harry também. 

- Eu nunca acreditei nisso. - Hermione riu. 

Revirei os olhos. 

- Tanto faz. O que importa é que eu e Draco nos reencontramos. - eu disse. - Talvez se a gente tivesse se encontrado antes, em algum outro momento, não teria dado certo. Não teria funcionado. 

- Isso é verdade. - Hermione concordou. - Tudo acontece exatamente quando tem que acontecer. 

Draco levantou a cabeça do meu ombro e olhou dentro dos meus olhos. 

- Que bom que a gente acertou o timing. - ele sorriu. 

Encostei meu nariz no dele. 

- Também fico feliz com isso.  

***

Por Draco Malfoy  

Eu e Harry fomos dormir tarde aquela noite. 

Ficamos até de madrugada conversando com a Granger e o Weasley. Eles eram boas pessoas. Eram bons amigos. Eu ficava feliz em saber que Harry tinha eles em sua vida. 

Acabei acordando bem cedo. Resolvi deixar Harry dormir mais um pouco e fui preparar um café da manhã para nós dois. 

A cozinha de Harry era meio bagunçada, eu não conseguia encontrar as coisas que eu queria. Demorei mais tempo do que o necessário para preparar um simples café. Também não havia muita comida ali, então decidi dar uma passada na Pães & Bruxas para comprar algumas coisinhas gostosas. 

O sol fraco da manhã já estava brilhando no céu. As ruas estavam começando a ficar movimentadas e uma brisa suave pairava no ar. Definitivamente era um dia lindo. 

Fui até a padaria e logo já estava de volta em casa. Deixei as coisas em cima da mesa e fui verificar se Harry ainda estava dormindo. E ele estava. 

Voltei a me deitar na cama e fiquei o observando. Sua respiração estava calma e serena.

Suas pálpebras tremiam de leve vez ou outra e sua boca estava um pouco aberta. Ele ficava uma gracinha dormindo. 

- Draco..... - ouvi ele resmungar. 

Mas seus olhos continuavam fechados e seu corpo continuava imóvel no lugar. 

- Draco..... - ele chamou meu nome mais uma vez. 

Harry estava sonhando comigo? Bom, eu só esperava que não fosse nenhum sonho ruim ou algo do tipo. 

E foi aí que ele gemeu. 

Fiquei paralisado na mesma hora. Aquilo era o que eu estava pensando que era? Um sonho erótico? Que homem pervertido. 

Virei meu corpo de lado e fiquei apenas o observando. Harry franziu as sobrancelhas e sua boca se abriu um pouquinho mais. Por Merlin, aquilo era muito engraçado. 

Fiquei esperando ele acordar. Será que o sonho iria demorar muito ? Bom, eu não tinha pressa alguma. 

Involuntariamente olhei em direção a samba canção de hipogrifo que Harry estava usando. Havia um volume ali. Ele estava de pau duro. Agora eu estava curioso para saber o que é que ele estava sonhando. Ainda bem que era comigo. 

- Harry. - chamei seu nome baixinho. 

Mas ele nem abriu os olhos. 

- Harry, eu estou aqui. - cantarolei. 

Harry suspirou e se virou para mim. Então finalmente ele abriu os olhos. 

- Bom dia meu amor. Estava sonhando com o que ? - o provoquei. 

Seus olhos se arregalaram e suas bochechas ficaram vermelhas na mesma hora. 

- Com aranhas. Nada demais. - ele disse depressa. 

Me segurei para não rir. 

- Entendi. E é normal gemer quando se está sonhando com aranhas? - perguntei. 

Ele abriu um sorriso envergonhado. 

- Tudo bem. Eu estava sonhando com você, admito. 

Levei minha mão até seu rosto e comecei a acariciá-lo. 

- E o que eu estava fazendo no seu sonho, posso saber? - deixei que a curiosidade me vencesse. 

- Bom, você estava me chupando. - suas bochechas ficaram vermelhas de novo. Aquilo era tão bonitinho. 

- Eu sou tão maravilhoso na cama que você até sonha com isso? Me sinto lisonjeado. - brinquei com ele. 

- Eu não tenho controle dos meus sonhos. - Harry sorriu. - Confesso que foi constrangedor acordar e perceber que você estava aqui do meu lado enquanto eu sonhava com você fazendo coisas indecentes. 

