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História Fosfeno - Eu quero sentir.


Escrita por: bunnykook

Notas do Autor


Ok, então eu escrevi essa OS todinha hoje mesmo (ou melhor, de ontem pra hoje, ja que sao 2 da manhã) e resolvi postar. Pra quem me conhece sabe que eu to bem travada em relação em plots, mas já fazia um tempo que queria fazer esse aqui, a ideia já estava na minha cabeça e eu resolvi e disse ''por que não?''

Eu gostei muito do resultado, pra ser sincera, e acabou significando muito pra mim criar essa oneshot, e eu espero MUITO que vocês gostem!

Nas notas finais tem algumas explicações, mas só leiam quando acabarem a fic, sim?

<3

Fosfeno: As cores ou ''estrelas'' que você vê quando esfrega os olhos.

Capítulo 1 - Eu quero sentir.


 

As cócegas em suas costas traziam um sorriso ao seu rosto. Não foi sempre que gostou de suas asas, mas depois que achou uma razão para eles, passaram a ser suas melhores amigas.

Suas únicas amigas, pra ser honesto.

Durante muito tempo Jeongguk se perguntara se seu propósito seria para sempre aquele. Não entendia porque tinha que olhar por todos e nunca ser olhado de volta, o que acabou por criar uma grande confusão no lugar de onde veio.

Ficou conhecido como o anjo das asas tortas.

Porque tentou as arrancar um dia.

Agora toda vez que trombava com um dos seus, recebia olhares nada amigáveis. Ora, onde já se viu, um anjo da guarda que quer ser guardado?

Mas desistiu de tentar entender em um certo momento, ao invés disso passou a fazer seu trabalho como devia desde o começo e surpreendeu-se a perceber que não era tão ruim assim.

Bom, ‘’fazer como devia’’ não era exatamente como seus superiores chamavam, mas o importante é que no final sua missão era finalizada.

Seus métodos eram bem diferentes de seus colegas de trabalho, por isso não era sempre que participava das reuniões que faziam.

‘’Uma perda de tempo’’ Havia dito da última vez. ‘’Enquanto estamos aqui já poderíamos ter evitado um milhão de coisas, inclusive aquela mensagem vista e não respondida que sabemos que sempre acontece e nos deixam ouvindo lamentos de adolescentes a noite inteira.’’

Mais uma vez não foi visto como algo que devia expressar em voz alta, mas quem se importa?

Andava de forma despreocupada nos fios daquela ponte, seus passos suaves e a bata branca que usava movimentando-se com o vento forte, deixando sua barriga a mostra e fazendo um carinho em seu umbigo, lhe arrancando uma risada.

Bateu as asas, pronto para voar para longe dali, sentindo-as novamente fazendo cócegas em suas costas. Se perguntava o porquê de odiá-las tanto no começo, já que eram sua única forma de perceber que ainda estava vivo e, o mais importante, sua única fonte de toques.

Nunca havia sentido um toque que não fosse seu próprio ou de suas asas. Os empurrões dos outros anjos não contavam, é claro.

Voou até chegar na janela de um prédio humilde no subúrbio, sentando-se ali enquanto esperava. Suas pernas balançavam de maneira agitada, havia esperado o dia todo para aquilo e mal podia esperar até que ele visse a carta.

Assustou-se quando a luz do quarto finalmente foi acesa e um rapaz entrou por ela. Tinha uma expressão cansada e as bolsas embaixo de seus olhos causavam um pesar a Jeongguk.

Jeongguk tinha várias pessoas por quem olhar, mas haviam seis especiais que havia criado um afeto maior.

Uma delas era Min Yoongi, o garoto emburrado, como gostava de chamar no começo.

Viu quando ele se jogou na cadeira em frente ao computador e bufou, jogando a correspondência em cima da mesinha, fazendo Jeongguk franzir o cenho.

— Outro dia, outra merda. — Ouviu o loiro resmungar e quis muito poder dar um solavanco no mesmo.

Yoongi tinha o sonho de ser produtor, tinha várias músicas de sua composição e era um rapper incrível. O problema é que não recebia tanto reconhecimento como devia, por isso trabalhava como garçom em uma cafeteria para pagar as contas de casa.

Contas essas que haviam sido jogadas na mesa.

O viu abrir o notebook velho e que faltava a letra ‘’i’’. Ajeitou-se na janela, tombando a cabeça para trás enquanto esperava seu show particular começar. Adorava ouvir as músicas que saíam dos aparelhos eletrônicos do Min, particularmente a nova do garoto, chamada So Far Away. Não gostava de apontar favoritos, mas aquela com certeza havia o pegado de jeito.

Mas quando esperou por um tempo e nada veio, abriu os olhos, ouvindo um soluço baixo. Assumiu uma posição ereta ao vê-lo de cabeça baixa e mãos sobre o rosto, e não precisava ser um gênio para saber que estava chorando.

Era em momentos como aquele que se lembrava porquê se identificava tanto com Yoongi, os dois compartilhavam de sentimentos parecidos, sem saber o motivo de estarem aqui e ainda assim seguindo com seus dias como se em algum momento tudo fosse melhorar. Mas ninguém, além deles mesmo, sabia o quanto aquilo doía como o inferno.

