1. Spirit Fanfics >
  2. Forbidden Love - Season 3 - Lonsing my mind >
  3. Blood Calls To Blood

História Forbidden Love - Season 3 - Lonsing my mind - Blood Calls To Blood


Escrita por: JeMikaelson

Notas do Autor


Oi gente...
Eu sei, estou algumas horas atrasada, mas pelo menos postei, né?
Desculpem erros ortográficos
Espero q goste, pq hj tá foda...
PS: Só mais dois capítulos pra fanfic acabar!!! Quer dizer, dois capítulos sem contar a surpresa q eu vou contar lá nas notas finais... MAS NÃO PULE O CAPÍTULO! LEIA PRIMEIRO E DPS VÊ A SURPRESA!

Capítulo 35 - Blood Calls To Blood


 

Eu havia acabado de escovar meus dentes o máximo que consegui para tirar o gosto horrível do vomito. Isso mesmo, os enjoos da gravidez estavam voltando.

Passei na lojinha do posto e comprei salgadinhos e muito chocolate. Enquanto estava na fila para pagar o que peguei, fiquei olhando meu reflexo em um espelho pendurado na parede. Percebi que minha barriga havia crescido. Muito. Estava como a de Lavínia dias antes dela dar a luz. Quanto tempo de gravidez eu tinha? Quase um mês? Não deveria estar daquele tamanho. De jeito nenhum.

Um borrão me deixa tonta. Quando me dou conta, o espelho reflete as duas criancinhas que salvaram a minha vida na casa fantasma.

– Encontre ele, mamãe. – A garotinha disse. – Você precisa encontra-lo.

– Eu estou tentando. – Respondi.

– Ele é a nossa única esperança. – O garotinho completa.

– Eu estou tentando o máximo que consigo. – Repeti. – Eu vou encontra-lo. Prometo. Mas está difícil.

– Como assim difícil? Não está sentindo? – A garotinha pergunta. – Não está ouvindo?

– Ouvindo o quê? – Perguntei.

– Ela está chamando. – O garotinho responde.

Quando ia perguntar de quem eles estavam falando, ouvi um cantarolado que me fez suar frio.

– Dahlia. – Eu mesma respondi. – Como podem ouvir ela? – Perguntei. Só então percebi que eles também eram primogênitos. – Ah meu Deus! – Era essa a segunda coisa. Os gêmeos. Dahlia fez três exigências à Abaddon para ajuda-la. Uma era sair de seu inferno pessoal, a outra eram os gêmeos e a terceira...? Só podia ser Miguel!

Outro borrão e eu me encontrei sozinha no reflexo do espelho. Todos me olhavam como se eu fosse louca.

– Próximo. – O cara do caixa diz. Era a minha vez.

Ainda zonza com tudo aquilo, fui à frente e coloquei as coisas no caixa.

Enquanto o cara empacotava as coisas e eu procurava o dinheiro, comecei a pensar no que havia acontecido.

Quando Rebekah me explicou sobre o mundo sobrenatural, me contou que Dahlia sempre conseguia me encontrar pela minha magia. Agora, Dahlia tinha sua magia de volta – mesmo que eu outro corpo – e se eu conseguisse fazer o mesmo? E se eu conseguisse encontra-la pela sua magia?

– Moça, precisa de ajuda? – O rapaz do caixa pergunta.

– Não, obrigada. – Falei lhe entregando uma nota de 20 dólares.

Peguei minhas compras e voltei para o posto. Logo avistei o carro de Kol.

– Acho que sei como encontrar Dahlia. – Falei entrando no carro. – É outro tiro no escuro, mas posso tentar.

– Temos feito um tiroteio no meio de um blackout ultimamente. – Kol disse ainda sem me encarar.

– Sabe o que dizem: quem não arrisca, não petisca. – Falei. Percebi que ele estava estranho.

Do nada, ele sai do carro, batendo a porta com força.

No mesmo instante, fuzilei Scott com o olhar. Ele estava com um sorriso irritante nos lábios.

