1. Spirit Fanfics >
  2. Forbidden Love >
  3. Ele poderia ser meu...

História Forbidden Love - Ele poderia ser meu...


Escrita por: SahKatrina

Notas do Autor


Ai meu Deus, eu nem explicar o que estou sentindo neste exato momento. Meu coração está acelerado de tão ansiosa e animada que eu estou. Gente, eu estou aqui depois de tanto tempo.
Eu estou falando sério quando digo que estou tremendo. Eu estou tão feliz de finalmente ter voltado... Bom, eu não vou falar tanto aqui, mas, por favor, leiam as notas finais, okay?
Revisei o capítulo, mas muitos erros podem ter passado despercebidos, desculpem-me!
AHHHHH EU AMO VOCÊS, BOA LEITURA!!!!

Capítulo 63 - Ele poderia ser meu...


Anne Marie P.O.V.

  - Mãe, você pode me emprestar seu celular? - Mellanie esticou a mão, esperando.

  - E para que?

  - Preciso ligar para o Josh.

  - Quem é esse?

  - Meu melhor amigo, mãe!

  - Como assim? Você nunca me falou dele.

  - Mamãe! - ela parecia super chateada comigo. - Eu vivo falando dele. É o meu melhor amigo em toooodo o mundo. Você nunca presta a atenção em mim!

  - Me desculpe. Ele é da sua classe?

  - Não, é da turma de sete anos.

  - E como conheceu alguém da turma de sete anos?

  - A professora dele faltou um dia e ai a turma foi dividida, ele ficou na minha classe e nós nos tornamos amigos.

  - E você sabe o numero dele de cor?

  - Aham.

  - Tudo bem. Tome. - tirei o celular do bolso de trás da calça e ela saiu correndo para a sala e escutei seus passos subindo as escadas.

Ri. Eu era uma mãe avoada mesmo. Minha filha tinha um melhor amigo e eu não havia prestado atenção.

Mellanie estava super animada com seu novo quarto. Achava que ele era de princesa. Eu não discordava. Era lindo. Ela agradecera o pai calorosamente depois de ver a nova casa; com milhares de beijos e abraços. Eu ficava feliz por vê-los juntos.

Jacob havia ficado louco com seu quarto, e não havia Cristo que o tirasse daquele lugar. Ele passava o dia trancado, brincando. Justin estava lá em cima com ele, montando alguma coisa.

Estávamos praticamente sozinhos em nossa nova casa. Faltavam dois dias para o natal, e os outros ainda não haviam vindo. Pattie estava ajudando na arrumação da festa da rua; Jullie e Chaz estavam com os pais dele, que tentavam descobrir se ela era uma boa moça para o filho; Jennifer e Ryan estavam na França, iriam passar o natal com a minha avó; Chris e Ashley passariam o natal em Atlanta, já que a irmã mais velha de Christian, Caitlin, viria do Japão; Jaxon estava aqui conosco, aproveitando a pequena casa dos fundos que ainda estava vazia e Jazzy estava no seu quarto, discutindo com o namorado pelo Skype. Parece que ele havia ficado preso esquiando não sei aonde, e não chegaria a tempo.

Já os parentes de Justin só apareceriam de noite para ceia. Quer dizer, metade apareceria, pois a outra metade ficaria para lá. Depois, metade ia embora, e a outra metade vinha almoçar. No ano novo todos nossos amigos viriam, e Pattie resolvera que passaria em sua casa. Natal é mais família, ano novo mais amigos. Então, no ano novo Jennifer e Ryan viriam; Ashley e Christian também. E os parentes de Justin talvez aparecessem, o que eu achava difícil, já que alguns deles leram a maldita revista. Eu recebera muitos olhares frios e duros no pouco tempo que fiquei junto a eles. Os primos dele eram os piores. Agradecia por ter essa casa agora.

Ouvi o barulho da porta da frente e logo Jaxon apareceu.

  - Ei. - saudou.

  - Como está a casa?

  - Incrível. É quase como morar sozinho, mas sem comida. - sorriu sem graça.

  - Chocolate quente? - perguntei, mostrando minha xícara e ele assentiu.