— Vamos, Yoongi, olhe as cartas. — Pediu baixinho, ainda que soubesse que o outro não pudesse lhe escutar.

Mas o garoto continuou em sua própria miséria.

Jeongguk suspirou, olhando em volta até achar algo que pudesse usar. Até que teve uma ideia, e usou suas asas para criar um vento ligeiro, fazendo com que metade das cartas caíssem no chão, deixando apenas uma ali em cima.

Aquilo pareceu acordar o Min, que franziu o cenho e pegou a carta que sobrara, e Jeongguk sorriu tão grande ao ver os olhos arregalados de Yoongi que achou que sua boca pudesse rasgar.

O menino abriu o envelope tão rápido que teve medo de rasgar seu conteúdo, mas felizmente não aconteceu. E depois de ler pelo menos três vezes o que estava escrito, desatou a chorar novamente, e daquela vez Jeongguk o deixou, tentando não deixar suas próprias lágrimas rolarem também.

Viu quando Yoongi largou a folha em cima da mesa novamente, correndo até o celular em cima da cama e saindo do quarto para ligar para alguém.

Observou a folha por algum tempo, suspirando satisfeito. Ainda que Yoongi nunca fosse saber que havia sido ele a derrubar o CD que carregava consigo por todo canto, com suas músicas, e lhe causar muita dor de cabeça durante um mês, se perguntando onde havia colocado aquela droga de CD com todas as suas informações e sua única chance de conseguir algo que prestasse. Ainda que Yoongi nunca fosse saber que apenas a três metros atrás de si andava um produtor desesperado por um novo talento e que, de repente, achou um CD caído na rua com uma capa que chamou sua atenção.

Mas Yoongi não precisava saber, de qualquer forma, era apenas o trabalho de Jeongguk.

‘’Seu trabalho é os proteger, ter certeza que não vão fazer nada estúpido. Não entregar tudo de mão beijada a eles, Jeongguk.’’

Mas como podia ser de mão beijada se havia sido Yoongi a trabalhar por tanto tempo e tudo o que havia feito foi apenas derrubar um CD?

Voou para longe dali então, em rumo a seu próximo alvo.

 

Não foi difícil achá-lo, seu segundo protegido, Kim Taehyung.

Com Taehyung não tinha muito o que fazer. Pelo menos não agora. Mas se lembrava da época onde tudo parecia um pouco cinza demais toda vez que se aproximava do Kim.

Taehyung parecia o garoto que tinha tudo, ou era assim que Jeongguk costumava o ver. E, honestamente, preferiria se fosse mesmo daquela forma, já que com o passar do tempo percebeu que tudo o que o Kim parecia ter, era na verdade tudo que lhe faltava.

Seus pais eram amáveis, isso não podia negar. Mas do que adianta se sempre vai ter um exemplo melhor na família?

‘’Seu primo terminou a faculdade de direito’’, ‘’Quando tinha sua idade já morava sozinho’’, ‘’Não acha que já está na hora de fazer algo com sua vida?’’

Mas como ele poderia fazer algo se nem sabia o que queria fazer?

Quando Jeongguk o conheceu, o Kim havia se formado no ensino médio faziam seis meses, e a pressão aumentava mais e mais ao passar do tempo, ao ponto que Taehyung se perguntava se talvez havia mesmo um problema consigo. Era preguiçoso demais? Lhe faltava vontade? Devia começar algo só porque sua família queria? Talvez sim, mesmo que não gostasse da ideia de passar o dia dentro de um escritório fechado, ganharia dinheiro o bastante para manter sua vida, certo?

Mas não parecia certo.

Jeongguk via o quão sozinho o garoto parecia, enquanto seus amigos encontravam suas almas gêmeas e pensavam nos próprios futuros, Taehyung andava com os ombros caídos, e Jeongguk gostava de culpar aquilo nos diversos pensamentos que passava por sua cabeça, a pesando de forma absurda.

E foi num desses dias, enquanto seguia Taehyung, que escutou.

Foi baixinho e sofrido, mas seus ouvidos eram apurados. Deixou o Kim de lado por algum tempo, seguindo o barulhinho até encontrar sua origem e ficou de boca aberta ao acha-lo. Como poderia alguém fazer aquilo?

Teve uma ideia então, não sabia se daria certo, mas não custava tentar, não é?

Voltou até Taehyung, o vendo seguir por uma rua diferente da que geralmente usava para ir até em casa e franziu o cenho, sabendo que o Kim provavelmente pegaria o caminho mais longo para comer um daqueles espetinhos que adorava.

Precisava dar um jeito e não se orgulhou muito do que fez em seguida. Visto que Taehyung carregava o celular em mãos, empurrou a pedra maior que havia achado até os pés do Kim, e dois passos depois o garoto foi ao chão, derrubando o aparelho no processo.

Jeongguk fez uma careta, sabendo muito bem que aquilo violava todas as regras de seu trabalho.

