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História Força e Vida - Tomione - Capítulo 28 - Vésperas do Natal


Escrita por: BeatriceBRiddle

Notas do Autor


Boa noite, pequenos e pequenas viciadas!
Cá estou eu novamente, e dessa vez eu só aviso uma coisa: não sou culpada pelos gritos que as famílias de vocês vão ouvir hoje! u.u

Capítulo 28 - Capítulo 28 - Vésperas do Natal


Os dias foram passando. Todos conviviam com o medo de que o ataque se repetisse e tinham mais medo ainda do fato de que o culpado não havia sido pego, nem haviam descoberto o que havia petrificado o garoto, e devido a isso ainda não sabiam como fazer para que o garoto voltasse ao normal.

Já estávamos nas vésperas do natal, o Draco parecia muito chateado e distante nos últimos dias. Eu sabia que ele provavelmente sentia falta da família e da Elisa. Eu também sentia de certo modo falta do futuro, mas não tinha certeza se estava preparada para conhecer minha mãe pessoalmente ou enfrentar o que me esperava lá, e no final das contas só poderia ir embora quando precisasse ou quando tivéssemos ficado o ano todo.

No fim o loiro resolveu ir para o orfanato no natal e eu o apoiei nessa ideia, já que era melhor que ele ficasse com a menina do que sozinho, mesmo que quando fôssemos embora ele sentisse falta dela. Eu resolvi ficar em Hogwarts, não conseguiria sair já que me lembraria dos natais que passei em família e ficaria sozinha, já que praticamente Hogwarts inteira estaria indo para casa.

Eu sabia que o Tom ficaria em Hogwarts, e esse era mais um ponto para que eu ficasse. Seus amigos iriam para casa e ele também ficaria sozinho, me dando mais espaço para me aproximar e tentar fazer com que ele desistisse da ideia de matar nascidos trouxas. Não seria fácil, mas eu precisava tentar.

- Vai ficar mesmo bem? – Draco estava com as suas malas prontas, e nós estávamos no salão comunal esperando pelo horário da partida dos que iam para casa. Era bem cedo ainda, mas acho que ele estava ansioso demais para dormir, e eu não era de dormir muito depois de tudo que aconteceu.

Estávamos sentados em um dos sofás, aproveitando o silêncio do castelo. Ele já havia me perguntado, pelo menos umas sete vezes, se eu iria ficar bem sozinha, se não queria que ele ficasse, ou se realmente não queria ir junto. Ele havia ficado ainda mais protetor e apreensivo quando eu contei que havia sido eu quem salvou o garoto no banheiro. Apesar dele provavelmente desconfiar disso, ouvir deve ter tornado o perigo mais real.

- Eu vou ficar bem, Draco. Sou mais forte do que aparento. – Ele parecia não se convencer muito disso, mas eu realmente já havia aguentado bem mais do que a maioria conseguiria, e não podia ser morta pela ameaça que estava rondando a escola.

- Se cuide. Não saia a noite. Nem pense em chegar perto daquele banheiro. Entendeu? – Sua voz foi abaixando até se tornar um sussurro, ninguém sabia, fora eu, o Draco, o Tom e os seus comensais, onde o garoto havia sido petrificado.

- Eu vou ficar bem. – Falei cada palavra pausadamente, mostrando que não queria mais saber daquele assunto.

Pareceu surtir efeito, já que passamos as próximas horas apenas conversando sobre coisas banais em nossos futuros. Havia muita coisa que eu não sabia sobre o Draco e a sua família, e eu precisava me acostumar com o fato de que querendo ou não a família também era minha. Depois de um tempo o salão comunal começou a encher, então fomos tomar café da manhã, antes de ir para os jardins, esperar para a hora em que ele fosse embora.

A escola ficava incrivelmente vazia na época de Natal. Ver esses corredores vazios me fazia sentir pena do Harry por ele ter passado o Natal sozinho durante tantos anos. Pensar nele me fez sentir falta do futuro. Fez-me sentir falta da minha antiga família, do meu tempo, dos meus amigos. Comecei a apenas vagar pelos corredores, cantarolando uma antiga música que eu nunca soube se era bruxa ou trouxa, só sabia que a conhecia desde que nasci, provavelmente minha mãe havia cantado ela para mim, antes de me entregar para a minha segunda família.

Enquanto cantarolava andei sem rumo pelo castelo, subi escadas e andei por diversos corredores, quando dei por mim estava no corredor da biblioteca. Meus pés já estavam acostumados a ir para lá quando eu estava distraída. Meu corpo ficou tenso quando me aproximei mais da entrada. Dirigi-me a uma janela que ficava do outro lado do corredor de frente para a porta. Sentei-me no batente da janela olhando para dentro da biblioteca, ali eu podia ver o lado de dentro, mas não poderia sentir o cheiro.

Fiquei tão distraída com o local onde estava, que não notei o garoto de cabelos negros me encarando do lado oposto do corredor pelo qual eu havia chegado ali.

- Não deveria vir aqui. – O susto que levei ao ouvir a voz do Tom fez com que eu abrisse as minhas mãos, que eu nem reparei que estavam com as palmas sangrando com marcas das minhas unhas, eu inconscientemente as havia fechado em punhos quando cheguei perto da biblioteca.

Olhei para baixo para ver o estrago em minhas mãos enquanto o Tom se aproximava.

- Vir aqui te machuca, deveria ficar longe. – Seu tom era o de alguém que repreendia uma criança, no fundo havia seriedade, mas era doce.

- Não percebi onde estava indo até chegar aqui. – Fiquei olhando para o chão na minha frente enquanto falava.