  - Por favor. Lá fora está um frio do caramba. - esfregou as mãos.

Preparei um chocolate quente para ele e ofereci alguns biscoitos. Sentamo-nos a mesa da cozinha juntos e eu o observei tomando um longo gole da bebida quente.

  - Está ótimo.

Sorri. Ele me lembrava de muito de Justin. Os olhos eram um pouco mais escuros e os cabelos mais claros, mas de qualquer jeito ainda tinha traços do irmão mais velho. O maxilar, a boca, as sobrancelhas. Os trijeito principalmente.

  - Que bom. - sorri novamente.

  - O que foi? - riu, olhando para mim. - Está me olhando tanto.

  - Nada... Só estava vendo suas semelhanças com Justin.

  - Jazmyn diz que ele é a imagem aperfeiçoada de mim. - revirou os olhos.

  - Bobagem. - ri levemente. - Justin tem vinte e seis anos, é mais desenvolvido. Mas você é lindo. Sinceramente. - ele sorriu. - Aposto que quando crescer será tão bonito quanto. Está no gene da família Bieber.

  - Ah, claro. - balançou a cabeça. - Eu nunca vou ser melhor que o perfeito filho mais velho. Gênio, rico, bonito. - Bufou. - É bem cansativo.

  - Sei do que está falando. - ele arqueou uma sobrancelha. - Jennifer sempre foi a mais bonita, a mais inteligente. Nunca levou uma suspensão, e mal bebia. A preferida da minha mãe. Ela era tão independente. Mal dá para perceber que temos apenas um ano de diferença. Ela é responsável e toda importante. Passei minha adolescência desejando ser mais como ela. A imitava, tentava ter os mesmos amigos e mesmos interesses. Sempre soube que não seria nada perto dela. Mas, sabe... Hoje não vejo assim. - acariciei sua mão livre da caneca. Ele parecia prestar atenção a cada palavra. - Ela é ela; eu sou eu. Ela tem seus feitos e eu tenho os meus. Cada um é brilhante do jeito que é. Justin pode ter mais dinheiro do que você pode conseguir ter, mas isso quer dizer que você não é bom? Eu acho que não. Acho que você é incrível, mas do seu jeito. E ele do dele. - dei de ombros. - Consegue me entender? Você não pode se desmerecer. Ninguém é perfeito.

  - Ele parece ser. - falou.

  - Mas não é. Robert Downey Jr. é. Mil vezes mais bonito e rico também. - ele riu.

  - Só por que ele tem uma armadura. - Justin resmungou da porta e eu ri. - Não acredito que ache ele melhor que eu. - parecia indignado.

  - Johnny Depp também. - ri.

Justin veio até Jaxon e colocou as mãos nos ombros do irmão.

  - Cara, eu te admiro, e tenho um puta orgulho também. - Jaxon sorriu. - Você será grande. Está no sangue; é seu destino. - acariciou seus cabelos. - Nós te amamos. - beijou a cabeça do menino.

  - Valeu, Justin. - Jaxon o abraçou. - E obrigada, Anne. Eu te acho incrível. E você faz o melhor chocolate quente do mundo, só não conte pra mamãe. - falou, antes de deixar a cozinha, e eu o beijei na bochecha.

  - Eu concordo. - Justin sorriu.

  - Sim, meu chocolate quente é famoso. - sorri.

  - Jennifer não chega a seus pés.

  - Escutou nossa conversa?

  - Com certeza.

  - Ele te admira muito. - falei e ele assentiu, sorrindo.

  - Vim buscar biscoito pretinho e chocolate quente. - ri.

 Subi levando o biscoito e Justin nossas canecas de chocolate. Jake estava entretido com seus brinquedos, nem prestava a atenção em Jaxon que estava ao seu lado, observando.

  - Bebê. - chamei e ele ergueu a cabeça, sorrido abertamente para a travessa de biscoito.

  - Biscoito pretinho! - gritou animado, e correu para mim.

Eu e Justin nos sentimos no chão com eles. Jake atacava os biscoitos.