O Kim levantou-se, resmungando algo, e pegou o celular jogado no chão, apertando o botão para ver se não havia quebrado a tela, e foi aí que viu a mensagem que estava ali já há algum tempo e havia se esquecido. Era de sua mãe, avisando que havia feito seus biscoitos favoritos.

Viu quando Taehyung desistiu dos espetinhos, dando meia volta e finalmente seguindo caminho que Jeongguk esperava que ele seguisse, resultando em seu encontro com o mesmo barulho que o anjo havia escutado mais cedo.

Lentamente o Kim se aproximara da grande lata de lixo que havia ali, encontrando ali dentro um filhotinho de cachorro e rapidamente tirando seu casaco para enrolar no animalzinho, o trazendo para perto de seu peito.

Jeongguk sorria ao lembrar daquela cena e ao ver Taehyung correr com Yeontan cheio de saúde agora. Depois daquilo o Kim parecia ter encontrado seu propósito e já estava em seu segundo ano de medicina veterinária na faculdade

Jeongguk não sabia o que era aquilo em seu peito, mas toda vez que via o Kim só conseguia pensar que até o que mais parece estar perdido encontra uma forma de achar o caminho certo.

Boa noite, Tae, pensou, enquanto novamente voava para outro lugar.

 

Enquanto caminhava descalço pelas ruas iluminadas, aproveitou para dar uma espiada no relógio de pulso de algum rapaz que passara ao seu lado. Oh, já estava quase na hora.

Apertou o passo então, parando em frente a faculdade enquanto encostava-se em um dos postes, de braços cruzados. Passaram-se alguns minutos até finalmente ver quem estava esperando. o homem saiu apressado do lugar, rapidamente entrando em seu carro, e Jeongguk revirou os olhos tão forte que quase os perdeu na parte de trás da cabeça.

Odiava quando Kim Namjoon fazia aquilo, saía todo apressado para chegar em casa e não fazer nada além de se lamentar.

Jeongguk sabia que divórcios e separações não eram as coisas mais agradáveis do mundo e que, eventualmente, uma das partes sempre sofria mais do que a outra.

Mas, novamente, queria poder lhe dar um solavanco e talvez dois tapas tão fortes no rosto que ele veria todo o sistema solar bem na frente de seus olhos.

Havia sido Jeongguk a fazê-lo descobrir sobre a traição de sua esposa, e achou mesmo que estava fazendo algo bom, afinal, ninguém merece ser enganado de tal forma. Mas Jeongguk não levou em conta o fato de que eles estavam juntos por tanto tempo que as consequências daquele ato – não o de Jeongguk, mas sim o da mulher – iria acabar com o Kim.

Foi só então que o anjinho percebeu que nada poderia ser mais forte do que o coração humano, que poderia se partir em milhares de pedaços e ainda assim continuar vivo.

E era no que Jeongguk acreditava. Namjoon ainda estava vivo, podia ver a paixão em seus olhos. Podia ver o quanto ele gostava de dar aulas de história e ensinar a seus alunos tudo o que sabia. Podia ver o quanto era satisfatório para ele quando se interessavam, e também podia ver que aquilo acontecia frequentemente, já que o Kim era um ótimo professor. Suas aulas eram interessantes e fora do comum, sempre com uma dinâmica animada e a maneira que ele contava as histórias e os fatos deixava tudo tão interessante que quando a aula acabava podia ver os alunos com um gostinho de quero mais.

E Jeongguk sabia que Namjoon merecia mais.

Namjoon sempre foi alguém que o Jeon admirou desde o começo. Ele adorava o quão bom o Kim era. O quanto ele ajudava todo mundo e participava de ONGs e projetos importantes. Como tirava momentos de seu final de semana, mesmo quando estava tão ocupado com as aulas, para participar de causas importantes.

Jeongguk era o anjo de Namjoon, mas Namjoon era o anjo de tantas pessoas.

Viu quando o Kim parou em frente a uma lanchonete e entrou, mas preferiu esperar do lado de fora. Havia decidido agir aquela noite, e ainda não sabia como, mas encontraria um jeito.

Estava tão distraído que quando um carro passou ao seu lado tomou um susto, mas ao apertar os olhos reconheceu aquela placa, decidindo voar atrás do mesmo, e aproveitando do teto aberto para sentar-se no banco de trás, inclinando-se nos da frente para encarar mais um de seus protegidos.

Kim Seokjin.

E não parecia nem um pouco feliz.

— Quando vai ser o limite? — O homem resmungava irritado. — Quando vai ser finalmente o bastante pra esses otários?

Jeongguk nem precisou pensar muito, já sabia exatamente do que ele estava falando, e ao olhar para o lado e ver algumas fotos rasgadas no banco do carona confirmou seus pensamentos.

Apesar de ser um modelo agora, o Jeon sabia que o passado de Jin não havia sido muito gentil com o mesmo.

Sabia que o homem era conhecido como o patinho feio na época da escola, e quando soube dessa história desejou ter existido naquela época e tentar confortar pelo menos um pouco o Kim. Não pôde deixar de chorar quando soube das pegadinhas que fizeram com o mesmo, e como uma aposta envolvendo o cara que Jin tinha uma queda na época e que devia fazer o Kim acreditar fielmente que o rapaz estava apaixonado por ele também, foi o ponto alto de tudo.

