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História Freak Out - Pane no Sistema


Escrita por: sammye

Notas do Autor


Alguém me desconfigurou q ♪♫ ~confesso que lembrei disso depois skasjksajk~
Hey, hey! Tudo bom?
Ah, escrevi esse capítulo ouvindo Sirens da Cher Lloyd sz

Capítulo 6 - Pane no Sistema


Fanfic / Fanfiction Freak Out - Pane no Sistema

 

Após finalizar a conversa com Avril, deixei o celular na cômoda ao lado da cabeceira enquanto deslizava pela cama, encostando a cabeça no travesseiro. Antes que pudesse tentar me acomodar por completo, ouvi o ruído da porta se abrindo e pelo canto dos olhos espreitei algo se movendo debaixo da coberta em minha direção.

Quando revelou-se debaixo do edredom com um salto, dei um grito e tapei os olhos fingindo tamanha surpresa e resmungando. Riu, depois ficou inquieto, pousando as mãos pequenas e gorduchas sobre as minhas conforme pedia desculpa — Sou eu, Noam! – avisou, envolvendo os braços sobre meu corpo, abraçando-me calorosamente para espantar o medo.

Retirei as mãos — Isso não vale! – bradei, puxando para meu colo e o deitando, fazendo cócegas como se tocasse “violão”, começou a rir antes mesmo que chegasse perto. Sua gargalhada vívida transbordava alegria, cessei as cócegas porque em demasia o deixaria sem ar.

— Desculpa, não assustar Misty – pediu, engolindo algumas palavras. Achava tão fofinho por ele ser tão pequeno e esperto.

— Misty não desculpar, só com um beijo – respondi, encostando o dedo na bochecha. Levantou-se sorrindo, depositando um beijinho carinhoso.

Ouvi alguém batendo da porta — Sil? Posso entrar? – perguntou, respondi que sim e Damien girou a maçaneta. Encarou Noam deitado em cima da minha almofada — Mas o que o senhorzinho está fazendo aqui? Não deveria estar na cama? Já! – apontou para a direção de seu quarto.

Despediu-se gentilmente e quando passou por meu irmão, o observou — Conta história ler? – Dam assentiu, falando que iria daqui a pouco. Saiu saltitando pelo corredor.

Fitei-o — Queria falar comigo?

— Uhum, tenho duas coisas para conversar – falou, aproximando-se lentamente e sentando na ponta da cama. Acomodei-me também — Bem, você sabe que esse é o nosso último caso né? Que depois...

— Sim, e qual o segundo assunto? – interrompi, fazendo-o esboçar uma careta. Já sabia desse porém, então não precisava que relembrasse.

Suspirou — Sabe aquele caso do assediador? Andei pesquisando e notei que deixamos uma pista escapar, ele sempre vai para um café antes de perseguir sua vítima, é como se as reconhecesse.

Ponderei — E como deixei isso escapar?!

— Acontece... De toda forma, vamos lá amanhã antes das 8h, ok? – levantou, vindo em minha direção e bagunçando meu cabelo — Boa noite, maninha.

— Durma bem, Dam. E não caia da cama! – sorriu, gesticulando um “tchau” com a mão, saindo logo em seguida e fechando a porta atrás de si.

Voltei a me acomodar na cama irrequieta, era frustrante lembrar que meu último caso seria um assassinato que eu ainda nem sei se tem outra morte envolvida, era para ser tudo tão mais tranquilo. E isso de certa forma me animava, pois finalizaria minha carreira em grande estilo.

 

~x~

 

Ao amanhecer, levantei-me um pouco animada, teria um dia e tanto. Uma fresta do sol escapava pela cortina, inundando o quarto com sua luz cordial. Tomei um banho rápido, seguindo para a penteadeira. Contemplei meu reflexo em frente ao espelho, lutando para ajeitar alguns fios revoltos.

Soltei os cachos, penteando-os cuidadosamente. Não o prendi dessa vez, deixando solto com um ar mais natural e ao mesmo tempo na moda. Levei tanto tempo para gostar de meu cabelo, e agora que aprendi ajeitá-lo, dava gosto em arrumar!

Peguei uma peça de roupa onde a blusa era com a manga caída e uma calça de coz alto preta com algumas fendas. Dúvida entre uma bota de salto alto ou baixo. Fui aleatória. Depois saí do quarto, deparando-me com um monte de brinquedos em frente à porta.