– Algum problema, querida? – Scott disse.

– Sim. Você ainda está respirando. – Falei. – O que disse a ele?

– O óbvio. – Scott responde.

– Scott, é incrível como a cada segundo minha vontade de te matar aumenta! – Falei. – O que exatamente você disse para ele?

– Apenas expliquei que os filhos eram dele. – Scott disse. – Ele disse que os gêmeos eram meus. Loucura né?

– Realmente loucura. Eu nunca me envolveria com você! E provavelmente abortaria um filho seu. Já que eu teria certa duvida se seria humano ou um monstro como você! – Falei com ódio. Saí do carro e dei a volta.

Kol estava encostado na porta do carro, olhando para o nada.

– E então? Tiros no escuro são seu novo hobbie? – Kol pergunta.

– Kol... – Antes que eu pudesse dizer algo mais, ele me interrompe.

– Eu sei, era um tiro no escuro. Se eu acreditasse, daria certo, se não, paciência! – Kol disse. – Só me explique: qual era o objetivo disso?

Ele me encarou com seus grandes olhos castanhos.

– É complicado... – Falei.

– Não, não é! – Kol diz. – Odeio concordar com aquele babaca, mas é realmente você quem complica tudo, Hope! Ainda está nervosa comigo porque traí sua confiança? Por isso mentiu?

– Não! – Falei na hora. – Não é isso. Você já reconquistou a minha confiança. Não tem nada a ver com isso!

– Então o que é? O que é, loira? Por favor, me diga, porque você está me fazendo pirar. Estou ficando paranoico pensando no que pode ter te motivado a fazer isso! – Kol suplicou.

Eu não podia falar a verdade. Não agora. Quem sabe algum dia eu contasse, mas agora não!

– Kol, podemos conversar sobre isso depois. Agora, temos que achar Miguel. Isso é tudo que importa nesse momento. – Falei. – Vamos, acho que sei o que fazer para encontrar Dahlia sem a ajuda de Scott.

Entramos no carro e Scott continuava lá. Olhei para ele pelo retrovisor e o vi com uma expressão indecifrável e a cabeça um pouco inclinada para a direita. Suas pernas estavam separadas uma da outra e no espaço entre elas ele deixou suas mãos, acorrentadas.

Eu sabia que podia acabar com ele se quisesse, mas ele me dava medo. Um tremendo medo.

Scott percebeu que eu estava o observando e abriu um sorriso maníaco que me fez tremer mais ainda.

Automaticamente, desviei o olhar e cantarolei mentalmente. Aquele maldito cantarolado, de alguma forma, me deixava mais calma, mas confiante e acabava com todo meu medo. Me lembrava quem eu era e me lembrar que eu era ninguém mais ninguém menos que, Hope Mikaelson, me fazia perceber que era burrice sentir medo dele ou de qualquer outra pessoa.

Procurei meu colar em meu pescoço, mas não o encontrei. Mesmo assim, continuei confiante e disse para mim mesmo: “Eu sou uma Mikaelson. Não devo ter medo de nada nem de ninguém, são eles que devem temer ao ouvir meu nome!”.

Voltei a encarar Scott, dessa vez sem demonstrar nenhum sinal de medo. Como um passe de mágica, Scott desviou o olhar.

Sorri satisfeita e só então, percebi que já estávamos em movimento, na estrada. Vi uma placa que dizia New Orleans retorno.

– Pegue o retorno. – Mandei.

– O quê? – Kol pergunta. – Por quê?

Olhei novamente para Scott e percebi que ele parecia surpreso e amedrontado ao mesmo tempo.

– Tenho a sensação que Miguel está mais perto do que imaginávamos. – Falei.

(...)

Cantarolava em voz alta agora. Eu estava certa ao pensar que aquele cantarolado significava alguma coisa mais. Não era atoa que ele me passava tanta segurança.

Enquanto cantarolava, via imagens de uma casa simples, como qualquer outra. Era o ponto de vista de alguém. Esse alguém andava por uma cozinha branca.

