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História Forever By Your Side - 001


Escrita por: sehunceta

Capítulo 2 - 001


Fanfic / Fanfiction Forever By Your Side - 001

rio Han corria com timidez por debaixo da ponte, os carros passavam com voracidade atrás da garota, o sol estava a pino por mais que beirasse as 17h00min. Um passo, apenas um e a menina daria fim a tudo que lhe atormentava. Ouvia buzinas e sussurros pedindo para que não fizesse nenhuma loucura.
A falsidade dos desconhecidos "comovidos" pela sua decisão lhe dava enjoos, olhou pela última vez o sol perdido e solitário em meio às nuvens que cobriam aquela imensidão azul. Uma imagem que queria recordar para onde quer que vá depois do seu próximo passo.
Se preparou dando um suspiro longo e deixando um sorriso pequeno despontar em sua face. Uma brisa soprou seus cabelos castanhos fazendo as pessoas ao seu redor suspirarem atordoadas. Um pássaro voou graciosamente pelo céu e a garota se pegou pensando no garoto o qual amara de todas as formas que conhecia.

-Ya! Garota. -Uma voz desconhecida chamou fazendo-a virar em sua direção. Ali pairava um garoto banhado pela luz do sol, seu cardigã cinza claro pairava acima de sua blusa preta, seus cabelos castanhos brilhavam com o alvorecer. -Por que está chorando? Saia daí você é jovem demais para se esconder em um canto. 
A menina não pode evitar rir.
-O que está fazendo aqui? 
Ouviu cochichos confusos vindo da multidão. Sorriu novamente mesmo que aos olhos dos outros parecesse esquizofrênica, conseguia repetir cada palavra dita por ela naquele dia.
-Apenas saia daí, é perigoso você pode se machucar. -O garoto insistia, sua expressão cansada quase o fazia parecer doente.
-Não seja tolo, machucada estou á tempos. -Retrucou baixo.
-E por isso você se acha no direito de machucar as pessoas que te amam? -Estava rijo e seu tom era duro.
-E por que raios você acha que alguém me ama? 
Ouviu mais sussurros vindos da multidão, conseguiu escutar alguns querendo ligar para algum sanatório outros diziam que estava sobre efeito de substâncias ilícitas. Ignorou tudo e focou em sua lembrança novamente. 
Ah como aquele garoto adoraria passear em um dia como esse. Pensou sentindo seus olhos começarem a arder.
-Posso te dizer, mas apenas se você limpar essas lágrimas e sair do meio desses entulhos. -O garoto alto fez menção de esticar seu braço, mas acabou por desistir da ideia.
A menor rolou os olhos. Até onde sua curiosidade a levaria? Pensou enquanto levantava dos pedregulhos da recente reforma de seu colégio. 
-Pode me dizer agora? -Seu tom era nada agradável de ouvir.
Á essas alturas ela já não se importava com a multidão que a olhava estranho, arriscava dizer que algumas pessoas até mesmo a olhava com medo. Sentou-se na barra de proteção da ponte Dongho com as pernas a balançar no sentido que o rio abaixo corria. Observou alguns barcos que passava abaixo de si e sorriu triste, o garoto gostava de observa-los navegarem sobre o extenso rio. Mais uma vez tentou focar na memória doce de seu garoto.
-Porque todos têm alguém para amar e ser amado. -Seu tom agora era algo triste de se ouvir. 
A garota morena ponderou a resposta do menino, talvez ele estivesse certo. Mas ela não tinha ninguém a quem amar muito menos para ser amada, nem ao menos seus pais pareciam se importar com a filha. A mãe desde que saíra de seu país natal parecia não se importar com as constantes queixas que a morena lhe fazia, as queixas de seu sofrimento em morar em um país xenofóbico e racista. As queixas de dor dos dias que voltava com vergões e machucados. As queixas que aos poucos foram se tornando murmúrios que se transformaram em sussurros e que em pouco tempo ao menos existia, não em voz alta. 
