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História For the love of my family - Capítulo 5


Escrita por: Believe8

Capítulo 6 - Capítulo 5


Na manhã seguinte, assim que acordaram, muitos juraram que os acontecimentos da noite anterior não tinham passado de um sonho. Mas a realidade estranha e anormal estava ali, na frente deles, palpável.

Por algum milagre, Paulo e Mário foram os primeiros a despertar no quarto masculino. Viram que ainda era cedo, mas não tinham a menor vontade de voltar a dormir e resolveram ir até a padaria buscar algo para os amigos comerem quando acordassem.

No andar debaixo encontraram com Alicia e Marcelina, que se aprontavam para sair.

“A gente ia buscar pão.” Explicou a Guerra mais nova, enquanto os dois se aproximavam. “A Ella parece um trator roncando, acabou nos acordando.”

“Digo o mesmo do Jorge. Pensa em um engomadinho que ronca alto.” Riu Mário, e eles perceberam que Alicia e Paulo não conseguiam se olhar direito. “Marce, vamos indo na frente?”

“Não precisa, Mário, eu e o Paulo já conversamos o que tínhamos para conversar.” Avisou Alicia, já saindo da casa. Os amigos a seguiram e, chegando na rua, Paulo segurou sua mão. Considerou um bom sinal que ela não o repeliu.

“Você está assim por causa do Pietro, Ali?” Perguntou Marcelina, enquanto iam andando. A amiga apenas deu de ombros. “Vocês dois ainda vão manter aquela promessa idiota de esperar até o seu aniversário?”

“Idiota é você, pirralha.” Resmungou Paulo, irritado.

“Sua irmã tá certa, Paulo. Tá bem óbvio para todo mundo que vocês dois se gostam, acho que nem vocês um dia tiveram dúvidas disso. Tá bom, aos 13 para 14 anos parecia uma boa ideia esperar até os 17, mas as coisas mudaram. Faz tanto tempo que eu to vendo vocês dois sofrendo por estarem separados, esperando acabar esse bendito tempo. Larga a mão de ser cabeça dura uma vez na vida e toca ser feliz.” Mário os bronqueou e Alicia agarrou mais o braço do rapaz de headphone.

“E eu falo como uma pessoa que está passando o mesmo: não se desesperem tanto por causa do Pietro. Ontem à noite eu não conseguia dormir, encarando a Milena do meu lado e pensando o que será que aconteceu na minha vida daqui a vinte anos. E então eu lembrei do que o Eric disse, de porque eles não podem nos contar as coisas: nós temos que viver sem pensar e sem se basear no futuro. Temos que viver agora, conforme queremos. O que vai acontecer, acontecerá na hora certa. Eu vi como o Pietro te olha, Ali, e não é como uma mulher que está com o pai dele mas não é a mãe dele. Ele te olha com admiração, e eu vejo isso como uma boa coisa.” Marcelina declarou, enquanto chegavam na padaria. “Mário, vamos pegar as coisas enquanto eles conversam.”

Ela puxou o rapaz pela mão, entrando na padaria e deixando o quase-casal para trás.

“Caraca, Marce, fiquei surpreso agora. Você fala bem pra caramba, hein?” Comentou Mário, enquanto paravam no balcão. “E você tá tranquila assim mesmo?”

“Claro que não, passei metade da noite em claro, encarando a Milena e pensando o que diabos está acontecendo.” Ela estrilou e o rapaz riu. “Digo, todo mundo fica falando que eu sou a mãe dela, mas nunca entrou nada aqui para sair algo daqui.”

Quando Mário viu que ela indicou o meio das pernas e depois a barriga, ele corou. Ao perceber o que havia feito, Marcelina corou também, se ocupando logo em pedir os pães.

“Ela te falou alguma coisa sobre quem é o pai dela?” Perguntou Mário, após um tempo de constrangimento.