Saber que Jin estava tão depressivo a ponto de querer parar de existir era como uma faca cravada bem no peito de Jeongguk que continuava o abrindo e abrindo.

Mas Jin havia mudado tanto, e se tornou uma das pessoas favoritas do Jeon porque era tão divertido e, bem, único. Ele era tão engraçado e sempre tinha algo pra dizer, mesmo que não fizesse o menor sentido e mesmo que fosse apenas uma piada de tiozão, como seus amigos costumavam dizer.

E Jeongguk adorava o provocar também, o fazendo tropeçar e derrubar coisas, porque de uma forma boba gostava de ouvi-lo xingar.

Riu com o próprio pensamento, mais uma vez desejando que pudesse ser real.

Bom, real ele era. Mas queria ser real pra todas aquelas pessoas que eram tão reais pra ele.

Suspirou, decidindo ignorar aquele assunto e voltar para o problema em questão.

Jin odiava quanta maquiagem colocavam nele e o fato de encherem, não só suas fotos, mas a de todos os modelos, com tanto photoshop. Achava ridículo e desnecessário. O que pensavam? Queriam que fossem perfeitos e sem erros? Então por que não criavam modelos robôs? Assim não teriam tanto trabalho, certo?

— Você é lindo, Jin. — Murmurou, ainda que o homem não o escutasse. — Às vezes me pergunto se não fugiu de um museu.

Bateu na própria testa, estava passando tanto tempo com este Kim que já fazia trocadilhos clichês como o mesmo.

— Ah, mais essa agora. — O maior resmungou, e Jeongguk virou o olhar novamente, vendo que a gasolina estava acabando e logo ele teria que parar no posto mais à frente.

Voltou os olhos para as fotos, apertando o olhar ao ver uma revista diferente ali no meio, algo sobre o Egito. Novamente algo se ascendeu em sua mente, e rapidamente saiu do carro, voltando até onde Namjoon estava.

Checou o tanque do carro do Kim e viu que estava cheio, então suspirou, mais uma vez não se orgulhando nem um pouco do que faria em seguida.

Usou de suas artimanhas para esvaziar o tanque, e quando Namjoon entrou no carro, o Jeon tinha uma expressão quase inocente no rosto, como se o outro pudesse vê-o. Viu quando o Kim franziu o cenho ao ver que precisaria abastecer.

— Eu posso jurar que fiz isso de manhã. — O ouviu resmungar e quis rir.

Suspirou então, seguindo o carro do homem com um sorriso no rosto, e ao ver que o conversível de Jin já estava lá, só fez seu sorriso aumentar. Estava tudo caminhando como queria.

Viu Jin dentro da loja de conveniências que havia ali no posto, e percebeu que Namjoon não tinha planos de sair do carro. Aish, precisava mesmo fazer tudo?

Decidiu ele mesmo ir até a lojinha, vendo que Jin já estava no caixa, portanto precisava mover-se rapidamente. Olhou ao redor, procurando algo, e quando finalmente encontrou, seus olhinhos brilharam. Sabia que Namjoon colecionava tudo que encontrava do Ryan, um dos personagens do Kakao. Então quando viu um bonequinho ali, olhou em volta, se sentindo um pouco mal pelo rapaz que estava ao seu lado, sabendo que a culpa cairia toda nele.

Respirou fundo, jogando o boneco em direção a vitrine de plástico, fazendo um barulho que Namjoon escutou do carro, virando a cabeça e franzindo o cenho. Porém, quando viu uma prateleira inteirinha de personagens do Kakao, saiu rapidamente do carro, andando em passos rápidos até a lojinha.

Jeongguk sorriu então, embora fizesse uma careta quando o caixa foi em direção ao rapaz perto de si, o dando uma lição de moral sobre não jogar produtos pela loja.

Mas voltou a sorrir quando viu Namjoon abrir a porta, e no mesmo momento chutou o Ryan caído até a direção de Jin, que não viu o objeto e tropeçou no mesmo momento que o outro Kim entrava, o fazendo cair no mesmo.

Viu as bochechas rosadas de Seokjin e seus olhos arregalados, e como o rosto de Namjoon era praticamente um espelho do outro, deixando ainda mais engraçado já que seu óculos haviam ficado tortos pelo baque.

— Sinto muito! — Jin gritou, levantando-se e batendo a mão pelas roubas do Kim, ainda que este nem tivesse caído no chão.

Jeongguk desconfiava que era apenas para tocá-lo, mas não iria julgar.

— Oh, tudo bem, eu— Mas Namjoon cortou a si mesmo ao ver no que Jin havia tropeçado, abaixando-se para pegar o Ryan. — Ah, eu não posso mais te desculpar, vê? Você pisou no Ryan.

Jin tinha os olhos arregalados, até Namjoon soltar uma risadinha.

— Ya, não me olhe assim, só estou brincando.

