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História Forbidden - taeten - Colapso


Escrita por: SafiraOpaca e SafiraZen

Notas do Autor


Oi pessoinhas ><
Semana pesada acabou, então tentarei postar com mais frequência. Obrigada, mais uma vez, por todo o amor que vcs têm dado a essa fic <3
Aproveitem o cap (que tá um pouco mais longo, mas acho que ficou legal) e DEEM UMA OLHADINHA NAS NF, PFV É IMPORTANTE PRA MIM!

Boa leitura, perdoem os errinhos e até as NF!

Capítulo 6 - Colapso


Taeyong não mentira quando dissera que costuma ser chato durante as práticas. Ele observa cada detalhe e nenhum erro de nenhum dos dezessete meninos escapa de seus olhos. Mas, mesmo assim, os meninos gostavam de quando ele estava presente na prática. Taeyong tem aquele jeito de corrigir que passa a sensação de que ele realmente quer ensinar e não menosprezar. Em um dos treinos, observa com cuidado o ensaio onde cinco dos meninos dançariam com ele, mas tem sua atenção atraída por um semblante cabisbaixo no fundo da sala. Ele se aproxima devagar, observando Taeil mexendo as mãos nervosamente, tentando acompanhar à distância os passos executados pelos outros.

 – Está tudo bem? – Taeyong pergunta e observa Taeil suspirar.

 – Eu não consigo pegar os passos tão rápido quanto eles, nem executar tão perfeito assim. Acho que só estou um pouco frustrado. – confessa, simplista.

No pouco tempo em que está com eles, Taeyong já conquistara a confiança de todos. Fica feliz ao sentir que o laço entre eles começa a ganhar forma e sente uma estranha simpatia por Taeil.

 – Eu sei que pode ser frustrante, mas não se deixe abater por causa disso. O máximo que vai acontecer é você precisar de um pouco mais de treino. – ele tenta consolá-lo, gentil, mas sente-se apavorado ao ver os olhos bonitos lacrimejarem.

 ­– Eu só sinto, às vezes, que não mereço estar indo nessa turnê junto com vocês. Eu não sirvo para ser seu dançarino de palco, eu nem mesmo entrei aqui pela minha dança.

 Taeyong olha para os lados, procurando por uma ajuda que não vem de lugar algum. Pela primeira vez, sente-se responsável pela pressão que está colocando naqueles ombros e decide que está na hora de pegar suas responsabilidades para si. Agarra o pulso de Taeil e o arrasta para fora da sala, seguindo rapidamente para a mais próxima que esteja desocupada. Taeil o segue sem conseguir se pronunciar pela atitude estranha e encara ambos os reflexos no espelho gigante quando Taeyong finalmente para de lhe puxar.

 – Agora somos apenas você e eu. Vamos. Vou te ajudar a corrigir o que não estiver certo.

 Taeil arqueia as sobrancelhas, mas logo está dançando ao lado de Taeyong, que para a cada instante para arrumar detalhes de sua postura ou algum passo que precisa ser feito de modo diferente. Em algum momento param para descansar, suados e ofegantes, e Taeil o encara com gratidão.

 – Sinceramente, não sei como você tem paciência comigo. – comenta enquanto tenta não se afogar na garrafa de água, fazendo Taeyong sorrir.

 – Eu não quero e não irei deixar você para trás.

 A frase saíra tão naturalmente que Taeyong não percebe o quanto ela chocara Taeil.

 – Por que faz tanta questão que eu vá? – pergunta, curioso. Taeyong esfrega os lábios e suspira, recuperando o fôlego aos poucos.

 – Já disse, a energia de vocês é diferente quando estão juntos. Vocês precisam saber que todos estão lá para fazer realmente com o coração, e é isso que eu quero. Sentimento, não um bando de robôs que executam o que eu pedi.

 Taeil assente com um sorriso e eles voltam a treinar. Não sabem dizer quanto tempo passa até que a porta se abra e rostos curiosos se esgueirem por ali.

 – Achei que tivessem fugido. – Johnny comenta, adentrando a sala com Doyoung e Chittaphon atrás deles.

 – Taeyong estava me ajudando com as coreografias. – Taeil explica e Taeyong recebe um sorriso discretamente agradecido de Johnny, mas logo seu olhar cruza com o de Chittaphon.

 A relação deles não mudara muito depois do beijo, até porque não tiveram muito tempo para conversarem, mas os sorrisos bobos que não conseguem prender na presença um do outro não passam despercebidos por Doyoung, que abre um sorriso com uma ideia em mente.

 – Que tal fazermos uma pausa? – ele sugere e os olhos suplicantes de Taeil convencem Taeyong.

 – Tudo bem, eu já estava ficando exausto também.

 Os meninos sorriem até Doyoung falar novamente.

 – O que acham de jogarmos alguma coisa enquanto descansamos? – ele é recebido com olhares parte desconfiados e parte animados, mas acabam cedendo e eles partem para a sala onde os outros estão.

 Um a um os meninos o seguem, e Taeyong fica propositalmente para trás apenas para segurar o braço de Chittaphon e eles conseguirem ficar sozinhos. Ele o olha curioso e Taeyong perde as palavras por um momento.

