1. Spirit Fanfics >
  2. Forgive and forget >
  3. O Diário de Lily Evans

História Forgive and forget - O Diário de Lily Evans


Escrita por: MariSlytherin

Notas do Autor


Oi genteee! Espero que vocês não tenham esquecido de mim! Hahaha
Mesmo essa semana sendo megaaa corrida, me empolguei com a estreia de Animais Fantásticos (alguém aí já viu????? QUE FILME LINDOOOO!!!) e escrevi um capítulo pro ceis! Espero que gostem! Boa leitura

Capítulo 55 - O Diário de Lily Evans


Snape já estava pronto para voltar para Hogwarts, pois precisava arrumar suas coisas que estavam lá, quando ouviu a voz de Natalie o chamando. Se virou para olhar para a menina. 

- Que foi, Natalie? 

- Você está indo pra Hogwarts? - Ela perguntou e o homem cerrou os olhos não entendendo o motivo pela pergunta da menina. 

- Sim, estou. Por que o interesse? 

- Posso ir com você? - Ela falou sorrindo amarelo. 

- Claro, só não entendendo o que você quer ir fazer lá já que o castelo está vazio. 

- Acho que gostaria de conhecer onde todos vocês estudaram. - Ela falou dando de ombros. - E quero conversar com um certo quadro, também. 

- Dumbledore, claro... Vamos então. 

Eles foram por rede de flu pois Severus havia deixado a lareira de seus cômodos liberada. Natalie olhou em volta e percebeu que estava no quarto do homem. Ele era espaçoso e com uma agradável mobília, mas tinha um ar frio e solitário que combinava com seu dono. 

- Posso te levar até a sala da diretora... - Severus falou mas Natalie o interrompeu. 

- Não precisa, Harry me deu uma coisa emprestada. - Ela falou e tirou um pedaço de pergaminho do bolso. Snape bufou. - Acredito que esse mapa já tenha te dado trabalho. 

- Ele não gosta muito de mim. - Ele falou mau humorado e Natalie quase soltou um risinho pois Harry já havia contado toda a história sobre o mapa do maroto e como ele insultou Snape quando este tentou revelar seus segredos. 

- De qualquer maneira, vai ser útil para mim. Você pode ficar aqui... Fazendo o que tem que fazer. - Ela falou e Snape assentiu. 

- A senha da sala é "sopro de dragão". - Snape falou antes de Natalie sair e ela assentiu. 

Ela saiu do quarto de Snape e passou por sua sala, que tinha o mesmo aspecto solitário do outro cômodo. Não acreditava que durante esse tempo Snape ficou ali ao invés de simplesmente voltar para o Largo Grimmauld. Uma coisa era ficar em Hogwarts quando estava tendo aula, outra coisa muito diferente era ficar naquele castelo quando não havia praticamente ninguém. Suspirou e abriu o mapa. 

- Eu juro solenemente não fazer nada de bom. - Ela falou e logo apareceu todo o terreno de Hogwarts no mapa. 

Ela saiu e foi seguindo o caminho que dava até a sala da diretora Minerva, enquanto observava os corredores, as salas, as escadas... Tudo ali era diferente para ela, muito diferente de Ilvermorny. Ela estava encantada com tudo, principalmente pelo fato de que toda sua família e Remus haviam estudado ali, passado por aqueles mesmos corredores, vivido ali dias inesquecíveis de suas vidas. Perdida em seus pensamentos ela nem se deu conta que já estava de frente da grande entrada que dava para a sala. Suspirou e falou a senha. Ela não tinha ensaiado o que ia dizer para Dumbledore, na verdade ela não tinha a mínima ideia do que falar, só sentia que precisava agradecer finalmente o bruxo por tudo o que ele fez por ela, mesmo sendo por um quadro. Ela adentrou a sala e Minerva estava sentada à sua mesa revisando alguns documentos. Ela levantou os olhos para ver quem estava ali e se surpreendeu ao ver Natalie. 

- Senhorita... Natalie! Que surpresa vê-la aqui. - Ela falou se levantando apertando a mão da menina. Natalie percebeu que ultimamente as pessoas estavam a chamando muito mais pelo primeiro nome, talvez por não saberem por qual chamá-la. Na verdade nem ela mesma sabia. 

