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História Freeze You Out - 14. Preparativos


Escrita por: PandoraCipriano

Notas do Autor


Cá estou com mais um capitulo, queria ter postado antes, mas infelizmente não deu. Acho que nem preciso falar o motivo. O capitulo não tem muita coisa e até ficou pequeno se comparado com o anterior. Mas é essencial. Tenham uma boa leitura!

Capítulo 14 - 14. Preparativos


Fanfic / Fanfiction Freeze You Out - 14. Preparativos

Seu corpo rodou na cama a medida que ia acordando, conseguia ouvir ao longe os pássaros cantando, sendo estes os mais ousados por conseguir encontrar o palácio de Thranduil. Ao abrir os olhos totalmente avistou as cobertas de cores escuras e quentinhas, apesar do clima fresco. Olhou para o lado e avistou o mesmo vazio, porém, havia sinais de que o rei esteve ali e pensando nisso, ou melhor, pensando nele, Nye se sentou sentindo o coração ainda agitado, mas fora para a boca que ela levou as mãos.

Era como se ainda sentisse os lábios do rei contra os seus, suas bochechas arderam enquanto relembrava a cena de noite passada. Sentia-se feliz, contente, mas também temerosa. Não sabia o que esperar daquela relação que estava construindo com o rei, mas seja lá que tipo for, estava gostando.

Por mais excêntrico que ele fosse, o rei sempre se mostrou cuidadoso com ela. E isso parecia alegrar seu pobre coração sofrido. Um singelo sorriso emoldurou os lábios. Levantou-se da cama com cuidado, temendo encontrar o rei, não sabia como o encararia depois da noite passada. Desceu os dois degraus e foi para a ante sala, pegou seu robe e correu para o banheiro. Fez sua higiene matinal calmamente e após dar uma lavada no rosto ela saiu do banheiro, mas não antes de reparar que o mesmo era enorme.

Saiu dele e estava pronta para deixar o quarto – achando que o rei havia saído do mesmo -, quando a voz rouca e imponente ecoou no recinto. Fazendo-a parar seus movimentos, antes mesmo de tocar a maçaneta da porta.

- Vejo que acordou – Thranduil comentou, Nye se virou para ele e viu que já se encontrava vestido.

Trajava uma calça cinza, botas de um tom grafite. Um sobretudo cinza e um broche élfico próximo a gola. Usava sua coroa élfica de galhos firmes e pequenas folhas avermelhados decorando o mesmo. Ele a olhava, analisando-a, mas ela notou algo de diferente em seus olhos. Ou era ela quem estava vendo coisas, já que se sentia otimista em relação a eles dois?

- Espero que não esteja atrasada para algum compromisso importante a ponto de sair sem ao menos comer alguma coisa – comentou, mantendo suas mãos atrás do corpo.

- Pensei que tinha saído – respondeu – E não... Não tenho nada marcado para agora. Mas Malyr provavelmente vai...

- Falei com ela, avisei que chegará mais tarde para o treino – contou – Ao menos coma alguma coisa – aconselhou.

Ela piscou confusa, mas logo o rei estendeu uma mão a ela, que ainda confusa a pegou e se viu sendo guiada para a ampla varanda de seu quarto e no centro havia uma mesa pequena de quatro lugares – apesar de ali possui apenas duas cadeiras – e repleta de comida. Era o café da manhã. Calmamente se sentou e viu Thranduil sentar-se a sua frente. Ele ainda a analisava e se questionou se estava deplorável, já que acabara de acordar e provavelmente seu cabelo devia estar péssimo.

Tanto que passou as mãos ali para dar uma alisada e depois se serviu, pegou o bule com chá morno e inalou o aroma doce que ele continha. Pegou alguns pães élficos e se pôs a comer, Thranduil apenas bebericava o chá enquanto a estudava e ela já estava começando a temer aquele olhar.

- Dormiu bem? – quis saber.

- Sim. – Respondeu, incerta – Por que pergunta?

- Não posso perguntar a minha rainha como ela dormiu? – indagou, mas sua face ainda se mantinha séria.

- Claro. Dormi bem – assentiu, pousando sua xícara no pires – E você? Leony me explicou que elfos não costumam dormir e mesmo assim você deitou na cama comigo – emendou.

- Raramente dormimos, precisamos estar realmente cansados para nos fazer deitar. E ontem foi um desses dias, conversar com aqueles anões e ver cenas nas quais prefiro esquecer me esgotou tanto física quanto mentalmente – alegou – Realmente precisava de descanso – afirmou – Mas respondendo sua pergunta: sim, eu dormi bem – disse.

- Que bom – sorriu gentilmente, causando uma ardência no peito do rei.

Logo tornaram a comer em silencio. Mas em nenhum momento o rei deixou de observá-la, ele queria ver algum rastro de seu trauma da noite passada, mas Nye parecia agir como se nada tivesse acontecido. E se ela queria assim, então que seja.