 – Oi. – ele começa do básico, fazendo Chittaphon rir.

 – Oi. – ele responde.

 – Sobre o que aconteceu no telhado – ele começa, deixando-o tenso por um momento. Não conversaram sobre isso ainda e Chittaphon teme que ele peça para que esqueça e sigam como sempre foram, mesmo que saiba que isso é o mais indicado a fazer – Não consigo parar de pensar sobre isso.

 A garganta de Chittaphon seca. Realmente, ele falar para esquecer teria sido mais fácil de lidar do que aquilo, mas decide devolver a sinceridade dele com a sua.

 – Eu também não. - ele diz e sente o maldito sangue quente se espalhar por sua face enquanto encara os olhos brilhantes de Taeyong. Ele se aproxima com aquele sorriso pequeno, encostando ambas as testas e fazendo Chittaphon fechar os olhos para impedir que o ar lhe abandone, sentindo o calor da proximidade dele lhe atingindo em ondas. Mas antes que possam fazer qualquer coisa, a porta é aberta e Taeyong se afasta abruptamente, olhando o semblante confuso de Jungwoo à porta, como se tentasse entender o que está acontecendo, mas sem realmente estar interessado sobre isso.

 – Vocês não vêm? – pergunta.

 – Vamos. – Chittaphon responde rápido demais, fazendo Jungwoo rir enquanto sai pelo corredor.

 Taeyong suspira e Chittaphon o acompanha. Lança um sorriso carinhoso para ele antes que saiam da sala e sigam para onde os outros estão. Quando lá chegam, já encontram todos sentado em círculo com uma garrafa no meio. Chittaphon revira os olhos.

  –Ah, não. Não acredito que será isso.  –ele exclama, fazendo Taeyong encarar a cena confuso enquanto os meninos riem – Por que vocês ainda deixam o Doyoung escolher as brincadeiras?

 – O que tem demais, Chittaphon? É só verdade ou desafio. – Doyoung cometa, o sorriso ladino entregando suas verdadeiras intenções. Chittaphon se joga no chão derrotado e bufando e percebe Taeyong sentar ao seu lado.

 – O que tem de tão ruim em verdade ou desafio? A gente nem está bêbado para fazer coisas vergonhosas. – Taeyong comenta.

 ­– Você nunca jogou com eles. Não precisam de álcool para fazerem você passar vergonha. – Chittaphon comenta e Taeyong se arrepia, em partes por medo e em partes por ansiedade.

 O jogo começa com Kun girando a garrafa e a primeira dupla é Jeno perguntando para Jaemin, que escolhe verdade.

 – Você sonhou comigo na noite passada, não foi?

 Alguns “ooh” são escutados. Ninguém sabe exatamente o por quê da pergunta, mas as bochechas coradas de Jaemin deixam algumas pistas no ar. Ele responde um sim tão baixo que quase não se escuta e engatinha até a garrafa para o jogo continuar logo. Os desafios seguintes foram leves, com Jisung dançando girl group e Chenle tentando falar trava-línguas coreanos. Mas a ideia original de Doyoung ainda não saíra de sua cabeça e a hora de colocá-la em ação está se aproximando. Pela primeira vez, a garrafa para em Taeyong, que olha divertido para Taeil.

 – Verdade ou desafio? – pergunta.

 – Desafio. – Taeil responde, inseguro.

 – Te desafio a fazer Johnny rir com alguma atitude fofa.

 Taeyong recebe muitos - basicamente todos - olhares surpresos. Eles não sabiam, até aquele momento, que Taeyong sabe sobre aquele relacionamento, mas o que mais os choca é saber que ele simplesmente nãos se importa. Recuperado do choque, Taeil se levanta e caminha até Johnny, que mantém a expressão neutra. Ele senta por trás dele, envolvendo-o com pernas e braços e se esforçando para apoiar o queixo no ombro de Johnny enquanto balança ambos os corpos como uma criança. Antes de abrir a boca, Taeil já tem a face corada e Johnny os lábios presos para não sorrir.

 – Oppa. – Taeil começa, levando todos a uma comoção barulhenta – Saranghae.

 Gritos, pulos e quase desmaios são  os novos cenários da sala de prática. Taeyong os encara chocado, mas não consegue impedir seu coração de se aquecer quando vê Johnny sorrir e puxar o corpo de Taeil para um abraço cheio de beijos pelo rosto extremamente corado. Depois de um tempo, as coisas se acalmam e Taeyong vira-se para Chittaphon enquanto Taeil gira a garrafa.

 – Oppa? – pergunta e Chittaphon dá de ombros.

 – Sinceramente, prefiro não entender sobre os fetiches deles.

 Taeyong ri e volta a atenção para o jogo, percebendo que Jaehyun faz um desafio para Yuta.

 – Fale algo para o Sicheng que o deixe vermelho.