- Para mim foi maravilhoso. Nem um pouco constrangedor. - comentei. - Ainda bem que era comigo que você estava sonhando. 

- Com quem mais poderia ser? - ele arqueou as sobrancelhas. 

- Não sei. Gabe, talvez? - aquele cara já havia virado uma piada interna entre nós dois. 

- Ah claro. Com certeza poderia ter sido ele no meu sonho. - Harry fez uma careta engraçada. 

Ri daquela ideia absurda. 

- Sabe, eu acordei bem cedo hoje. - contei a ele. 

- É mesmo? - seu rosto se abriu em uma expressão de surpresa. 

- É. E eu preparei um café da manhã maravilhoso para nós dois. 

- Então porque a gente ainda está aqui nessa cama? - ele fez menção de se levantar mas eu o impedi. 

- Porque tem uma coisa que eu quero fazer. - olhei decidido para ele. - E eu tenho certeza que você vai gostar. 

- E o que é? - Harry estava me estudando, tentando adivinhar quais eram as minhas intenções com ele. 

- Eu gostaria muito de tomar leite direto da fonte. Se é que você me entende. - pisquei para ele. - Seu sonho me deixou com vontade. 

Então ele abriu aquele sorriso depravado de que eu tanto gostava. 

- Será que eu posso fazer isso? - perguntei já me levantando. 

- Se você pode? Por Merlin, Draco! Eu literalmente sonhei com isso. - seus olhos brilhavam de expectativa. 

- Harry, meu amor. - olhei para ele enquanto me posicionava no meio das suas pernas. - Eu sempre vou estar aqui para realizar todos os seu sonhos. Literalmente. 

Levei as mãos até sua samba canção nem um pouco sexy e lentamente a abaixei. Harry não tirava os olhos de mim. 

Seu pau já estava duro devido ao sonho pornográfico que ele estava tendo comigo.

Comecei a esfregar minha mão nele, ficando com água na boca. 

Lambi primeiro apenas a sua cabecinha, depois sua lateral e finalmente o enfiei inteiro na minha boca. 

Harry ofegou na mesma hora. 

Comecei a chupar ele com vontade, arrancando um suspiro mais intenso do que o outro. Senti a mão de Harry se enterrar em meu cabelo e puxar com força alguns fios. 

Olhei nos olhos de Harry e vi ele morder com força o próprio lábio. Suas bochechas estavam rosadas por conta do calor e sua respiração ia ficando cada vez mais acelerada. 

- Eu gosto tanto disso. - ele sussurrou com a voz rouca. 

Aquilo me estimulou a continuar chupando Harry com ainda mais intensidade. Eu gostava tanto de ter ele dentro da minha boca, de sentir ele entrando e saindo pelos meus lábios, de sentir seu gosto. 

Harry era doce como mel. Eu nunca tinha provado nada igual em toda a minha vida. 

Ele puxou meus cabelos com um pouco mais de força e pela expressão em seu rosto eu sabia que ele estava chegando perto do orgasmo. 

Aumentei a velocidade do que eu estava fazendo e senti as pernas de Harry tremerem de leve. 

- Draco, eu vou..... - ele começou a dizer. 

Olhei para ele no momento exato em que senti seu gozo invadir a minha boca. 

- Meu Merlin! Quem me dera acordar assim todos os dia. - Harry disse ofegante. 

- Quem me dera te chupar todos os dias. - complementei. 

Harry sorriu e eu voltei a me deitar ao seu lado. Puxei ele para mais perto de mim e depositei um beijo suave em seus lábios. Eu adorava ter ele em meus braços. Poderia passar o resto da minha vida assim. 

- Está satisfeito ? - Harry me provocou. 

- Estou. - o abracei pela cintura. - Por enquanto. 

- Seu safado. - ele riu. 

- A culpa é toda sua. É você quem me deixa assim. - constatei. E aquela era a mais pura verdade. 

- Sei. Bom, será que agora nós podemos tomar aquele café caprichado que você fez? Estou com fome. - Harry sugeriu. 

- É claro. - concordei e me levantei. - Você é quem manda meu amor. 

Harry também se levantou e veio até o meu lado. 

- Minhas pernas ainda estão moles. Me carrega no colo. - ele fez drama. 

