Escrita por: IAMilla22
Mais que depressa, Taehyung e o pai entraram na carruagem e juntamente com a polícia partiram em direção à casa de Min Ah. O herdeiro Kim quase roía as próprias unhas tamanho era o seu nervosismo, tinha medo de não conseguir chegar a tempo e uma catástrofe acontecer. Sabia que a mãe era capaz de qualquer coisa para conseguir o que queria e Min Ah estava em seu caminho. Jamais se perdoaria se acontecesse qualquer coisa com ela ou com o filho.
Assim que chegaram na mansão, avistaram a carruagem de Naeyun parada na escadaria e o cocheiro sentado nos primeiros degraus, aguardando o retorno de sua senhora. O homem assustou-se ao ver Taehyung e o pai se aproximarem com a polícia no encalço e, visivelmente nervoso, prontamente se pôs de pé, esperando que o alcançassem.
- Do Yun! - exclamou Sun Woo, se aproximando. - Sabe me dizer se Naeyun por acaso está lá dentro? - o homem o encarou com pesar.
- Está sim senhor, a menina Park está com ela. - ele mal terminou de falar e Taehyung e o pai começaram a surtir as escadas seguidos pelos policiais. - Esperem! - gritou, os fazendo parar no meio do caminho para encara-lo.
- O que foi? - resmungou Taehyung impaciente, não tinham tempo para perder.
- Senhor Kim, ela está com sua arma.
- O QUE?! - antes que pudessem fazer qualquer coisa, um barulho de tiro foi ouvido.
- MIN AH! - gritou Taehyung, correndo escadaria acima.
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Min Ah respirou fundo e fechou os olhos com força, esperando o barulho de tiro e o impacto da bala em seu corpo. Porém, este não veio. Desconfiada, tornou a abrir um dos olhos, meio hesitante. Naeyun a encarava com os olhos semicerrados, como se estivesse esperando que alguém aparecesse para frustrar seus planos. Ambas se encararam por alguns segundos, o silêncio era quase ensurdecedor, até que Min Ah, respirando fundo para conseguir coragem, resolveu falar alguma coisa.
- Você não vai atirar em mim? - perguntou, estava confusa com a reação da mais velha, havia dito que ia matá-la mas continuava parada com a arma apontada para a sua barriga.
- Eu vou, estava esperando para ver se você não tinha algum truque na manga já que sempre consegue frustrar meus planos. - Min Ah ouviu o clique característico de quando a arma é preparada para atirar e engoliu em seco, o coração batendo forte contra o peito.
- Não faça isso Naeyun, jebal. - Ela não queria morrer, não daquele jeito, não na frente de seu filho, não sem antes contar a Taehyung de sua gravidez.
- E porque eu não faria? Não tenho nada a perder. - a megera riu sem humor. - Pelo menos morta você não vai ficar no meu caminho.
- E quanto ao Taehyung? - questionou Min Ah, sentindo uma onda de fúria tomar conta de si. - Ele não tem importância pra você?
- Como ousa...?
- Como acha que ele vai reagir quando souber que estou morta? Acha que ele vai te agradecer por tê-lo livrado da terrível escrava e ser feliz para sempre com Hyu? - ironizou, vendo as narinas da mais velha inflarem-se com a raiva. - Lamento informar mas tirar minha vida não vai fazer ele te obedecer, muito pelo contrário aliás.
- CALE A BOCA! - Naeyun apontou a arma para um quadro atras de Min Ah e antes que a jovem se desse conta, puxou o gatilho acertando-o com um estrondo, fazendo a mais nova gritar com o susto ao mesmo tempo que Tae Woo, brincando no tapete, começou a chorar assustado. - Sugiro que tome cuidado com o que diz porque podem ser suas últimas palavras.
- Min Ah, você está bem? - perguntou a senhora Kang, vindo pelo corredor. - Eu ouvi um estrondo e...SANTO DEUS!- gritou, se assustando ao ver Naeyun apontando uma arma para a jovem, que tinha lágrimas nos olhos. Tae Woo chorava inconsolável no tapete chamando pela mãe e assim que a senhorinha se adiantou na direção do pequeno, Naeyun apontou a arma para ela a fazendo parar no lugar.
- FIQUE ONDE ESTÁ OU VAI SOBRAR PRA VOCÊ TAMBÉM!
A porta de entrada se abriu num estrondo e logo a megera se viu cercada por policiais, que entraram juntamente com o marido e o filho, armas foram apontadas em sua direção enquanto ela continuava com Min Ah na mira. Sun Woo rapidamente pegou o neto no colo que ainda chorava e com um gesto de cabeça em direção ao segundo andar o entregou a senhora Kang, que desapareceu de vista com a criança. Taehyung respirou mais aliviado, pelo menos o filho estava seguro.
