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História Fora de Ordem - Baile dos Rodwell


Escrita por: klgodevi

Notas do Autor


Olá pessoal!! Tudo bem?
Mais um capítulo postado!
Não fiquem preocupados com a aparição que teremos hoje... (confiem na autora)!!!!
Boa leitura para vocês!!

Capítulo 15 - Baile dos Rodwell


Fanfic / Fanfiction Fora de Ordem - Baile dos Rodwell

15 – Baile dos Rodwell

Embora tenha crescido em uma mansão em Nova York, depois que seu pai morreu, Darcy e Georgiana se sentiam cada vez mais solitários dentro da moradia gigante, e por isso, Darcy a vendeu e comprou uma cobertura próximo da antiga sede administrativa de Pemberley. Ao se mudar para San Francisco, a ideia era continuar em um apartamento ainda menor, mas depois de ver a casa que agora ele chamava de lar, não poderia fazer outra coisa senão comprá-la, entretanto, a cobertura em Nova York ainda pertencia a ele e a Georgiana.

Entre o tempo de voo e a diferença de horário, quando eles chegaram ao destino era muito tarde e ambos estavam cansados. Darcy manteve os empregados ao mínimo no apartamento e para manter as aparências, pediu que Elizabeth usasse o quarto dele, como um casal normal, mesmo que ele fosse dormir no quarto de hóspedes. Ele fez um passeio breve na cobertura duplex para mostrar tudo o que ela precisava saber e ambos desejaram boa noite um ao outro rapidamente. O dia seguinte seria movimentado.

Darcy abriu os olhos para a penumbra do quarto e conferiu as horas no relógio. Eram apenas sete horas da manhã, e como provavelmente eles estariam boa parte da noite no baile, era melhor que voltasse a dormir por pelo menos mais uma hora, contudo, o som do piano no andar de baixo do apartamento chamou sua atenção. Por um segundo ele pensou que era Georgiana, mas se deu conta que isso era impossível, então, só poderia ser uma pessoa.

Darcy desceu as escadas se dirigindo para a sala de música vagarosamente para não a alertar de sua presença. Quando ele olhou através da fresta da porta, a visão era encantadora. Elizabeth tocava e cantava a música 'Goodbye Yellow Brick Road' do Elton John, suavemente, como se não quisesse fazer muito barulho. Sua voz era afinada, mais doce do que quando ela falava. Ela tocava de olhos fechados, demonstrando o quanto era habilidosa. O que mais eu não sei sobre você? Darcy se perguntava.

Ao final da música, seus lábios formaram um sorriso sereno. Ele se deu conta pela primeira vez que ela usava apenas um robe de seda azul marinho com uma carpa dourada bordada nas costas em um estilo japonês. Seus cabelos estavam empilhados em um coque bagunçado e várias mechas tinham escapado. Para ele, ela nunca tinha parecido tão bonita.

“Isso foi lindo.” Ele elogiou, sorrindo quando ela se virou com os grandes olhos azuis arregalados, ainda mais claros na luz da manhã.

Elizabeth se assustou e se virou para onde a voz rouca estava. Darcy estava encostado no batente da porta, braços cruzados despreocupadamente, usando só uma calça de pijama preta, descalço e sem camisa... Ela fez um esforço hercúleo para manter os olhos no rosto dele.

“Desculpa... eu não queria te acordar. Eu acho que dormi demais no voo de ontem e acordei cedo demais hoje.” Ela estava constrangida por ter perturbado o sono dele. Ela tinha prometido a Jane que não tocaria em horários inconvenientes...

“Eu estou feliz por ter acordado... foi uma linda versão dessa música, Elizabeth, eu não tinha ideia de que você sabia tocar... e nem que podia cantar assim...” Ele a olhava daquela forma intensa que ela nunca soube dizer precisamente o que significava. Antes acreditava que era desgosto, mas ultimamente não tinha certeza.

