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História Força e Vida - Tomione - Capítulo 53 - Por favor


Escrita por: BeatriceBRiddle

Notas do Autor


Alô, alô galera estou de volta :3

Capítulo 53 - Capítulo 53 - Por favor


✣ Belatriz Black Lestrange

Eu estava em uma reunião com o lorde das trevas. Desde que a Hermione havia voltado, eu não conseguia mais olha-lo do mesmo jeito, principalmente depois que ele resolveu voltar a assumir a forma humana, e estava parecendo com um homem de trinta anos.

Preferia não pensar nos motivos dele para isso, já que eu sei que ele havia amado a minha filha, e provavelmente ainda amava, e eu também sei que ela o ama, mas definitivamente eu não queria um perto do outro novamente.

Mas hoje eu não estava pensando no quanto era perigoso manter eles próximos, ou na carta que havia enviado para a minha filha, concordando que ela viesse à festa de ano novo. Muito menos estava prestando atenção na maior parte da reunião, estava apenas pegando pontos importantes. Como os filhos do Crabbe e do Goyle em uma missão para matar o Dumbledore, o que quase me fez rir, mas eu precisava me lembrar de que se não fosse eles, seria o Draco.

Porém meu foco parcial se tornou ainda mais reduzido quando o anel com uma rosa, igual ao da Hermione, que eu usava começou a esquentar. Eu havia dado um a ela como um simples enfeite, mas ele na verdade era uma ligação minha com ela, onde eu poderia saber caso alguma coisa estivesse errada. Isso havia sido uma das coisas que havia me trazido conforto, durante a viagem dela.

- Por hoje é só isso. Espero que todos tenham entendido. – Disse o lorde me trazendo à realidade. – Todos podem ir embora, exceto a Bela. – Por um momento achei que ele poderia ter notado que eu não estava prestando atenção, porém ele também parecia distraído durante a reunião, quando alguns comensais contavam seus relatórios diários.

- Está tudo bem, Bela? – Me perguntou, assim que todos saíram, se levantando da grande mesa que conjurava para as reuniões na biblioteca.

Estranhei a sua pergunta, já que normalmente ele simplesmente não se importava com ninguém além dele mesmo. Porém ele parecia realmente interessado na minha resposta dessa vez.

- Está sim, milorde. Perdoe-me por estar tão distraída hoje. – Se ele tivesse ou não notado, era melhor eu me pronunciar antes.

- Não é por isso que eu perguntei, já que eu mesmo estou bem distraído hoje. – Ele suspirou e eu tive que me conter para não abrir a boca com a surpresa. Normalmente ele não deixava que ninguém notasse seu lado humano. – Perguntei porque você parece aflita com alguma coisa. – Seus olhar era profundo, o que me deu um pouco de receio, mesmo eu sabendo que sou boa oclumente.

- Sinto que algo está errado, milorde. – Não contaria a ele que estava desesperada para sair daquela sala e enviar uma carta para alguém que me dissesse o que estava acontecendo. Meu dedo queimava tanto, que estava considerando até mesmo aparatar em Hogwarts.

- Errado? Com que? – Tom estava realmente curioso, provavelmente porque não era sempre que ele via sua melhor comensal preocupada com alguma coisa, ou no caso, com alguém.

- Bela! – Não parei para respondê-lo, apenas saí da biblioteca e comecei a correr escada a baixo. Eu conhecia aquela voz. Aquele grito desesperado era do Draco e para ele estar aqui, algo terrivelmente errado havia acontecido.

Felizmente não havia mais nenhum comensal na casa, exceto a família Malfoy e o Lorde, já que a reunião já havia acabado há alguns minutos. E pela minha velocidade, eu fui a primeira a chegar ao loiro, que com dificuldade carregava uma Hermione desmaiada e pálida.

- O que aconteceu? – Minha filha tinha cortes pelo corpo todo, e sangue escorria rapidamente por todos eles.

- Um feitiço. Eu não o conheço, ela também não. Não sabia para onde ir, e em quem confiar, então simplesmente vim. – Disse ele escondendo o vira-tempo em suas vestes. Ele provavelmente havia voltado no tempo e depois viajado novamente, já que o vira-tempo era especial e o levava aonde quisesse. – Pensei na sua casa, mas achei melhor tentar aqui antes. Desculpe. – O loiro parecia a ponto de uma crise de choro.

- Está tudo bem. Vamos dar um jeito. – Ele havia feito a coisa certa. Foi um ato perigoso, mas dificilmente alguém poderia o ajudar em Hogwarts, aquilo era magia das trevas.

- Filho? Está tudo bem? Não deveria estar na escola? – Era Lúcio e ele parecia preocupado, mas não era hora para isso. Eu precisava pensar rápido.

- O que a atingiu? Lembra o nome do feitiço? – Disse rapidamente ignorando o loiro mais velho que olhava tudo assombrado e a minha irmã que apareceu ofegante, provavelmente vindo do jardim dos fundos.

- Não me lembro. Ele falou muito baixo, acho que ela ouviu, mas não consigo acordá-la.

- Ele? Quem a atacou e por quê? – Precisava controlar a minha raiva, a vingança teria que vir depois. – Isso não importa agora, depois você me conta quem eu devo matar. Precisamos descobrir o que a atingiu, vários feitiços causam cortes como esses, e ela vai morrer sem uma gota de sangue se não descobrirmos o que é.