Mas para ele parecia algo difícil de esquecer. Depois dela praticamente desabar de sono, Thranduil ainda passou longos minutos a observando dormir. Ela tinha um sono sereno, como se nada naquele mundo fosse feri-la ou incomodá-la. O beijo que deram ainda rondava sua mente, parecia impregnada nela. Não sabia se gostava daquele beijo ou se repreendia por gostar. Não sabia o que o levara a avançar enquanto a beijava, mas já que havia feito usou a desculpa de que queria ver até onde Nye o permitia ir.

Se questionou o que teria acontecido se ela mesma não tivesse parado aquele beijo? Teria deixado que continuasse ou seria ele quem pararia? E por que diabos ele quis continuar, quis seguir com aquelas caricias? Thranduil respirou fundo enquanto dava outro gole em seu chá, sua mente rodava de tantas perguntas.

Teria que se ocupar com algo ou então enlouqueceria com sua própria mente.

- Está calada demais – comentou, pousando a xícara vazia no pires.

- O casamento está chegando – confidenciou.

Enquanto depositava mais chá para si, ele a analisou. Atento a suas expressões.

- Parece desanimada com o mesmo – observou.

- Acho que estou nervosa, só isso – disse fitando seu prato com as migalhas do pão élfico – Daqui alguns dias serei rainha, não sei se estou preparada para isso – emendou.

- Talvez nunca esteja – alegou o rei – Quando assumi o trono também não estava preparado, nem tive tempo para sentir o luto de meu pai – contou.

Nye se lembrou da historia que Giel contou. Oropher havia falecido em guerra e Thranduil teve que assumir de repente. O reino precisava de ajuda e o novo rei nem se quer pode ficar de luto pelo próprio pai, pois precisava cuidar de seu reino. E pouco tempo depois, sua esposa falecera.

- Não sei o que o povo espera de mim – disse.

- Eles esperam o pior e o melhor. Não há meio termo – explicou – Mas não se preocupe, estarei ao seu lado, Nye – a olhou e ela novamente sentiu sua face corar – Não a culpo por não saber governar, ninguém nasce sabendo seja de qual raça for. Mas como eu disse, estarei a seu lado e a ajudarei com os assuntos da coroa – alegou, enquanto se levantava – Provavelmente não nos veremos muito até o casamento, estarei ocupado com as preparações e outros afazeres, então... Não fuja de novo – alertou.

Nye assentiu e ele rumou para dentro de seu quarto, porém, se deteve na porta da varanda.

- Posso perguntar uma coisa, Nye? – a olhou de canto, ela assentiu e ele continuou – O que espera deste casamento? – indagou.

- Eu não sei – disse e virou-se para ele – E você? O que espera de mim?

- Que fique ao meu lado – disse e em seguida saiu.

Nye respirou normalmente, percebendo que estivera segurando o fôlego. Não sabia o que esperar daquele casamento, nem sabia direito o que sentia por aquele rei elfo. Mas ela sabia que jamais o abandonaria. Isso ela tinha certeza.

 

*

*

*

 

Thranduil se encontrava sentado em seu trono, sua cabeça ainda cheia de pensamentos, mas também cheia de coisas a pensar sobre a preparação do casamento. Estivera em outra reunião com o conselho, ajeitando qualquer problema que viesse a ocorrer. Depois conversou com as elfas que eram encarregadas de prepararem casamentos. Elas eram elfas silvestres, vivam em Mirkwood, mas faziam casamentos de outros elfos em outros reinos.

Elas fizeram o casamento de seu pai, de Elrond e até mesmo de Galadriel. E até mesmo o seu e agora o fariam de novo. Eram quatro elfas de cabelos castanhos intensos, três possuíam uma aparência nova e a quarta era a mais velha, responsável pelo vestido de noiva, a roupa do noivo enquanto que as outras cuidavam da decoração do local.

Thranduil já possuía sua roupa, fora fácil escolher entre os modelos oferecido pelas elfas, além do mais elas conheciam o gosto dele. Porém, sua mente não parou de pensar em como ficaria Nye em seu vestido de noiva. Sabia como eram os casamentos dos homens, mas ela se casaria a moda dos elfos e as coisas eram mais diferentes. Mesmo assim ele sentia curiosidade em saber como ela ficaria.

Mas pensar no casamento o levava novamente a aquele dilema de sua noite de núpcias.

- Parece que todos confirmaram presença, o palácio ficará agitado com tanta gente. Creio que a partir de amanhã os convidados devam chegar – Giel comentou, lendo os nomes nas folhas que segurava, virou-se para o rei e viu o mesmo pensativo – Thranduil! – o chamou e o rei o fitou – O que há com você? Está aéreo demais, não é de seu costume – alegou.

O rei não respondeu, apenas se ergueu de seu trono e caminhou pelo espaço diante do mesmo. Postura reta, braços cruzados nas costas e cabeça erguida, mas sempre mantendo seu olhar analisador.