“Meu tio me ensinou... foi a única forma de me acalmar em algumas situações depois que meus pais morreram.” Ela desviou os olhos mordendo os lábios. “Eu costumo tocar quando fico nervosa...”

Darcy franziu a testa e inclinou a cabeça para o lado, parecendo confuso. “Você está nervosa?”

Ela deu de ombros. “Um pouco, talvez... Hoje nós vamos encontrar pessoas que fazem parte da sua vida, não da minha... Por mais que eu odeie admitir, eu sei que ninguém espera que alguém como eu seja sua esposa e estão preparados para esmiuçar cada defeito que eles perceberem. E para manter a imagem de um casal apaixonado nós teremos que ser vigilantes, eu entendo isso, mas não estou entusiasmada em atuar uma personagem a noite inteira.”

“Então, não atue.” Ele se apressou a dizer. “Elizabeth, eu olho para você e não vejo nenhum defeito. Você é inteligente, bem-humorada, e sempre sabe o que falar para cada pessoa. Eu não preciso que você impressione ninguém agindo conforme eles esperam. Seja você mesma... vai ser refrescante ver uma mulher autêntica no meio deles essa noite.”

“Eu não quero criar mais problemas com a sua família.” Ela desviou os olhos dele, um pouco tímida com todos os elogios.

“Dane-se a minha família, você não deve nada a eles.” Ele se aproximou e se abaixou em frente ao banco do piano onde ela estava sentada. “Eu quero que você tente se divertir... eu prometo até dançar essa noite.”

Ele ficou deliciado com a risada dela. “Você? Dançando? Ah, essa eu quero ver!”

“Ei, eu danço muito bem... tão bem que prefiro não humilhar as pessoas com o meu talento...  sem contar que foi você quem nunca aceitou nenhum convite meu para dançar...” Ele fingiu ficar ofendido, fazendo com que a risada dela aumentasse.

“Ok, pé de valsa... o que você acha de tomarmos um café-da-manhã?” Elizabeth disse ao se levantar do banco do piano. “Eu posso fazer algumas panquecas...”

Ele também se levantou e sorriu para ela. “Perfeito!”

***

Depois da manhã preguiçosa que ele passou com ela, ora conversando sobre nada, ora a assistindo tocar algumas músicas no piano, eles se separaram depois do almoço e Elizabeth estava trancada há horas em um dos quartos com a maquiadora e a cabeleireira.

Com uma taça de vinho tinto nas mãos, Darcy pairava perto das escadas olhando por uma janela a movimentação da cidade muito abaixo de onde ele estava, tentando se concentrar em qualquer outra coisa que não a mulher no andar de cima. Aquela noite seria uma provação para os dois. Ele sabia que muitas pessoas fariam centenas de perguntas e ele e Elizabeth tinham uma história bem ensaiada: eles se conheceram em uma boate, o que não era mentira, seis meses depois iniciaram um relacionamento e mais seis meses depois resolveram se casar subitamente para fugir de toda a preparação e agitação que nenhum deles queria. Era simples e credível o suficiente.

As vozes de mulheres descendo as escadas chamou sua atenção, mas nenhuma delas era Elizabeth. Darcy se aproximou e agradeceu o trabalho.

“Não é nenhum problema, Sr. Darcy. Tivemos um ótimo momento com a sua esposa. Se me permite dizer, é uma linda mulher e fará um par impressionante com você.” Uma das mulheres elogiou sorrindo.

“Sim... minha esposa é uma mulher muito bonita.” Ele respondeu com orgulho, ansioso por vê-la.

As duas mulheres se despediram e apenas segundos depois ele escutou passos nos degraus. Durante todo o dia, ele imaginou como ela ficaria arrumada para o baile. Se fosse algo parecido com o baile de sua tia Catherine, ele estaria com problemas. Naquela noite, ele mal conseguiu tirar os olhos dela. Mas a imagem que ela apresentava descendo as escadas naquele momento era muito mais do que ele poderia idealizar. “Jesus...” Ele sussurrou. Assim como seu pai, muitos anos atrás, ele levou a mão até seu coração acelerado, não tirando os olhos dela por nem um segundo.