— Oh. — Jin murmurou, rindo logo em seguida.

Ficaram se encarando por algum tempo e Jeongguk passou por mais um daqueles momentos onde só queria sacudir alguém.

— Uh, então eu— Seokjin começou, meio sem jeito, apontando para a porta, e Namjoon ergueu as sobrancelhas.

— Ah, claro, claro. — Disse, abrindo a porta para o outro, vendo-o passar por si com um aceno.

Jeongguk bufou, batendo na própria testa. Que porra era aquela?

— Caralho, Namjoon! — Exclamou irritado. — Eu não fiz isso tudo e culpei um pobre inocente pra voc—

— Ei! — Namjoon gritou de repente, na direção de Jin, que virou-se para si. — Eu mudei de ideia, só posso te desculpar se me deixar te pagar um café.

Viu quando Jin franziu o cenho por alguns segundos.

— Não deveria ser eu fazendo isso? Eu quase te esmaguei e pisei no seu precioso Ryan.

Namjoon deu de ombros então.

— Eu não vou me opor a ter um café pago por alguém tão bonito.

Jeongguk revirou os olhos com aquilo, ainda que o sentimento em seu peito fosse de alegria.

Ainda ficou ali por algum tempo, até Namjoon comprar o Ryan pisado e depois combinar com Jin algum lugar para irem, e até o carro do Kim mais velho seguir o do outro até a cafeteria mais próxima.

 

Quando voou até seu próximo alvo, respirava contente. Aquela era uma noite boa, tudo parecia estar dando certo.

Parou em frente a um prédio grande então, por um momento sentindo uma pontada no coração ao se lembrar do porque havia se identificado tanto com aquele protegido.

Jung Hoseok.

Aproveitou que a janela do corredor estava aberta, e ao ver Hoseok entrando na sala para praticar, rapidamente correu até o mesmo antes que pudesse fechar a porta. Sentou-se em um cantinho do lugar, vendo o Jung se alongar e preparar tudo para sua prática.

Jeongguk sabia que a última semana não havia sido fácil para o Jung.

Hoseok gostava de dançar já desde criança, e fazia alguns anos desde que virou sua profissão oficial. E era bom, pelos céus, era bom pra caralho. Jeongguk adorava assistir suas performances e adorava vê-lo praticar também. Sabia alguns movimentos de cabeça e até dançava com ele em algumas ocasiões, sentindo-se quase como seu melhor amigo.

Sorriu de canto. Gostaria tanto de ser seu melhor amigo.

Mas Jeongguk sabia que as coisas não estavam muito bem, já que havia entrado num novo dançarino na empresa e também era muito bom.

Bom, não tão bom quanto Hobi, nos olhos de Jeongguk. Chame-o de puxa saco ou diga que ele mima demais seu protegido, mas ninguém dança com tanta paixão e brilho quanto o Jung, e isso é indiscutível.

Ele sempre parecia tão livre, como um pequeno saio de sol em movimento. Não se pode tirar os olhos dele, e Jeongguk adorava essa sensação de parece hipnotizado.  Ele ficou viciado nas risadas do Jung e em como seu sorriso sempre esquenta seu coração, e é por isso que não se sentia nada bem ao vê-lo tão pra baixo.

Semana passada o Jung havia passado tanto tempo praticando, tentando tanto se manter no mesmo nível, embora estivesse tão cansado. Queria provar que continuava bom, queria manter seu lugar, fazê-los perceber que podia ser tão bom quanto o cara novo.

Mas estava tão cansado.

Jeongguk ainda se lembra de seu tropeço no palco e dos ‘’Ohh’’ da plateia que se seguiram. Jeongguk viu o quanto Hoseok queria correr e se esconder, mas se manteve firme e terminou o show. Jeongguk se sentia orgulhoso, mas também queria trazê-lo para seus braços e alisar suas costas.

Desde então o Jung simplesmente não parava, não depois das críticas e dos comentários negativos. E aquilo amedrontava o Jeon, pensando que em algum momento ele entraria em colapso.

Suspirou, precisava fazer alguma coisa.

Lembrou-se então de mais cedo, quando estava no parque com Taehyung e Yeontan. Lembrou-se de ter visto uma roda de dança na pracinha e como parecia divertido, como parecia algo que Hoseok com certeza adoraria. O único problema era como o faria chegar até lá.

Lembrou-se então de Taemin, um dos amigos do Jung, e como costumavam deixar bilhetes na sala um do outro. Por sorte, novamente usando suas artimanhas, conseguiu copiar a letra do garoto em um papel que carregava no bolso, e assim que Hoseok se virou para ligar o som, soltou o bilhete, como se tivesse caído de algum lugar e não demorou muito para o Jung vê-lo. Pegou o papel com o cenho franzido, se perguntando como não havia o visto antes.

‘’Hobi, estarei com os garotos na pracinha perto do Dawn’s Coffe até as 21, se ver esse bilhete aparece por lá! – Taemin’’

Por um momento achou que o garoto continuaria ali e ignoraria o bilhete, mas suspirou aliviado ao ver que Hoseok guardava as coisas para seguir até o local. Acompanhou o Jung até a pracinha, o vendo procurar os amigos com o olhar, ainda que estivesse já perto da roda de dança. Viu o garoto parecer interessado mas não ousou se aproximar.