– Diga que toda essa cantoria está dando em algo. – Kol pede.

– Sim está. – Falei.

As imagens voltam. O alguém continua andando pela cozinha até que... O alguém para em frente a um cadeirão com um bebê sujo de algo vermelho.

– Alguma coisa? – Kol pergunta. – Um ponto de referência? Qualquer coisa?

– Por favor, que isso seja alguma frutinha. – Pedi ignorando o que Kol disse.

Foi quando percebi o bebê batendo em um plástico no cadeirão. Não um plástico qualquer, uma bolsa de sangue.

A criança batia as mãozinhas e ria, como se achasse aquilo divertido e quisesse mais.

Vi os belos olhinhos azuis daquela criança e vi seus cabelinhos loiros com respingos vermelhos. Mesmo pequeno, ele tinha uma olhar... Um olhar malicioso e assassino. Um olhar parecido com o De Lavínia Black enquanto tortura suas vitimas, ou com o de Klaus Mikaelson quando vai punir alguém que o traiu.

– Hope, diga alguma coisa. Estou começando a ficar nervoso. – Kol pede.

– É ele. – Falei. – Só pode ser ele.

– Você está o vendo? – Kol pergunta. – Como pode ter certeza que é mesmo ele?

– Que outro bebê teria o olhar do diabo? – Perguntei. Simplesmente não conseguia parar de olhar para os olhos azuis daquela criança.

– Eu tenho uma sugestão sobre outros bebês com esse olhar. – Scott disse. – Reza a lenda que Klaus Mikaelson, no meio de uma estrada, entrega sua primogênita nos braços de sua irmã e diz “Ela tem um toque do diabo em seus olhos. Isso é meu!”. –Scott disse.

– Cale essa boca! – Kol disse. – Vai fazê-la perder a concentração.

Por um segundo isso aconteceu, mas eu agradeci por ter acontecido. Pude ver Scott passando as algemas para frente do rosto de Kol e o enforcando com as correntes.

Rapidamente, fiz um gesto e quebrei a mãos de Scott. O mesmo começou a gritar de dor.

Sua pequena distração foi o suficiente para Kol fazer algo. Algo totalmente estupido!

Kol vira o volante e o carro dá uma volta e por sorte, para bem a tempo de não cair barranco a baixo.

Kol se livra da corrente em seu pescoço. As imagens haviam parado. Ótimo!

Kol sai do carro com raiva.

Recupero o fôlego e enquanto isso, olho para Scott pelo retrovisor. Do nada, ele é puxado para fora do carro.

Saio do carro e corro até o outro lado.

Encontro Kol segurando o pescoço de Scott enquanto o ergue, fazendo com que seus pés não encostem no chão. Scott coloca suas mãos sobre as de Kol para tentar se soltar.

– Kol pare! – Pedi. – Precisamos dele ainda!

– Hope, você tem um GPS mental e isso é suficiente para encontrar Miguel. – Kol disse. – Apenas me deixe acabar com ele de uma vez. Algo tão simples e que nunca fomos capazes de fazer.

– Não acho que meu GPS mental seja suficiente. – Falei. – Meu GPS mental diz que Dahlia está em New Orleans, mas pode ser mentira. Não sabemos se realmente funciona. Não sabemos se isso que eu vi é real!

Kol solta Scott, que cai no chão.

– Assim que descobrirmos onde Miguel está, eu vou mata-lo e você não vai me impedir. – Kol disse.

– Se precisar de ajuda, vou estar a disposição. – Falei.

Kol se afasta e eu vou a frente, encarando Scott.

– Eu não vou dizer nada. – Scott disse.

– Eu tenho meus métodos para te fazer falar. – Falei.

Kol me encara confuso.

– Hope... – Kol disse cauteloso. – Não faça nada estúpido.

– Tenho algo a te propor. – Falei ignorando o que Kol disse.

– Hope! – Kol grita.

– Estou ouvindo. – Scott disse.