  - Mãe, esse guloso vai comer tudo! - Mellanie reclamou, entrando no quarto e vindo se sentar conosco. Ela furtivamente roubou a caneca de chocolate da minha mão e se acomodou em meu colo.

  - Que delicia! - exclamou, pegando um biscoito sem medo do olhar feio que Jake lançou para ela.

Jaxon roubou um também e recebeu um tapa na mão.

  - Menininho abusado. - reclamou, mordendo a cabeça do biscoito como provocação para Jake.

  - Pare de ser criança! - Justin reclamou.

  - Ele não vem! - Jazmyn entrou no quarto, com cara de choro. - Nosso primeiro natal como namorados e ele ficou preso naquela maldita Suíça com a família da ex dele. - bufou, se sentando no chão ao lado de Justin e roubou a caneca dele. - Nossa, isso é bom. - comentou, e pegou um biscoito. Jake não reclamou com ela.

  - Ah, ela pode? - Jaxon parecia indignado.

  - Eu estou chateada. - Jazzy argumentou e Justin acariciou seus cabelos. Ela sorriu, apoiando a cabeça no ombro dele.

Mellanie ofereceu-me um pouco do chocolate e eu agradeci, sorrindo. Ela puxou mais um biscoito e me deixou morder a cabeça dele.

  - Carl é um idiota. - Jazmyn resmungou. - Prefiro ficar encalhada.

  - Acho melhor mesmo. - Justin concordou e ela lhe deu um tapa. - Ai!

  - Idiota. - eu e ela resmungamos juntas e rimos em seguida.

  - Ih, Justin, tá ferrado. - Jaxon comentou em meio aos risos e todos rimos mais.

  - Papa ferrado. - Jake disse e nós rimos muito mais.

Aquela era a minha família. A minha linda perfeita e unida família. Bom, parte dela.

 

 

Nosso natal foi uma loucura. Acabara vindo mais parentes de Justin do que calculamos, e a casa estava cheia. Eu e Pattie acabamos nos matando na cozinha. Estávamos ali em sete mulheres para uma cozinha muito pequena, mesmo depois da ceia já ter acontecido.

  - Anne, a sala está pequena para esse tanto de gente. - Jazmyn resmungou.

  - Eu sei. Veio toda a família.

  - Por que não levamos todos lá para fora? - Marta perguntou.

  - Está louca? - Tyra perguntou rindo.

  - O dia hoje está menos frio que antes, e não nevou. - Jazmyn comentou, aderindo a ideia. - Nós podíamos dar uma enfeitada nas coisas. Tem alguns piscas-piscas no porão.

  - Será? - Pattie olhou para mim, esperando que eu aprovasse e eu arregalei levemente os olhos. Ninguém nunca esperava minha aprovação para algo. - É sua casa, querida. - Pattie riu levemente ao perceber minha hesitação.

  - Acho que é uma boa ideia. Vamos.

Eu e Jazmyn fomos até a sala e nos esgueiramos para trás da escada, aonde tinha o alçapão do porão. Eu odiava porões, e meu corpo estremeceu quando olhei e vi a escuridão lá embaixo. Jazzy desceu primeiro e com a luz do celular encontrou o interruptor, acedendo. Com a luz acesa tudo era melhor. Era bem claro lá embaixo. Desci a escadas, abaixando a tampa, e dei um pequeno pulo, chegando seguramente ao chão. O porão era todo branco, as paredes e o chão bem iluminado pelas lâmpadas embutidas. Não tinha quase nada ali, apenas algumas caixas com coisas da casa mesmo. Tinha alguns produtos de limpeza para estoque, e algumas caixas de decoração natalina, que sobrou do que Justin comprou. Havia bastante luzinhas coloridas, brancas, azuis... E alguns enfeites natalinos. Tudo que precisávamos. Eu abri o alçapão que dava para o lado de fora da casa na parte de trás, e ajudei-a com as três caixas.

Lá fora já estava um pouco decorado, mas não para uma festa. Colocamos luzes em lugares estratégicos, enfeites, e nos desdobramos para deixar tudo bonitinho.

  - E a comida?

  - Precisamos da mesa.

