1. Spirit Fanfics >
  2. Fora de Foco >
  3. Boa ação

História Fora de Foco - Boa ação


Escrita por: paynever

Notas do Autor


Olá, pessoas! Não sei se vocês perceberam, mas eu tive que mudar os banners de capítulo, pois perdi os anteriores e também o psd... Fiquei sem ideia de como fazer os banners, então fiz assim. Sinceramente, eu preferia os outros, mas, enquanto eu não tiver paciência para fazer uns mais bonitos e caprichados, teremos que nos contentar com esses mesmo haha. Tenham uma boa leitura!

Capítulo 4 - Boa ação


Fanfic / Fanfiction Fora de Foco - Boa ação

— Agradeço-lhe pelo jantar, Harry, você foi, surpreendentemente uma boa companhia. — eu disse assim que Styles estacionou o carro na frente de meu condomínio. Ele sorriu enquanto retirava seu cinto de segurança, virando-se para mim.

— Digo o mesmo. Seria rápido demais convidá-la para sair comigo novamente? Passamos praticamente o jantar todo em silêncio e comendo. — afirmou seriamente, seus olhos transmitindo certa ansiedade.

— Veja, Styles, talvez por esse motivo sua presença tenha sido suportável hoje, mas isso não significa que eu queira sair com você de novo. — suspirei — E nem conversar com você. — completei de maneira sincera. Harry ergueu as sobrancelhas e assentiu, não parecia surpreso. Ele movimentou-se aproximando-se de mim, e eu, um tanto medrosa com seu movimento repentino acabei por recuar escorando-me na cadeira de seu carro.

— Calma, eu quero apenas pegar isso aqui. — explicou enquanto abria o porta-luvas e retirava de lá o CD dos Rolling Stones entregando-me, por um momento senti-me tola por minha própria reação exagerada — Prometa-me que irá escutar as músicas. Não me deu a chance de tentar convencê-la melhor sobre o quão bom Rolling Stones é, então não vejo melhor alternativa a não ser emprestar-lhe o CD. —sorriu quando viu que eu peguei o álbum. Retiro meu cinto e ele abre sua porta, saindo do veículo, logo eu faço o mesmo.

— Não era necessário sair de seu carro. — eu disse enquanto olhava-o parado à minha frente. As mãos nos bolsos enquanto apoiava seu peso apenas em um pé, um sorriso tímido em seus lábios. Ele apenas deu de ombros.

— Não me culpe, estou apenas tentando melhorar minha fama... Sr. Grosseria ainda não faz jus à minha personalidade.

— Eu duvido quanto a isso, afinal, tive o “prazer” de ter sua presença três ou quatro vezes em minha vida, e em boa parte delas, você se comportou de um jeito totalmente grosseiro, e, devo dizer, inesperado. — admiti e ele ergueu uma de suas sobrancelhas.

— Em que sentido? — perguntou e eu cruzei meus braços tentando aquecer-me da brisa noturna que fluía pelo estacionamento, enquanto eu escorava-me em seu carro. Ele aproximou-se e fez o mesmo, ficando ao meu lado. Seus olhos estavam em mistos tons de verde, e brilhavam devido à luz do poste que os iluminava. Acabei por perder-me naquelas cores, encarando-o enquanto eu falava:

— Em todos. E é exatamente por isso que eu não lhe entendo. Quando o conheci, parecia-me tão... Desimpedido. Era como se você não tivesse rumo e simplesmente quisesse sair por aí apenas para tirar fotos sem dar satisfações a ninguém. Como se fosse livre. — ele sorriu com minhas palavras, e logo continuei. —Da segunda, você foi um completo rude, quase irreconhecível, era como se sentisse superior a todos na sala, me senti diminuída com sua presença e bem, hoje, aparece você batendo em minha porta alegando que havia me convidado para um encontro.  Além de não entendê-lo, eu sequer consigo me entender, pois aqui estou eu, falando com contigo após termos saído.

— Talvez você seja como eu. Seu modo de agir seja diferente do de pensar. Somos inconstantes.

—No meu mundo isso não se chama inconstância, isso se chama hipocrisia —sua testa franziu-se e eu ri — E isso só tem acontecido quando estou com você. Acho que sua bipolaridade é contagiosa, Styles.

— E isso é ruim? — perguntou-me, seu rosto virou-se e encontrou-se ao meu. Dei de ombros.

