1. Spirit Fanfics >
  2. Força e Vida - Tomione >
  3. Capítulo 64 - De volta à rotina

História Força e Vida - Tomione - Capítulo 64 - De volta à rotina


Escrita por: BeatriceBRiddle

Notas do Autor


Nem só de caos se segue a vida, porém sempre voltamos à ele. A vida é um caos.
Obrigada pelos comentários fofos :3

Capítulo 64 - Capítulo 64 - De volta à rotina


Uma das coisas mais interessantes sobre Hogwarts era que a escola era um dos lugares mais seguros do mundo bruxo, mas ainda sim, eles não se importavam muito em fazer perguntas sobre o sumiço de dois alunos durante alguns dias. Uma desculpa extremamente vaga de que eu havia me machucado foi suficiente para que nenhum professor fizesse mais perguntas.

Era óbvio que o Dumbledore sabia da verdade, já que além de ele sempre saber de tudo, minha mãe havia contado para garantir. O diretor havia ficado chateado com a atitude do Harry, mas não surpreso o que pelo jeito, só não havia passado despercebido a mim.

- Como é bom estar em casa. – Disse o Draco respirando profundamente assim que chegamos ao salão comunal da Sonserina.

O loiro teria se jogado no sofá se naquele momento um furacão, chamado Pansy, não tivesse vindo correndo e o agarrado em um abraço apertado e cheio de saudades, que quase havia me feito chorar de emoção. Quase. Nem mesmo o Draco havia cortado o clima, algo que normalmente ele fazia sem ao menos perceber.

- Eu também senti sua falta, Pan. – O loiro sussurrou depois de um tempo em que eles estavam abraçados. – Mas eu estou bem. – Disse ele sorrindo quando percebeu que ela não tinha intenção de soltá-lo nos próximos dias.

- Eu não teria como saber. – Se defendeu ela. – Você não me enviou uma carta sequer. Fiquei extremamente preocupada. – Então naquele momento ela pareceu perceber que eu estava na sala, o que foi um tremendo fracasso para o meu plano de sair em silêncio sem incomodar aos dois. – E a senhorita nem pense em fugir desse jeito. – Com um muxoxo me rendi e virei em sua direção novamente, mas achei que teria que enfrentar um interrogatório quando ela apenas fez cara feia, correu e me abraçou com força.

- Hei, Pan. – Disse assim que ela me permitiu falar, ou seja, depois de uns cinco minutos espremendo os meus pulmões.

- Eu fiquei tão preocupada! O boato que ouvi pela escola é que você se machucou e foi mandada para casa, para maiores cuidados. Mas nem eu e nem a ruiva recebemos notícias e a última vez que eu havia te visto foi naquele momento no salão principal. – Era bom que o diretor havia conseguido abafar tudo o que realmente havia acontecido, mas eu sabia que uma desculpa tão boba não colaria para a sonserina.

- Está tudo bem agora, não se preocupe. – Sorri tentando acalmá-la. – Não foi nada sério, mas eu te conto tudo no nosso dormitório. – Ainda era hora do jantar, mas já era tarde o suficiente para que nós pudéssemos ir para o quarto. – Boa noite, Draco. – Beijei a sua bochecha e o abracei antes de ir para o meu dormitório.

Assim que cheguei, peguei o meu pijama e fui para o banho sabendo que eu precisava mais do que nunca me sentir em casa, e que a Pansy não estava subindo logo atrás de mim, o que indicava que os dois haviam ficado conversando.

Quando saí do banho com meus cabelos recém lavados e já secos com magia, me senti revigorada. Era incrível o que um banho em nosso lar podia fazer. Não que eu não gostasse da mansão, mas ali eu me sentia segura, confortável e mais feliz.

- Conte-me tudo. – Disse a loira empolgada assim que entrou no quarto. Não aguentei e acabei rindo do seu jeito animado.

Por fim fomos até tarde da noite conversando. Primeiro contei a ela tudo o que havia acontecido com relação ao ataque do Harry, enchendo de detalhes para poupar o fato de que eu não poderia contar detalhes da minha estadia nos Malfoy. E depois ela me contou sobre as matérias que eu havia perdido durante o tempo que estive fora, já que não haviam lá grandes novidades do castelo.

- Você está com uma cara péssima. – Disse o Draco assim que me sentei na sua frente na mesa para o café da manhã.

- Obrigada. – Sorri amarelo sabendo que a dor de cabeça e o cansaço não permitiriam uma resposta inteligente, ou de preferência, mal criada.

- Bom dia para você também, Draco. – Pansy não estava muito melhor do que eu, mas ela já estava acostumada a acordar extremamente mal-humorada.

- Não venham com esse mau humor para cima de mim. Foram vocês que escolheram ficar acordadas sabendo que hoje era segunda. – Tanto eu quanto a loira olhamos para ele com cara de poucos amigos. Nós sabíamos disso, mas não precisávamos que alguém jogasse na nossa cara.