Jeongguk suspirou, sabendo que devia parar de infligir agressões em seus protegidos, mas às vezes era necessário!

Concentrou todas sua força em suas asas, ainda que soubesse que se sentiria cansado ao fazer aquilo. De qualquer forma as bateu em Hoseok, o fazendo tropeçar para frente e cair bem no meio da roda de dança. O garoto levantou tímido, pronto para sair dali, mas foi parado por uma mão em seu peito.

— Não pode sair sem dançar, irmão. — Um dos homens ali disse e o Jung engoliu a seco, mas quando viu que estavam falando sério, suspirou.

— Posso ter uma música ao menos? — Pediu, e o DJ responsável pelo som levantou o dedão, antes de colocar Here We Are de D&E.

Hoseok começou em passos lentos, sentindo a música e deixando que ela entrasse em seu corpo. Logo acelerou seus movimentos, fechando os olhos e sorrindo enquanto a música tomava conta de tudo em si e cada passo seu era guiado pelas vozes da melodia. Ouvia palmas e gritos o incentivando, e naquele momento Jeongguk sabia que o Jung já não se importava com mais nada ao seu redor.

Não pôde deixar de mover-se junto com ele, porque era aquilo que Hobi sempre fazia consigo, o fazia querer dançar.

Quando Hobi terminou, sentiu um sentimento de alivio e paz passar por si ao ver todas aquelas pessoas querendo o cumprimentar e dizendo o quão bom ele era. Jeongguk sorriu animado, e mais ainda quando viu um cachorrinho passar pelas pernas de todos ali e correr até Hoseok, que o pegou no colo.

Jeongguk logo reconheceu o cachorrinho, era Yeontan. Franziu o cenho, mas ergueu as sobrancelhas ao ver Taehyung se desculpando com o Jung pelo animalzinho.

Jeongguk tombou a cabeça para o lado, agachando-se em cima de uma das árvores que tinha ali, pensando que talvez sua ideia houvesse desencadeado algo muito maior ao ver como o Kim e o Jung continuavam a falar sobre o cachorrinho ao se distanciarem da multidão.

Como nunca havia pensado em apresenta-los? Tinham tanto em comum e sabia que algo muito bom sairia daquilo. Esperava mesmo que pudessem ser os amigos que Jeongguk tanto queria ser dos dois.

O Jeon suspirou, levantando-se. Daquela vez não quis voar, preferiu ir andando até seu próximo protegido. Diferente dos outros, não tinha tanta pressa para chegar até ele, embora seu peito parecesse querer explodir a qualquer momento com o pensamento de finalmente vê-lo.

Seus pés pareciam mais frios agora em contato com o chão. Suas pernas tremiam, já que usava apenas um short azul em conjunto com sua bata branca. Abraçou a si mesmo, alisando os próprios braços e sentindo-se nostálgico com o próprio toque.

Será que um dia conheceria um toque que não fosse o seu?

Suspirou ao parar em frente a mais um prédio, mas não voou até a janela de luz acesa. Ao invés disso contou até 5, vendo a luz se apagar. Encostou a cabeça no poste do outro lado da rua do prédio, esperando, e depois de alguns minutos finalmente viu o garoto saindo do prédio com uma mochila nas costas e acenando animado para o porteiro, enquanto seguia seu caminho.

Jeongguk andava de forma lenta atrás do menino, suas mãos coçando com a vontade de corrê-las pelos fios ruivos do mesmo. Suas pernas pareciam tremer ainda mais, como se seu corpo quisesse desistir e cair nos braços do garoto.

Seu sexto protegido, Park Jimin e, pra ser honesto, Jeongguk não tinha ideia do porquê.

Jimin parecia perfeito, era tão feliz e radiante. Parecia ter o controle de tudo em sua vida. Fazia bem para todos ao seu redor e dava tanto orgulho para seus pais. Então por que ele havia sido designado para cuidar do Park?

Tudo bem que, apesar de tudo, Jimin era bem distraído na maioria das vezes e o Jeon precisava salvá-lo de ser atropelado ou bater com a cara em algum poste pelo menos quatro vezes por semana. Mas ainda assim, Jeongguk sempre esperava algo a mais, afinal, era sempre assim, todos tinham algum tipo de problema.

E Jeongguk, em algum momento, começou a se perguntar se talvez Jimin era seu problema.

Embora já tivesse se revoltado a muito tempo com aquela história de ser um anjo da guarda, só percebeu que não servia mesmo para aquele trabalho quando pegou-se tendo emoções que não devia. Como quando sentou-se na areia daquela praia fria a noite e chorou feito um bebê depois de ver o Park tendo um encontro com uma linda garota.

Se sentiu como uma das pessoas por quem olhava quando tinha seus coraçõezinhos machucados. Se lembrava de já ter visto tantas dela chorando ali mesmo, naquela praia ou em muitas outras. Se perguntou se talvez os mares eram feitos de lágrimas de tais pessoas. Aquele mundo tinha tanta dor.

