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História Forgotten - Tempestades que habitam corações


Escrita por: SwishandFlick

Notas do Autor


Agora sim posso dizer que cheguei cedo, finalmente consegui realizar esse sonho por favor esse é o momento em que ganho chuvas de rosas e aplausos. Brincadeiras à parte, falta dois capítulos pra essa fanfic acabar, portanto se você leu Forgotten até aqui e conseguiu a proeza de ainda gostar, sinto lhe dizer que tudo que é bom chega ao fim, e o que é ruim também, essa fanfic é a prova disso. Com tudo isso em mente apenas vos digo: Aproveitem a leitura.

PS: Sim eu também mudei o título desse capítulo e sim gostei mais do atual do que o de antes, aliás mudei pela segunda vez até chegar a essa versão irraaaa :-)

PS²: Irônico postar um capítulo com título com tempestade no meio justamente quando tá caindo o mundo aqui em São Paulo.

Capítulo 23 - Tempestades que habitam corações


- Que loucura não?

- Eu acho bastante plausível.

- Vindo de você não me surpreende que pense desse jeito DiLua.

A loira olhou sob o copo de cerveja amanteigada para Neville, estavam namorando há dois anos e com certeza eram um casal improvável, e que incrivelmente combinavam.

- É bom vê-los de novo gente, senti saudades.

- Digo o mesmo - o homem falou gentil.

- O que andam fazendo agora?

- Sou professor de Herbologia em Hogwarts, e é muito bom estar de volta lá.

- Sou editora do Pasquim agora, tem sido ótimo , descobri uma nova espécie de zulólobos e estou pronta pra colocar tudo no jornal.

- Sou advogada.

O casal a olhou esperando uma explicação.

- Eu meio que defendo pessoas, cuido de processos essas coisas.

- Ah que nem fazia com o F.A.L.E? Com os elfos e tudo o mais. - Neville pagava por um whisky de fogo.

- É, não tinha pensado nisso. Acho que tá na minha hora, ainda tenho uma papelada pra resolver, obrigada por me encontrarem gente - se levantou do banquinho despedindo-se.

- Vamos nos encontrar de novo qualquer dia Hermione - Luna disse fazendo tchauzinho com a mão juntamente do namorado.

- Claro.- disse e atravessou a porta do barzinho.

Começou a caminhar calmamente pela rua, eram seis horas e achava que o dia ficava especialmente bonito naquele horário, por isso decidiu não usar nenhum meio de transporte, até porque andar a ajudava a pensar e era exatamente o que precisava agora. Passeava admirando os comércios, pessoas, carros, os clássicos ônibus de dois andares, quando viu um homem alto e ruivo de costas, observando uma vitrine de joalheria. Ronald invadiu seus pensamentos como de costume, Hermione parou e encarou, tentando decifrar se era mesmo Rony, " Merlin que estupidez!" Pensou antes de se virar e começar a andar apressadamente com raiva de si mesma, sentindo alguns pingos caírem sobre seu cabelo. " Como você é burra! Tem que parar de pensar nele, supera Hermione!"
O baque soou abafado devido ao barulho da cidade, havia tropeçado. Seus pertences jaziam todos espalhados pelo chão, sendo molhados pelas gotas, agora grossas, de água. O que antes fora um chuvisco começava a se tornar uma tempestade.

- Não, não, não, não! - disse tentando pegar todos os papéis antes que encharcassem, embora parecesse meio impossível no momento.

- Mas que droga, eu precisava disso sabia! - falou para ninguém em específico. Sentiu a água parar de cair sobre si, e uma sombra a encobrir, " Finalmente alguém gentil nessa cidade" refletiu antes de olhar o dono do guarda-chuva.

- Muito obrig- " Ah claro!'

- Não sabia que falava sozinha.

- Ronald!

- Hermione.

A mulher ainda o olhava envergonhada pensando no estado em que deveria estar agora, molhada, ajoelhada no meio da rua, as roupas provavelmente não tão limpas, e segurando papéis molhados.

- Não vai se levantar?

- Sim, eu só...- recolheu uma última folha e sua bolsa do chão, então segurou a mão estendida de Ron, que a puxou.

- Não tem um guarda-chuva né? É um utensílio trouxa bem útil na verdade.