Solto um suspiro longo a procura da calma. Isso era necessário. Se eu não o fizesse, nunca encontraríamos Miguel só pela minha conexão com Dahlia.

– Um duelo. Você escolhe qual. Não eram assim que as coisas funcionavam antigamente? O desafiado escolhe qual tipo de duelo. – Falei tentando afastar o medo. – Se eu vencer, você vai contar onde Miguel está.

– E se eu vencer? – Scott pergunta se levantando. – O que eu ganho?

– O que você quiser. – Falei quase em um sussurro.

– Ótimo. – Scott diz. – Se eu vencer, você vai entrar para a seita.

– Isso só acontecerá o dia que eu virar Deus! – Kol disse me afastando de Scott e o peitando. – Isso é loucura Hope! Podemos muito bem tortura-lo até que ele fale.

– Nenhuma dor no mundo vai fazê-lo falar. – Falei. – Kol, Scott só vai colaborar se perceber que eu sou mais forte que ele. E eu vou provar isso a ele! – Falei. – Vou ganha-lo nesse duelo e vou descobrir onde está o meu irmão! – Falei por fim. – Confie em mim.

Kol continua encarando Scott, mas dá um passo para trás e depois olha para mim.

– Se perder isso, sabe que não vou te deixar ir com ele, não sabe? – Kol pergunta.

– Sempre desconfiei. – Falei com um sorriso fraco nos lábios.

Vou a frente e encaro Scott.

– Um duelo mental. – Scott diz. – O mais esperto vence.

Assenti com a cabeça e vi Scott erguendo sua mão para que eu a apertasse. Olhei uma ultima vez para Kol e apertei a mão de Scott.

(...)

POV-KOL

Hope e Scott ficaram desmaiados por o que pareceu pra mim uma eternidade. Estava quase decidindo chacoalhar Hope quando os dois acordaram.

– E então? – Perguntei com medo de que Scott tivesse ganhado no tal duelo mental.

– Eu ganhei! – Hope disse com um toque de surpresa em sua voz.

– Como? – Perguntei.

– Eu ganhei! – Ela repete se levantando. – Eu ganhei o duelo mental! – Ela sorri e me abraça.

Retribuí o abraço, aliviado. Ficamos ali por alguns minutos. Nenhum dos dois queria largar. Eu só poderia ficar mais feliz se os gêmeos ainda estivessem vivos. Por um segundo, pude sentir um pequeno chute na barriga de Hope, infelizmente era só a minha imaginação.

Hope e eu nos soltamos e ela estava olhando para sua barriga e sorrindo.

– O que foi? – Perguntei.

– Nada. – Ela disse. – Só estou extremamente feliz!

Ela se vira para Scott, que ainda estava no chão, tentando se recuperar. Seja lá o que foi esse duelo mental, Hope realmente acabou com ele.

– O que estão olhando? – Scott pergunta.

– É hora de pagar. – Respondi. – Onde Miguel está?

– Pode começar a falar, querido! – Hope disse com um sorriso vitorioso nos lábios.

– Eu não vou dizer nada! – Scott disse.

Olhei para a Hope, buscando sua permissão para arrancar muito sangue daquele desgraçado, mas ela fez que não com a cabeça.

– Você vai dizer. – Hope disse. – Esse foi o nosso trato. Se eu ganhasse, você diria onde meu irmão está. A não ser que você queria que eu acabe ainda mais com você, é melhor começar a falar! – Hope ameaça. – Comece a falar antes que eu perca o pingo de sanidade que ainda resta e está me impedindo de fazer a sua cara de carpete.

– Soa como Lavínia Black. – Scott disse.

– Talvez essa seja a intenção. – Hope responde. – Diga onde ele está! – Hope fecha a mão em um punho, lentamente, e Scott começa a se contorcer. – Sabe que posso te matar agora mesmo, então tudo o que você pode fazer é falar.

Percebi que Scott estava sangrando. Como se tivesse levando uma facada na barriga.