Elizabeth não conseguia decifrar a reação de Darcy. Ela ficou em frente a ele e fez um gesto para si mesma. “Você acha que está exagerado ou ousado demais?”

Ele ainda não tinha encontrado palavras para responder, mas sabia que tinha que dizer algo. Piscando algumas vezes para sair de seu transe, ele tentou manter o olhar no rosto dela, o que não era tão difícil, pois ela usava maquiagem suficiente apenas para reforçar seus traços bonitos. “Você está linda.” Ele disse em voz baixa e gutural. “Você é linda.”

A boca dela curvou em um pequeno sorriso. “Obrigada. Você também está ótimo.”

Ele sentiu uma vontade quase insuportável de puxá-la para ele e beijá-la sem sentido. Deus me ajude, ele pensava quando ofereceu o braço para ela. “Vamos?”

“Vamos...” Ela suspirou quase com pesar e ele riu, aliviando o clima.

“Não vai ser tão ruim... eu te garanto. E eu vou ficar ao seu lado o tempo inteiro.”

“Na verdade, eu estou pensando na reação da sua tia Catherine quando vir este vestido... ela me achou escandalosa por causa do vestido borgonha... esse aqui é ainda mais ousado.” Ela respondeu em diversão.

Segurando sua risada, Darcy olhou para ela pelo canto dos olhos enquanto desciam no elevador. “Eu diria que você vai adorar perturbá-la, Elizabeth. Eu sei que estou até ansioso para ver o rosto dela pálido e os olhos arregalados. Só espero que ela não resolva fazer uma palestra quando voltarmos para San Francisco.”

“Eu já não sou tão esperançosa quanto você... eu sei que ela vai querer dar uma palestra em algum momento, mas se eu vou ouvir é uma história completamente diferente.” Elizabeth riu e ficou satisfeita quando ele a acompanhou, entretanto, se preocupou quando ele ficou sério novamente.

“Elizabeth, você sabe que a gente vai ter que parecer mais... íntimos hoje à noite... eu quero que você me fale imediatamente se você se sentir incomodada com algo. Como eu disse hoje de manhã, eu quero que você se divirta.” Ele estava constrangido por tocar naquele assunto, mas não queria que ela se submetesse a qualquer coisa que não desejava. E ele sabia que seu controle perto dela estava chegando ao fim e temia fazer algo que a deixaria irritada.

“Eu sei, William... mas nós dois somos adultos e podemos fazer isso. Tente não se preocupar tanto e as coisas acontecerão naturalmente.” Ela respondeu com mais tranquilidade do que sentia.

O local estava cheio de pessoas quando eles chegaram, e como previsto, assim que Darcy saiu do carro uma multidão de fotógrafos se reuniu próximo a ele. Elizabeth segurou a mão que Darcy ofereceu para sair do carro e ficou praticamente cega com a quantidade de flashes em sua direção, muito pior do que a chegada ao aeroporto na volta da viagem para Las Vegas. Alguns jornalistas gritavam perguntas que os dois já tinham decidido ignorar.

“Sempre foi assim quando você morava aqui?” Ela perguntou entre curiosa e assustada.

“Eu raramente comparecia a algum evento, e o fato de terem especulado sobre qualquer relação amorosa que eu já tive os deixam sedentos de informação sobre você.” Ele respondeu no ouvido dela colocando uma mão em suas costas, demonstrando uma intimidade muito maior do que a que eles compartilhavam.

Eles entraram em um corredor de fotógrafos e Elizabeth segurou firmemente a mão de Darcy, tentando manter um sorriso no rosto e a cabeça erguida. Darcy viu com admiração como ela aparentava tranquilidade quando sabia por suas mãos frias e trêmulas que isso era longe de ser verdade.