-E se existir exceções? -A garota semicerrou os olhos castanhos escuros.
-Não existem exceções. Se você não tem ninguém então algum dia achará quem amar. E essa pessoa não gostaria de lhe ver chorando. -Seu tom saiu cansado e até mesmo estressado. A verdade era que o garoto estava cansado de ver a estrangeira sofrer nas mãos de suas colegas de classe. Porém o interrogatório da menina o fazia repensar em sua decisão.
-Vamos sair daqui, está tarde. Afinal o que você está fazendo no colégio até essas horas? 
A garota nada disse apenas desviou o olhar. Não queria responder que estava com medo de sair e novamente sentir o peso dos punhos de suas colegas. Não queria responder que havia se escondido e chorado sem perceber as horas passando. 
O garoto entendeu o olhar triste da garota e permaneceu em silêncio. Se ela não queria falar para ele então não insistiria. 
-Eu te levo até sua casa. -Se ofereceu a garota negou. Tinha vergonha de onde morava, sentia vergonha pelo garoto, ele não havia pensado nas consequências que traria para ele se fosse visto com ela? 
-Você quer ser visto comigo? -Indagou olhando para os próprios braços, sua cor a fazia sofrer naquele país.
-Eu não vejo problema em ser visto andando com você. -Lhe ofereceu um sorriso cheio de dentes. 
-Gomawoyo. -Agradeceu em um tom quase inaudível fazendo as orelhas do menino se tornar em um tom avermelhado. A garota achou a cena fofa. Talvez aquele menino envergonhado fosse a coisa mais fofa que já tivesse visto. 
Ele porém tampou suas orelhas com ambas as mãos.
-Por favor, não olhe para elas. -Suplicou.
-Por quê? -A garota naquele instante sentiu como poderia tirar as mãos grandes de suas fofas orelhas.
-São grandes. Não gosto delas. -Confessou fazendo a menina franzir suas sobrancelhas.
-Eu as acho fofas. -Admitiu sentindo suas bochechas corarem tanto quanto o garoto.
-Eu sou Park Chanyeol. -Ele sorriu tentando esconder a vergonha que sentia naquele momento. 
A garota sorriu pela primeira vez fazendo o menino sentir a respiração pausar. 
Ela deveria sorrir sempre. Pensou ele. Aquele sorriso era encantador. 
-É eu sei. -Seu olhar meigo fez o garoto se perguntar o porquê daquela menina receber tanto ódio gratuito. 
A verdade era que não havia ninguém naquele colégio que nunca havia escutado o nome de Chanyeol, seja por ele ser alto demais, legal demais, engraçado demais ou por ser bonito demais. Costumava ser mais conhecido pela última opção.
Atrás da multidão o trem do metrô de Seul passou rangendo sobre os trilhos fazendo a memória se dissipar. 
Sentia falta de Chanyeol, sentia falta de o fazer corar, sentia falta de quando lhe protegia. O mundo era cruel. A garota constatou ao ouvir burburinhos daquela gente desconhecida que cada vez mais se aglomerava ao redor da menina. 
Era um momento sério, mas a garota conseguiu escutar cochichos maldosos e suposições absurdas que faziam sobre ela fazendo tomar cada vez mais raiva. 
Não entendia a maldade no coração das pessoas, não entendia aonde tanto ódio levaria essas pessoas. Queria entender tanta coisa. Mas sabia que no final não entenderia nada. Não teria tempo para entender.

 


Notas Finais


Oie,

Eai gostaram do primeiro capitulo? Estão curiosos para saber o que aconteceu com nosso querido dumbo? Não sejam fantasmas e comentem o que acharam ou o que acham que pode ter acontecido com Channie. Sejam legais e não se esqueçam de apertar na estrelinha, me deixaria bastante feliz :)

Como podem perceber primeira short fic postada no social spirit, espero que gostem. Obrigado e boa leitura.


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