“Só que ele é o cara mais incrível do mundo. E pelo jeito que os olhos dela brilharam ao falar isso, eu tenho certeza de que ele realmente deve ser um bom pai. Pelo menos fico tranquila que escolhi direito, né?”

“Você tem bom gosto, pequena, com certeza ia escolher bem.” Ele comentou, sem disfarçar a tristeza na voz. A baixinha sorriu, segurando a mão dele.

“Vou repetir para você o que eu disse para eles: não fica tão grilado, grandão. Eu acho você o cara mais incrível do mundo, então quem sabe?”

Do lado de fora, Paulo e Alicia conversavam encostados na parede.

“O que eu menos esperava era tomar uma lição de moral da minha irmã mais nova a essa altura do campeonato.” Ele disse, fazendo a morena rir. “Mas ela tá certa, minha linda... Se a gente ficar pensando no que vai acontecer daqui há vinte e tantos anos, vamos deixar de viver o nosso presente. E é a única coisa que eu quero viver com você no momento, sem me preocupar com o que vem depois.”

“Eu também, Paulo. Você se importaria se não esperássemos até o meu aniversário?” Ela perguntou sorrindo.

“Eu te diria que você está me fazendo o cara mais feliz desse mundo com isso.” Ele riu, a abraçando pela cintura e selando seus lábios em um beijo cheio de carinho.

~*~

Eric acordou e ficou sentado em silêncio. Ao seu redor, só o que ouvia eram respirações pesadas de pessoas adormecidas, e ele ainda não conhecia o local para poder se locomover sozinho.

“Eric?” Reconheceu a voz de seu pai depois de um tempo e tentou buscar a direção. “Aqui.”

Daniel segurou sua mão, o ajudando a levantar. O guiou para fora do quarto com cuidado, o ajudando a ir até a sala. Lá, acordadas, só haviam Carmen e Margarida.

“Bom dia, meninas.” Saudou Daniel, sorrindo.

“Bom dia, Dan.”

“Bom dia, amor.” Sorriu Carmen, dando um selinho no namorado. “Bom dia, Eric.”

“Bom dia, mãe. Bom dia, tia Margarida.” Ele saudou enquanto sentava no sofá.

“É tão bizarro ouvir vocês chamando a gente de tios.” Riu a morena, observando os amigos. “Deve ser estranho ouvir ele chamando vocês de pai e mãe.”

“Um pouco, realmente. Mas sei lá, cada vez que a gente olha para a foto, fica um pouco mais fácil de aceitar.” Explicou Daniel, pegando uma maçã. “Alguém foi buscar pão?”

“O Paulo, a Ali, o Mário e a Marce.” Avisou Carmen e Eric soltou um riso baixo. “O que foi?”

“Nada demais, só lembrando de uma piada.” Ele explicou depressa. “A Mili e a Ella não acordaram? Porque o Pietro tem sono de pedra, não levanta antes do meio dia.”

“Na verdade a Ella acordou meio quarto durante a noite, de tanto que ronca.” Contou Marga e o rapaz gargalhou. “Mas você já sabia disso.”

“A Ella tem problemas respiratórios desde pequena, por isso que ela ronca. Tinha uma cirurgia que ela podia fazer para diminuir isso, mas ela tem pavor de agulhas e hospitais.”

“Pelo visto você estava certa, amiga, a pose de marrenta é só pose mesmo.” Comentou Carmen e a outra suspirou.

“A Ella é uma ótima pessoa, tia Margarida, uma grande amiga e dona de um coração enorme. Ela só é um pouco rebelde.” Explicou Eric, sorrindo. “Hã, acabei de perceber que estou sem óculos.”

“Você quer que eu busque eles? Acho que ficaram no armário do corredor.” Lembrou Margarida, já que tinham deixado quase tudo lá graças a bagunça que ainda estava nos quartos.

“Eu agradeceria muito.”

A garota então saiu, deixando apenas a futura família Zapata para trás. Carmen e Daniel sentaram em frente a Eric, que tamborilava os dedos sobre a mesa.