Eles foram guiados para a mesa que já estava ocupada por seus tios Fitzwilliam, sua tia Catherine, Richard, Ane e Robert, o irmão mais velho de Richard e único membro da família de Darcy que Elizabeth ainda não conhecia. Darcy mordeu os lábios para não rir quando sua tia Catherine arregalou os olhos ao ver Elizabeth. Eles se levantaram para se cumprimentar e Elizabeth devolveu todos os elogios de sua escolha de figurino com educação fria. Claro que Catherine tinha algo a falar.

“Você não tinha um vestido mais recatado?” Ela sussurrou com o maxilar tenso.

“Ah, por favor... a loira a duas mesas daqui está usando um vestido tão diáfano que eu posso literalmente dizer que ela está usando uma calcinha fio dental e você estava conversando alegremente com ela quando entramos... meu vestido é modesto em comparação ao dela.” Elizabeth contra argumentou sorrindo serenamente para parecer uma conversa cortês.

“Infelizmente a loira não tem o traseiro da Sra. Darcy.” Robert comentou alto o suficiente para Darcy escutar.

“Robert! Eu acho melhor você reduzir seu consumo de álcool... e eu espero que você trate minha esposa com respeito.” Darcy sibilou quando se aproximou do primo.

Robert se aproximou ainda mais de Darcy. “Eu sei que esse casamento não significa nada e que tem prazo de validade. Agora, vendo pessoalmente a mulher que conseguiu te enganar eu entendo a fraqueza... quem sabe daqui um ano, quando vocês se divorciarem, eu não ofereça outro tipo de acordo para ela.” Ele disse olhando Elizabeth dos pés à cabeça.

Percebendo a conversa tensa entre seu filho mais velho e seu sobrinho, Henry se aproximou exatamente quando Darcy estava levantando as mãos para agarrar o primo pelo colarinho. “Acalmem-se. Todo mundo está olhando para vocês. O que está acontecendo?”

“Controle seu filho, ou eu juro que não respondo por mim.” Darcy rosnou apressadamente, e voltou os olhos para Robert. “Fique longe da minha esposa.” Com passos largos, ele se aproximou de Elizabeth e passou o braço pela cintura dela. “Você quer um Champanhe?”

“Sim, obrigada. Eu não vou exagerar, mas aguentar o olhar de avaliação da sua prima a noite inteira exige um pouco de álcool.” Ela tentou que parecesse uma brincadeira, mas Darcy sentiu o quanto ela estava tensa. Ele fez um gesto para um garçom e pegou duas taças, entregando uma a ela.

“Parece que todos estão aqui e os anfitriões estão passando de mesa em mesa cumprimentando os convidados. Assim que eles passarem por aqui eu levo você para a pista de dança e te mantenho o máximo possível longe deles.” Darcy não olhava diretamente para Elizabeth, e sim ao redor, onde várias pessoas estavam observando sua esposa.

Não demorou muito para os Rodwell chegarem a sua mesa. A Sra. Rodwell olhou para Darcy com prazer evidente. “Darcy! Como é bom te ver, meu querido.” Então, ela olhou para Elizabeth. “Oh, eu sabia que um dia você estaria com uma linda moça, mas eu não tinha ideia que você encontraria a mais bonita. Você não vai nos apresentar?”

Elizabeth estava sorrindo para a forma que a mulher falava com Darcy. Ela era muito exuberante.

“Sra. Rodwell, esta é minha esposa, Elizabeth Darcy. Elizabeth, esta é Melissa Rodwell. Ela era muito amiga da minha mãe e passou diversos feriados em Pemberley conosco.”