- Olá diretora Minerva. Desculpa vir sem avisa-la, foi de ultima hora. - Natalie falou sem graça. 

- Se você está aqui imagino que tenha se resolvido com o professor Snape. - Minerva falou franzindo o cenho. 

- Sim... Apesar dele surtar ao saber que eu e Remus estamos juntos, acho que conseguimos nos resolver. - Natalie falou sorrindo. 

- Isso é maravilhoso! - Uma voz rouca masculina surgiu na sala e Natalie olhou para cima, vendo a expressão serena porém feliz do quadro de Dumbledore. - Sabia que apesar de Severus ser um homem teimoso ele ia perceber que o que havia feito foi um grande erro. - Dumbledore falou feliz e Natalie sorriu. Mas Minerva continuava com a expressão confusa. 

- É realmente maravilhoso vocês terem se resolvido, senhorita, mas me desculpe, eu ouvi direito... Você e Remus Lupin estão juntos? 

- Oh sim... Estamos. Já faz algumas semanas, mas decidimos que não há nenhum mal das pessoas ficarem sabendo, por mais que todo mundo fique com essa expressão que a senhora está agora... Meio supreendida. Daqui a pouco toda ordem vai acabar sabendo. - Ela deu de ombros. 

- É claro que vocês estão juntos! - Dumbledore falou ainda mais alegre e Natalie franziu o cenho. Parecia claramente que ele já sabia sobre aquilo, mas de qualquer maneira não falou nada. Achava que não tinha nada no mundo que aquele velho, mesmo estando morto, não soubesse. Aquilo era aterrorizante mas bem admirável. - Como seu pai reagiu a isso? - Ele perguntou e Natalie achou estranho uma pessoa (ou um quadro) se referindo a Snape como seu pai. Mas não era um estranho ruim, muito pelo contrário. 

- Ele surtou, ele chegou em uma má hora hoje pela manhã. - Ela falou corando não querendo entrar em detalhes sobre o acontecimento. - Imagino que não tenha gostado de saber que eu estou namorando Remus, por todos os problemas do passado e tudo mais. 

- Não acho que seja por isso, senhorita. - Dumbledore falou sorrindo serenamente e Natalie cerrou os olhos. - Severus sempre foi uma pessoa super protetora com as pessoas que ele se importa. 

- É, estou descobrindo isso... - Ela falou sem graça. Ela sabia que Dumbledore era a pessoa que mais conhecia Snape, então ela sabia que aquelas palavras eram verdadeiras, consequentemente era real que o homem se preocupava com ela. - Eu vim aqui para conversar com o senhor... 

- Eu posso deixá-los a sós se quiserem... - Minerva falou se levantando mas logo Natalie interrompeu. 

- Não será necessário, diretora. Eu só quero agradecer ao senhor por ter guardado meu segredo por tanto tempo. Imagino que não deve ter sido uma tarefa fácil esconder de Harry que eu estava viva, e ainda guardar o segredo da minha mãe. Obrigada. - Natalie falou sincera, sentindo que precisava agradecer Dumbledore. 

- Não precisa me agradecer, Natalie. Eu fiz de tudo para proteger você e Harry, e fico feliz que os esforços deram certo, já que os dois estão vivos. - O quadro sorriu alegremente para Natalie. - E sobre sua mãe, esse foi o segredo mais difícil de se guardar, mas foi um pedido dela então precisei segui-lo. No fim acabou dando tudo certo. 

- Sim, só achei que precisava falar isso. Queria ter falado enquanto você ainda estava vivo, mas isso já significa muito pra mim. 

- Minha alma está neste quadro, então acho que o recado foi dado, senhorita Natalie. - O quadro de Dumbledore falou sorridente e Natalie sorriu. - Creio que Severus já tenha falado sobre a profecia com você. 

- Sim. Apesar de já desconfiar foi bem esclarecedor, ainda mais depois do que aconteceu comigo e com Harry em um duelo. Foi como se tivéssemos sob efeito de um feitiço de proteção. - Natalie disse e Dumbledore olhou por debaixo dos olhinhos meia-lua. 