Desviei da montanha e fui para a cozinha tomar o café da manhã, acomodei-me na cadeira de sempre, que era a do meio. Do lado esquerdo mãe Raziel alimentava Noam enquanto do outro lado, Damien se escondia atrás da mesa brincando com ele. Apenas ouvi um grito — Para com isso, você vai fazer o menino se engasgar! – ordenou. Ele reclamou aos sussurros, voltando para a cadeira.

— Sabe que é raro vê-lo de manhã, só estou aproveitando!

— Isso porque você acorda depois das 10h!

— Mesmo assim, mal tenho tempo para brincar com Noam!

Ela abriu os olhos arregalados como se um “estalo” tivesse chamado sua atenção — Ah, falando nele, tem um coisa que esqueci de lhe avisar ontem. Samantha ligou, disse que virá vê-lo ainda essa semana...

Sua expressão mudou — O que aquela desnaturada quer?!

— Querendo ou não, ela ainda é a mãe dele e tem todo o direito de ver o garoto. Desnaturada ou não, você não fica muito atrás, né meu menino? – alfinetou, levando a colher de cereal até a boca do pequeno — Se tivesse um pouco mais de responsabilidade, não o teria feito assim com alguém que mal se relaciona.

Noam repetiu a palavra “feito” em sussurros, o que fez seu pai se revoltar — Aí, ensinando coisa errada pro menino!

Minha mãe riu — Com você sendo o pai, não precisa de esforço né meu querido – retrucou, levando outra colherada feito avião para a criança — Chega dessa conversa nessa manhã, depois vemos isso. Apenas dei um recado! – proclamou, encarando-o pelo canto dos olhos.

Respirou fundo, levantando-se — Desculpe, mãe. – pediu, indo em sua direção e depositando um beijo em sua testa, depois acenou — Vamos?

— Mas eu nem tomei o café!

— Vamos à um daqui a pouco, você se alimenta lá!

Bufei, jogando o pano de prato sobre a mesa. Despedi-me de Raziel, atarracando o casaco no mancebo e saindo logo atrás de Damien.

 

~x~

 

Coloquei as mãos nos bolsos do casaco enquanto observávamos a entrada do café. Era até movimentado e um pouco distante do centro da cidade — Então, qual de nós irá entrar? – perguntou, virando a face em minha direção, encolhendo-se com o vento que soprava. “Isso que dá não se preparar para o frio”.

— Não sei... Acho melhor você ir visto que, se ele me escolher como vítima, terei que sair antes e aí perderemos o seu ritual para capturar alguém pois não saberei como agir – concluí pensativa.

Assentiu, indo em frente e adentrando ao estabelecimento. Sentada num banco distante que dava vista ao local, contemplei o assento do suspeito. Ele estava focado no monitor de seu notebook mas atento à sua volta.

Aguardei quarenta longos minutos morrendo de fome do lado de fora, a burra aqui esqueceu que estava com o estômago vazio quando saiu de casa! Pelo canto os olhos, o notei saindo da cafeteria logo depois uma mulher robusta passar pela saída. Joguei o livro dentro da bolsa apressadamente e o acompanhei gradativamente.

Seguia a mulher de longe, era bom nisso. Após ter parado em uma loja diferente e distante da cafeteria, passou a dar indícios que estava atrás dela. A jovem saiu correndo apressada e antes que ele a perseguisse, gritei um “Ei” para chamar sua atenção. Voltou-se em minha direção apreensivo — O que você quer?

Com as mãos postas atrás das costas, expliquei — Vim lhe informar que você será detido por assédio, violência, perseguição e mais todas as outras acusações que tentou despistar. Finalmente o peguei no flagra e descobri seu ponto de partida! – anunciei com a cabeça erguida, realmente a vontade de acertar-lhe um soco era maior.

Riu — Você e mais quem?

— Eu! – exclamou Damien um pouco mais atrás, fechando a passagem.

Respirou fundo, olhando para as duas direções como se tentasse escolher a mais vulnerável, então decidiu, vindo correndo ferozmente em minha direção pronto para me empurrar. Esquivei, enroscando meu pé em sua panturrilha, o que o fez tropeçar e ir ao chão. Assim que caiu, cravei o salto em sua perna repugnando sua existência, impedindo-o de fugir.