- Não achei que fosse chover agora.

- Tudo bem, te levo em casa.

- Não precisa não é muito longe daqui, além de que já tô toda molhada mesmo.

- Se não é longe melhor ainda.

Hermione o encarou por alguns segundos até desviar com medo de que ele percebesse, imaginou se o outro fazia isso porque queria estar perto dela, mas então se lembrou da última conversa que tiveram há alguns dias na Toca e eliminou àquele pensamento, ressentida.

- É aqui.

Começou a vasculhar sua bolsa, revirando todos os bolsos.

- Merda!

- É a primeira vez que ouço você xingar, o que aconteceu?

- Perdi as chaves, deve ter caído no chão quando tropeçei, que maravilha!

- Por que só não usa o Alohomora?

Hermione suspirou.

- Não tô com minha varinha - disse envergonhada.

- Como assim anda sem sua varinha? Merlin Hermione você é uma bruxa!

- Eu sei!

- Eu abro pra você - Ron disse já começando a andar.

- Não vai funcionar - falou encarando o chão.

- Por que não? - se virou observando a morena esperando alguma resposta mirabolante digna dela.

- Enfeitiçei a porta por questões de segurança, só abre com a minha varinha.

- Ah Merlin, por que não estou surpreso?- observou a expressão derrotada de Hermione.

- Vamos pra minha casa então.

- Mas a Toca fica longe daqui, nessa chuva então.

- Não vamos pra Toca.

A mulher o encarou confusa.

- Me segue.

Não demoraram muito para chegarem em uma casa de tamanho confortável, dois andares, de cor branca e telhado azul escuro, quase preto, e um pequeno jardim na frente da varanda.
Ronald pegou as chaves em seu bolso e abriu a porta.

- Quando isso aconteceu?- Hermione questionou tirando os sapatos cheios de água, para então entrar.

- Há algum tempo, logo depois do jantar, naquele dia.

- Entendi- se lembrou daquela noite, a noite em  que decidiu ir embora.

- Lá em cima fica o banheiro, vou separar algumas roupas pra você, vai precisar de um bom banho quente se não quiser ficar doente.

Hermione subiu as escadas atrás de Rony, que entregou as vestes e a guiou para o banheiro, onde pôde se deliciar da água quente. Quando terminou, secou razoavelmente os cabelos com a toalha e se vestiu com uma camiseta enorme e calças moletom maiores ainda, tendo que dobrar a barra pra que não tropeçasse e caísse como havia feito mais cedo.
Desceu as escadas seguindo um cheiro bom, e viu Ron mexer algo dentro de uma panela grande.

- É sopa, quer comer? - disse quando viu a mulher, que disse sim com um aceno de cabeça. Logo estavam sentados a mesa com pratos cheios de um líquido alaranjado, onde boiavam legumes.

- Que bom que as roupas serviram.

- O tamanho está um pouquinho maior do que normalmente uso, mas com certeza nada demais - disse brincando, Rony a respondeu com um dos seus típicos sorrisos tortos.

- O que fazia no mundo trouxa? E por que uma casa aqui ao invés de uma em Hogsmeade?

- Estava tentando vender algo - " Então era mesmo ele" pensou Hermione lembrando-se do homem da vitrine- E sobre a casa, gostei dela assim que a vi, é bonita e aqui é um bom lugar pra ficar. Pra que tantas perguntas?

- Por nada, só curiosidade.

Passaram alguns minutos em silêncio, só o barulho dos talheres era audível.

- Com certeza herdou o dom culinário de Molly.

- Se isso quer dizer que gostou da comida, então agradeço.

Ron estava diferente, agia do mesmo modo de quando haviam se visto da última vez obviamente, mas diferente de quando Hermione o tinha conhecido, menos gentil, mais fechado, ela se odiava por isso porque sabia que era tudo por conta dela, Ronald era quem ela mais amava no mundo e devido a não ter enxergado isso antes havia o perdido.

- Está tudo bem?

- Está.

- Parece triste - os olhos azuis de Ron a examinaram.

- Estou bem.

- Não se preocupe, eles provavelmente tem uma cópia da chave.

- Que? - perguntou confusa

- Perdeu as chaves certo? Devem ter uma cópia.