— É diferente. — ele ergueu as sobrancelhas e sorriu, como se pedisse que eu continuasse meu raciocínio — É estranho viver sem saber onde pisar. Desconfortável. Eu sempre fui uma pessoa que sabia bem o que queria, tinha certeza das minhas metas e do que eu faria para alcançá-las, daí você me aparece e me mostra o misto de humores que é você. É como se cada vez que eu o visse, eu encontrasse com uma pessoa nova. — ele me analisou seriamente, suas mãos, que antes estavam em seus bolsos, saíram de lá e rumaram aos seus anéis, ele mexia-os diversas vezes, brincando com seus dedos, de uma maneira quase involuntária, como se o movimento o ajudasse a pensar.

— Seu pensamento é similar ao meu. Cada vez que a vejo, conheço um pouco mais de sua personalidade, não que ela seja difícil de concluir... Mas eu gosto. — ele diz, seu tom é divertido, e isso acaba por me fazer sorrir ao menos uma vez.

— Não é difícil de concluir? Pode me dizer o motivo? — perguntei-o e ele balançou a cabeça negativamente para os lados, um riso frouxo solto por seu nariz.

— Você não iria querer saber o que eu penso sobre você. E mesmo que quisesse. Não ligaria. — disse ele tentando voltar ao semblante sério, porém, um sorriso brincalhão teimou em reinar em seus lábios, e eu o agradeço internamente por isso. Harry combina sorrindo. É estranho vê-lo rindo tanto comparado as vezes que o vi tão distante e sério. Desejei que ele sorrisse mais um pouco, receosa de qual seria a personalidade que estaria em seu corpo quando o encontrasse novamente. Se o encontrasse.

— Você está certo. Eu não ligo para a sua opinião, mas, confesso que você atiçou minha curiosidade. Então vamos lá, diga o que pensa. — o incentivo e ele assente, voltando a olhar os prédios do condomínio.

— Vou admitir que já me surpreendi com você algumas vezes, mas ainda sim, consigo ver o que se passa em sua mente só pelos ações que você faz. — sua voz tinha ficado mais rouca, e eu ri levemente, pois devido ao sotaque britânico carregado, era quase impossível entender o que ele dizia. Harry acompanhou-me, vendo que eu ria dele, e logo em seguida, limpou sua garganta a fim de diminuir a rouquidão — Como, por exemplo... Na festa de Daniel eu percebi algo, e esse pensamento se reforçou esta noite. Notei que você é a favor da igualdade de gêneros. O que qualquer tolo teria percebido, mas que eu achei importante citar, afinal, você tomou a liberdade de me chamar para dançar, não me deixou abrir a porta para você nenhuma vez, e ainda discutiu sobre quem pagaria a conta, insistindo que deveria ter sido você. — ele riu e eu revirei meus olhos, um sorriso em meus lábios ao notar que ele ainda se lembrava do incidente da dança.

—Ponto para você. Mas como disse, isso é muito obvio, o que mais você pensa de mim? — perguntei-lhe, um nervosismo involuntário atingindo o meu corpo, ansiando pela resposta dele, porém, não perdi a oportunidade para esclarecer o porquê de tê-lo chamado para dançar — Ademais, que fique claro que eu só o chamei para dançar porque minha mãe vinha em nossa direção, ela me empurraria para ti, e eu não queria isso.

— Se você está dizendo... Mas vamos continuar de onde paramos. O que eu acho de você. E eu vou dizer, mesmo sabendo que não se importa. — ele sorriu e eu preparei-me para o que ele despejaria ali, mas não sem antes dizer:

— Bem, geralmente eu não me importo com a opinião dos outros sobre mim. Na verdade, eu acho que não tenho tempo para isso... O meu tempo todo é gasto com meus estudos, trabalho, e com outros afazeres. Minha mente é tão ocupada com minhas próprias bagunças, que às vezes eu me esqueço de questionar o que as pessoas pensam de mim, se é que elas pensam algo. Acho que o mundo é tão ocupado pensando sobre si mesmo, que não se importa com a vida dos outros. No sentido bom, claro. Porque no sentido ruim... As pessoas sempre param seu tempo para criticar tudo de uma maneira negativa. — Harry sorria como se aprovasse o meu pensamento e foi inevitável não rir de sua reação.

—Tina, eu admiro seu discurso, mas você está tendo a oportunidade e o tempo para eu dizer o que eu acho de ti, porém insiste em me interromper. Você quer mesmo saber? — assenti e ele me olhou, ficando contra a luz do poste que refletia só em um lado de seu rosto, deixando seu semblante quase escondido de mim, mas mesmo com a pouca iluminação eu conseguia vê-lo.

— Eu lhe acho terrivelmente medrosa. — por um segundo, assustei-me com sua opinião. Eu esperava qualquer coisa, menos medrosa. Automaticamente o olhei, uma expressão tanto indignada em meu rosto.