 O sorriso ladino de Yuta gela até o sangue de Taeyong, que o observa caminhar até Sicheng, tão encolhido que parece um animal indefeso. Yuta se ajoelha na frente dele e se aproxima devagar, falando tão baixo que apenas Sicheng o escuta. Os olhos brilhantes começam a se arregalar enquanto o sangue invade a face delicada com tanta intensidade que o restante dos meninos começa a rir. Yuta volta vitorioso para o próprio lugar enquanto Sicheng esconde o rosto nas mãos, procurando ar. Ele  gira a garrafa e, para o alívio de Doyoung, ele para com Chittaphon, que sente o mundo começar a rachar. Sabe que nenhuma escolha é segura quando se trata de Doyoung, mas acaba ficando com desafio.

 – Escolha uma das duas pessoas que estão do seu lado para agraciar-lhes com um selinho.

 Os murmúrios ansiosos começam a tomar conta do ambiente enquanto Chittaphon sente seu sangue correr frenético em suas veias. Tem Jaehyun e Taeyong ao seu lado e uma imagem bem clara de quais lábios quer beijar, mas sabe que não deveria fazer isso na frente dos outros meninos.

 – Vocês costumam se beijar durante esses jogos? – Taeyong pergunta, ansioso.

 – Não, mas de vez em quando o desafio do selinho surge. Somos todos amigos aqui, não tem porquê fazer drama. – Doyoung comenta, simplista, fazendo Chittaphon suspirar.

 – Não pode ser outra coisa? – ele pergunta e os olhos de Doyoung brilham.

 – Se não der o selinho vai ter que sentar no colo de um deles por três rodadas.

 Chittaphon nem pensa antes de se erguer e virar para Taeyong, imaginara que seria melhor do que beijá-lo na frente de todos. Nunca estivera mais enganado em sua vida. A primeira surpresa para todos é que ele escolhera Taeyong ao invés de Jaehyun, ninguém sabe que são tão amigos assim. A segunda surpresa é ele ter escolhido sentar no colo dele ao invés de apenas deixar um selinho e voltar a brincadeira. Mas ele só se dá conta disso quando tem o olhar surpreso de Taeyong em seu rosto e suas mãos apoiadas nos ombros dele. Eles não vêem o sorriso vitorioso de Doyoung, nem Haechan contando alguma história constrangedora de sua vida. Estão completa e inteiramente focados nos olhos um do outro, envoltos naquela estranha aura que parece cobrir-lhes os corpos, quase fazendo-os esquecerem que não estão sozinhos. Chittaphon se aproxima de Taeyong sem perceber, entorpecido naquele magnetismo que possuem. As mãos dele já estão em sua cintura e ele só precisa se inclinar mais um pouco para capturar os lábios delicados nos seus.

 – Acabou a tortura, pode sair do colo dele, Chittaphon. – escutam a voz de Doyoung quebrar aquele transe estranho, fazendo Chittaphon se afastar devagar enquanto balança a cabeça – A não ser que queira ficar por aí mesmo.

 Chittaphon se distancia devagar e ambos possuem as faces coradas enquanto todos os encaram com olhares sugestivos. Não tem porquê mais negarem os sentimentos que se desenvolvem ali depois daquilo. A brincadeira acaba poucas rodadas depois, com Taeyong dizendo que eles precisam descansar. Ele e Chittaphon ensaiam por mais algumas horas a performance em dupla, tentando dissipar a energia intensa que possuem em seus corpos após aquela brincadeira. Evitam se aproximar demais, sabendo que aquele tipo de afeto não seria bem visto caso outro alguém entrasse ali. Logo Chittaphon vai embora, mas Taeyong ainda tem muita energia reprimida e sabe que não conseguirá dormir se for embora naquele momento.

 Desconta tudo na dança, mais uma vez, aperfeiçoando os passos e corrigindo o que não lhe agrada. O tempo passa singelo, como em todos os outros dias que Taeyong resolvera ficar treinando até mais tarde, mesmo depois que todos partiam. Mas ele se esquecera que também é humano. Cansaço, fadiga, stress, ansiedade, preocupações, confusões. Ele esquece que todos têm um limite e que seu corpo não é feito de aço. Seus joelhos não conseguem o sustentar da forma que deveriam e suas pernas bambas acabam fazendo que seu pé não se firme como deveria no chão. A dor é excruciante e seu corpo vai ao chão com um barulho oco. Taeyong resmunga, mas não consegue se mexer. Cada célula parece pesar uma tonelada e sua mente roda com tamanha velocidade que o enjoa. É seu corpo dando um basta, desligando-o forçadamente já que não o faz sozinho. Antes de perder a consciência, observa o borrão da porta se abrindo e se deixa ser engolido pela escuridão.


Notas Finais


É isso galeris!

SEGUINTE, não estava no meu planejamento vai ser mais do que dois casais aqui. PORÉM, NCT tem interação demais (um dos motivos desse cap ter nascido kk) e quero saber se tem mais algum outro casal que vcs gostariam de ver.
Assim, não sei se teria mt espaço para desenvolvê-los pq a fic é focada em TaeTen, mas eu poderia fazer algum comentário que deixasse subentendido se vcs quiserem. De qualquer forma, digam a opinião de vcs.

Obrigada por lerem até aqui e até o próximo ~
XOXO


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