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História Força e Vida - Tomione - Capítulo 29 - Medos


Escrita por: BeatriceBRiddle

Notas do Autor


Bom dia, lindos e lindas!
Hoje é aniversário da Nay (Wendyy) e eu queria dedicar esse capítulo em especial para ela, já que ela sempre está comigo nos comentários, a fofura não me abandona nunca, e me deu de presente essa capa linda da fic! Parabéns mozão! *0*

Capítulo 29 - Capítulo 29 - Medos


Passamos o dia conversando sobre coisas sem sentido, trocando beijos, e passeando por todos os cantos de Hogwarts. Tom segurava a minha mão em todos os momentos e de vez em quando fazia círculos com o polegar nas costas dela, ele mantinha um toque que sabia que para mim era suportável e ao mesmo tempo demonstrava muito do carinho que ele parecia sentir.

Descobri que moreno era ainda mais gentil do que já havia demonstrado, era cavalheiro, dono de uma personalidade e de ideologias fortes, mas eu descobri que gostava até mesmo desse lado dele. Ainda era a favor dos nascidos trouxas, e sempre seria, mas gostava do fato dele defender o que acreditava, mesmo que para mim fosse errado, eu entendia porque ele havia se tornado alguém assim. Eu sabia o que uma dor podia fazer, talvez melhor do que muitos. E eu também sabia que ele pioraria quando conhecesse o pai. Tinha esperanças de que conseguiria impedir esse encontro.

Um pouco antes de escurecer, fomos para o jardim, e sentamos embaixo de uma árvore de frente para o lago. Tom sentou ao meu lado e ficamos aproveitando o leve silêncio e a beleza da natureza. Estávamos próximos, mas apenas nossas mãos quase se encostavam, percebi que ele queria ficar mais próximo só não tinha certeza do quanto eu aguentaria isso.

Depois de um momento tomei minha decisão. Eu gostava dele de verdade, estava aqui para ficar pouco tempo, precisava mostrar a ele que o mundo era muito mais do que dor e poderia começar a mostrar isso através do meu próprio carinho. Por ele, eu poderia quebrar algumas barreiras a mais do meu medo, da minha muralha e da minha dor.

Tom estava ao meu lado com as pernas um pouco abertas, e as mãos apoiadas atrás do corpo. Levantei rapidamente, antes que mudasse de ideia, e então passei por uma das pernas dele, o moreno me observava com um olhar curioso a todo o momento, e fui me abaixando lentamente para mostrar que iria me sentar ali. Quando ele percebeu o que eu iria fazer abriu mais as pernas para que eu pudesse sentar no meio, então me sentei e devagar encostei minhas costas em seu peito, e ele lentamente passou seus braços ao meu redor. Então deixou suas pernas com os joelhos flexionados, e eu me apoiei melhor. Ficamos assim até escurecer quase totalmente, e em algum momento eu acabei pegando no sono.

Acordei com um leve balanço e com braços me suspendendo pelos joelhos e pelas costas, senti o cheiro e percebi que era do Tom, provavelmente ele estava me carregando para dentro. Deixei-me ser levada, apenas me aconchegando mais em seu peito.

Só percebi que havia cochilado novamente quando senti os braços do sonserino darem lugar a uma superfície com textura suave. Eu conhecia aquela superfície, eu provavelmente estava no salão comunal da Sonserina.

- Hermione. – Ouvia Tom me chamar ao longe. - Hermione. – Mais uma vez eu sabia que ele tentava me acordar. - Não posso te levar para a sua cama, meninos não são permitidos no dormitório feminino, vai ter que levantar. – Sua voz era um sussurro calmo. Ele estava sendo carinhoso.

Espreguicei-me e gemi em reprovação. Não queria acordar, queria dormir. Nos braços dele. Abri os meus olhos e me sentei rapidamente com o pensamento. Tom estava bem perto e conseguiu ter reflexos rápidos, por muito pouco não bati minha cabeça na dele. Deixei minha mente se ajeitar antes de falar ou me mover. Depois de um tempo em que a moleza e o sono passaram totalmente, decidi que era hora de tomar um banho e ir dormir.

- Boa noite, Tom. - Disse já me levantando para ir para o dormitório.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, o moreno me puxou e eu caí em cima dele no sofá. Ele passou seus braços ao meu redor e me abraçou por trás. Em seguida me virou para ele, e selou seus lábios nos meus rapidamente.

- Boa noite, Hermione. – Sua voz estava um pouco rouca.

Não me atrevi a falar ou me mexer por alguns bons segundos, meu corpo me trairia caindo ou minha boca me trairia gaguejando, então apenas esperei. Depois de uma eternidade, saí dos braços dele e fui em direção ao dormitório feminino. Todo o meu sono havia ido embora, como em um passe de mágica.