– Tudo bem, eu falo! – Ele grita com a mão onde estava sangrando. – Ele está em um bairro antigo de New Orleans, pouco movimentado. Principalmente depois do presentinho que eu deixei lá. Nenhum dos vampiros de Klaus se atreveu a voltar lá. – Scott disse

– Eu não conheço esse bairro. – Hope disse.

– Eu sim. – Falei me lembrando do que aconteceu naquele bairro. – Foi onde Lavínia achou o corpo carbonizado de Miguel. – Falei. – Ou pelo menos de quem ela achou que fosse Miguel.

– Não acho que algum de vocês faz visitas recentes a esse lugar, então mandei Dahlia leva-lo para lá.

– Se o que eu vi for verdade, temos que nos apressar. Dahlia está o alimentando com sangue. – Hope disse.

– Melhor que leite maternal. – Scott disse. – Miguel com certeza concorda.

– O que quer dizer com isso? – Hope pergunta.

– Miguel é parte vampiro. – Scott disse. – Ele precisa se alimentar como qualquer outro vampiro. Mas só necessita de pequenas doses e conforme vai crescendo, as doses aumentam, até a fase adulta que ele começa a se alimentar como qualquer outro vampiro.

– Tudo bem, mas Dahlia estava lhe entregando uma bolsa inteira de sangue. – Hope disse.

– Um vampiro não precisa drenar um corpo inteiro, mas às vezes nós drenamos. – Falei.

– O que isso significa? – Hope pergunta.

– Esqueci que você foi hibrida por pouco tempo. – Falei. – Nós drenamos as pessoas não porque precisamos, mas porque queremos.

– Continuo sem entender. – Hope disse.

– Por diversão, Hope! Miguel está drenando bolsas de sangue por pura diversão. – Falei de uma vez.

– Ele é um bebê. – Hope disse.

– Um bebê com o olhar do diabo, segundo você! – Falei. – Temos que considerar que é o filho de Klaus Mikaelson e Lavínia Black.

– Vamos logo, estou começando a ficar enjoada com esse assunto. – Hope disse.

– Talvez não seja por causa do assunto. – Scott disse.

Hope faz um gesto com a mão e Scott desmaia.

– Isso dura 15, no máximo 20 minutos então vamos logo. – Hope disse entrando no carro.

Joguei Scott no banco de trás e entrei no banco do motorista.

(...)

Chegamos no bairro. Como esperado, sem movimento. Casas simples com um carro simples na garagem.

– Certeza que isso dura no máximo 20 minutos? – Perguntei enquanto avaliava as casas para tentar descobrir em qual estava Miguel e a doida da Dahlia. – Parece que demora um século.

– Tá ai uma coisa que não achei que veria: Você sentindo falta do Scott. – Hope disse. – Passamos 17 minutos na estrada. Ele está pra acordar.

Quase como se tivesse sido combinado, Scott acorda.

– Falando do diabo... – Resmunguei.

– Já chegamos? – Scott pergunta.

– Já? – Hope pergunta. – Demorou mais do que você pensa. E nós só chegamos no bairro, ainda precisamos saber em qual casa ele está, então, fique a vontade para falar.

– Está na mesma casa que Lavínia encontrou o corpo do bebê carbonizado. – Scott disse. – É claro, depois da reforma.

– Que seria...? – Perguntei.

– Tem poucas casas, vocês deveriam parar de ser preguiçosos e bater de porta em porta. Não vai demorar tanto pra acha-lo. – Scott disse.

– Vai demorar mais do que queremos. – Hope disse. – É bem mais fácil você dizer onde é exatamente.

Vi um casa com uma lona tampando a garagem. Várias tábuas de madeira na frente da garagem e alguns baldes de tinta.

– Acho que encontrei. – Falei. – Demora até uma casa ser reformada, principalmente depois de pegar fogo, então a casa ainda estaria em reforma. – Apontei para a casa que eu tinha visto.

– Até que você não é tão burro. – Scott disse.