— Por quê?

— Você tem medo de tudo o que não conhece, e por isso, acaba se privando das coisas. Eu já havia notado isso antes, mas hoje tudo se fortaleceu. Quando você atendeu a porta hoje, sua expressão não era de surpresa, era de medo. Eu conseguia facilmente perceber com clareza o que passava em sua mente. Ao olhar nesses teus olhos azuis eu vi o medo e desespero que neles continham, eram como se me dissessem: Ele realmente veio e eu não sei o que fazer. — tentei o interromper, porém ele continuou antes que eu o fizesse — Além disso, você se recusou a ouvir uma banda que não costuma ouvir normalmente, que desconhece. Posso até citar o seu pavor ao notar que o menu tinha, em sua maioria, pratos tipicamente franceses. E o que você fez? Disse “não” para todas as opções que você nunca tinha experimentado.

— Mas... — tentei argumentar, embora eu não tivesse o que dizer. Styles havia me deixado completamente muda. Eu odiava o fato de ele ter bons argumentos para provar seu ponto de vista. Suspirei e encostei minha cabeça em seu carro, sentindo o contato do material gélido chocar-se contra meus cabelos, sem me importar se eles se assanhariam ou não.

— E é por isso que você está me negando novamente hoje. Você tem medo de me conhecer. E de gostar. — sussurrou, tão baixo, mas que ainda sim eu pude ouvir.

Fechei meus olhos e por um minuto eu me permiti raciocinar, lembrando-me de quantas oportunidades eu havia perdido pelo meu suposto medo. Algumas viagens, roupas, pessoas me vieram à mente, acompanhado de festas que eu não fui e histórias que eu não pude contar, também das incontáveis noites que preferi passar em meu quarto a outro local que eu não conhecesse tão bem quanto o meu próprio, lembrando-me que a prática é bem diferente da teoria. E eu, por muitas vezes preferi a teoria, temendo a prática.

— Eu o provarei que está errado, Styles. Eu não tenho medo do desconhecido. — minto descaradamente e arqueia a sobrancelha, incrédulo de minhas palavras.

—Prove. — sussurrou e eu assenti com veemência.

— Vamos sair amanhã. — Harry pareceu verdadeiramente surpreso com meu súbito convite, o que consequentemente me fez sorrir.

— Apenas com uma condição. — Harry disse caminhando a minha frente, parando a minha frente. Franzi minhas sobrancelhas. — Você terá de ouvir todo o CD dos Rolling Stones. — ele sorriu minimamente e eu permiti-me a gargalhar.

— Você é louco.

— Não ria, você deveria me agradecer por lhe apresentar o melhor álbum que poderia ouvir. — ele sorriu, tomando o CD de minhas mãos, olhando-o brevemente — Eu estou confiando em você Tina, eu tenho esse CD desde os meus 16 anos, então, eu sugiro que você tome cuidado com ele. — disse uma última vez erguendo o CD em minha direção, dando-me um olhar de aviso, segurei o CD novamente em minhas mãos e ri, balançando minha cabeça negativamente para os lados.

— Quando o pegarei? — perguntei, e ele olhou-me, seus olhos transmitiam um misto de incredulidade e diversão. — Pode ser qualquer horário, menos noite. Tenho de ir à casa de meus pais.

— Você não sabe onde eu moro. Deixe-me buscá-la. — pediu-me e eu suspirei negando.  — É mais fácil. Eu já sei até onde mora. — ele apontou com o indicador para o prédio onde eu morava e eu revirei os olhos.

— Você está fazendo-me arrepender de tê-lo convidado para sair. — sussurrei e dessa vez ele que revirou os olhos — Hey! Parece que o Sr. Grosseria voltou.  — afirmei e ele encarou, o semblante sério.

— Por que simplesmente não me deixa buscá-la? — perguntou ele, escorando uma mão no carro, mantendo-me presa de um lado, porém livre de outro.

— Porque não. — expliquei e ele passou a mão livre pelos longos cabelos, como se tentasse manter a calma. Suspirou e me encarou, eu sorri cínica.

— Eu vou buscá-la antes que você possa me buscar. — sussurrou vitorioso e eu ergui o meu braço em uma altura relativamente alta ameaçando jogar o CD no chão devido à teimosia de Harry. Styles ergueu uma sobrancelha como se perguntasse silenciosamente se eu iria jogar o CD.

— Você não seria capaz. — afirmou, mais para si mesmo do que para mim. Ri de sua ingenuidade.