- Draquinho você consegue ser bem inconveniente às vezes. – A sinceridade da loira acabou me fazendo rir, o que melhorou um pouco o meu humor a caminho da primeira aula da manhã.

Assim como o período da manhã, a tarde passou rapidamente, e quando eu vi já estava mais uma vez no salão principal, porém dessa vez para o jantar. Voltar a estudar havia colocado a minha cabeça em ordem, já que era algo que eu gostava de fazer e que me mantinha longe da minha, caótica, vida amorosa.

- Eu sei que acabei de voltar para a escola, mas já estou com vontade de voltar para casa. – Disse um Draco cansado ao se jogar dramaticamente ao meu lado. Além das aulas, ele havia tido treino de quadribol.

- Não seja tão dramático. – Em certos momentos parecia que a Pansy conseguia ler a minha mente. – O natal já está quase chegando, e não é como se você estudasse muito durante as aulas. – O loiro mostrou a língua para ela em um claro sinal de maturidade.

- Durante as aulas ou em qualquer outro dia de vida, você quis dizer, Pan. – Completei com um leve sorriso maldoso que logo surgiu também no rosto da loira.

- Calúnia! – Era quase impossível entender o que ele estava tentando dizer, já que quando loiro estava com fome, ele comia e falava ao mesmo tempo. Percebendo nossas caras de enojadas ele revirou os olhos e engoliu antes de voltar a falar. – Eu estudo sim, só não me esforço quando percebo que não vale a pena.

- Você sabe que quadribol não é uma matéria, e Quadribol Através dos Séculos não conta como estudar, não é mesmo? – Levantei a minha mão para que a Pansy pudesse bater. Nós duas gostávamos de implicar com ele.

- Ha-ha. Muito engraçadinhas vocês duas.

- Ué? Mas estamos falando apenas a verdade. – Me segurei muito para não começar a rir da cara de inocente que a Pansy fez ao falar isso. Para ajudá-la a acompanhei em um sorriso angelical.

- Vocês ainda vão me deixar maluco. – Completou o Draco antes de rir um pouco das nossas provocações.

- Eu não pretendo fazer isso, mas você pretende não é mesmo, Pan? – Sussurrei para a loira que dessa vez estava ao meu lado. E eu não deveria ter feito isso em um momento que ela estava bebendo suco já que ela cuspiu um pouco e começou a tossir.  

Mesmo não entendendo a reação da loira, já que ele não havia ouvido o que eu tinha dito, o Draco começou a rir, o que me fez rir também e deixou a Pansy corada. Eram raros os momentos em que a loira ficava envergonhada, e em todos eles, a causa sempre era relacionada ao sonserino. Chegava a ser frustrante o quanto ele era cego por não notar os sentimentos dela.

Porém com um estalo resolvi que já estava mais do que na hora de eu achar uma forma de juntá-los, afinal de contas o final do ano estava chegando e nenhum presente seria melhor do que vê-los felizes. Não só para mim, como para eles.

Eu precisava ser sutil, mas efetiva. Então enquanto os dois continuavam a conversar e rir, me prendi no meu próprio mundo de forma discreta. Todas as possibilidades precisavam ser levadas em conta, mas rapidamente, antes que o Draco voltasse para os seus tempos de galinha ou a Pansy desistisse de esperar.

- Terra chamando, Amy. – Saindo dos meus pensamentos de cupido olhei para o Draco, que parecia estar me chamando há alguns minutos.

- Oi. Desculpe. – Respondi com um pequeno sorriso. Mal sabia ele que eu estava pensando em como fazer ele se tornar uma pessoa decente.

- Estávamos dizendo para irmos indo para o nosso salão comunal. – Tanto o Draco quanto a Pansy sorriam compreensivos para mim, os dois sabiam o quanto eu conseguia me perder na minha própria cabeça às vezes.

- Ah sim, vamos sim. – Eu estava cansada depois de uma noite de pouco sono. E mesmo estando com saudades do Grün e da câmara, que eu não havia ido hoje por ter me esquecido disso no horário livre, levantaria mais cedo amanhã, mas iria dormir agora.

Por todo o caminho deixei que os dois conversassem, tomando cuidado para que a loira ficasse onde eu normalmente ficava, no meio, para ficar mais próxima do loiro. Estranhamente ele parece ter notado, e me olhou sem entender, até parecia magoado, porém eu não teria como contar os motivos para ele antes que conseguisse juntá-los.

Uma boa ideia era começar a deixá-los sozinho por mais tempo, principalmente nos momentos em que poderíamos estar juntos. Eu iria passar mais tempo sozinha, mas eu nunca fui de reclamar por estar só e além do mais era por uma boa causa.

- Boa noite, pessoal. – Disse com um sorriso cansado assim que chegamos ao salão.    

Não esperei para ver se a Pansy iria subir, mas ao sair do banho ela ainda não havia chegado, então apenas me deitei na cama e de tão cansada que estava dormi sem nem ao menos perceber. Amanhã começaria a arquitetar os meus planos logo cedo. Talvez não seria fácil, mas dessa forma seria ainda mais divertido.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...