Ao invés de apertar a mão de Elizabeth, a Sra. Rodwell segurou o rosto dela com ambas as mãos. “Linda! Você e esse rapaz formam o casal mais bonito que eu já vi, minha querida.” Ela soltou o rosto sorridente de Elizabeth e se virou para Darcy. “Sua mãe ficaria orgulhosa... seus filhos serão deslumbrantes, Darcy.”

Elizabeth ficou com o rosto e todo o decote completamente carmesim com este comentário, mas se recuperou rapidamente. “Obrigada, Sra. Rodwell, mas vamos aguardar um pouco mais para essa futura prole deslumbrante...”

A Sra. Rodwell riu e acenou em concordância. “Claro... vocês precisam aproveitar esse amor jovem de vocês... quando estiverem comemorando suas bodas de ouro como eu, vocês se lembrarão com carinho desta época.”

O Sr. Rodwell estava conversando com Henry, Richard e Robert e olhou para onde sua esposa conversava com Darcy e Elizabeth. “Darcy sempre foi o rapaz mais inteligente que eu conheci, e é o mais sortudo também. Agora eu entendo porque ele nunca deu muita atenção para todas as mulheres que se atiravam nele. A esposa dele é uma mulher fascinante.” Ele declarou olhando para Elizabeth. “Se vocês me derem licença, eu vou conhecer a nova Sra. Darcy.”

Henry e Rebecca ficaram por perto temendo o que Elizabeth faria, mas ela conversava com seus anfitriões com tanta facilidade que não tinham motivo para se preocuparem. Algumas pessoas das mesas próximas estavam curiosas sobre o que a Sra. Darcy poderia estar falando para levar seus anfitriões e principalmente, seu marido excessivamente sério, aos risos.

“Darcy, nós precisamos cumprir nosso dever de anfitriões, mas não desapareça... Não esconda essa doce menina da gente.” O Sr. Rodwell pegou a mão de Elizabeth e beijou seus dedos.

A Sra. Rodwell revirou os olhos. “Velho galanteador...” Ela resmungou, fazendo Elizabeth rir. Eles desejaram uma noite agradável e caminharam para a mesa seguinte.

“Acho que você deveria me dar algumas aulas sobre como conversar com qualquer pessoa naturalmente.” Ele disse no ouvido dela e Elizabeth sentiu um arrepio agradável.

“Eles são muito simpáticos, foi fácil.” Ela respondeu também em um sussurro no ouvido dele e Darcy fechou os olhos quando os lábios dela roçaram sua pele.

Tonto com a proximidade e desesperado para provar a pele dela, Darcy respirou fundo e se afastou, pegando a mão dela na dele. “Vamos dançar, Sra. Darcy?”

Sem saber se ele a chamou daquela forma por brincadeira ou a sério, ela apenas concordou com um aceno de cabeça e o deixou guiá-la. A música era lenta e ele poderia segurá-la perto, sentindo o perfume dela. Jasmim e rosas, ele pensava.

Alguns minutos passaram em silencio antes de Elizabeth falar. “Uau... você estava falando sério quando disse que sabia dançar. Eu estou impressionada.”

Darcy riu e seu aperto na cintura dela ficou mais forte. “Eu nunca superestimo minhas habilidades.”

“Um homem confiante.” Ela declarou, aproveitando a oportunidade para sentir o cheiro dele. Sândalo e um toque de bergamota, talvez...Delicioso...

“Nem sempre...” Ele respondeu em um tom um pouco triste e Elizabeth não entendeu o porquê, mas não teve oportunidade de perguntar.

“Darcy! Achei que você não sairia mais de San Francisco... Você não vai nos apresentar a essa linda dama que você anda escondendo?”

Elizabeth sentiu mais do que escutou o gemido de desgosto de Darcy. Ela olhou para o lado e um homem loiro impecavelmente vestido e bastante bonito andava em direção a eles com a mulher loira de vestido diáfano que Elizabeth viu conversar com Catherine mais cedo.