– E você fica cada vez mais inútil. – Falei estacionando em frente a casa. – E fica bem melhor quando não está consciente, até parece que está morto e imaginar isso me deixa feliz. – Olhei para Hope. – Pode fazer as honras, loira.

Hope repete seu gesto e Scott volta a dormir.

– Temos 20 minutos. – Hope disse descendo do carro.

Fomos até a porta e quando eu estava prestes a bater, Hope segura a minha mão.

– O que foi? – Perguntei confuso.

– Dahlia é esperta. Ela sabe que ninguém viria visita-la. – Hope cochicha. – Temos que entrar na casa sem ela perceber.

– E como você pretende fazer isso? – Perguntei.

Hope olha para a porta por um tempo e a empurra sem muito esforço.

– Talvez assim. – Ela disse.

Ela adentrou a casa e eu pedi mentalmente para que a casa não estivesse no nome de ninguém.

Quando entrei na casa agradeci a Deus por ter ouvido minhas preces.

– Acha que é aqui mesmo? O que eu disse foi só um palpite. – Cochichei.

No caminho para a cozinha, ouvimos um cantarolado familiar.

– É aqui. – Hope disse assustada.

A porta atrás de nós se fecha.

– Que surpresa, não estava esperando por visitas. – Uma voz desconhecida diz da cozinha. O cantarolado para. – Mas é sempre bom um visita surpresa. – Uma mulher loira de idade aparece na nossa frente. – Principalmente quando é uma visita de familiares.

– Dahlia. – Hope sussurra.

– Olá criança. – Dahlia responde. – Olá para você também, Kol.

– Olá tia querida. – Gracejei. – Viemos fazer uma visitinha rápida e esperamos que agradável para vocês.

– Vocês? – Dahlia repete.

– Sim, vocês. – Hope confirma. – Vou ser direta: viemos aqui buscar meu irmão.

– Seu irmão? – Dahlia repete novamente.

– Miguel. – Hope diz. – Eu sei que ele está aqui em algum lugar.

– Não faço ideia do que estão falando. – Dahlia mente.

– Uma pena. – Hope disse. – Acho que vamos ter que procurar nós mesmos, Kol. – Hope empurra Dahlia com um gesto curto. Dahlia bate no fogão da cozinha e antes que Hope pudesse passar para a sala de onde vinha um barulho da televisão, Dahlia faz um gesto e Hope cai de joelhos no chão.

– Hope! – Gritei indo em sua direção para ajuda-la. Antes que eu pudesse chegar perto dela, Dahlia faz outro gesto com a outra mão e me jogo do outro lado da cozinha, me prendendo contra a parede.

POV-HOPE

Eu estava tentando me livrar do feitiço de Dahlia, mas de alguma forma, ela parecia mais forte do que nunca.

– Você está forte, garota, mas continua sendo inferior a mim! – Dahlia disse ainda sentada no chão, com as costas no fogão. – Todos vocês continuam inferiores a mim!

Eu estava quase cedendo quando vi uma faca sendo lançada na direção de Dahlia.

A faca atinge sua artéria e ela começa a sangrar exageradamente. Dahlia leva suas mãos pescoço e eu e Kol nos livramos de seu feitiço. Olho pra Kol e me surpreendo ao ver que ele não havia atirado a faca.

Kol estava olhando para algo na direção da sala.

Quando olhei, encontrei um bebê loirinho, sujo de algo vermelho. Ele ria e batia palmas ao olhar para Dahlia.

– Só pode estar brincando. – Falei.

O bebê engatinha até a poça de sangue que formava em volta de Dahlia. Ele sobe no colo de Dahlia e logo depois de conseguir se equilibrar em cima das coxas de Dahlia, coloca sua mãozinha na testa dela. Em segundos, Dahlia desmaia.

E naquele mesmo segundo, eu consegui sentir o que aquele bebezinho havia feito.

– Ela morreu? – Kol pergunta. – Se ela morreu, você e Freya...