- Solte a arma Naeyun, acabou!- Disparou Sun Woo, recebendo um olhar de súplica de Min Ah.- Jong Su já contou à polícia que vive foi a mandantes do sequestro de Tae Woo, se entregue de uma vez, vai ser melhor pra todo mundo.
- SÓ ACABA QUANDO EU DISSER QUE ACABOU! - Suas mãos se apertaram em torno da arma. - E ESSA VAGABUNDA VAI APRENDER O QUE ACONTECE COM QUEM SE METE NO MEU CAMINHO!
- MIN AH! - sem pensar, Taehyung correu na direção da amada ao mesmo tempo que a mãe puxava o gatilho.
Os segundos seguintes passaram como se tudo estivesse em câmera lenta. Taehyung colocou o corpo na frente de Min Ah como um gesto de proteção ao mesmo tempo que Naeyun efetuou o disparo, a bala se alojou em seu abdômen e ele foi ao chão, as duas mãos na região do tiro, o rosto contorcido em uma careta de dor.
- TAEHYUNG! - a jovem se jogou ao seu lado, lágrimas escorriam por seus olhos enquanto ela o amparava. - O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ?! - gritou, encarando a mais velha que observava a cena com uma expressão chocada no rosto.
A arma escorregou de suas mãos ao mesmo tempo que os policiais se aproximaram colocando seus braços para trás a algemando, sem encontrar qualquer tipo de resistência de sua parte. Sun Woo se ajoelhou ao lado do filho e da nora, as lágrimas escorriam livremente pelo seu rosto enquanto ele chorava sem vergonha alguma. Seu único filho havia tomado um tiro disparado pela própria mãe, estava perdendo sangue e poderia morrer.
- Tae, aguenta firme. Vamos te levar pro hospital. - sussurrou a mais nova, a vista embaçada por conta das lágrimas a impedia de ver seu rosto com clareza. - Porque fez isso? Porque entrou na minha frente?
- Eu não...podia...deixar...você...morrer...- conseguiu responder entre tosses, respirava com dificuldade por conta da dor.
- Ah Tae, mas agora é você que...você que está...- seu corpo tremeu com os soluços, ela estava com medo, medo de perdê-lo para sempre. Se ele morresse o que seria dela e dos filhos? - Tae eu não vou suportar se...
- Eu não vou a lugar nenhum. - sorriu com dificuldade. - Vai precisar bem mais que uma bala pra me separar de você.
- Aigoo. - riu, dois policiais se aproximaram para levá-lo até a carruagem que chegaria ao hospital e a jovem se afastou, deixando que o carregassem.
- Mas o que foi que aconteceu aqui? - perguntou Jimin, que havia acabado de entrar em casa, arregalando os olhos ao ver o amigo sendo levado pelos policiais. - Pra onde estão levando ele? - Jimin saiu cedo para trabalhar e depois de ouvir boatos na cidade de que a mansão Park estava cheia de policiais largou tudo que fazia e voltou para casa, preocupado. - As pessoas estavam comentando que a casa estava cheia de policiais, fiquei preocupado.
- Naeyun esteve aqui. - respondeu Min Ah, limpando os olhos.
- O QUE? Vocês estão bem né? E Tae Woo? - a mais nova sorriu com a preocupação dele e logo se apressou em acalma-lo.
- Tae Woo está lá em cima com a senhora Kang. Eu e meu sogro estamos bem, é com Taehyung que estamos preocupados.
- O que aconteceu com ele? - Min Ah rapidamente contou a ele tudo que acontecera vendo-o lentamente se sentar no sofá, em choque. - Ele vai ficar bem?
- Vai sim, meu filho é forte. - respondeu Sun Woo, sorrindo fraco.
- Estou surpresa em como Naeyun sabia de minha gravidez. Você era o único que sabia Jiminnie.
- Espera, você está grávida? - Sun Woo a encarou chocado.
- Ne sogro, o senhor vai ser abboji novamente. - Min Ah sorriu, sendo abraçada pelo mais velho.
- Meus parabéns querida, Taehyung já sabe?
- Ainda não consegui contar a ele, tenho medo que...
- Nem termine essa frase ele vai ficar bem e vai ver os dois filhos crescerem. - a mais nova sorriu agradecida para Jimin, que logo depois a encarou como se tivesse feito uma descoberta importante. - Omo, eu sei como Naeyun descobriu sobre sua gravidez.
- Como?
- Hyu deve ter ouvido o médico falando com você. Ela veio até aqui quando você estava conversando com ele.
- Jinjja? Mas porque ela...?
- Ela disse que veio te procurar para saber de Taehyung mas eu a expulsei quando a encontrei bisbilhotando no segundo andar, provavelmente foi assim que ela ouviu tudo.
- Aquela mulherzinha infeliz...- Min Ah começou a xingar.