— Não aconselho você a duvidar de mim, afinal, você argumentou que eu era uma medrosa, e eu o provei o contrário. Você quer que eu prove que eu sou capaz de quebrar seu CD? — ele suspirou derrotado. Sorri e abaixei meu braço ao vê-lo olhar para mim.

— Eu estarei na livraria dos Underwood amanhã. Tenho que resolver algumas coisas e depois podemos sair. Me pegue às 9h00. Seja pontual. — ele disse e eu ri, assentindo.

— Então... Vejo-te amanhã? — perguntou e eu confirmei. Harry ainda estava com uma mão apoiada no carro, perigosamente perto de minha cintura, e a outra resolveu fazer o mesmo, prendendo-me. Ele aproximou-se de mim, e a visão que eu tive, graças à minha estatura relativamente média, foi a de seu pescoço. O forte perfume de Harry invadiu minhas narinas e eu suspirei pesadamente ao sentir o delicioso aroma preencher meu olfato. Olhei para cima e vi os olhos verdes analisando-me divertidamente, um quase sorriso aparecendo nos lábios rosados.

Senti vontade de bater-lhe por ser tão convencido, porém uma rajada de vento forte soprou sobre nós, e meu corpo tremeu levemente, meus cabelos esvoaçaram ficando de frente a meu rosto. A situação de Styles não foi diferente, gargalhei ao observá-lo com vários fios de cabelo em seus olhos, nariz e boca. Ele também riu e olhou-me, soltando uma mão que estava escorada no carro a fim de remexer os cabelos, colocando-os desajeitadamente para trás.

— Boa noite, Tina. — sussurrou aproximando-se lentamente de mim.

Harry aproximou-se vagarosamente de mim, seus dedos foram de encontro à minha testa e bochecha a fim de retirar os teimosos e bagunçados fios de cabelo de meu rosto. Olhou-me, a ponta dos dedos tocavam minha bochecha suavemente, e ele aproximou-se deixando um leve beijo no canto de minha boca, fazendo-me sentir a maciez de seus lábios. Surpreendi-me com o ato, porém não recuei. Ergui uma sobrancelha para ele devido a seu gesto, e novamente, ele riu, retirando a outra mão que estava escorada no carro, levando-a a seu bolso, retirando as chaves do carro luxuoso que portava.

— Boa noite, Styles. — observei-o abrir a porta do carro, dando-me um breve aceno antes de fechar a porta. Fiquei ali até o carro ir embora do estacionamento e sumir de minha visão.

Caminhei com meus braços cruzados ao apartamento, senti meu celular vibrar no meio do caminho e percebi que era uma mensagem de minha mãe dizendo que ela e Christine haviam saído para que eu pudesse convidar Harry para dormir lá. Típico. Após finalmente concluir meu trajeto, abri a porta rapidamente e simplesmente joguei-me no sofá ligando a televisão, selecionando a opção do Netflix dando continuidade a um episódio de alguma série que Christine anteriormente assistia. Meus olhos concentravam-se somente na televisão nem um pouco grande de meu apartamento, mas meu pagamento sairia logo, quem sabe eu poderia até dar-me a esse luxo de uma nova TV. Revirei os olhos vendo qual episódio começaria e frustrei-me ao reconhecer o clichê filme. Uma moça conhece um rapaz, se encanta por ele, ele quebra seu coração, mas os dois, por algum motivo desconhecido a mim, acabam ficando juntos. A resposta para isso? Ficção!

Qualquer um sabe que se isso ocorresse na vida real, a mocinha correria para casa, assistiria a comédias românticas e devoraria um pote inteiro de sorvete, logo após ouvir algumas músicas de Taylor Swift. E ah, depois de um tempo ela ficaria bem, alguma amiga a arrastaria para a primeira balada que encontrassem... E bem, o resto vocês já sabem. A mocinha beberia todas e ficaria com um monte de caras. E por incrível que pareça, eu prefiro a versão real, afinal, você acaba por retirar o peso de um relacionamento de suas costas para viver sua vida por você, dedicada à somente você, sem ninguém para lhe cobrar nada ou impedir. Dizem por aí que as melhores pessoas na vida são as livres, e eu não podia concordar mais com essa frase.

. . .

Despertei devido ao irritante toque de meu celular, eu havia dormido no sofá, o que de fato não me surpreendeu, foi-se o tempo em que eu conseguia dormir de maneira confortável em meu quarto, pois fazia dias que eu sequer usava minha cama, afinal, meu sofá era até bem agradável, e eu o amava por isso. Peguei o aparelho que estava na mesa de centro, e surpreendi-me ao olhar o horário. Eram 9h30. Oh Deus. Harry me mataria.