Meu irmão veio correndo até nós, tentando o levantar para apreendê-lo. Assim que se recompôs, urrando e balbuciando palavras de baixo calão, ergueu os olhos furiosos em minha direção e gritou — Sua vadia dos infernos, quando eu voltar você vai ser a primeira a...

Antes que pudesse terminar de falar, agi sem muito pensar acertando-lhe um chute certeiro nos países baixos. Agora iria reclamar com gosto. Contorceu-se perante a mim — Que lindo, reverencie-se meu servo. – provoquei desdenhosa.

Dam arregalou os olhos — Você é louca, brutal ou bárbara?! Isso é uma atrocidade! – defendeu-o, todo arrepiado.

Franzi o cenho, surpresa — Achei que você fosse o primeiro a repudiar pessoas como ele.

— E enojo veementemente, mas essa dor é insuportável!

— Mais insuportável do que tentar violar mulheres indefesas? – negou em imediato, voltando o olhar para o infeliz com puro rancor. Sua história falava por si só, sendo assim, ele retirou o que disse e comentou ser até pouco — Afinal, já levou um chute desses para saber como é?

— Já pariu para saber como é difícil?

Retrucou e eu não respondi. Depois disse que levaria o culpado até a delegacia, respondi que iria dar uma volta, comer alguma coisa e depois retornar para casa. Desejou que eu me cuidasse, sendo que quem precisava de mais cuidado era ele por ser todo estabanado.

Caminhei pelas ruas absorta, de cabeça baixa. Damien pretendia parar com esse lance de detetive, entretanto esse era o meu sonho e isso causava-me frustração. Desde pequena adorava mistérios, mãe Raziel foi a primeira a me dar um kit para caçar pistas, lia livros de suspense e estudei para isso. Porém, quando estava para exercer, fui exonerada. Ser uma mulher, o que isso tem de errado? O preconceito ainda existe de uma forma cruel, só não é facilmente visto pelos olhos alheios.

Engoli a saliva em seco, chutando os pedriscos. Quando meu sonho fora derrubado por eu ser acusada de estar “inapta ao cargo”, meu irmão se ofereceu para me ajudar a lutar por isso. Então o observei e pensei, por que não? Fizemos um acordo, ele seria o “detetive” e eu a sua “consultora” mesmo que fosse o contrário e eu sim, a real investigadora, apenas para não perder a oportunidade de entrar nesse mundo. Relutou muito antes de aceitar. Contudo, sei que acima de tudo seu desejo era ver o meu sorriso de euforia.

Contudo, isso foi tudo antes de Noam chegar. Mesmo que meu irmão fosse um tanto irresponsável, ter seu filho o fez querer orgulhá-lo e eu entendo isso, então agora ele busca por uma profissão que encha seu menino de satisfação. Por isso deseja se tornar um detetive de verdade ou mudar de rota, ou seja, estava na hora de eu sair. Recomendou que agora tentasse a carreira sozinha, pois possuía renome.

O problema era que esse “renome” é o seu, não meu. Construí uma carreira perfeita e divertida, para ele, então a minha continua ofuscada. Dei tanto minha cara a tapa que mais um tabefe se tornaria doloroso.

Retirei as mãos dos bolsos enquanto observava um tumulto envolta de uma barraca de adivinhações, como cresci juntamente com minha mãe nas redondezas do circo, era fácil acertar essas falcatruas. Aproximei-me vagarosamente com um inevitável sorriso presunçoso estampado em minha face.

O ilusionista estava fazendo o truque das cartas, ofereci-me como cliente e quando falou para retirar uma, com a mão espalmada, puxei uma segunda carta debaixo da manga do casaco e a entreguei, ficando com a verdadeira sem que notasse, pois eram um tanto semelhante. Apressado para me surpreender e com um brilho convencido em seus olhos, embaralhou as peças, mostrando a que lhe entreguei — Era essa?

— Não. – respondi, contendo o riso sufocado.

Fez uma careta confuso, repetindo o processo — Então essa? – neguei — Tem certeza?!

Assenti — Tenho sim, a carta que escolhi era essa – puxei entre dois dedos a carta quatro de espadas, fazendo com que esboçasse uma cara de espanto, revoltado — Reconhece? – ri, contendo a gargalhada.

Puxou a carta de minha mão — Como fez isso?

Sorri desdenhosa — Ah, um mágico nunca revela seus segredos!