- Acho que terei problemas – anunciou e Giel franziu o cenho.

- Problemas? De que tipo?

- Com Nye – afirmou – Não é de agora que noto que ela carrega certos traumas, mas há um que não conseguirei tirar tão facilmente. Nye não consegue permitir que eu me aproxime de forma intima dela. Me afasta e entra em pânico como se algo fosse pular em sua garganta – contou.

- Quando estive em Rivendell, Elrond me contou a respeito disso. A menina pelo jeito sofreu bastante, mas... – um sorriso de canto se formou nos lábios dele -... Como sabe que ela não permite que você se aproxime? – indagou.

- Nye esteve em meu quarto ontem e...

- No seu quarto?! – exclamou – Thranduil, o que...

- Se acalme, não fiz nada a ela se é o que lhe preocupa – afirmou.e Giel assentiu, mas logo tornou a sorrir de canto arrancando uma face séria do rei - Por que tem sempre que fazer essa cara de idiota quando falo de Nye? – indagou impaciente.

- Não faço cara de idiota, é você quem fica com cara de besta quando fala sobre ela – rebateu e Thranduil se irritou ainda mais – Mas bem, continue... – moveu a mão para que ele desse continuidade.

O rei rolou os olhos.

- Do jeito que ela está não poderei tocá-la, o que significa que não teremos uma noite de núpcias – alegou.

- Isso pode ser um problema, mas somente se chegarem aos ouvidos do conselho ou do reino – avisou – Pode fingir que a tomou para si, basta fazer um pequeno corte e manchar um pouco de sangue e mostrar o lençol depois. Nem precisa machucá-la, pode ser seu sangue, ninguém saberá – alertou.

Thranduil assentiu, andou mais um pouco em círculos ainda pensando no assunto. Ele já tinha isso em mente, mas não sabia se convenceria realmente o conselho. Quando virou-se deparou com Giel parado no centro do salão e com aquele sorriso sínico nos lábios.

- Quer tanto tocá-la? – provocou e o rei se irritou novamente, fechando as mãos em punhos.

- Não seja ridículo! Por que iria querer tocá-la de forma tão intima?! – ralhou.

Giel deu de ombros.

- Nunca aceitou concubinas, mesmo quando era casado. Depois passou a viver sozinho após a morte de sua esposa. Aposto que deve ter muita coisa reprimida aí dentro – riu e Thranduil trincou o maxilar enquanto tentava controlar a vontade de enforcá-lo.

- Não tenho nada reprimido – rebateu.

- Será? – indagou – Como então sabe que Nye não lhe deixa tocá-la? – provocou mais – Não seja tolo Thranduil, está doido para tê-la de todas as formas, mas prefere negar ao obvio!

- Por que eu iria querer tê-la? – disse entre dentes.

- Paixão. – Riu – Mas espero que essa paixão toda vire amor!

- Não conte com isso! – disse firme.

- Ah, mas eu estou. Acho até que já está virando, mas você é cabeça dura demais para perceber ou mesmo admitir – cruzou os braços. 

Thranduil respirou fundo, manteve suas mãos unidas atrás do corpo para impedir a si mesmo de voar no pescoço de Giel. E a cada face exasperada do rei, a cada expressão séria e mortal que dava, Giel sorria ainda mais.

Não querendo mais tormentos em sua mente, ele simplesmente passou reto pelo conselheiro lhe lançando outro olhar mortal.

- Uma hora ele vai cair em si – Giel comentou para si mesmo e depois riu.

Porém, seu sorriso morreu e ele se recordou do assunto principal que queria tratar com Thranduil e pensando no mesmo foi atrás dele. Percorreu aqueles corredores até encontrá-lo em um cômodo, o mesmo se encontrava servindo-se de chá. Havia uma pequena mesa no canto e uma cadeira com o encosto alto ao lado, um bule e duas xícaras se encontravam ali. O recinto não era grande, mas havia um espaço maior ao canto esquerdo e abrigava uma jacuzzi redonda e mediana.

- Veio para me atormentar ainda mais? – questionou dando um gole no chá, o gosto amargo queimou sua garganta, mas era assim que ele gostava.

- Não. Apenas esqueci de lhe falar a respeito daquele assunto importante – anunciou e o rei o encarou – Elinor possui uma confiança extremamente exagerada ao meu ver – alegou.

- Pelo visto ela não aceitou a decisão. Espero que tenha avisado que fui eu quem decidiu sua punição – comentou, fitando a ampla paisagem que tinha do restando do palácio.

Dava para ver os corredores, as lamparinas que iluminavam as partes mais escuras do palácio e alguns feches de luz que ousavam ultrapassar os galhos enormes e grossos do teto do mesmo.