  - E aonde vamos arranjar uma?

  - Acho que deve ter uma ali. - apontei a casa dos fundos, onde Jaxon estava ficando nos últimos dias.

Eu ainda não havia entrado ali. Caminhamos lado a lado para a casa e abrimos a porta silenciosamente. As paredes dali eram coloridas, uma delas era de um vermelho sangue, a outra de um verde água, também tinha uma cor amarelo-canário e a outra era rosa choque. Os moveis pareciam ser restaurados e reaproveitados, todos branco. Havia uma TV grande na parede, com aparelhos de DVD e videogame. A cozinha não era muito equipada, mas tinha uma mesa de madeira grande, como as que encontrávamos em parques, o que nos fez sorrir. Era perfeita. Avançamos para pegá-la, mas paramos ao escutar ruídos estranhos vindos de um dos quartos. Eram... Gemidos! Eu e Jazzy nos encaramos, segurando o riso, e resolvemos espiar. Na ponta do pé, seguimos pelo corredor, até os ruídos tornarem-se barulhos altos. A porta do quarto estava escancarada. Foi inevitável para Jazmyn soltar um grito ao perceber que Jaxon estava montado em cima de uma garota morena e que parecia ter um corpo escultural. Ele arregalou os olhos a nos ver.

  - O que vocês estão fazendo aqui? - gritou, saindo da menina, que puxou um lençol para cobrir o corpo. Eu e Jazzy arregalamos os olhos, quando ele ao menos tentou esconder seu... Hã... Aparelho genital. O negócio estava lá: visível e apontado para nós. Virei de costas rapidamente, e Jazmyn começou a rir.

  - Francesca! - berrou e eu me virei novamente. Aquela menina era... Prima deles!

  - Jazmyn, Anne, saiam daqui! - Jaxon correu para a porta, os olhos arregalados.

Eu e ela novamente olhamos para... Ele; e o mesmo percebeu que ainda estava com o aquilo de fora. E, pode parecer estranho, mas... A família Bieber tem bons dotes, não é apenas Justin o abençoado.

  - Saiam, por favor. - pediu, quase suplicante.

  - Nós viemos buscar a mesa. - expliquei, segurando a gargalhada que queria me escapar.

  - Vão logo. - pediu, fechando a porta na nossa cara.

Eu e Jazmyn nos olhamos e começamos a rir, não nos importando que eles pudessem ouvir. Continuamos a fazer o que estávamos fazendo ali, e quando passávamos a mesa pela porta, Jaxon apareceu e nos ajudou.

  - Por favor, não contem para a Pattie. - pediu.

  - Jaxon, nossa prima! - Jazzy exclamou.

  - Mas ela é gostosa.

  - Nós já tivemos dezesseis anos, Jaxon. - tranquilizei-o.

  - E quem não tem um primo atraente? - Jazzy brincou e ele arregalou os olhos.

  - Com quem?

  - O primo Edward. Cara, ele é um pedaço de mau caminho.

  - Ele é tipo, uns cinco anos mais velho que você! - exclamou indignado e ela deu de ombros.

  - E você, Anne? Com quem foi?

  - Vamos deixar esse assunto de lado e arrumar logo as coisas. - pedi, desconversando e eles riram, mas deixaram o assunto morrer.

O resto da noite foi ainda melhor. Lá fora o espaço era melhor, todos dançavam e riam, e pareciam esquecer todos os problemas. Mellanie e Jake corriam com os primos mais novos. Orei a noite toda para que não nevasse. O clima estava perfeito. Chaz me puxou para dançar, após três convites recusados por Jullie, e me rodopiou por todo o lugar. A neve deixava até os melhores dançarinos dançando como patos, e eu e Chaz, que nem chegávamos a ser bons, estava ainda pior. Ele era grande e desengonçado e eu era destrambelhada. Por fim, Justin chegou para nos salvar e passou a me conduzir dali em diante, colocando-me sobre seus pés. Passei meus braços por seu pescoço, encostando minha cabeça em seu peito, e dançamos juntos, fora do ritmo. Foi uma noite incrível. Nós comemos, dançamos, nos divertimos, brincando. Foi o melhor natal da minha vida.

