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História Four Moons - YeoSeot


Escrita por: HikariFour

Notas do Autor


Capítulo Reescrito

Capítulo 6 - YeoSeot


ChanYeol respirou fundo tentando conter a dor latente que pulsava em seu peito. Não era apenas uma dor sentimental, era física, potente e agonizante. Era esse um dos contras de se manter uma marca de casamento, estar separado de seu parceiro por muito tempo era horrível, e tudo o que um sentia o outro também. Assim, se um estava feliz a felicidade era em dobro, mas se um sentia dor ou tristeza, era duplamente. Deitou-se na cama puxando o ar com dificuldade. Sentia a dor no peito juntamente com uma ardência insistente nos olhos e no rosto. O estômago revirava causando-lhe ânsias de vômito. Sentia seu corpo extremamente dolorido e fraco. Não era uma sensação gostosa. A cada segundo o cérebro do alfa enviava centenas de imagens de BaekHyun fazendo com que seu coração apertasse ainda mais, suas roupas grudavam-se no corpo a medida que sua pele transpirava, a testa orvalhada  de suor era limpa a cada minuto pelo ômega médico, Do KyungSoo, que já tentava baixar a febre de seu líder a dois dias. Mas o pequeno médico sabia que não haveria muito a se fazer, pois a única cura para aquele problema era que o ômega de ChanYeol retornasse para perto dele.

KyungSoo recolheu a bacia com água e retornou até a cozinha, lavou-a devidamente e realizou o mesmo processo com o pano lavando-o e depois o torcendo entre as mãos delicadas. Ouviu a porta ser aberta e logo o cheiro almiscarado tomar conta do ambiente o deixando um pouco arrepiado. O ômega nem ao menos precisou virar-se para saber quem entrava na casa, reconhecia aquele cheiro em qualquer lugar.

– Como o ChanYeol está? – A voz rouca do outro se fez presente fazendo o menor se encolher levemente.

– A febre ainda não baixou... – suspirou preocupado com o líder. Não era uma situação muito fácil. – Eu Já fiz de tudo, mas nem mesmo antitérmicos abaixaram a temperatura dele. A única solução...

– É trazer o BaekHyun de volta – Completou. Soltou uma lufada de ar forte antes de escorar-se contra a pia e deixar a cabeça pender para trás deixando o pomo-de-adão em evidência. Apenas um pequeno gesto que fizera o ômega engolir um seco, a atração que KyungSoo sentia por JongIn era enorme e quase palpável. Mas ainda havia uma grande barreira que separava o pequeno Do de Kim JongIn: A timidez.

                Eram de fato amigos de infância, cresceram juntos, estudaram juntos até a adolescência chegar e separar os dois. KyungSoo se lembrava exatamente daquele dia, não era uma de suas melhores lembranças, ele havia ensaiado sua declaração milhões de vezes e já tinha até mesmo comprado um presente para dar a JongIn, tinha passado a noite em claro decidindo a roupa que usaria até que ouviu as vozes preocupadas vindo do andar de baixo: Era o Líder dizendo que ChanYeol atingira a idade adulta e que tivera sua primeira transformação, e que apesar dele estar realmente orgulhoso do filho ser um enorme lobo alfa, ele seria obrigado a manda-lo para receber treinamento fora de Seoul. Mas o que realmente fez com que KyungSoo largasse tudo e se trancasse no banheiro as lágrimas era a proposta que o líder havia feito aos pais do pequeno Do: O líder queria que KyungSoo se casasse com ChanYeol assim que ele voltasse do treinamento, assim não haveria como ChanYeol correr atrás do garoto do clã rival e ele continuaria formando uma família tradicional com KyungSoo.

                Naquele momento tudo o que se passava na mente do pequeno ômega era angústia, ele sabia que os pais não recusariam um pedido direto do líder e que as chances dele poder ficar com JongIn tinham sido anuladas naquele exato momento. Assim na semana seguinte, quando todos os jovens lobos foram levados para o campo de treinamento, incluindo Kim JongIn, uma aura sombria atingiu o único ômega de toda a geração, que por causa de todos os acontecimentos embarcara numa viagem repleta de sentimentos de depressão. Ele não podia ir para o campo com os outros por causa dos seus ciclos de cio, então ele ficaria em casa e aprenderia sobre como ser um bom marido para ChanYeol e em como ajuda-lo com os deveres do clã, mas parecia que algo havia iluminado a mente de seu pai durante os primeiros meses em que o mais jovem fora diagnosticado com depressão, KyungSoo era o filho único de um casal de médicos, um beta e uma ômega, eram muito talentosos e sonhavam que o único filho seguisse a profissão da família, coisa que não aconteceria caso KyungSoo se casasse com o líder, por ele teria então as obrigações distintas de sua posição social. Foi então em uma noite depois de KyungSoo entrar em seu segundo cio que seu pai veio conversar consigo, ele havia escutado cada um dos gritos aflitos do filho trancado no porão, e o  ouviu suplicar por aquele que seu coração pertencia. Ele havia escutado claramente de quem era o nome  que o pequeno chamara por diversas vezes, então o patriarca lhe propôs um acordo: em troca do pequeno poder escolher seu parceiro, ele deveria formar-se em medicina, e foi assim que KyungSoo pode ver Kim JongIn em seu futuro mais uma vez, porém, ainda tinha aquele medo de contar a verdade a ele.

– Será realmente complicado e perigoso trazer o Byun de volta... Mas é algo necessário, ele é parte do nosso clã agora. – KyungSoo suspirou – precisamos pensar em algo.

