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História Freeze You Out - Prólogo


Escrita por: jikookminluv

Notas do Autor


Leiam as notas finais ❤

[créditos da fanart: Gearous]

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Freeze You Out - Prólogo

"Uma alma gêmea é como um melhor amigo, mas mais.
É aquela pessoa que conhece você melhor do que ninguém.
Alguém que faz de você uma pessoa melhor... Na verdade, ela não te faz uma pessoa melhor, você mesmo faz isso, porque ela inspira você.
Uma alma gêmea é alguém que você levará consigo para sempre.
A pessoa que o conheceu e aceitou, antes de qualquer outra pessoa. Ou quando ninguém mais o faria.
E não importa o que aconteça, você sempre irá amá-la. E nada jamais mudará isso."
— Dawson's Creek

O príncipe caminhava pela vila, os cabelos pretos esvoaçantes, os olhos atentos a cada movimento ao seu redor. Chamava atenção por sua aparência muito bela e vestimentas deslumbrantes. Por onde passava os mercadores, camponeses e crianças se curvavam para seu bondoso futuro rei.

Hoje, recebia mais cumprimentos que nunca. Era seu aniversário de 19 anos, estava na flor da idade, se sentia melhor e mais cheio de vida do que nunca. Se sentia bem. Tinha que se sentir bem! Talvez assim sua triste alma gêmea ficasse melhor.

Ele sentia aquela pessoa desde o dia que nascera. Era algo raro, mas algumas pessoas tinham uma alma gêmea, com a qual encarnavam juntos e podiam sentir os sentimentos um do outro dentro de si, como uma segunda consciência.

Ele tem sentido as dores daquela pessoa, tem chorado suas lágrimas, sorrido com suas alegrias e abraçado seus sentimentos, como se fossem dele; porque de certa forma, eram. Sentia como se fosse um só com aquela pessoa que nunca vira, mas que o conhecia melhor do que qualquer outra.

Naquele dia, a tristeza habitual estava lá, mas havia algo diferente. Sua presença estava cada vez mais fraca, seus sentimentos estavam se esvaindo. O príncipe tentava sorrir educadamente para seus cidadãos, mas aquele sentimento de perca esmagador o desesperava.

Ele saíra do palácio determinado a encontrar aquela pessoa. Sentia que era sua última chance. Sentia que se não fosse neste dia, não seria em nenhum outro; pelo menos não nesta vida. Ele sentia aquela presença, algo denso, quente, que clamava por ele, mas não sabia onde procurar. Era estranho que sentisse sua metade tão próxima e mesmo assim, não fazer idéia de onde estivesse, mesmo conhecendo aquele reino como as palmas de suas mãos.

Pensar logicamente só o atrasaria, então apenas se deixou guiar. Se viu sair do reino e adentrar a floresta que ficava atrás da vila. Já era fim de tarde, mas o príncipe não temeria a escuridão. Agora se sentia mais próximo do que nunca daquela pessoa. A cada passo que dava, sentia seu corpo ficar mais quente, o coração acelerar. Sua alma gêmea estava tranquila, o mesmo vazio de sempre, levemente preenchido pela tristeza. O sentimento era tão vago que provavelmente nem estava em sã consciência.

Mais a frente chegou a uma campina, e nela havia uma casa de madeira, muito pobre, quase se desmanchando. “Quem viveria em um lugar tão afastado?” – pensou consigo.

O príncipe cai de joelhos na relva. Levou as mãos à cabeça na tentativa de controlar as fortes pontadas. Olhava ao redor, mas tudo girava. E continuou girando, até que parou, mas a paisagem não era a mesma. Agora tudo estava mais claro e ele podia ver o mar. Via também um menino, muito pequeno e afeminado correndo na areia, uma roupa muito simples e suja, os cabelos louros e compridos balançando contra o vento. O doce sorriso em seu rosto, os risinhos se misturando com as risadas da mulher que corria logo atrás dele, os cabelos igualmente loiros presos em um coque, a roupa igualmente suja e simples mas o mesmo sorriso sincero nos lábios.

Então era aquela criança. Era ele. Ele sabia. Em seguida tudo girou novamente. O príncipe fechou os olhos – aquilo lhe causava náuseas – e quando abriu, o cenário havia mudado novamente. Agora estavam dentro de uma casa que caía aos pedaços, mal iluminada e quase não tinha móveis. A mulher segurava o menino em seus braços. Ele agora havia envelhecido alguns anos, mas ainda era uma criança pequena e magricela. Havia um homem com um sobretudo a sua frente. O príncipe não pode ver seu rosto, então só o observou passar um pequeno saco com algumas moedas para a mulher, que em troca entregou o pequeno garotinho.

O homem o segurou firmemente pelo braço, mas ele relutava. As lágrimas rolando em sua face angelical, o grito silencioso. Mas a mulher não se moveu. Apenas o observou sendo levado, com lágrimas nos olhos, apertando o saquinho em suas mãos. Tudo girou novamente.