- Comentei e ela pareceu não acreditar. Está crente que se nada vai acontecer a ela se fizer algo a Nye de novo – alegou – Deu confiança demais a ela, Thranduil – suspirou.

- Nunca dei confiança a ela, fora Elinor que viu coisas onde não existem. Foi a mente doentia dela que criou esperança em um lugar onde isso não existe – alegou, irritado.

- Não concordo. Elinor sempre tentou de todas as maneiras se jogar pra cima de você e algumas vezes você nada fazia. Como quando ela apareceu nua em sua cama, não a expulsou de imediato! – argumentou – Espero que não tenha sido idiota a ponto de ceder aos caprichos dela – brigou.

- Jamais. – Respondeu – Jamais cederia a qualquer capricho dela ou de qualquer outra elfa. Confesso que não a expulsei de meu quarto na hora, mas não quer dizer que cedi, apenas a coloquei em seu devido lugar – confessou.

- Parece que ela ainda não entendeu. Tanto que se recusa a aceitar seu casamento com Nye, até mesmo disse que ela não seria boa o bastante para você – contou e Thranduil trincou o maxilar, odiava quando alguém falava mal de Nye e a subestimava.

Ele mesmo fazia isso, mas no fundo sabia que ela era forte.

- Tome cuidado com ela, Thranduil – alertou – Elinor não aceitou bem sua punição e diante disso ela irá aprontar alguma.

- Ela que se atreva a fazer algo, será expulsa deste reino se ousar tocar em um fio de cabelo de Nye! – ergueu a voz, completamente irritado só de imaginar Elinor fazendo algo contra sua futura rainha.

Internamente Giel gostou de vê-lo defender Nye com tanta firmeza, ele estava certo em alegar que a moça fazia bem ao rei. Apesar de serem um casal bastante problemático, podiam dar certo juntos. Thranduil precisava de alguma cor naquela vida escura e acinzentada.

- Apenas tome cuidado – alertou de novo – Creio que Elinor ainda vai aprontar até o casamento!

- Não creio que ela será tola de ariscar tanto, mas esperarei o pior dela neste caso. E tomarei minhas precauções – avisou.

 

*

*

*

 

 Ela estava cansada e o dia nem havia chegado em sua metade. Treinara com Malyr durante a manhã, após o desjejum, porém, sua mente estava aérea demais para se concentrar. Tanto que a ruiva brigou varias vezes com ela por não se concentrar o bastante e manter o foco, sem contar que seu poder parecia seguir sua linha emocional. Ao mesmo tempo em que pensava na noite passada, pensava em seu casamento e de repente a coroa invisível que habitava sua cabeça começou a pesar.

Depois de um tempo, vendo que Nye não estava em condições de treinar, Malyr a liberou e ela se trancou na biblioteca até a hora do almoço. Quando pronto, ordenou que sua comida fosse levada para seus aposentos, naquele dia ela resolver se isolar. Sua cabeça estava cheia de coisas e ela não queria ninguém lhe perturbando e nem queria preocupar ninguém. Ela se encontrava bem, apenas ansiosa e nervosa com seu casamento. Só de pensar já sentia um frio tomar seu estomago.

Depois de relaxar após o almoço, Nye se encaminhou para a área de treinos e encontrou Legolas ali. Naquele inicio de tarde não havia muitos guardas treinando, apenas um pequeno grupo de cinco elfos da guarda e se encontravam mais afastados. Legolas se encontrava do lado oposto da área e aguardava por sua chegada. Ela acenou timidamente ao se aproximar dele.

O príncipe não disse nada, apenas a cumprimentou com um breve aceno de cabeça e deu as instruções do que ela aprenderia naquele dia. Novamente estava com duas adagas em mãos e tentava imitar os movimentos de Legolas. O mesmo girava as suas próprias adagas entre os dedos e depois as segurava em posição de combate. Nye até conseguiu imitá-lo inicialmente, mas na hora de segurá-las como se fosse cortas alguém elas caíram de suas mãos.

Nye as pegou e tentou mais algumas vezes, até perdera a conta. E todas as tentativas eram falhas, mas Legolas insistia em dizer que era normal, uma vez que ela não tinha experiência alguma com qualquer tipo de arma.

Ela girava as adagas, de forma adequada e até graciosa e firme – como um elfo deve ser -, porém, novamente as conturbações de sua mente lhe atrapalhou e as adagas vieram ao chão. Impaciente ela se abaixou para pegá-las e ali o príncipe notou algo de errado.

- O que há com você? Está aérea demais! – observou, a analisando com cuidado.

Nye suspirou, endireitando o corpo após catar as adagas.

- Malyr disse a mesma coisa, tanto que interrompemos o treino de manhã – contou e depois deu outro suspiro.

Ele observava seu jeito de agir agora, estava tensa e dava para ver pela forma como seus ombros estavam. Sua feição era a mais aérea possível, era nítido que ela não estava prestando atenção no que fazia. Parecia que ela carregava algo entalado na garganta e ia aos poucos piorando seu estado.