- Achei que iria para o orfanato com o Draco. – Sua voz era distante, como se estivesse apenas concluindo um pensamento em voz alta.

- Ele queria ver a Elisa, mas eu preferi ficar em Hogwarts. Gosto mais daqui. – Era a mais pura verdade, Hogwarts sempre seria um lar. – Não quis ir com ele? – Eu perguntava apenas para que ele não percebesse o quanto aquilo era óbvio para mim. Eu sabia do ódio dele pelo orfanato.

- Sempre prefiro ficar em Hogwarts, nunca tive amigos no orfanato. – Seu tom era de resignação, não pude deixar de imaginar um pequeno Tom solitário, observando enquanto as outras crianças brincavam.

- Mesmo com o ataque, não acredito que Hogwarts deixe de ser segura um dia. – Eu sabia que no futuro haveria uma Guerra, e que talvez nem Hogwarts estivesse segura, mas aqui ela era segura, estável e duradoura.

- Realmente. – Tom parecia um pouco nervoso sobre o ataque, parecia não querer que eu visse sua expressão.

- Está tudo bem, Tom? – Ele parecia inquieto.

- É tão estranho ver Hogwarts tão vazia. – Ele falava baixo, provavelmente mais para si mesmo.

- Realmente, não esperava ver Hogwarts assim. – Ele não queria falar sobre o ataque, e eu não iria forçá-lo a falar. Quando levantei minha cabeça novamente percebi que o moreno estava olhando para o sangue que escorria das minhas mãos.

- Nos encontrarmos quando suas mãos estão machucadas está virando rotina. – Ele sorriu fracamente e olhou para os meus olhos.

Ri um pouco. Ficar perto do Tom, esse Tom sem ódio reprimido, me fazia esquecer até do fato de que estava na frente da biblioteca. Ele parecia feliz, e um garoto normal, seus olhos pareciam calmos e até sua postura era menos sobrecarregada quando o via assim.

Devagar o Tom se aproximou de mim, mostrando com o seu olhar que iria chegar mais perto. Parou quando estava a poucos centímetros. Olhou-me nos olhos por mais um momento, ele estava sério agora, ainda tinha uma postura descontraída, mas estava sério, então segurou minha mão e me puxou lentamente para que eu ficasse em pé.

Meu coração estava acelerado, sabendo o que ele provavelmente iria tentar fazer.  Ele se aproximou ainda mais, agora se eu voltasse a respirar provavelmente respiraria o mesmo ar que ele. Tom era mais alto do que eu, mas reparei que era uma diferença confortável, ele me olhava de cima, mas não muito.

Então ele baixou o rosto para perto do meu, vi seu olhar em meus lábios. O tempo pareceu parar enquanto ele se aproximava. Fechei fortemente os meus olhos, aquilo provavelmente iria me doer muito. Ele pareceu perceber a minha dor.

- Confie em mim, eu não vou te machucar. – Seu sussurro era tão doce que chegava a ser quase suplicante, abri meus olhos.

Ao fazer isso olhei nos seus olhos, ele parecia falar sério. Seu olhar não possuía um traço de humor ou mentira, ali tinha apenas, cheguei à conclusão com um pouco de espanto, carinho.

Respirei profundamente de olhos fechados, e então acabei com o espaço entre nós dois. Ele pareceu perceber que esse era o máximo que eu conseguiria fazer, porque logo senti os seus lábios nos meus.

Achei que iria sentir dor o tempo todo, mas naquele momento eu não me lembrava de tudo que havia me acontecido antes. Apenas sentia os lábios macios e ágeis do sonserino, ele era quente e seu beijo era calmo e viciante. Assim que passou suas mãos pela minha cintura e pelas minhas costas, pediu espaço com a língua. Se alguém naquele momento me perguntasse o meu nome, eu não saberia responder.

Beijamo-nos por um tempo que pareceu eterno, até que ele foi um pouco mais para trás e me encostou à parede, quando senti o seu corpo no meu a sensação foi de ter sido queimada. Abri os meus olhos, e interrompi o beijo, não me afastando dele, mas fiquei com as mãos segurando sua camisa com toda a minha força.

- Desculpe, não consegui me controlar. – Seu tom parecia de preocupação.

- Está tudo bem. – Fechei os meus olhos e respirei várias vezes antes de levantar o meu olhar. Ele esperou pacientemente.

Quando a dor passou, e minha respiração voltou, olhei para o seu rosto. Tom estava sorrindo, um sorriso verdadeiro e lindo como só ele conseguia dar. Eu gostava dele e isso, cada vez mais, me assustava.

- Sinto falta do tempo que passamos juntos no orfanato. – Ele disse me segurando pela cintura e nos arrumando em uma posição melhor.

- Sinto falta do tempo livre que tínhamos lá. – Sorri levemente.

- Aqui também temos, mas você é neurótica com os estudos. – Disse ele sorrindo.

- Assim você fere os meus sentimentos, Tom. – Parecíamos um casal bobo. Assustei-me um pouco ao pensar nisso.

- Não pretendo fazer isso, Hermione. – Ele sorriu mais uma vez e se aproximou olhando para os meus lábios.

Percebi que ele tentava sempre me mostrar qual o próximo movimento que faria, para que eu não me assustasse. Quando ele me beijou dessa vez eu já esperava pelo turbilhão de sensações, mas ainda senti como se fosse o primeiro beijo que trocávamos. Dessa vez ele não deixou nossos corpos se aproximarem. E mais uma vez nos beijamos como se fosse para sempre.


Notas Finais


Já o nó mental na cabeça de alguns é culpa minha, mas: feriado é dia de coisa boa, fim de mês aí, e eu resolvi começar a ser generosa eu acho!


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