No fim da noite, inicio do dia, ninguém queria ficar na casa, então Justin e Jeremy se desdobraram para levar os tios bêbados para os hotéis em segurança. Por mais cansadas que estivéssemos eu e Pattie demos uma arrumada em tudo, e ela resolveu que ficaria na casa dos fundos com Jeremy e Jaxon. Na casa da frente ficamos apenas Justin, Mellanie - que já estava no décimo sono -, Jake e Jazzy.

A casa estava silenciosa, todos já estavam dormindo. Subi as escadas e passei no quarto de Mellanie. Ela dormia tranquilamente. Sorri, acariciando seus cabelos e beijei sua testa; ajeitei seu cobertor antes de sair do quarto. Parei na janela do corredor, para ver se Justin já havia chegado, mesmo sabendo que não.

Segui para o quarto de Jake, e paralisei na porta. Tracy estava ali. Tracy! Ela estava com Jake no colo, nanando ele.

  - O que... O que está fazendo aqui? - perguntei, gaguejando. Eu estava tremendo. - Solte o meu filho! - ela sorriu para mim.

  - Ele é lindo. A cara de Justin. Ele poderia ser meu, não?

  - Largue ele! - mandei, avançando e ela riu.

  - Pare de ser bobinha. É meu neto, querida.

  - Como entrou aqui? - rosnei.

  - Vocês deixam tudo aberto, precisam tomar mais cuidados. Aliás, bela festa. Curtiu bastante a nova família?

  - Deixe meu filho ai e vá embora. Justin já está chegando e não vai gostar nada de te ver aqui. - ameacei e ela riu, colocando Jake na cama dele.

  - Aonde esse menino foi concebido? Na minha casa? Pelas minhas costas?

  - Por que quer saber disso? Apenas vá embora!

  - Vamos, responda! Na minha cama? No meu sofá? Debaixo do meu teto?

  - Não! Foi concebido aqui, em Stratford. Feliz? - senti meus olhos lagrimejarem.

  - Ah, claro! Como foi me fazer de idiota? A minha própria filha, dormindo com meu namorado.

  - Pare de se martirizar! Pare de querer saber detalhes, de querer sentir dor.

  - Você não passa de uma vagabunda! - falou alto, e eu olhei para Jake. Ele não podia acordar. Não agora. - Está preocupada se seu filho vai ficar sabendo? Sabendo da puta que você é?

  - Olhe, eu sinto muito pelo que fiz, tudo bem? Não queria que tivesse acontecido assim. Você não tem noção das noites que passei acordada desejando que tudo tivesse sido diferente. Que eu tivesse o conhecido antes, que não precisasse ser assim. Mas aconteceu! Eu o amo, e ele também. Eu fiz errado em deixar isso acontecer às suas costas? Sim, mas... Sinceramente, eu não me arrependo. Se o que você quer é que eu lhe peça perdão por tudo, me desculpe, mas não vou. Não me arrependo de ter me apaixonado por Justin, nem de ter tido meus filhos.

  - A piranha mostra as garras. - riu. - Eu nunca imaginei que te criei tão mal. Mas, a culpa é de Patrick! Ele nos abandonou; não aguentou o fardo de ser seu pai. Desde então, você virou a vadia que é hoje. Eu devia ter te internado. Assim que começou a aparecer bêbada em casa, e quando chegava aos meus ouvidos que dormia com seus professores. Uma pessoa que troca sexo por nota não podia ser diferente.

Ela terminou de falar e eu chorava compulsivamente. Era verdade. Eu sempre fui uma vadia. Eu era uma pessoa ruim, mas tudo estava mudando agora. Eu era mãe, tinha responsabilidades.

  - Justin mudou isso em mim. Ele me fez ser melhor. - argumentei.

  - Mudou? Olhe onde estamos agora. Você acha que algo mudou?

  - Anne! - era Jaxon. Ele devia estar lá embaixo.

  - A-aqui em cima! - respondi e escutei seus passos subindo as escadas correndo.