- Ah sim, claro.

Quando terminaram o ruivo recolheu os pratos e os começou a lavar, tinha tirado a jaqueta que usava quando encontrou Hermione e agora só trajava uma camiseta branca lisa, e então, sentada no sofá a morena percebeu algo que nunca tinha visto antes.

- O que foi isso? - perguntou preocupada

- Isso o que? - falo sem olha-la

- Isso, no seu braço.
Ron lhe direcionou o olhar, a mulher falava da cicatriz.

- Ah, isso, foi durante a caça das Horcruxes.

- As Horcruxes...

A morena voltou a ficar quieta, refletindo sobre como a palavra lhe fora tão conhecida no final do sexto ano, quando pensava nós preparativos para começar a jornada de Harry atrás dos pedaços da alma de Voldemort antes de... Antes de tudo acontecer e ela ter apagado a própria memória.

- Posso dormir no sofá essa noite, e você dorme lá em cima no quarto, tudo bem pra você? - o ruivo perguntou secando as mãos, a louça agora lavada jazia no escorredor.

Silêncio.

- Hermione?

- Era pra eu estar lá. - a voz doce saindo em um fio, baixo e sereno, embora carregado.

- O quê? - o ruivo se aproximou dela.

- Eu sinto muito, por todos vocês. - a morena o olhou, as órbitas castanhas se revelando nadando em lágrimas.

- O que quer dizer com isso?- Ron se agachou em frente a moça confuso e preocupado.

- Todos, você, Harry, Gina, sua família, nossos amigos, todos enfrentaram a guerra, todos tem cicatrizes disso! Menos eu Ron! Seu pai me contou sobre Fred, sobre como você sofreu com a morte dele, e enquanto isso eu estava confortavelmente vivendo minha vida em Amsterdam, provavelmente estudando sem me lembrar de nada daqui, morando em uma ótima casa, dormindo em uma ótima cama!

- Hermione... - o nome saiu em um tom meio atordoado, Rony assimilando o fato de que a mulher sabia dos dolorosos eventos que passou com a morte do irmão.

- O que quero dizer é que todos vocês sofreram e lutaram pra estarem aqui, para terem a paz no mundo bruxo. Vocês merecem fazer parte dele, mas eu não, e essa foi uma das razões pela qual eu não queria voltar, porque eu não mereço!

- Ficou maluca?! É a bruxa mais inteligente que conheço e não consegue enxergar o óbvio? Também sofreu Hermione! Pode não ter nenhuma cicatriz no braço, ou na perna, pode não ter nenhuma cicatriz feita por Comensais, mas e quanto a tudo o que passou? O seu pai foi assassinado, e você sofreu tanto por estar longe de nós que apagou suas próprias memórias! Vai esquecer tudo isso? Suas marcas podem não estar no corpo, mas existem na sua cabeça. Ainda não se perdoou pelos seus erros!- Ron passou seus dedos pelo rosto da morena limpando sua lágrimas - Não chore mais por favor, odeio quando chora.

- Desculpa.

- Vamos. - Rony a ergueu em seus braços, carregando-a, subiu as escadas e chegou em seu quarto, deitando Hermione na cama, então se virou para ir embora.

- Não vai!

Ele olhou para trás, sabendo que talvez fosse se arrepender.

- Fica. - a morena o olhava cheia de expectativa e desespero, as coisas poderiam estar frágeis em grande proporção entre eles, mas agora, nesse exato momento, precisava dele.

- Vou ficar só enquanto não dorme. - Ron se deitou ao lado dela, ainda hesitante.

- Ok- disse, a sonolência já presente em sua voz. Quando fechou seus olhos e começou a adormecer entrando num sono profundo e sem sonhos, Rony sussurrou:

- Eu te amo.

Mas Hermione nunca ouviu.


Notas Finais


Espero que tenham gostado e perdoem os erros ortográficos que minha correção preguiçosa pode ter deixado passar, e como de costume agradeço por terem lido e me darem comentários e visualizações pois isso aumenta minha autoestima, e não, não estou nem um pouco obcecada com o alcance dessa fic KKKKKKKKKKK mentira talvez eu esteja sim yeahh

Beijinhos de luz e até a próxima


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