Chegando ao meu dormitório, peguei um pijama comprido e fui tomar banho, precisava da água morna e o cheiro do meu sabonete para me acalmar.

Depois de um banho demorado, dormir parecia algo muito distante, então decidi sair do dormitório e ficar um pouco no salão comunal pensando na vida. Ao chegar lá notei que o Tom havia tido a mesma ideia. Ele estava sentado em um dos sofás principais, com uma calça de pijama azul escura e uma camiseta de manga comprida dobrada nos cotovelos. Estava com a cabeça apoiada no encosto do sofá olhando para cima. Parecia tão absorto em seus pensamentos que não notaria enquanto eu o observasse. Encostei-me à parede da escada e fiquei apenas aproveitando a vista.

Após o que pareceram horas, Tom abaixou a cabeça e notou que eu o observava. Sorriu levemente e bateu com a mão no espaço ao seu lado no sofá, me chamando para me juntar a ele.

Eu não deveria. Ficar perto dele provavelmente ia me causar sérias consequências depois, mas decidi que eu poderia começar a pensar em lidar com elas mais tarde. Desci o último degrau da escada e fui em direção ao sofá em que ele se encontrava.

- Seu sono também te abandonou. – Não era uma pergunta, estava apenas afirmando.

- Acho que sim. – Perto dele eu sempre me sentia sem uma resposta longa e coerente. Enquanto respondia, fixei os meus olhos no nada do outro lado do salão comunal.

- Está tudo bem? – Ele parecia um pouco agitado, sua postura saiu um pouco da de jogado no sofá, estava um pouco tenso.

- Eu não sei. – Realmente eu não sabia o que estava acontecendo comigo.

- O que aconteceu? – Tom agora estava virado de frente para mim, vasculhando os meus olhos e tentando entender o que se passava pela minha cabeça.

Olhei para o teto, estava na mesma posição que ele se encontrava antes de eu chegar.

- Estou preocupada com os meus pesadelos. – Nunca havia falado abertamente sobre eles dessa forma, mas realmente era uma das minhas preocupações diárias.

Eu não estava realmente preocupada só com isso, afinal de contas, havia parado de dormir tanto com medo dos pesadelos, mas mantinha uma rotina de sono saudável. Porém eu sabia que Tom só confiaria em mim para falar, se eu me abrisse pelo menos um pouco com ele. Ele só confiaria se eu demonstrasse confiança, já que durante toda a sua vida ele não confiou em ninguém.

- Os tem tido com muita frequência? – A voz do moreno era apenas um sussurro, provavelmente ele estava lembrando-se do que eu passei na noite anterior ao Beco Diagonal.

- Não. Mas eles começam quando estou com medo de algo que vai acontecer. – Precisava achar uma forma de chegar ao assunto que eu queria.

Tirando-me dos meus planos, e até mesmo me assustando um pouco, senti a mão do Tom em meu queixo, o puxando carinhosamente para baixo. Pela expressão ansiosa que ele demonstrava, queria poder ver os meus olhos enquanto eu falava.

- Do que você está com medo? – Os olhos verdes me inspecionavam indo de um olho ao outro com muita atenção. Sua ansiedade era por isso afinal. Tão fofo.

Por um momento me segurei para não babar, não era um bom momento para esse tipo de coisa. Na verdade, nunca seria um bom momento para esse tipo de coisa. Tom normalmente era perigoso, e apenas comigo era carinhoso, mas não chegava a ser para tanto.

- Acho que do ataque. Sinto que algo ruim está para acontecer. – Eu realmente tinha medo dos ataques, mas não era pela minha segurança que eu temia, mas pela do Draco e da Murta.

Tom tentou disfarçar, mas por estar olhando nos meus olhos, pude ver o choque passar em um momento por eles. Ele não sabia quem havia salvado o garoto, mas provavelmente em algum canto do seu ser, isso o tocava de alguma forma. Pelo menos eu precisava ter esperança disso.

Realmente preciso? Bem talvez eu realmente precisasse ter certeza de que ele tinha um lado bom, para que pudesse colocar em algum lugar a culpa de eu gostar dele. Isso ainda me assustava, mas eu havia deixado que ele me beijasse, definitivamente não seria qualquer um que sobreviveria para contar a história em uma situação dessas.

- Pelo que estiver ao meu alcance, não deixarei que seja atacada. – Tom me olhava sério, acariciando com carinho o meu rosto. Em seus olhos havia um brilho selvagem de determinação.

Tudo estava ao alcance dele nessa situação, mas eu não poderia demonstrar que tinha ideia disso. Porém com o jeito que ele me olhava, no fundo eu me senti com uma estranha sensação de segurança. Então sorri para ele, e deixei que se aproximasse devagar e me beijasse mais uma vez.


Notas Finais


Um pouquinho mais de amor, porque merecemos sim!


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