As pessoas envolta bufaram, saindo exasperados e deixando o ilusionista para trás — Viu o que você fez?! Agora me deve alguns clientes!

Dei de ombros — Você quem demorou para perceber. Mas conte-me uma coisa, é novo nesse lance de ilusionismo né?

Pendeu a cabeça para o lado — Como sabe?

— Segredo.

Sorriu — É cheia de segredo, gostei. – levantou-se, tirando uma cartola. Se tirasse um coelho ou uma pomba dali, ficaria muito chateada. Mas ao contrário, de uma forma singela, removeu uma rosa e atrás dela um cartão, apenas entregando o pedaço de papel.

Arqueei a sobrancelha, que cavalheiro.

Dei meia volta e retornei ao percurso do parque, talvez devesse passar na padaria e comprar pães doces ao Noam, ele adorava! Quando dei um passo à frente, o mágico falso apareceu em minha frente — Espera! Já que me fez perder todos meus fregueses, o mínimo que pode fazer é tomar um café comigo! – arriscou comentar, com uma notória simpatia.

— Não estou com fome – menti e minha barriga roncou alto demais, senti minhas bochechas arderem — Quis dizer, quem sabe numa próxima... Tenho pressa, com licença – argumentei, pedindo passagem e indo em frente, deixando-o para trás.

Caminhei pelas ruas tranquilamente, olhando as vitrines estampando as novidades ridículas da mais nova moda. Tinha umas peças bem desnecessárias, outras tão lindas que só o preço mesmo para estragar sua beleza. Quando estava para atravessar a rua, avistei uma mulher correndo atrás de um homem gritando “pega ladrão” e é claro que eu, muito quieta, não desejei de imediato me envolver nessa confusão. Imagina.

Analisei o sujeito, se ele estava correndo dessa forma quer dizer que possivelmente não estaria armado, certo? Então quando dei por mim, estava em seu encalço. Parou num beco, arfando e com as mãos nas coxas demonstrando pura exaustão. Encarou-me furioso, ou seria espantado? Puxando algo por debaixo da jaqueta como se fosse uma arma, muitos usavam um método assim para assustar, e se fosse tipo uma pasta de dente?

— Para trás!

— Sério? Ah qual é, vamos lá! Devolva o que roubou da senhorita e eu lhe devolverei a paz.

Olhei ao redor, havia chegado mais umas cinco pessoas enxeridas, contando com a vítima atrasada. O larápio gesticulou para que me afastasse, estava para responder quando repentinamente um guardinha afobado se jogou contra o ladrão, atracando-o. Os dois brigaram pela posse de alguma coisa que não soube identificar de imediato, só sei que estava muito próxima da confusão.

Um ruído estrondoso fez meu ouvido apitar, recuei um passo assustada ao ouvir o disparo, então a arma foi ao chão e o guarda o capturou. Pelo canto dos olhos, notei todos olhando em minha direção com os olhos arregalados e curiosos. Franzi o cenho, levando a mão até a boca, depois senti algo pegajoso e quando olhei minhas mãos, havia sangue viscoso entre os dedos.

Engoli a saliva em seco, sentindo minhas pernas falharem de tão bambas, com as mãos trêmulas, abaixei em direção ao ferimento ensanguentado enquanto lutava para continuar de pé. Senti o ar falhar e o céu escurecer, as nuvens espeças formavam a futura tempestade. Oscilante, a consciência falhou e sendo assim, pendi para trás.

Senti mãos apressadas segurarem meu corpo antes de chocar-me contra o chão, ainda atenta ao redor, observei a multidão embaçada aumentando. Forçando os olhos para avistar quem quer que se aproximava, uma alma caridosa pediu para que pressionasse a ferida para estancar o sangue, mas eu ainda possuía mãos? Mal sabia como remexer, estava imóvel inerte.

Então essa pessoa o fez, segurando minhas mãos sobre as suas e dizendo que logo a ambulância estaria a caminho. Só conseguia pensar numa coisa que era como iria decepcionar Noam. Pois prometi ontem ao entardecer que levaria um doce para adocicar sua tarde e agora falharia com nosso juramento indo para num lugar bem longe do dele.

 


Notas Finais


Aonde estão meus olhos de robô q ♪♫
Capa divosa feita pela Madu, xonei 💘 Leigh-Anne é apenas uma "representação".

Espero que tenham gostado, nos vemos no próximo, sim? *♡* 💖


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