- Eirien sempre disse que guardar certas coisas para si é a pior decisão que se pode tomar – disse o príncipe – Vai acabar ficando igual ao meu pai – emendou.

Nye soltou um pequeno riso, talvez de nervoso ou realmente achou engraçado ser comparado a Thranduil ou a menção de que poderia ficar como ele. Abaixou a cabeça, alguns fios lhe cobrindo a face e depois fitou o céu aberto sobre suas cabeças. Algumas árvores ali permitiam que o sol entrasse como quisesse e que o céu fosse contemplado.

- Então, não quer conversar? – tentou mais uma vez.

- Não quero te encher com meus problemas, são coisas bestas – alegou sorrindo.

- Não creio. Do jeito que está é capaz de desmaiar por tanto conflito interno.

Ela o encarou, incerta ainda se devia partilhar de seus medos. Sempre os guardou para si, pois não tinha com quem contar. Sua única válvula de escapa era a rainha Aren, mas ela já não estava ali para lhe ajudar. Mas ela precisava conversar com alguém, nem mesmo quando disse parte de seu medo sobre o casamento para Thranduil, ela conseguiu se aliviar, pois o rei parecia carregar algo mais pesado do que ela.

Por fim, ela decidiu contar.

- Acho que estou um pouco nervosa por causa do casamento – confidenciou.

- Creio que seja algo normal. Não há nada com que se preocupar – disse, apesar de não saber o que dizer. Ele nunca tinha se casado para saber como era aquilo – Está apenas ansiosa!

- Não, não é isso. Não é ansiedade, é medo! – alegou – E se eu não for uma boa rainha? E se eu prejudicar a corte de seu pai, o reino? Se eu fracassar e... – respirou fundo, sentindo toda aquela preocupação lhe sufocar – Não sei o que fazer – soltou o ar dos pulmões.

Legolas a fitou, não achou que ela fosse se preocupar com coisas assim. A maioria das moças, seja lá de qual raça for queriam apenas colocar uma coroa em suas cabeças ou segurar um titulo nobre. Esfregar tal titulo na cara das amigas e se exibir, algumas se transformavam depois do casamento. Mas Nye estava preocupada em cuidar do reino e não ser boa o bastante para ele. O que o surpreendeu.

E o fez vê-la com outros olhos, ainda mais. Ele agora já estava formando outro tipo de conceito sobre ela. Nye era realmente uma elfa boa, apenas teve o azar – ou sorte – de casar com seu pai. Ela não tinha culpa de se casar com ele, de ocupar um trono. Ela também pertencia a realeza e tinha suas responsabilidades, talvez até mais pesadas que as suas e as de seu pai. Nye carregava o legado de um reino inteiro destruído e talvez ela teria que dar continuação a esse legado. E o único meio era um casamento.

Ele sentiu-se culpado por ter pensado algo de ruim sobre ela.

- Primeiro: deve parar de pensar no que pode dar errado – enumerou – Segundo: Creio que será uma boa rainha – contou e Nye o encarou surpresa – Só por pensar em um povo que não é seu, no bem de outros e até mesmo no de meu pai mostra que é cuidadosa com as pessoas ao seu redor. Você se preocupa em falhar antes mesmo de algo acontecer, apesar de ser algo negativo, também vejo como positivo, pois assim você tomará as melhores decisões para o povo ou irá ajudar meu pai a tomar as melhores decisões – alegou – E isso é bom!

- Você acha? Mas sabe que eu posso falhar antes mesmo se quer tentar – avisou.

- Sim. E talvez aconteça. Nem mesmo eu consigo pensar no que é melhor a se fazer como príncipe. É algo que se aprende, ninguém nasce sabendo governar um reino, nem mesmo os elfos – confessou e ela percebeu que o príncipe disse quase as mesmas palavras que Thranduil.

Pelo visto os dois tiveram que aprender na marra o que é governar um reino. Apesar de Legolas apenas auxiliar o pai em algumas coisas.

- Mas se tem algo que aprendi observando meu pai, foi que ás vezes você deve seguir seus instintos e avaliar as opções. Todas elas! – disse – Mesmo que todos fiquem com raiva de você, ás vezes um rei deve fazer o que é certo – aconselhou.

- Meus instintos – sussurrou, sentindo o coração bater mais forte e um pouco de sua ansiedade diminuiu.

Novamente pensou nas dificuldades que Thranduil passou quando teve que governar Mirkwood tão de repente. Provavelmente entrou em parafuso, e quem não entraria? Ela suspirou.

- Obrigada, Legolas – sorriu após um longo segundo de silencio – Me fez me sentir um pouco melhor. Acho que essa ansiedade não vai sumir até o casamento, mas já me sinto mais calma – agradeceu.

