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História Força e Vida - Tomione - Capítulo 14 - Visitas


Escrita por: BeatriceBRiddle

Capítulo 14 - Capítulo 14 - Visitas


Assim que o veneno desceu pela minha garganta, a dor passou e eu voltei a ouvir, mesmo que agora eu ainda não estivesse ligando para nada que estava ao meu redor. Continuei olhando pela janela, sabia assim que o médico entrou pela porta que eu teria de ser examinada, estava me preparando para não me esquivar ou berrar. Toque para mim ainda era complicado. Abraçava e me deixava ser abraçada, e tentava não fazer careta quando esbarravam em mim, agora um exame médico era outra coisa, seria muito difícil.

Junto com o doutor Jones, havia entrado na sala um moço de cabelos escuros e olhos verdes escuros. Ele era muito bonito, era magro, mas tinha presença. Não uma presença como a do Draco, meu irmão era quase um príncipe no quesito elegância, mas tinha uma presença muito forte, aquele provavelmente era Tom Riddle.

Em nenhum momento deixei meus olhos se encontrarem com os de qualquer um naquela sala, não queria que enxergassem o que quer que aparecesse neles. Provavelmente eles estavam opacos como sempre, mas eu não iria me arriscar, precisava de todo o meu autocontrole para tolerar o toque.

Enquanto o doutor trabalhava, percebi que havia mais olhares sobre mim, percebi que volta e meia Draco olhava para a minha direção, ele provavelmente estava bem preocupado. Percebi também que Tom me olhava, provavelmente estava curioso sobre como viemos parar aqui e provavelmente ficou ainda mais curioso, ao descobrir que o meu sobrenome e o de Draco era o de uma das famílias mais sangue puro e mais tradicionais do mundo bruxo. Provavelmente foi a curiosidade sobre isso que o levou a nos aceitar, a mim e ao Draco, no seu quarto. A Sra. Cole perguntou se aceitávamos, eu não disse nada, não sabia se a minha voz havia voltado e não podia arriscar com o doutor ainda fazendo os meus curativos. Mas o Draco respondeu que sim e foi educado agradecendo pela nossa estadia, agradeci mentalmente por ele ter percebido o quanto isso poderia ser a chance de nos aproximar do pequeno Voldemort.

Segundo o médico, eu ficaria na enfermaria por mais alguns dias, até que os meus cortes estivessem suficientemente curados. Draco estava de alta e já podia ir para o seu novo quarto, ele saiu junto com o Tom que iria mostrar onde o quarto ficava. Doutor Jones tentou me incentivar a falar, mas a verdade era que eu não queria tentar. Então ele saiu, dizendo que qualquer coisa ele estaria na biblioteca, pediu para que eu não me esforçasse muito.

Depois de tanto tempo, eu estava finalmente sozinha. Meus cortes estavam cobertos e o médico parecia não ter notado o corte azul e o verde brilhantes, talvez fosse escondido dos trouxas ou só ficasse a mostra para pessoas com as quais eu estava em segurança. Peguei minha bolsinha que estava na cabeceira e a abri, Draco havia guardado discretamente a minha varinha ali quando veio se despedir, também havia sangue de Basilisco e a carta do Dumbledore. Vendo tudo isso, olhei para o meu pescoço para ver se o vira-tempo estava bem, estava inteiro, o tirei e o coloquei perto do veneno, olhei um tempo para o vidro, eu já estava com saudades do Grün e dos meus amigos. Meu único consolo era que o Draco estava aqui comigo.

Peguei a carta direcionada ao Dumbledore e resolvi lê-la, precisava saber qual história havia sido inventada para que eu e Draco não a desmentíssemos.

Descobri que o professor, havia falado toda a verdade sobre nós na carta, contou nossas histórias e pediu para que ele ajudasse a manter a história que eu criaria. Me surpreendi com isso, não esperava que ele confiasse tanto em mim. Guardei a carta novamente e voltei a olhar pela janela. Onde depois de um tempo finalmente adormeci.

Quando acordei já era final de tarde, um final de tarde lindo que me fez ficar olhando pela janela um pouco admirada. Só percebi que havia alguém no quarto quando ele se pronunciou.

- Você gosta bastante de olhar para a janela, não? – Era uma voz forte, profunda e grossa na medida certa. Eu descobri que gostava dela e que já havia gravado a quem pertencia.

Não seja tola, Hermione. Me repreendi por meus pensamentos bobos, e me virei para encarar os olhos verdes escuros do Tom.

Ele me observava fixamente, era bonito, mas parecia muito frio, seus olhos eram opacos como os meus, mas ele não parecia estar morto. Percebi que ele provavelmente esperava uma resposta, então assenti com a cabeça.

- E não é de falar muito também, não é mesmo? – Seu tom parecia ser gentil, mas eu podia ver a falsidade no fundo e em seus olhos.

Afinal de contas ele era persuasivo, havia atraído a Gina para a câmara. Ele era o futuro Voldemort. Apenas assenti com a cabeça novamente.

- Vim aqui para trazer suas coisas, seu primo se esqueceu, ele estava meio ocupado. – Ocupado? O que ele havia feito com o Draco?

Deixei meu ódio e medo de lado e apenas o encarei com uma expressão confusa.

- A primeira garota razoavelmente bonita que apareceu na frente dele, ele já foi atrás para conversar. Deixou a mala dele em cima da cama de baixo no beliche e a sua na de cima, achei que iria precisar dela. – Eu esbocei um leve sorriso, era bem a cara do Draco isso. E no fundo acho que eu estava feliz por Tom ter parecido se importar.

- Ele faz isso com muita frequência? – Ele parecia se divertir um pouco. Assenti rapidamente. - E você tem que aguentar isso? – Ele realmente parecia se divertir agora. Apenas dei de ombro sorrindo.

- Bem, eu acho que vou indo, logo vão vir trazer seu jantar e provavelmente te ajudar a tomar banho. Até amanhã, senhorita Black. – Eu não o deixaria ver que me senti levemente desapontada por ele estar indo.

Ele estava quase saindo quando eu disse:

- Pode me chamar de Hermione. – Minha voz estava rouca pela falta de uso durante tanto tempo, e pela poção que há poucas horas havia me corroído por dentro.

Ao me ouvir ele girou nos calcanhares e com um sorriso leve, caminhou até mim. Estendeu a mão e eu a peguei, ele deu um beijo nas costas da minha.

- É um prazer conhecê-la, Hermione. Pode me chamar de Tom. – Por um momento seu sorriso chegou aos seus olhos.

- Muito prazer, Tom. – Estava menos rouca, era meu tom dos últimos tempos, mas estava razoavelmente com alguma emoção.

- Boa noite. – Dito isso ele sorriu e saiu da enfermaria.



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