– Eu acho que posso ajudar – Ouviram então uma terceira voz presente no local que fez com que o pequeno ômega assustasse e institivamente desse um pulinho na direção do Alfa ao seu lado.

– SeHun? – Kyungsoo indagou levando as mãos ao peito numa tentativa de acalmar o coração acelerado devido ao susto. – Quer me matar de susto, garoto? – ralhou.

– Me desculpe, Hyung – o outro ajeitou o cabelo visivelmente constrangido – é que eu conheço uma pessoa que pode ajudar, – o beta suspirou um pouco tímido – mas eu preciso que vocês me ajudem com uma coisa também.

– ‘Tá’ mesmo querendo negociar uma coisa assim? – JongIn pareceu nervoso, sabia que o mais novo era um bocado inconsequente e que sempre queria um mimo, mas não estavam em posição de brincar naquele momento, aquilo não era um simples favor, era da vida do líder da matilha que estava em jogo. – É de um membro da família que estamos falando aqui, do nosso líder! Se você faz parte desse clã você tem obrigação de ajudar e não de negociar esse tipo de coisa!

– Me escuta primeiro pode ser? – SeHun franziu o cenho, sabia muito bem que era uma situação delicada, e ele não queria tirar nenhuma vantagem da situação, apenas precisava garantir o bem-estar de uma outra pessoa. Será que JongIn não conseguia compreender aquilo? – Eu conheço um dos ômegas do clã do Yifan, ele concordou em ajudar o BaekHyun a escapar por que eles são amigos e são muito próximos... Mas acontece que se ele ajudar, o Yifan vai saber que foi ele quem ajudou e vai mata-lo sem qualquer piedade então.... para que ele ajude a gente precisa dar um jeito de manter a segurança dele também... e-ele é meu amigo e eu g-gosto muito dele...

– Ah... entendi... – JongIn suspirou baixando um pouco a guarda e ficando um pouco menos na defensiva. Ficou quieto por alguns minutos ponderando sobre a situação: Sabia que deveria ser mais racional agora, afinal de contas na ausência de ChanYeol ele era a pessoa que assumia o comando da alcateia. Aquela decisão era dele e ele precisava fazer de tudo para manter seu líder em bom estado de saúde. Parecia ser uma barganha justa, salvar o líder a troco de fornecer proteção para um ômega que estaria arriscando o pescoço pelo líder da alcateia rival. Além do mais, se ele era um amigo próximo de BaekHyun, a proteção para com ele não seria negada nem pelo líder e muito menos por seu esposo, logo aquela era mesmo a melhor opção e era a decisão correta. – Pode deixar comigo, vamos manter a segurança desse seu amigo se ele conseguir ajudar o Byun... Tenho certeza que ChanYeol vai concordar quando souber que ele ajudou a resgatar o ômega dele... Chame esse seu amigo pra uma reunião e vamos traçar um plano, mas temos que ser rápidos por que o líder não está bem.

☽○☾

– Você tem certeza sobre isso, Lu? Eu acho arriscado demais pra você se envolver nisso. Eu tenho certeza que ChanYeol vai dar um jeito de me resgatar e...

– Baekkie, ChanYeol não pode vir, ele está de cama, não sei os detalhes mas SeHun me garantiu que o seu clã vai me proteger assim que passarmos do portão para fora. Está tudo bem, é só seguir com o plano.

– Eu estou com medo, Hannie... – o ômega confessou.

– Eu também estou, mas eu acredito que é melhor arriscar que continuar debaixo do teto de Wu Yifan por mais alguns dias. Agora me escute bem, huh? Seus pais chegam durante a noite de hoje, YiFan vai precisar de soltar para que você veja seus pais e ele não tem como escapar dessa já que você não exala cheiro de cio por causa da marca então seu pai vai saber que você não está trancado aqui por um motivo plausível, ele vai servir um jantar para seus pais e vai fazer toda aquela gabação nojenta e desnecessária sobre o quão fodão ele é e o quanto o clã ganhou com a administração dele e blábláblá... Então o plano é o seguinte: durante o jantar eu vou te dar um sinal assim que Sehun e Kai estiverem na posição e postos do outro lado do portão, eu já subornei o JongDae e ele vai dar um jeito de não ter ninguém por lá,  ao meu sinal você vai inventar uma desculpa e ir até o banheiro principal, diz que precisa fazer xixi caso perguntem ou sei lá o que, eu vou te ajudar e vamos sair pela janela. De lá é transformação completa e só vamos parar de correr depois de atravessar a marca do território do ChanYeol. Entendeu bem?

– Mas e você? Não tem medo do que pode acontecer contigo depois que atravessar a fronteira? Todos sabem que você não pertence ao Clã dos Park, e se te ameaçarem ou fizerem algo antes mesmo que você possa se explicar pra eles?

– Eu já te disse, meu querido – LuHan revirou os olhos um bocado sem paciência, BaekHyun era teimoso demais e não estava confiante no plano. – Kai já concordou em me proteger, vou ter autorização para viver na comunidade, vou ficar bem! Agora tome um banho e durma, você está péssimo, vou mandar trazer seu jantar, ok? Vai dar tudo certo, confie em mim e confie nos homens do seu alfa. – O chinês abraçou o menor de forma protetora afagando-lhe os cabelos e tentando ao máximo mantê-lo calmo.  – Nós vamos escapar dessa prisão e eu nunca mais vou te ver machucado de novo.

–Eu espero mesmo que tudo dê certo.

– Vai dar... Confie em mim e em si mesmo. Teremos nossa felicidade de volta.


Notas Finais


E então, foi muito ruim?
Espero que tenha ficado pelo menos aceitavel. Comentários? Favoritos?


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