– Ela não morreu. – Falei. – Ela só voltou para seu inferno pessoal. Agora feito com mais maldade.

O bebê desce do colo de Dahlia e engatinha até chegar na minha frente. Ele ri e foi quando caiu a ficha de que Miguel estava na minha frente. O sorriso era exatamente igual ao do nosso pai. Seus olhos, azuis como os de Lavínia, sempre querendo insinuar algo a mais.

O peguei em meus braços e me levantei, observando cada detalhe de seu rosto.

– Deveríamos dar um banho nele antes de leva-lo para casa. – Kol sugere, parando atrás de mim e observando Miguel.

– Pra quê? – Perguntei ainda o observando. – Um banho vai limpar o sangue, mas nada vai mudar. Ele vai continuar sendo um pequeno assassino.

– Ele só assassinou Dahlia. Ninguém muito importante. – Kol graceja.

– Essa mulher acordaria em alguns minutos. Mas agora é bem provável que quando ela acordar já vai estar a beira da morte de tanto sangrar. – Falei.

Percebi outra faca voando ao meu lado. Peguei a faca no ar e sorri para Miguel.

– Ele é definitivamente filho da Lavínia e do Nik. – Kol disse.

– Chega de brincar com a vida dos outros por hoje, maninho. – Falei colocando a faca no balcão e indo em direção as escadas que, provavelmente me levariam ao quarto, onde teria um banheiro.

– O que fazemos com essa bagunça? – Kol pergunta.

– Pode dar banho nele enquanto eu arrumo tudo? – Perguntei.

– Não sei se sou o mais indicado para isso, mas... – Kol disse pegando Miguel no colo. Ouvimos uma música de suspense vindo da sala. – Estava assistindo um filme de terror? – Kol pergunta para Miguel.

Fui até a sala e desliguei a TV que estava transmitindo psicose.

– Crianças da idade dele não deveriam assistir Peppa Pig ou alguma coisa assim? – Perguntei.

– Pelo menos não é nenhum canal pornô. – Kol disse subindo as escadas.

Revirei os olhos e voltei para a sala.

Várias bolsas de sangue estavam jogadas no tapete felpudo em frente a TV, que agora estava desligada. As bolsas de sangue estavam vazias e algumas gotas de sangue estavam manchando o tapete.

(...)

Depois de limpar o máximo que consegui a sala, passei para a cozinha.

Ouvi gemidos baixos de dor.

Os segui e fui até a mulher que antes era Dahlia. Ela havia acordado e pressionava o ferimento.

– Por favor, me ajude! – Ela implorou.

Peguei meu celular e liguei para a emergência. A mulher disse que a ambulância chegaria a qualquer instante.

Ignorei a mulher e subi as escadas, correndo.

Cheguei no quarto e fui em direção do banheiro.

Estava quase gritando para Kol se apressar, quando vi a cena mais fofa do universo.

Kol estava com as mangas arregaçadas, jogando água cuidadosamente nas costas de Miguel, que estava em uma banheirinha azul dentro do box do chuveiro.

Imaginei ele dando banho em um dos gêmeos, enquanto eu trocava o outro no quarto. Me encostei no batente da porta e fiquei admirando aquela cena linda.

Foi então que me lembrei que precisávamos ir embora o mais rápido possível.

– Kol, seja mais rápido. – Apressei, voltando para o quarto e procurando pelo guarda-roupa alguma roupa limpa de Miguel.

– Loira, Scott só vai acordar daqui à 5 minutos. – Kol grita do banheiro.

– Não é só por causa do Scott. – Falei finalmente encontrando a gaveta onde ficavam as roupas de Miguel. – Precisamos ir embora daqui!

– Por que tanta pressa? – Kol aparece na porta do banheiro, segurando Miguel, enrolado em uma toalha branca, quase caindo dos braços de Kol.

Comecei a rir da forma desengonçada que Kol estava o segurando e tirei Miguel dos braços dele.

– Você é uma péssima babá. – Falei levando Miguel até a cama e o deitando cuidadosamente nela.