- Com licença. - a cabecinha de um dos policiais apareceu na porta a interrompendo. - Quem de vocês vai querer acompanhar o senhor Kim? Temos que levá-lo ao hospital imediatamente.
- Vão vocês dois, eu fico aqui com Tae Woo. - respondeu Jimin rapidamente.
- Mas e você? - ele sorriu para Min Ah em resposta.
- Eu posso visita-lo depois, não se preocupe.
- Gomawo oppa. - sorriu Min Ah, lhe dando um beijo na bochecha antes de acompanhar Sum Woo porta afora.
Taehyung conseguiu ser socorrido a tempo e depois de alguns dias internado já estava bem melhor. Não sentia mais tantas dores graças aos remédios ministrados pelos enfermeiros e estava quase conseguindo ficar sentado sem fazer caretas. Isso porque ao fazê-lo acabava forçando a região onde levara a bala então seu rosto sempre se transformava numa careta de dor quando o fazia, mas valia a pena para poder beijar sua amada e o filho toda vez que venham visita-lo no hospital.
Também recebia constantes visitas do pai e de Jimin, Jin viera uma vez só antes de Hee Gi dar à luz a filha deles e depois não pode mais porque tinha que cuidar de sua neném recém nascida. A menininha, a quem resolveram chamar de Min Ah em homenagem a amiga, trouxe muita alegria aos pais e seu nascimento foi a única coisa boa que aconteceu depois de todo o caos dos últimos tempos.
Como de costume, Min Ah foi visitar o amado no hospital e como quase sempre, o encontrou sentado em sua cama, lendo o jornal do dia. Se aproximando lentamente a jovem se sentiu no banquinho ao lado da cama repousando o queixo sobre uma das mãos enquanto observava a figura de seu amado concentrado no que lia. Achava-o lindo de qualquer jeito, mas se sentia especialmente atraída por sua expressão séria. Teria ficado o observando mais tempo mas tinha algo importante para dizer a ele.
- Tae? - chamou, o fazendo baixar o jornal, finalmente notando sua presença.
- Você chegou! - exclamou, colocando jornal de lado para que pudesse tocar em seu rosto com as pontas dos dedos. - Eu senti sua falta sabia?
- Ma eu estive aqui ontem. - riu a mais nova.
- Ainda assim eu senti sua falta, não vejo a hora de sair daqui para poder ficar grudadinho com você 24 horas por dia.
- Tudo isso? Assim você vai enjoar de mim.
- Nunca. - segurou uma de suas mãos e a levou até os lábios, sorrindo ao selar seu dorso. - Jamais enjoaria de você.
- Eu te amo tanto. - foi a vez da mais nova tocar seu rosto com as pontas dos dedos antes de juntar seus lábios rapidamente.- Tive muito medo de te perder, não sabia o que faria se tivesse me deixado.
- Já passou, o importante é que eu estou bem e logo irei pra casa certo? - sorriram um pro outro por uns segundos e então o mais velho ficou sério novamente. - Mi?
- Ne meu bem.
- Você já conseguiu me perdoar pelo que eu fiz?
- Tae...- ela então sorriu, o fazendo respirar aliviado. - Eu já tinha te perdoado faz tempo.
- Jinjja?
- Ne, agora eu quero que se concentre em melhorar para poder ir pra casa. Afinal de contas, nós precisamos de você inteiro.
- Nós? - a encarou confuso.
- Tae Woo, eu e...- a mais nova se calou, levando a mão do amado até seu ventre. - Ele também. - a boca do herdeiro Kim se abriu enquanto ele a encarava chocado.
- Mi, você...está grávida? - questionou, abrindo um enorme sorriso ao vê-la balançar a cabeça em afirmação. - Omo, eu não acredito.
- Foi por isso que eu desmaiei no dia que levaram Tae Woo. - explicou, sorrindo enquanto ele acariciava seu ventre com uma expressão maravilhada no rosto. - Jiminnie chamou um médico e ele deu o diagnóstico.
- Aliás, como ficaremos agora? Minha omma não pode mais nos atrapalhar.
- Bom, Jiminnie e eu não estamos mais casados. Nos divorciamos um dia depois que você deu entrada aqui no hospital. Tudo depende de você encerrar seu casamento com Hyu agora.
- Não se preocupe, assim que eu sair daqui resolvo isso e vamos poder finalmente ficar juntos e criar nossos filhos, como deveria ter sido desde o início.- os olhos de ambos se encheram de lágrimas.
- Finalmente meu amor. - o beijou novamente, ainda sorrindo.
O primeiro passo para seu felizes para sempre havia sido dado. Taehyung precisava se recuperar e se divorciar de Hyu mas agora era questão de tempo. Finalmente poderiam desfrutar de seu amor e ficar juntos sem ninguém para atrapalhar e tentar separa-los. No final das contas, como sempre, o amor falou mais alto e o bem venceu.
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