  - Anne, eu... - ele parou quando viu que eu chorava. - O que aconteceu? Você está bem?

Quando ele chegou à porta do quarto, passou a mão por meu rosto e olhou para Tracy.

  - Quem é você? O que está acontecendo? - parecia preocupado comigo. Ele secou meu rosto com as mãos e assumiu uma posição defensiva, olhando para Tracy.

  - Seu cunhado, querida? - Tracy sorriu falsa. - Vejo que já conquistou a todos por aqui.

  - Quem é você? - perguntou novamente e eu respirei fundo.

  - Jaxon, apenas...

  - Sou Tracy Winks, ex-namorada do seu irmãozinho e agora sogra. - me interrompeu.

  - Você... - ele ficou sem fala.

Ficamos quietos quando o barulho da porta de baixo ecoou pela casa.

  - Papai e Justin chegaram. - avisou, como se fosse uma ameaça a Tracy.

  - Ótimo, uma reunião de família! - Tracy exclamou, caminhando para a porta do quarto, onde estávamos.

  - O que quer fazer?

  - Vamos dizer ao seu sogro o quanto a nora dele é vadia. - respondeu e passou por mim, descendo as escadas.

  - Eu só quero dormir. - choraminguei, apoiando-me em Jaxon.

Desci as escadas atrás de Tracy.

  - Mas que porra é essa? - Justin gritou, olhando para Tracy como se ela fosse um fantasma ou algo perigoso. Seu rosto ficou vermelho em segundos, e seus olhos passaram por mim, analisando-me. Ele deve ter visto meus olhos vermelhos, pois sua expressão ao voltar para Tracy - que mantinha um sorriso gozado no rosto - era medonha.

  - O que faz aqui, caralho? - ele estava com os punhos fechados e o maxilar travado.

  - Que merda está acontecendo aqui? - Jeremy saiu da cozinha, alarmado; seus olhos atentos olhando para todos os cantos, como um bom segurança que era. Ele tinha uma empresa de segurança, e sabia bem como agir em todo tipo de situação.

  - Gente, que gritaria... - Jazzy parou atrás de mim e Jaxon na escada e olhou para Tracy surpresa. - Meu Deus!

  - Olha só, a família toda reunida. Ou quase. - Tracy parecia se divertir com a situação embaraçosa de todos nós. Justin me olhou questionando-me.

  - Quando eu fui até o quarto de Jake ela estava lá, com ele no colo. - meu corpo todo se arrepiou, lembrando-me do olhar dela para o meu filho e de suas palavras. "Ele poderia ser meu, não?".

  - Como você entrou em minha casa? - Justin tentava se controlar. Eu desci mais um degrau, pisando no chão de madeira da sala de estar.

  - A segurança desse lugar é fraca, meu amor. Foi só eu dizer que era sogra de Justin Bieber e pronto, estava aqui dentro. Ai foi fácil achar a casa e ficar esperando o momento propicio para ter uma conversa com a família feliz. - seu olhar passou em todos na sala, direcionado com nojo. - A propósito, seu filho é lindo, mas eu ainda não entendi o motivo da bastardinha. Ela interferiu em nossas vidas...

  - Não fale da minha filha! - Justin grunhiu e eu senti vontade de dar na cara dela.

  - Aquela coisinha irritante? Ah, por favor. Ela pode não ter o sangue, mas é idêntica a Anne. Uma pequena mosquinha morta, chatinha e...

  - Vai embora! - gritei irritada, indo até ela. - Vai embora, agora! Ela é minha filha, e você não vai falar assim comigo por perto.

  - Por favor, Anne!

  - Vá, antes que eu perca a cabeça e esqueça que infelizmente foi você quem me pôs no mundo. - falei entre dentes, pegando em seu braço e a levando para a porta a força. - E se você voltar a aparecer perto dela, ou de qualquer um, sou eu que vou te caçar. Cansei das suas loucuras! - joguei-a para fora da minha casa, e ela caiu de quatro na neve, olhando-me entre os cabelos emaranhados com pura raiva.