– Eu disse que não era o mais indicado pra essas coisas. – Kol falou.

– Pode procurar a fralda e o talco pra mim? – Pedi.

– O que é talco? – Kol pergunta. – Brincadeirinha. Eu não sou tão ruim assim.

Ele vai até uma estante com vários produtos de beleza e lá, pega o talco.

– Procure as fraldas por essas gavetas. As fraldas nunca ficam longe do talco. – Falei.

Kol tenta a primeira gaveta e encontra o pacote de fraldas.

Ele me entrega uma das faldas do pacote e o talco.

Rapidamente, joguei um pouco de talco em Miguel e coloquei a fralda. Vesti a roupinha nele e pronto. Ele estava pronto. Nem parece que tinha ferido gravemente uma mulher.

– Posso ser uma péssima babá, mas posso garantir que você seria uma ótima babá. – Kol disse observando Miguel. – Ou talvez uma ótima mãe.

– Não é por falta de exemplo. – Falei me lembrando de Hayley Marshall.

Virei o rosto para encarar Kol, o que foi um grande erro. Ele estava mais próximo do que eu imaginava e nossos rostos ficaram a milímetros de distância.

– Ainda estamos com pressa? – Kol pergunta acariciando meu rosto.

– Sim, estamos. – Falei virando o rosto e pegando Miguel no colo. – E temos um bebê presente. Definitivamente é um péssimo momento para isso.

– Não é um dos mais inocentes. – Kol disse apontando para Miguel. – Mas acho que posso esperar.

Prensei os lábios e fui em direção a saído do quarto. Kol veio atrás.

Descemos as escadas e saímos da casa.

– Estamos esquecendo algo? – Perguntei na parte de fora da casa.

– Além da mulher gritando de dor na cozinha? – Kol graceja.

– Tem uma ambulância vindo pra cá. – Falei.

– Acho que da cadeirinha. – Kol disse. – Acho que vi ela no quarto. Vou buscar e já volto.

Depois de alguns minutos, Kol aparece com a cadeirinha em suas mãos.

Ele vai até o carro e eu o sigo com Miguel no colo.

Ele abre a porta do banco de trás e prende a cadeirinha ao carro. Como ele sabia fazer isso? Não importava. Eu podia perguntar outra hora no caminho para casa.

– Devemos mesmo colocar Miguel aqui atrás com ele? – Perguntei.

Scott acorda no mesmo instante e Miguel bate palmas, fazendo Scott apagar novamente.

– Acho que ele sabe se virar. – Kol disse.

Prendi Miguel na cadeirinha e entrei no carro. Kol dá a volta e entra também.

Saímos de frente da casa e logo pude ouvir as sirenes da ambulância e quando estávamos longe o suficiente, uma explosão.

Me virei e vi que a casa onde estávamos a pouco tempo atrás estava em chamas. Olhei paara Miguel e vi que ele estava com um sorriso nos lábios, esperando que eu olhasse para ele. Ele bate palmas quando eu o faço.

(...)

POV-DAVINA

Klaus havia ligado. Era hora de trazer Lavínia de volta. Kaleb, Marcel e eu estávamos prontos para sair do cemitério quando vemos uma pessoa com um capuz, sussurrando algo no portão do cemitério. Logo, várias pessoas encapuzadas aparecem em volta do cemitério e o sussurro se tornou um grito de guerra que todos repetiam juntos.

Logo percebi que aquele era um feitiço de barreira. Estávamos presos no cemitério.

– Quem são eles? – Kaleb pergunta.

– A seita de Abaddon. – Respondi. – Não vamos conseguir sair.

Continua...


Notas Finais


Gostaram? Não gostaram? Deixem nos comentários...
Lembrando q a fanfic só tem mais dois capítulos...
A surpresa é q a fanfic vai ter capítulos bônus q vão contar o q vai acontecer dps de toda aquela porra com a Abaddon...
Desculpem mais uma vez pelos erros ortográficos...
Beijos, até a próxima semana!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...