- A profecia tem muito a ver com isso, Natalie, mais tem duas coisas que intensificam tudo: força e claro, o afeto. Você e Harry são dois bruxos extremamente fortes e a vontade de cada um proteger um ao outro fez com que aquilo fosse possível. - Dumbledore falou e Natalie sorriu. 

- Não sabia que isso poderia acontecer, Albus. - Minerva falou maravilhada. 

- Sim, Minerva, por isso que Natalie tem que lutar junto com Harry e Severus contra os comensais. - Então ele olhou para Natalie. - Isso será discutido na reunião da ordem. 

- Sim, senhor. - Natalie respondeu. 

- Bom, antes de você ir embora, preciso te dar uma coisa. - Dumbledore falou e Natalie franziu o cenho. 

- Uma coisa? Que coisa? - Natalie perguntou confusa. 

- Diretora Minerva... - O quadro falou, olhando sugestivo para a diretora, que logo entendeu o que ele queria. A mulher abriu a gaveta de sua mesa e retirou um caderno pequeno com uma capa marrom escuro de dentro. 
Minerva entregou o caderno nas mãos de Natalie, que logo viu uma etiqueta dourada no centro do caderno, nela escrito em uma caligrafia delicada e fina "Lily Evans". 

- Isso pertencia a minha mãe? - Ela perguntou supresa. 

- Sim. Por sorte ninguém teve acesso a ele, aí dentro está todos os segredos de sua mãe. - Dumbledore explicou. 

- Como um diário? 

- Exatamente como um diário. Eu nunca o li, pois achei que não tinha esse direito. Não poderia entregar para Harry pois ele iria descobrir a verdade, muito menos para Severus, claro. Então eu acho que chegou a hora dele estar nas mãos certas. - Dumbledore falou e Natalie olhou emocionada para o caderninho. Todos os pensamentos de sua mãe estavam ali dentro. Ela colocou o caderno dentro de sua bolsa. 

- Obrigada. - Ela falou agradecida, olhando para o quadro e para diretora. - Isso significa muito.  

A porta do escritório foi aberta revelando Snape. Ele cumprimentou a diretora e o retrato de Dumbledore e parou ao lado de Natalie. Dumbledore sorria alegremente. 

- Fico feliz de finalmente ver os dois juntos como pai e filha. - O velho falou fazendo Natalie corar e Snape revirar os olhos. 

- Você e seu sentimentalismo não muda mesmo, Dumbledore. - Snape falou com sua voz seria de sempre e olhou para Natalie. - Acho que é hora de ir pra casa. 

- Sim... Obrigada de novo, Dumbledore. - A menina falou e Albus sorriu em resposta. 

Snape e Natalie pegaram a rede de flu pelo escritório da diretora e logo chegaram no Largo Grimmauld. Ela foi direto ao seu quarto pois estava quase morrendo de curiosidade para ler os pensamentos de sua mãe em seu diário. Ela sentou-se na cama, pegou o livro na mão e suspirou. Ela abriu o livro com seu coração batendo rápido, estava ansiosa e nervosa ao mesmo tempo. Ela descobriu que sua mãe havia começado a escrevê-lo em seu último ano em Hogwarts, o ano que ela começou a namorar James. Descobriu que a princípio ela o desprezava, mas com o tempo ele conquistou o coração dela e ela se apaixonou. Às vezes ela escrevia sobre Severus e estava claro que os dois haviam uma história não resolvida e que ela sentia falta de sua amizade. A cada frase que ela lia era como se ela estivesse cada vez mais perto de sua mãe, como se ela nunca tivesse morrido. Tal pensamento fez seus olhos marejarem. Folhou algumas boas páginas chegando próximo à data de seu nascimento. Ela passou os olhos na página que provavelmente estava escrito sobre ela e Snape e ela definitivamente não queria ler aquilo. Era demasiado íntimo. Deixaria para ele ler quando decidisse entregar o diário para ele. Folheou mas algumas páginas... Natalie não conseguiu conter suas lágrimas. 