- Quem que bom que eu ajudei – sorriu contido, percebera que o príncipe sorria de forma controlada, medindo a forma como sua boca se movia e Thranduil não sorria, ainda não teve essa sorte. Eles eram tão parecidos fisicamente, mas tão diferentes em personalidades que Nye se espantava com tal fato – Mas não quer dizer que vamos esquecer do treinamento. Ainda tem muito o que aprender – alegou e girou as adagas em mãos.

Nye suspirou, mas se sentia mais preparada para treinar do que minutos atrás.

 

***

 

Depois do treino, Nye apenas teve tempo para se banhar e correr para um dos inúmeros cômodos do palácio, onde encontraria com a elfa costureira que faria seu vestido de noiva. Eirien a acompanhava naquele exato momento, Nye ainda tinha a pontas dos cabelos úmidos e rezava para não estar atrasada. Sua dama de companhia disse que a elfa em questão parecia odiar atrasos e era um tanto quanto difícil de lidar. Mas quem naquele reino seria mais difícil de lidar do que Thranduil?

Se ela sobreviveu e ainda sobrevive a ele, qualquer um que tivesse um temperamento árduo, seria fichinha perto do rei.

Atravessou o vão da porta dupla de madeira clara e dentro do cômodo não havia muita mobília, mas Nye não prestou atenção nesse detalhe, seus olhos caíram logo em cima da elfa alta e esguia, dona de um belíssimo cabelo acastanhado tão forte que se assemelhava a cor chocolate. Seus olhos eram frios e firmes, sua pele branca. Ela usava um vestido de tecido suave que parecia flutuar enquanto ela andava. Atrás de si três elfas de mesma idade e pareciam ser trigêmeas. Seus cabelos eram castanhos claros e seus olhos esverdeados. Elas pareciam mais amigáveis do que a elfa mais velha e bem alta, pelo que Nye pode observar.

Ela era tão alta quanto Thranduil.

No recinto Tauriel se encontrava também e acenou para ela.

- Nye, está é a elfa costureira, responsável por cuidar das roupas de núpcias dos elfos. Tanto dos elfos silvestres quanto da realeza – contou – Luriel, é seu nome – emendou.

A elfa em questão observou Nye de cima abaixo, mas ela não demonstrou seu desconforto. Já estava habituada com aquele tipo de olhar. Luriel se moveu, tão graciosamente quanto um elfo podia ser, mas seu vestido leve fazia parecer que ela estava flutuando ao invés de andar. As três elfas pareciam postas a qualquer comando da mais velha. Uma segurava uma fita métrica, outra alguns tecidos de cores diferentes e a ultima alfinetes.

- Muito magra, terei que apertar bastante seu vestido – comentou analisando sua cintura fina – O colo parece razoável, elfos não costumam ter seios volumosos como as mulheres, filhas dos homens – alegou – Meninas, vamos começar! – ordenou.

A elfa que segurava a fita métrica se aproximou, passou a tirar medidas de Nye. De cima abaixo, não deixou nenhuma parte dela escapar de ser medida. Logo depois anotou tudo e entregou a folha para Luriel. A terceira foi até ela com diferentes tipos de tecido, panos e os aproximou de sua face.

- O vestido dela será da mesma cor que a roupa do rei! – alertou Luriel, e aquilo fez Nye se preocupar, pois normalmente Thranduil usava apenas tons escuros e ela não queria casar com u vestido cinza ou vinho, mas relaxou um pouco ao ver que a maioria dos panos era branco – Fiquei admirada quando Giel me procurou falando a respeito do casamento do rei, por um segundo achei que Legolas seria coroado e já possuiria uma noiva. Realmente esperava organizar a festa de casamento do príncipe Legolas – confidenciou.

- Talvez ainda consiga uma chance, Luriel – Tauriel alegou.

- Talvez – respondeu.

- Já fez muitos casamentos, senhorita Luriel? – Nye indagou, curiosa.

A elfa sorriu, orgulhosa de todos os seus trabalhos, principalmente aqueles que envolviam a família real.

- Sim, minha querida. Fiz vários casamentos. Organizei o casamento do avô de nosso rei, fiz o casamento de Oropher e o de Thranduil. E sonho em fazer o casamento de Legolas, também – contou – Faço casamentos para os elfos mais simples, afinal, uma união élfica é algo puro e abençoado pelas estrelas e por Eru. Nada pode separar esta união, exceto a morte – argumentou.

Abençoado e puro. Estas palavras tilintaram na cabeça de Nye.

Seria o casamento dela tão abençoado e puro quanto os dos outros elfos? Está duvida cresceu no coração da princesa, sentia algo dentro dela crescer a cada instante pelo rei. Não sabia o que era, mas ela não podia evitar, gostava daquela sensação e de estar com ele. Estaria ela se apaixonando pelo mesmo? E ele, poderia amá-la?

Diante destas perguntas ela respirou fundo, engolindo em seco.