Ri da carinha de hipogrifo abandonado que ele fez e com um impulso o peguei em meus braços. Ele sorriu e enlaçou as mãos em torno do meu pescoço. Parecia que eu estava carregando a minha noiva para a noite de núpcias. 

Chegando na cozinha, coloquei Harry na cadeira e me sentei ao seu lado. 

- Nossa, que mesa caprichada. - ele elogiou. 

- Eu sei. - me gabei do café que eu havia preparado. - Temos pão bruxês, bolo de mandrágora, biscoitos de feijão e adivinhe só, torta de abóbora. 

- Uau. Assim eu vou ficar muito mal acostumado. - ele sorriu, já cortando um pedaço da torta. 

- Harry? 

- Sim? - ele falou com a boca cheia. 

- Eu amo você. - falei. - Mesmo você enfiando mais torta do que realmente cabe na sua boca. 

Ele riu e terminou de comer antes de falar. 

- Eu também amo você meu amor. Do fundo do meu coração.  

***

Depois que tomamos o nosso café da manhã eu precisei ir embora para me arrumar para o trabalho. 

- Tem certeza de que não quer ir comigo? A gente pode ir juntos direto da minha casa. - sugeri pela terceira vez naquela manhã. 

- Eu não posso meu amor. Tenho uma coisa para resolver antes de ir. - ele deu de ombros. - Sinto muito, mas você vai ter que ficar sem mim durante alguns minutos. 

- Sabe que alguns minutos já são suficientes para eu sentir a sua falta, não sabe? - perguntei. 

- Eu sei. E sabe porquê? - ele me puxou pela cintura. - Porque eu também sinto a mesma coisa. 

Dei um beijo nele.

- Até daqui a pouco. - me despedi. 

- Até meu amor. - ele respondeu.

Saí da casa de Harry e segui o meu caminho.  

***

Chegando em casa, dei um beijo em minha mãe, tomei um banho rápido e me vesti apressadamente. 

Segui para o meu trabalho e fui direto para uma reunião que os meus colegas alegavam ser extremamente importante. 

- Todos estão de acordo? - o presidente daquele setor iniciou uma votação. 

Eles queriam criar um feriado para o elfo doméstico. 

Nesse dia em específico todos os elfos receberiam uma folga e não precisariam trabalhar. Além do fato de que também receberiam uma boa quantia de dinheiro como um bônus.

Todos votamos a favor daquela proposta. Os elfos mereciam. 

Assim que a reunião foi encerrada fui até a minha sala. Li e também elaborei alguns relatórios sobre as novas leis que estavam em andamento. Depois de um tempo eu comecei a ficar entediado. Já estava pensando em ir até o escritório de Harry para uma reuniãozinha particular quando alguém entrou na minha sala sem bater na porta. 

- Draco, vem ver isso. - era um colega meu. - Hora de ver alguém aqui passar vergonha. Me levantei e o segui para fora da minha sala. 

- O que está havendo? - perguntei ao notar vários bruxos também abandonarem suas salas. 

- Alguém recebeu uma coruja de som. - ele contou animado. - Há um tempo atrás Harry Potter também recebeu uma. Foi sensacional ver a cara de constrangimento dele. 

Segurei o riso ao me lembrar do quanto ele havia ficado extremamente envergonhado com o ato de amor de Gabe. 

Fomos até o saguão que já estava se enchendo de curiosos. Ouvimos um barulho de coruja soar em algum lugar. 

- Lá em cima! - alguém gritou. - E não é apenas uma, são três! 

Ouvi o tom de surpresa das pessoas se misturar com as gargalhadas que elas deixavam escapar. 

A primeira coruja voava no alto e outras duas a seguiam. Elas vinham descendo devagar em direção a multidão. 

Pelo visto não era só Gabe que usava os serviços das corujas de som. 

Olhei admirado para cima, observando enquanto elas continuavam descendo. De repente a maior delas pousou bem na minha frente, com as outras duas logo atrás. 

- Draco Malfoy! Se prepare para ouvir uma bela canção. - a chefe delas soou. 

Ah não!  Elas eram minhas? Mas como isso aconteceu? 

Corri meus olhos pelo salão e eles foram ao encontro do olhar divertido de Harry que estava parado do outro lado do saguão. Que filho da mãe!  As corujas emitiram um som agudo e então começaram a cantar em um coro muito bem elaborado. 