Demorou um tempo até aceitar que estava apaixonado por Jimin, afinal, não tinha direito nenhum daquele tipo de sentimento. E foi sua segunda pirraça, segundo seus colegas de trabalho. Jeongguk gritou, chorou, berrou, implorou a seus superiores que o libertasse ou apenas o desse um fim. Não queria viver com aquilo, não queria sentir, era tão injusto passar o resto de sua vida apaixonado por alguém que nem ao menos o conhecia!

Mas Jeongguk seguiu em frente, embora em alguma parte da sua mente tudo o que pensava era que aquilo mais parecia uma tortura. Um castigo por tudo o que havia feito. Seria obrigado a ver a pessoa que amava e nunca poder tocá-lo ou conversar com ele. Apenas o veria de longe, criando sua própria vida e, o que mais Jeongguk temia acontecer um dia, se apaixonar.

O Jeon já havia levado diversas ocorrências, pois sempre dava um jeito de afastar Jimin de possíveis interesses românticos, embora uma de suas missões fosse exatamente encontrar alguém para seu protegido passar o resto da vida.

Bom, que se dane, não iria fazer com Jimin, e lhe dava uma felicidadezinha egoísta ao ver que o Park não parecia interessado em achar alguém também.

Seguiu o Park, o vendo colocar a câmera ao redor do pescoço e começar a tirar fotos para seu portfólio. Jeongguk adorava as fotos que Jimin tirava, queria poder se oferecer para ser seu modelo em algum momento, ainda que soubesse que aquilo era impossível.

Bom, quem saía perdendo era o Park. Jeongguk seria um modelo perfeito, daquilo tinha certeza.

Riu consigo mesmo, começando a saltitar levemente atrás do garoto. Era hora de entrar em ação, como sempre fazia. Correu para perto de uma das árvores, mexendo em suas folhas para chamar atenção de Jimin, que virou rapidamente e bateu uma foto da mesma.

Sorriu, dessa vez jogando uma pedrinha em direção ao muro ao lado do Park, o fazendo olhar para o lugar e tirar algumas fotos dos desenhos tão bem feitos que tinham ali.

Viu Jimin correr pelas ruas e correu atrás, sorrindo ao se sentir parte do trabalho do mesmo, embora ele nem soubesse. Usou de seus dons para piscar as luzes amarelas de um restaurante qualquer, chamando novamente a atenção do Park, que adorou o jeito excêntrico do lugar e o quão amarelo e feliz parecia, novamente clicando a câmera.

Jeongguk viu uma borboleta azul voando por ali, e a pegou em seu dedo. Sorriu de canto, uma das poucas coisas que ainda conseguia ter algum contato. A levou para perto de Jimin, a pousando em seu ombro e rindo ao ver o sorriso surpreso do Park, sabendo o quanto ele adorava os animais. Viu quando o Park tirou várias selcas com o bichinho, e desejou estar em uma delas.

Seu sorriso morreu aos poucos com aquele pensamento, voltando a andar quieto ao lado do garoto.

Quando chegaram a pracinha deixou que Jimin fizesse seu trabalho em paz, enquanto novamente se sentava na grande árvore, o observando.

— Por que estou aqui? — Perguntou baixinho, embora estivesse falando com qualquer um que pudesse o ouvir. — Eu sei que não fui bom, mas por que tenho que ser castigado dessa forma? Me mande para longe dele, me mand—

Cortou a si mesmo, balançando a cabeça. Tinha seus outros protegidos, e apesar de querer que a dor passasse, também se sentia preso a ela, sabendo que não os veria mais caso fosse para longe.

Jeongguk estava sempre sendo assombrado com o pensamento de estar desperdiçando sua vida, ao mesmo tempo em que seu propósito também era o que o mantinha são.

Foi só então que o Jeon percebeu, ao ver o sorriso de Jimin e perceber como seu coração havia se acalmado.

Não era ele quem devia proteger Jimin. Era Jimin quem o protegia de si mesmo.

Levou uma de suas mãos até sua asa direita, tendo um pequeno deja vu do dia em que havia as deixado torta. Puxou uma de suas penas, soltando um grito com a dor.

— Por favor. — Pediu, puxando outra.

— Por favor, eu quero sentir.

E outra. Outra.

— Por favor, dói tanto.

A dor era insuportável agora, e enquanto via suas penas voando até tocar o chão, deixava as lágrimas rolarem soltas por seu rosto. Sua visão começou a ficar turva e nunca havia se sentido tão tonto, mas quando sentiu-se tombar para trás nem ao menos se importou, apenas fechou os olhos e abraçou a própria queda.

Não sentiu dor ao cair no chão. Não sentiu nada. Apenas uma tranquilidade, uma paz que a muito tempo seu peito caótico não conhecia. Uma calmaria que sua mente bagunçada nunca havia experimentado.

Pensou em Yoongi. Pensou em Taehyung e Yeontan. Namjoon e Jin. Hoseok.

Ele os amava, amava de verdade.