“É difícil? Sabe, não enxergar?” Perguntou Daniel após um tempo, e Eric riu pelo nariz.

“No começo era bastante. Quando você passa uma vida enxergando e de repente não enxerga mais, você fica perdido. Mas eu tive muito apoio, né? O Pietro e as meninas tomaram como missão pessoal me ajudar a aprender a lidar com isso da melhor forma possível, e eles fizeram muitas coisas para ajudar. A pior parte mesmo é você ter que depender dos outros, mas depois que eu ganhei o Foguete, fiquei mais independente.”

“E quem é Foguete?” Perguntou Carmen, curiosa.

“Meu cão-guia no futuro. Ele é labrador, como vocês imaginam, e com certeza o melhor amigo que um cara cego pode ter. Ele já tem oito anos. Queria que tivéssemos uma foto para mostrar.” Ele sorriu triste. “Uma vez eu tentei desenhar ele, mas é meio difícil desenhar algo tão peludo no tato. O Pietro disse que ficou parecendo um desenho abstrato.”

“Vocês quatro são muito amigos, não é?” Se admirou Daniel e o rapaz concordou, emocionado.

“Uma coisa que vocês sempre nos ensinaram, desde pequenos, é o valor da amizade. Nós sempre fomos amigos, desde que podemos nos lembrar, e estivemos lá pelo outro quando preciso. Eu tenho certeza que não teria conseguido passar por toda essa loucura sem eles do meu lado.”

“E a Mili?” Perguntou Carmen, um sorrisinho no rosto.

“O que tem ela?” Eric não podia ver, mas estava corando muito.

“Ela vai ser nossa norinha no futuro?” Daniel entrou na da namorada, vendo o filho ficar envergonhado.

“Não deixa o tio Mário ouvir isso que ele me mata.” Soltou Eric, percebendo o que tinha dito logo depois.

“A Milena é filha do Mário e da Marcelina?” Se abismou Carmen, e Daniel estava em igual estado.

“Pelo amor de Deus, apaguem que eu disse isso. Eles não podem saber nem por decreto, por favor. Olha, vocês dois já estão juntos, já namoram, mas o tio Mário e a Marcelina não. Nós não podemos afetar o livre-arbítrio deles, entendem?” Pediu Eric, desesperado.

“Fica tranquilo, cara, a gente não vai falar nada.” Prometeu Daniel, segurando a mão do rapaz. “Mas, me diz uma coisa... A Alicia é mãe do Pietro, não é? Nós vamos guardar segredo.”

“É, é sim. A tia Ali é mãe do Pietro, e o tio Jorge é pai da Ella. Mas vocês não podem falar nada, ouviram?”

“Ai, que emocionante, nós sabemos um segredo.” Cantarolou Carmen, abraçando Eric e Daniel sem perceber. Os dois riram, a abraçando de volta.

“É legal.” Comentou o rapaz, após um tempo.

“O que é legal, Eric?”

“Estar assim com vocês. Faz parecer que nada mudou.” Ele disse e os pais não podiam imaginar o que estava por trás daquela frase. “Eu gosto.”

“Ah, então vem aqui.” Daniel abraçou os dois com mais força, os três rindo juntos.


Notas Finais


OLHA SÓ QUEM ESTÁ VIVA? Sim, eu. Pra quem pensou que eu tinha morrido ou sido abduzida, apenas tive uma semana do cão HAHAHAHAH
Gente, amo Eric com Carmiel, VOCÊS ME JULGUEM! E será que eles vão manter segredo? Será que o Eric vai conseguir esconder que a mamãe dele morreu no futuro? Será que Paulicia sobrevivera as dúvidas? E Marilina, em que pé está? Tudo isso sexta, no Globo Repórter.
Bom, piadas bosta a parte, espero que estejam gostando! Beijos e queijos e ELLA NÃO VAI FICAR COM ERIC NESSA POHA, DESISTAM HAHAHAHAHA


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