 

"You're just too good to be true

(Você é bom demais para ser verdade) 

 

Can't keep my eyes off you

(Não consigo tirar meus olhos de você) 

 

You feel like heaven to touch

(Você é como tocar o céu) 

 

I wanna hold you so much

(Quero tanto te abraçar) 

 

At long last love has arrived

(Enfim, o amor verdadeiro chegou) 

 

And I thank God I'm alive

(E agradeço a Deus por estar vivo) 

 

You're just too good to be true

(Você é bom demais para ser verdade) 

 

Can't take my eyes off you

(Não consigo tirar meus olhos de você) 

 

Pardon the way that I stare

(Perdoe a maneira como te olho) 

 

There's nothing else to compare

(Não há nada que se compare) 

 

The sight of you makes me weak

(Ver você me enfraquece) 

 

There are no words left to speak

(Não restam palavras para falar) 

 

But if you feel like I feel

(Então se você se sente como me sinto) 

 

Please, let me know that it's real

(Por favor, deixe-me saber que isso é real) 

 

You're just too good to be true

(Você é bom demais para ser verdade) 

 

Can't take my eyes off you

(Não consigo tirar meus olhos de você)  

 

I love you, baby

(Eu te amo, querido) 

 

And if it's quite alright

(E se estiver tudo bem) 

 

I need you, baby

(Eu preciso de você) 

 

To warm the lonely nights

(Para aquecer as noites solitárias) 

 

I love you, baby

(Eu te amo, querido) 

 

Trust in me when I say

(Acredite em mim quando digo) 

 

Oh, pretty baby

(Oh querido) 

 

Don't bring me down, I pray

(Não me desiluda, eu peço) 

 

Oh, pretty baby

(Oh querido) 

 

Now that I found you, stay

(Agora que te encontrei, fique) 

 

And let me love you, baby

(Deixe-me te amar, querido) 

 

Let me love you

(Deixe-me te amar)" 

 

As corujas piaram uma última vez e voltaram para o alto, indo embora. Eu continuei paralisado. 

Mas para a minha surpresa ninguém estava rindo. Muito pelo contrário. Eu ouvi aplausos ensurdecedores a minha volta. 

- Ai que coisa mais linda. - alguém disse perto de mim. 

- Como eu queria alguém que me amasse desse jeito. - outra pessoa comentou. 

Voltei minha atenção para Harry novamente. Ele piscou o olho para mim e jogou um beijo em minha direção discretamente. Sorri de volta para ele. 

As pessoas se dispersaram e eu segui Harry para dentro de sua sala. 

- Era esse o seu compromisso? Era por isso que você não queria ir comigo para o trabalho? Porque queria encomendar corujas de som? - perguntei. 

- Exatamente. - ele esclareceu. - Mas isso é muito injusto. Quando eu recebi a coruja todo mundo riu da minha cara. Algumas pessoas tiram sarro de mim até hoje. Mas quando é você quem recebe todo mundo acha lindo. - ele fez uma careta. 

- Bem feito! Quem mandou querer se vingar de mim? - provoquei ele. 

- Me vingar? Eu não quis me vingar. - ele abriu um sorriso inocente. - Só quis demonstrar o meu amor por você. 

- Sei! - me aproximei dele. - De qualquer forma, eu adorei. 

- Adorou? - ele sorriu. 

- Adorei. Mesmo passando vergonha. - peguei sua mão e entrelacei os nossos dedos.

- Harry, posso te fazer um pedido? 

- É claro que pode. - ele concordou. 

Suspirei. 

- Por favor, nunca quebre o meu coração. Porque, sabe, ele é todo seu agora. - confessei. 

- Eu jamais faria isso Draco. - ele me garantiu. 

Então Harry segurou meu rosto com carinho e selou os nossos lábios. 

No fim das contas, acho que amar é isso. 

É se entregar totalmente para outra pessoa. De corpo, alma e coração. 

E torcer para que ela nunca quebre nenhum pedacinho seu. Torcer para que ela se sinta da mesma forma, do mesmo jeito. 

O amor é uma promessa.

E promessas não podem ser quebradas. 

Eu sabia que Harry cumpriria com a sua palavra. Eu sabia que Harry nunca me machucaria. 

Ou pelo menos..... 

Eu achava que sabia. 

 


Notas Finais


Ahhhhh o que será que vai acontecer?


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