“Wickham... como vai?” Darcy cumprimentou e seu aperto na cintura de Elizabeth era quase doloroso.

“Não tão bem como você.” Ele respondeu enquanto olhava para Elizabeth.

“Elizabeth, este é George Wickham. Ele é filho do advogado do meu tio Henry. Wickham, esta minha esposa, Elizabeth Darcy.” Wickham pegou a mão de Elizabeth e beijou galantemente, mas ao contrário do olhar divertido no rosto do Sr. Rodwell quando ele fez o mesmo, o olhar lascivo no rosto de Wickham era repugnante.

“Muito prazer, Sr. Wickham.” A voz de Elizabeth era tão fria e indiferente quanto a de Darcy quando fez as apresentações.

“Por favor, você pode me chamar de George... minha família e a família do Darcy são muito próximas.” Ele disse olhando para a loira que estava ao lado dele e depois para Darcy, como se estivesse sugerindo alguma coisa. “Permita-me apresentar minha irmã, Angela Wickham.”

A loira se aproximou de Elizabeth a analisando atentamente. “Sra. Darcy! É um prazer finalmente conhecê-la. Quando lemos no jornal que nosso querido Darcy tinha se casado, ficamos chocados, principalmente porque não tínhamos ideia de quem era a mulher misteriosa. Você deve saber que ele poderia escolher qualquer mulher solteira dos altos círculos... e o fato de manter você afastada durante todo esse tempo só alimentou o mistério...”

Elizabeth não sabia o que responder e por um momento achou que estava em frente da mulher mais ridícula que conheceu na vida. “Não sou tão misteriosa, mas acho que é interessante não mostrar tudo para qualquer pessoa ver. Um pouco de mistério tempera a vida.” Darcy precisou morder os lábios para não rir a alusão extremamente sutil que ela fez ao vestido da outra mulher, essa era a sua esposa impertinente. Elizabeth se aproximou ainda mais de Darcy e acariciou o peito dele com a mão sedutoramente enquanto o encarava. “Mas olhando para esses olhos, é fácil entender porque ele tinha escolhas... bom para mim que nenhuma das opções entre... do que você chamou?” Elizabeth fingiu pensar por um momento e em seguida riu. “Ah, sim... altos círculos... que bom que nenhuma das opções dos altos círculos era boa o suficiente.”

Darcy tinha esquecido totalmente do homem e mulher insuportavelmente inconvenientes próximo a ele e só tinha olhos para Elizabeth. As mãos dela sobre ele eram requintadas e ele a cobriu com a própria mão e a beijou no rosto. “Eu só estava esperando por você.” Ele declarou, por um momento esquecendo que aquela era uma encenação.

Elizabeth sorriu para o comentário. De alguma forma, ela estava gostando de flertar com ele, mesmo que não fosse verdade. Infelizmente, Wickham tinha outras ideias. “Vamos trocar de parceiras, Darcy. Eu gostaria de conhecer melhor a Sra. Darcy.” Ele pegou a mão de Elizabeth enquanto Ângela se colocou entre eles, agarrando o braço de Darcy e não lhe dando oportunidade para protestar.

Darcy e Elizabeth só puderam se olhar brevemente enquanto estavam sendo afastados um do outro. Não era possível evitar aquela dança sem chamar atenção. Notando o olhar preocupado de Darcy, Elizabeth sorriu e piscou para ele, mas ele não se sentiu mais aliviado. Dançando com eles eram os mais odiosos irmãos que ele conhecia.


Notas Finais


Se você ficou curioso com a versão que Elizabeth toca no piano da música do Elton John, é esta: https://www.youtube.com/watch?v=Ozd2ja7mAgM
Eu adoro essa versão!!!
Não fiquem bravos por Wickham aparecer... eu sei que ele é chato, mas lembrem-se: a história é realmente centrada em Darcy e Elizabeth!!!
Diga-me o que você achou!!
Bjs


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