"Todas as minhas desconfianças se confirmaram hoje. Eu realmente estou grávida e é uma menina. E é incrível como eu já a amo, mesmo ela sendo fruto de um relacionamento que nunca daria certo. Eu sei que eu carrego uma filha de Severus Snape, e eu sei que por mais que me doa não poder contar a verdade, ele nunca poderá saber disso. Ele ainda é um comensal da morte, eu ainda sou Lily Potter, casada com James, a pessoa que eu escolhi viver toda minha vida. Eu sei que é injusto com ele também, eu não sei se um dia vou poder me perdoar por está escondendo de meu marido que carrego uma filha que não é dele, mas não há como ser de outra maneira. Pela proteção dessa menina, eu preciso fazer isso." 

Ela já estava aos prantos quando Remus entrou no quarto dela. Ele a olhou assustado e preocupado. A menina aparentava estar tão bem e feliz o dia inteiro, por finalmente ter se resolvido com Snape e agora estava chorando com um caderninho em suas mãos. 

- O que aconteceu, Natalie? - Ele perguntou preocupado, se sentando ao lado dela e passando seus braços ao redor de seu corpo. A menina olhou para ele com os olhos cheios e vermelhos. 

- Conversei com o quadro de Dumbledore hoje... Ele disse para Minerva me entregar isso. - Ela disse e Remus olhou para o caderno sem entender. - Olhe a caligrafia... Você vai saber de quem é. - Remus pegou o caderno e arregalou os olhos. 

- Sua mãe. 

- Sim, esse é o diário da minha mãe. - Ela falou secando seu rosto. - Tudo fica mais claro com isso. - Remus folheou as páginas do caderno. Parou quando de relance leu seu nome. 

- "28 de março de 1992. 
Natalie Evans Potter nasceu a exatos seis dias. Estou olhando para ela agora, tão pequenina, tão linda dormindo tranquila em seu berço. Seus olhos tem um escuro forte, tão parecidos com os do pai. Parece até que eu estou olhando para ele, tão grande é a semelhança. James, é claro, em nenhum momento desconfiou de toda a verdade. Ele está tão maravilhado e feliz como nunca antes com a ideia de ser pai que seria impossível ele reparar os pequenos detalhes. Me sinto mal e culpada por esconder e engana-lo sobre a paternidade de Natalie, mas eu tenho medo dele não me perdoar. Às vezes eu acho que ele entenderia, mas eu não quero ocorrer o risco de James não conseguir lidar com isso. Eu o amo e tenho medo perdê-lo. Sei também que isso não é justo com Severus, afinal, a filha é dele. Mas contando-lhe a verdade ela seria oficialmente uma filha de um seguidor de Voldemort, e eu simplesmente não posso colocar minha filha em risco. Aqui ela está segura, feliz e acolhida por amor e carinho. Escolhemos Remus para ser padrinho dela. Nunca o vi tão animado. Prometemos a Sirius que a vez dele chegará, já que James já está animado com a ideia de ter outro filho, porém o avisei que isso será só daqui alguns bons anos já que um filho já dá trabalho suficiente (nesses seis dias temo ter dormido apenas uma hora por noite). Ontem foi aniversário de James e o que ele me disse foi: "o melhor presente que eu poderia ter é você e nossa filha". E eu estou feliz, te-la em meus braços me dá uma paz imensa, praticamente uma plenitude. Não sei como será o futuro daqui para frente, eu sei que meu segredo me atormentará para sempre, mas sei também que estou fazendo isso por e apenas por ela, então tudo acaba valendo a pena.  
- Remus terminou de ler se sentindo nostálgico. Natalie tinha novas lágrimas em seu rosto. - É engraçado, posso imaginar a voz de sua mãe falando essas coisas. 

- Eu sinto muita falta dela. - Natalie falou secando as lágrimas. Remus colocou o caderno ao lado e abraçou Natalie. A menina se aconchegou sentindo um calor confortável em seu corpo.  

- Eu sei. Eu também. - Ele falou, os dois ficando em silêncio por um bom tempo, apenas um sendo o conforto do outro naquele momento nostálgico cheio de saudades. 


Notas Finais


Achei o diário de Lily muito importante para explicar o ponto de vista dela! Hehehe
Beijos e até a próxima!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...