Agora a terceira elfa passava o alfinete pelos tecidos marcando aonde deveria costurar e emendar. Minutos depois, Nye estava liberada de sua primeira prova de roupa.

- Ficará pronto antes do casamento? – indagou Nye.

Luriel sorriu, como se tivesse gostado do desafio e da descrença da princesa para consigo. Adorava quando elfas ficavam alarmadas temendo que sua roupa não ficasse pronta a tempo.

- Mais rápido do que imagina, minha senhora – alegou – Vamos, meninas! – disse ao sair.

 

*

*

*

 

O jantar já havia sido servido. Nye se encontrava no salão de jantar, mas desta vez, acompanhada. Malyr, Tauriel, Legolas e Eryn estavam junto dela. A mesa grade repleta de iguarias que somente Rosetta sabia fazer e deixava o ambiente tomado pelos variados aromas. A conversa era tranqüila, apesar de Nye ainda se sentir estranha, mas sabia que quanto mais pensava no casamento pior se sentia e a ansiedade aumentava.

Dentro de dois dias os convidados começariam a chegar, o palácio ficaria mais lotado e movimentado do que Rivendell em seu noivado. O que significava mais gente para estar de olho nela, observando e a analisando em todos os sentidos. Como se não bastasse ter Elinor no pé dela, teria os convidados também. Porém, estava animada por saber que reveria Elrond e Arwen. Assim como suas duas tias e seu irmão. Não estaria tão sozinha, sem contar que agora tinha Tauriel e Legolas do seu lado, sem mencionar Eryn e Malyr também. Rosetta se mostrou uma grande elfa e parecia reconhece-la como futura rainha. E Eirien, era como uma mãe de verdade e amiga.

Não estava tão sozinha, como pensava. E isso deixava seu coração aliviado e calmo.

Passou anos sozinha em Erenon, mas agora teria pessoas com quem conversar e sabia que podia contar com elas. E ao que parecia, seu relacionamento com Thranduil estava caminhando para algo razoável, o que já era um avanço, sendo que antes – até mesmo em Rivendell – ele praticamente a ignorava.

Os outros não falavam a respeito do casamento, talvez por que Legolas sempre mudava de assunto quando percebia que o mesmo daria as caras durante os variados assuntos que conversavam. Nye o olhou agradecendo através do olhar e ele assentiu quase tão imperceptível que era como se nem tivesse movido a cabeça. Era notável que ela estava tensa e falar sobre o casamento apenas pioraria sua situação.

Já estava quase terminando de comer, quando um guarda apareceu no salão de jantar. Depois de uma reverencia ele se anunciou.

- Minha senhora, o rei pede sua presença no hall do palácio! – repassou o recado do rei.

- Aconteceu alguma coisa? – Legolas indagou já de pé, mas a face do guarda estava calma demais para um ataque repentino ou problemas no palácio.

- Não aconteceu nada, meu príncipe. O rei apenas chamou sua noiva, pois uma visitante acaba de chegar! – explicou.

- Visitante? – fora a vez de Nye falar e logo se ergueu de sua cadeira e saiu do recinto tendo os outros atrás dela.

Percorreram os corredores agora iluminados pelas luminárias élficas, todas feitas com vidro e bem delicados. Ultrapassaram o vão largo e oval e bem ali no centro de entrada do palácio se encontrava Thranduil e Giel, fitando a recém-chegada. Nye sentiu o coração palpitar mais forte ao reconhecer a visitante, ou melhor, sua tia Herea.

Ela trajava um vestido branco com dourado, uma capa branca e com capuz. Seus cabelos loiros estava ondulados como de costume e caiam para frente dos ombros. Ao lado dela, um alazão marrom de pelagem bonita. Havia bolsas pequenas de cada lado do animal e aqueles eram seus pertences. Herea sorriu ao ver a sobrinha, principalmente pela mesma estar inteira.

- Tia Herea! – Nye correu até a mesma, a abraçou forte e a tia fez a mesma coisa.

- Não sabe como fiquei preocupada – alisou os fios dela – Bom ver que está inteira! – alegou olhando para Thranduil, ela não confiava nele para cuidar de sua sobrinha.

Thranduil travou o maxilar, não gostando da insinuação. E Nye prendeu o ar por um segundo, temendo o que a tia falaria se soubesse que fora atacada por um urso. Era bem capaz de avançar em cima de seu noivo e quem ganharia um arranhão seria ele.

- Mirkwood é bem segura! Nye está em boas mãos! – o rei afirmou.

- Assim espero! – rebateu.

Thranduil ordenou que servos levassem os pertences de Herea para um dos quartos de hospedes. Logo depois ele deixou que a elfa matasse a saudade de sua sobrinha, retornaram para o salão de jantar e Herea se alimentou. Em meio à sobremesa contou como estavam as coisas em Lothlorien, em como Leony sentia falta dela e outras coisas.