- Posso ver, Bela? – Aquela voz não estava ali antes, e eu nem ao menos havia o ouvido descendo as escadas, mas ele estava atrás de mim, talvez alguns passos de distância.

Deixar Hermione perto do Tom era extremamente perigoso, mas eu não poderia fazer nada, já que eu não sabia o que a havia atingido e a cada segundo ela ficava mais pálida e com a respiração mais lenta.

- Por favor, Tom. Faça alguma coisa. – Disse em um sussurro olhando para ele. O moreno me olhou surpreso antes de se aproximar lentamente.

Se ele tentasse machucá-la, eu mesma destruiria suas Horcruxes e o mataria. Mas ele parecia mais surpreso com a minha reação do que qualquer outra coisa, já que a comensal fria havia acabado de lhe implorar para que ele salvasse alguém.

- Quem é ela? – Perguntou ele em um sussurro baixo, algo nem um pouco tradicional vindo dele.

- Uma prima distante. Draco a encontrou na escola que esteve, e ela quis vir para Hogwarts. – Disse rapidamente, tentando falar com naturalidade o texto que eu havia lido inúmeras vezes para falar na festa que se aproximava.

Tom apenas assentiu com os olhos perdidos na pequena menina pálida. Com gentileza ele tocou os cortes que havia no braço dela e olhou para a camisa ensanguentada que começava a pingar sangue.

Todos estávamos em um silêncio mortal, com todos os olhares dos presentes na sala cravados na morena, até que com um grito sofrido um corte profundo apareceu no rosto da Hermione, fazendo com que ela abrisse os olhos por um instante com os seus dentes trincados. Ela estava sentindo muito mais dor do que se permitia demonstrar.

- Por favor, Tom. – Disse entre dentes tentando segurar as minhas lágrimas ao ver minha filha sofrer tanto.

- Ponha ela no sofá, Draco. – Rapidamente o loiro correu para a sala e depositou Hermione no sofá com carinho e cuidado.

Todos o seguimos de perto, e assim que chegamos, Tom se ajoelhou do lado dela e puxou a varinha, começando a fazer o contra feitiço. Ele cantava baixinho e rápido, mas eu pude notar que a haviam atingido com o feitiço que o Snape havia criado.

Era magia das trevas e durante muitos anos apenas alguns comensais haviam usado, já que quase ninguém sabia o contra feitiço, apenas os mais leais e confiáveis aprenderam sobre ele.

- Severo a atacou? – Perguntei olhando incrédula para o Draco. Ele não seria capaz de uma coisa como essa.

O loiro estava com os olhos cravados na menina, mas vi que sua expressão ficou confusa.

- Não, não foi o professor Snape. Foi o Potter. – Olhei para ele ainda mais incrédula e confusa. – Ele achou que eu havia tentado atacar o diretor Dumbledore no salão principal, e me confrontou, mas Amy entrou na frente. Eu nem sabia que ela estava lá até que foi atingida. – Ela havia se escondido com a capa, e o loiro sabiamente havia a guardado antes de vir para cá.

Durante a reunião os pais dos idiotas do Crabbe e do Goyle haviam dito mesmo que eles haviam tentado um ataque no salão principal, e também com um embrulho enfeitiçado. Sinceramente o desespero deles para tentar cumprir a missão antes do ano novo era patético. Duvido que Hermione conseguiria fazer algo em uma missão como essa, então nem de longe outro aluno teria qualquer chance.

- Ela precisa de descanso. Perdeu uma quantidade absurda de sangue para ainda estar viva e os cortes vão precisar de um pouco de tempo para cicatrizar de forma completa internamente. – Disse o lorde, antes que eu começasse a arquitetar um plano de vingança contra Harry Potter.

Eu nunca havia visto o contra feitiço ser cantado tão rapidamente, até mesmo o Snape demorava mais do que isso, mas isso era outro ponto a favor da recuperação da minha pequena, ela havia sido curada pelo melhor bruxo das trevas de todos os tempos. Antes que qualquer um de nós se mexesse, Tom a pegou no colo com cuidado, e tomou rumo para as escadas.

- Se não se importar, vou colocá-la no seu quarto, Draco. – Disse o moreno já quase subindo as escadas, em silêncio o segui.

- Cl-claro. Sem problemas. – O loiro parecia ainda estar preso em alguma espécie de transe, mas acabou saindo dele quando sua mãe o abraçou apertado, chorando em seu peito e o interrogando.

- Ela vai precisar de um banho, com delicadeza, roupas limpas e talvez seja bom passar pomadas onde estavam os cortes, sei bem o contra feitiço, mas ela ficou bastante tempo com as feridas abertas, e existem algumas pomadas que podem ajudar contra as cicatrizes. – Ele falava clinicamente sem tirar os olhos da morena. – Não sei como Draco a trouxe, mas ela não pode aparatar durante alguns dias, por segurança. – Quando terminou de falar pareceu relutante, mas finalmente olhou para mim.

- Tudo bem. Vou cuidar dela. Muito obrigada, milorde. – Fiz uma pequena reverência procurando não olhar em seus olhos. Sabia que o interrogatório estava próximo, e que ele não seria o único a querer saber sobre ela.



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