Mas também pensou em Jimin e sentiu os olhos marejarem novamente, embora estivessem cerrados e tudo o que visse era escuridão com pontinhos brancos e brilhantes.

Não sentia mais frio, na verdade estava tão aquecido que temia estar um andar perto do inferno.

Queria fechar os olhos, estavam tão pesados.

Porém, quando os fez, ouviu uma voz acima de si.

—...á tudo bem?

Franziu o cenho. Reconhecia aquela voz. Tentou abrir os olhos novamente, mas era difícil.

— Não consegue abrir os olhos? — A voz de novo.

Jeongguk balançou a cabeça negativamente, embora fosse fraco.

— Por favor, abra os olhos. — A voz pediu quase desesperada. — Vamos, eu te ajudo, sim?

Sentiu uma mão alisar seu rosto e mal pôde evitar o soluço que saiu de sua boca com aquele movimento. Aquele toque era tão quente, mas tinha certeza que não era seu, sentia suas mãos tocando a grama abaixo de si.

— Dói? — A voz perguntou. — Vamos, abra os olhos.

Jeongguk apertou os olhos, reunindo suas forças para abri-los como a voz havia pedido.

Os abriu.

Mas quis fechar de novo. Que tipo de alucinação era aquela?

— Oh, oi. — O garoto acima de si falou com um sorriso.

— E-Eu voltei pra cima? — Perguntou baixinho.

— Eu não sei onde cima é. — O garoto riu, e uma segunda voz apareceu.

— Eu acho que ele pensa que está morto.

— Cima é o céu. — Uma terceira voz. — Ele acha que você é um anjo, Jimin.

Ouviu algumas risadas, e conseguiu contar cinco delas.

— Eu sou um anjo. — Conseguiu soltar, ganhando outra risada de Jimin.

— Bom, você com certeza parece com um. Mas um anjo ferido e com frio.

Quando a mão de Jimin afastou-se do seu rosto, novamente Jeongguk usou o restante de suas forças para segurá-la e a trazer de volta.

— Deixa aqui. — Pediu, e o garoto assentiu.

— Já chamei uma ambulância, é melhor não mexer muito nele. — Uma das vozes falou.

— Como você sabe? Ele não é um cachorro, Taehyung, e pelo o que me disse você está estudando pra ser veterinário. — Aquele era Hoseok falando?

— Todo mundo sabe disso, cabeção. — Taehyung.

— Bom, o Tae não está errado.

— Blah, blah, Namjoon se acha um médico depois de ver duas temporadas de Grey’s Anatomy. — Hoseok novamente.

— Bom, ele dá aula numa faculdade, Hoseok, acho que ele pode se sentir um pouco mais esperto do que o resto de nós.

— Ei, eu faço faculdade, Yoongi hyung. — Taehyung novamente. — Aliás, onde vocês se conheceram, hein?

— No posto. — Aquela voz sem dúvida era de Jin.

— Caraca, hyung, você, um modelo em ascensão, tinha tantos lugares pra conhecer alguém, e conhece no posto?

— A pergunta é: Por que vocês nunca nos apresentaram antes? E onde você e o Tae se conheceram? — Namjoon.

— Acho que podemos deixar essa discussão pra depois. — Jimin chamou a atenção dos garotos.

— Tudo bem. — Jeongguk sorriu. — Eu gosto de ouvir.

— Não diga isso, se não eles não vão parar. — O Park sorriu de volta, ainda alisando seu rosto. — A propósito, qual o seu nome?

O Jeon pensou por alguns segundos, ouvindo o barulho de sirenes ao fundo e sentindo sua cabeça doer.

— É Jeongguk. — Murmurou.

— Apesar da situação, é um prazer te conhecer, Jeongguk. — Jimin falou. — Espero que possamos conversar melhor quando você não estiver sangrando no chão.

E apesar daquelas palavras, se deixou sorrir enquanto fechava os olhos novamente ao ver alguns enfermeiros o cercando e colocando seu corpo em uma maca.

Durante todo o caminho até o hospital ainda sentia o calor em sua bochecha, e foi quando teve a certeza que não era uma alucinação.

Não tinha ideia do que havia acontecido, mas se estava sendo lhe dado uma chance, então a agarraria com toda sua força.

Assim como agarrava a mão de Jimin.


Notas Finais


Ok, então basicamente pra quem não entendeu o final, todos eles meio que se conheciam, só Namjoon e Jin, e Taehyung e Hoseok que não, o resto eram todos amigos e meio que virou uma coisa só né HFUASHUFSAU

Agora, como estavam todos no mesmo lugar? Bom, o Yoongi trabalhava em uma cafeteria se lembra? Ele precisou ir lá pedir folga pra ir no estúdio onde tinham o chamado no dia seguinte. Namjin foi na cafeteria tomar o café juntos. Hoseok e Taehyung estavam na mesma pracinha, em frente a cafeteria, e Jimin morava ali perto e estava tirando fotos no lugar!

Espero que não tenha ficado muito confuso, e o motivo de Jeongguk conseguir a chance dele no final eu deixo pra vocês fazerem suas próprias teorias (:


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