Depois do jantar, foram dar uma volta pelo palácio para mostrá-lo a Herea. Mas somente Legolas as acompanhou, o restante se dispersou pelo reino. Horas depois, as duas estavam no quarto de Nye conversando. Nye já se encontrava de camisola e estava sentada em sua poltrona enquanto Herea penteava seus cabelos e foi ali os penteando que a elfa avistou a mecha branca em meio ao castanho.

- O que é isso? – indagou, se referindo a mecha.

Nye sentiu o ar lhe faltar por meros segundos. Se contasse como conseguiu aquilo, teria que contar sobre outras coisas e não queria uma briga entre sua tia e Thranduil.

- Apareceu de repente, faz dois dias – falou, ela ainda usava um curativo, mas o ferimento no braço já estava cicatrizado. Mas ainda tinha que usar aquela pomada gosmenta para ajudar a cicatrizar mais rápido – Acho que tem haver com meu poder – emendou.

- Como o conseguiu? Malyr falou algo a respeito? – quis saber.

- Não falei com Malyr ainda, por causa dos preparativos do casamento estou ocupada – mentira. Ela não estava tão ocupada assim, mas Malyr parecia bem ocupada, principalmente com Lorde Giel, o que a fez levantar uma hipótese deles estar tendo um caso.

Quando não estava com ela, a treinando, era possível ver os dois juntos. Não com freqüência, mas ainda sim... Juntos.

- Mas foi usando seu poder que conseguiu, não foi?

- Sim.

- Durante o treinamento com ela? – indagou e Nye suspirou, levantando-se da poltrona e andando pelo quarto.

Herea perguntava demais, mas Nye sabia também que ela queria um motivo para brigar com Thranduil e dar um jeito de cancelar esse casamento. Ainda era nítida na face dela que esse casamento a desagradava. Nye suspirou, não teria outra escolha a não ser contar como conseguiu aquela mecha.

- Tudo bem, eu conto se você prometer não surtar! – pediu e Herea a olhou desconfiada – Eu consegui essa mecha quando enfrentei um urso – contou.

- Como assim um urso?! Nye, que historia é essa?! – exclamou, já nervosa – Ah, eu sabia! Sabia que aquele rei arrogante não cuidaria bem de você, isso prova que ele não é um bom marido! Como ele pode deixar isso acontecer?! – reclamou e Nye respirou fundo.

- Tia, a culpa não foi dele – assegurou – Eu que fugi!

- Fugiu? Por que?

- Eu estava cansada de ficar presa no palácio e sai pra dar uma volta e sem querer invadi a casa de um troca pele – explicou – Daí ele apareceu e estava na forma de um urso e me atacou, usei meu poder e depois vi essa mecha.

Herea inspirou forte. Precisou sentar e conter a vontade de ir até o rei e brigar com ele.

- Por que fugiu?

- Como eu disse, eu estava cansada de ficar aqui dentro. Meus dias eram apenas ler em élfico, treinar, comer e dormir. Era muito chato! – suspirou – Sem contar que ando tendo uns probleminhas com um membro do conselho de Thranduil.

- Deixe-me adivinhar... Elinor! – ela cruzou os braços.

- Como sabe?

- Galadriel me contou sobre a paixonite que Elinor sente pelo rei. O que me desagradou completamente, se ela está dando tanto problema assim que tire-a do conselho – alegou – Seria a melhor opção. Mas e quanto a Thranduil?

Nye sorriu, sentou na cama abraçando um travesseiro.

- Estamos nos entendendo mais. Ontem fomos até Erebor, um reino anão. Ele ainda é o mesmo elfo que conhecemos em Rivendell – Herea assentiu rolando os olhos – Mas tem cuidado muito bem de mim! – afirmou.

Ela poderia falar que até tinha dormido na cama do rei noite passada, mas ela não queria que Herea surtasse de novo. Senão era capaz da mesma ir atrás dele e aí sim, problemas aconteceriam. Ainda não dava para saber que tipo de relação tinham, mas estavam melhor do que antes e esperava que com o tempo se entendessem melhor do que agora.

Herea notava mudanças na sobrinha, parecia diferente, mas não sabia de que maneira. Mas já não era mais a elfa que deixou Rivendell. E esperava do fundo do coração que mudasse realmente, que esquecesse as tragédias e dores de Erenon e visse um futuro bonito pela frente. Mesmo não gostando de Thranduil e achando que havia outros elfos melhores para Nye se casar, não podia negar que Mirkwood havia feito bem a Nye.

Só esperava que nada mudasse essa calmaria em sua sobrinha. 

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Faltam apenas um capitulo antes do casamento. O próximo capitulo não terá muita coisa de especial, mas é o capitulo que antecede o casamento, então acho necessário...
Não esqueçam de comentar e até o próximo capitulo!

P.s: sei que não respondi alguns comentários, mas irei respondê-los. Não se preocupem!


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