  - Você vai se arrepender! - gritou, levantando-se. - Aproveite muito bem a sua felicidade, porque assim como você acabou com a minha, eu vou foder com a sua. E vou foder de uma maneira inesquecível, pode apostar! Eu me arrependo do dia em que te pus no mundo.

  - Não ouse... Não ouse chegar perto da minha família. - gritei e a vi se equilibrar nos saltos agulha e caminhar para a escuridão pela ponte em frente a casa.

Respirei fundo, sem querer voltar para dentro. Todos estavam ali, e eu não queria olhar na cara deles agora. Não por enquanto. Estava com vergonha de tudo. Vergonha por minha mãe e pelo que eu fiz. Por ter explodido. Eu sabia que eles estavam me olhando. Sentia os olhares. O clima pesado. Respirei fundo novamente, e puxei a maçaneta da porta, ainda de costas. Assim que a porta estava fechada eu sai andando. Caminhei para o oeste e não me importei ao me embrenhar na mata escura. Os primeiro raios do sol estavam começando a surgir. Andei por uns dez minutos, e foi o suficiente para que eu me afastasse bastante. Sentei em um tronco tombado, a única coisa mais alta por ali, e fechei os olhos.

Tracy não poderia fazer nada contra minha família. Eu não deixaria. Eles eram muito importantes para pagar por algo que somente eu era a culpada. O tom que ela usou para falar de Mellanie fora realmente assustador. Ela tinha ódio da minha menina. E ela era apenas uma criança. Como alguém poderia odiar uma menina doce como a Mel?

Assustei com um barulho de galhos quebrando e passei as mãos no rosto, secando as lágrimas.

  - Anne. - suspirei de alivio ao saber que era Justin. - Fiquei com medo de que tivesse se perdido. - ele apareceu, com uma lanterna apontada no meu rosto.

  - Só queria pensar. - murmurei baixinho e ele se sentou ao meu lado, iluminando ao redor.

  - Imagino. - ele parecia preocupado com o que poderia ter escondido na escuridão da floresta e eu ri levemente.

  - Tem medo do escuro?

  - Não! Mas de cobras, sim. - ri de novo e apertei sua mão livre. - Você está bem? - focou em meu rosto e eu assenti.

  - Só fiquei com receio de tudo o que ela disse. O tom que ela usou era perturbador.

  - Eu prometo que ela não chegará perto de Mellanie, nem de Jake. Muito menos de você.

  - E se ela quiser se vingar de você também? Eu morreria se algo acontecesse a você.

  - Nada vai acontecer comigo. - deu de ombros.

  - Que Deus te ouça.


Notas Finais


Bom, primeiramente, desculpaaaaa!
O capítulo não está muito legal, não para a minha mente atual, e por quê? Porque, eu descobri que já tinha esse capítulo pronto há quase 1 ano! 1 ano! E a retardada achou o que? Que já tinha o postado.. Ai, hoje eu resolvi dar uma revisada e para a minha surpresa, não, eu não havia o postado!
Em fim, desculpe fazer vocês ficarem tanto tempo sem um capítulo novo e ainda voltar com algo aonde minha escrita estava tão precária. No fim, eu achei melhor mantê-lo, pois se eu fosse reescrevê-lo iria demorar uma eternidade..
Por fim, não imagino que tenha mais a falar, então, eu espero poder voltar logo.

Ah, e a @BiebsSwag__ , peço mais uma vez desculpas, nem sei se você ainda lê a fanfic, e também peço que leia o jornal que postei por último, pois lá eu falo sobre a minha ausência ( https://socialspirit.com.br/perfil/sarakatrina/jornal/forbidden-e-common-denominator-4832183 )... E peço a todos que acompanhem os jornais que posto, por mais que no titulo o assunto possa não lhe interessar, no meio eu sempre irei falar das minhas fanfics e tudo o mais, e até mesmo peço que acompanhem o que posto diariamente tanto aqui quanto no twitter, pois, às vezes, é sobre o andamento dos capítulos.

Bom, obrigada mais uma vez, amo vocês pequenas e pequenos! Obrigada por cada favorito que continuo recebendo e por cada comentário, vocês são minha inspiração!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...