Levantei-me do sofá de maneira desajeitada e corri à meu quarto. Droga, eu não teria tempo para tomar um banho. Eu deveria ligar para ele? Claro que sim, o problema era: eu não tinha seu número. Retirei desajeitadamente o vestido de meu corpo e abri o armário retirando a primeira calça jeans de cintura alta que apareceu e uma simples blusa branca, repentinamente lembrando-me da música de Lana Del Rey. Sorri com o pensamento.

Penteei meus cabelos com as mãos assim como tinha feito na noite anterior e corri ao banheiro, escovando meus dentes da maneira mais rápida possível. Calcei o par de all-star branco que estava jogado ao lado da minha cama e corri novamente à sala pegando minha bolsa e uma maçã que estava na fruteira.

— Malditas escadas! — desci correndo as escadas querendo matar o síndico do prédio por não consertar o elevador. Para que diabos eu fui morar no segundo piso? Senti meus cabelos esvoaçarem à medida que eu descia cada degrau tomando grande cuidado para não cair. Ao finalmente chegar ao estacionamento eu pude notar algo estranho. Harry estava lá escorado em seu carro com o celular em mãos. Corri à ele e bufei, o que não foi fácil, visto que minha respiração estava completamente acelerada pela corrida, aparentemente, desnecessária. Ele subiu os olhos do celular e viu minha figura à sua frente, sorrindo ao notar meu estado.

— Que droga, Styles! Eu pedi que não viesse. — ele deu de ombros e guardou seu celular no bolso.

— Eu não viria se você chegasse na hora marcada. — suspirei, logo depois para analisar seus trajes. Harry usava uma t-shirt branca, calça jeans e botas caramelo. Por mais que me doesse admitir, ele parecia cair bem com qualquer tipo de roupa. Desde casual à formal.

— Olha, desculpe. É que eu tenho estado tão cansada, eu dormi no sofá e...

— No sofá? — perguntou erguendo uma sobrancelha e eu assenti.

— Eu cheguei cansada ontem fui assistir TV e adormeci no meio de algum filme estúpido... E eu tenho que trabalhar amanhã e minhas aulas estão prestes a começar... — suspirei sem conseguir finalizar a frase, porém ele assentiu, compreensivo.

— Você estuda o que? — ele perguntou, a curiosidade evidente em sua voz e em seu olhar sério.

— Eu faço jornalismo. — ele pareceu realmente surpreso com minha resposta, e eu tentei encarar sua exagerada reação como um elogio, e não como uma ofensa... Apesar já imaginar ser uma. — O que foi? — perguntei e ele riu.

— Nada. Eu fiz jornalismo também. — ele sorriu e eu logo me vi a fazer o mesmo.

— E você trabalha em que? — perguntei-lhe e ele franziu as sobrancelhas olhando para o estacionamento à nossa volta.

— Por que gostamos tanto de conversar em estacionamentos? — perguntou e eu soltei um riso frouxo pelo nariz.

— Acho que me conforta o fato de estarmos em um local público e com monitoração, caso, sei lá, você me assassine.

— Céus, que séries você anda assistindo? — questionou e eu ri, erguendo minhas mãos.

— Tudo bem, vamos à meu apartamento, mas que fique claro que eu tenho facas lá e spray de pimenta. — sussurrei e ele riu assentindo enquanto me acompanhava à entrada do prédio. Suspirei ao encarar as escadas. — Eu deveria fazer você me carregar. Por sua culpa eu tenho subido e descido essas escadas várias vezes. — Harry riu de meu comentário e o rebateu.

— Na verdade, a culpa é do seu síndico por não consertar o elevador. E, bem, logo você teria que descer as escadas, seja para me ver ou não. — apenas o ignorei enquanto abria a porta do apartamento dando espaço para que Styles o adentrasse, logo acomodando-se em meu sofá.

     — Vá se arrumar. Tenho planos para hoje. — disse ele e eu arqueei minhas sobrancelhas para ele, que tinha um sorriso maroto em lábios.

— Planos? — questionei confusa.

— Sim. O que acha de fazer uma boa ação hoje, Tina?


Notas Finais


Bem, foi um capítulo meio grande comparado aos anteriores. Meus capítulos, com certeza, aumentarão as palavras, pois quero que a Fanfiction tenha no máximo, 20 atualizações. Bem, comentem, digam o que acham... Vocês já descobriram o que eu estava/estou tentando fazer? Não? Comentem aí para eu saber. Beijos <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...