Agora anos haviam se passado e o garotinho havia crescido. Ele estava em um leilão de escravos. O estômago do príncipe embrulhou. Aquele ato desumano era terminantemente proibido em seu reino desde antes de seu nascimento, então aquela realidade era surreal para ele.

O outro menino já não relutava mais. Apenas mantinha seus olhos azuis desfocados daquele lugar, como se sua mente não estivesse mais ali. Sofrera tanto que já não sentia.

A última cena que o príncipe pode ver antes que sua visão voltasse ao normal, foi o menino, muito magro, abatido, sujo e com vários hematomas pelo corpo, com correntes nos pés, deitado em algum lugar escuro... Assustador...

Ficou confuso com tudo que vira, mas já haviam lhe passado que, em algumas situações, podia-se ver acontecimentos marcantes da vida de sua alma gêmea. Poderia ser algo aleatório ou haveria uma razão para isso que seria descoberta em algum momento.

  O  príncipe sabia que ele estava ali! Levantou-se com dificuldade, o mundo ao seu redor ainda girava um pouco. Desembainhou a espada. Fazia muito tempo que não pelejava, mas estava disposto a sujar suas mãos de sangue para tirá-lo dali.

Agora sabia o que o aguardava: traficantes de escravos. Não sabia quantos, ou se estavam armados, mas se algo não lhe faltava era a bravura.
Aproximou-se sorrateiramente da velha cabana, o coração batendo muito forte, o suor descendo por sua face, mas a determinação nunca abalada.

Entrar pela porta da frente seria estupidez... Mas talvez... Bom, não custava tentar. Embainhou novamente a espada e se aproximou, tentando se recompor, secando o suor do rosto e tentando controlar a respiração.
Simplesmente bateu na porta. Alguns segundos se passaram, sem resposta. Impaciente, bateu de novo com mais força dessa vez.

Escutou passos pesados se aproximarem, e em seguida a porta se abriu. A sua frente surgiu um homem muito alto e gordo, usava roupas muito desgastadas e levava muitas chaves penduradas na cintura.

- O senhor deve ser o nobre que vinha buscar o escravo, estou certo? – perguntou o homem, a voz grossa e grave ecoando na campina.

- Sim, sou eu. – respondeu o príncipe, sem pensar duas vezes.

- Chegou mais cedo que o combinado... – olhava o moreno dos pés à cabeça, mas não havia dúvidas que era da realeza. Todos do reino o conheciam, então essa pessoa provavelmente vinha de outro lugar.

- Estava ansioso para pegá-lo logo. – a raiva que sentia não refletiu nenhum pouco em sua voz muito calma e simpática. Matinha uma expressão séria, porém, amistosa, que não deixava transparecer as imagens mentais dele enfiando sua espada naquele homem tão desprezível.

- Hm... Por aqui então. – afastou para o lado, deixando o príncipe entrar, em seguida o guiando por uma escada estreita e escura que descia para um sótão.

O homem parou bruscamente, se virando para o menor.

- Antes disso... Vamos acertar aquelas moedas de ouro... – aquele homem claramente não conhecia o comprador, o que significava que poderia não ser o responsável pela negociação. Tentou a sorte:
- Ah, claro. Poderia chamar seu superior?

- Estou só eu aqui agora... – era tudo que precisava. Antes mesmo que o outro terminasse a frase, sentiu a espada do príncipe atravessar seu peito. O jovem se sentia péssimo por atacar uma pessoa desarmada e sem aviso prévio, mas era necessário.
Passou por cima do corpo, removendo sua espada do peito do corpo do homem, e correu escada abaixo. Abriu a porta com um chute só, e ali estava ele.

Os olhos fechados, a cabeça encostada na parede... Se não pudesse sentí-lo, poderia achar que estava morto.

Caminhou até ele cautelosamente. Abaixou-se a sua frente, e pousou a mão em sua face, muito corada. Estava queimando em febre. Reagiu ao toque do moreno abrindo os olhos levemente, as safiras intensas, olhando nos olhos do outro.

Precisava dizer algo.

- De hoje em diante eu vou proteger você. Não tenha medo. – o príncipe sorriu bondosamente para o loiro, e o envolveu em seus braços. Naquele momento, até o tempo deixou de existir, só haviam eles e uma estranha nostalgia... Como se finalmente estivessem em casa.

Yuri acordou com o barulho do despertador. Já eram 9:30. Estava suado e assustado. Que sonho mais estranho... Pegou o celular. Hoje era seu aniversário de 19, então haviam algumas mensagens o parabenizando, mas resolveu ignorar todas por hora e mandar mensagem para seu amigo Phichit, antes que se esquecesse:

“Você não sabe o sonho maluco que eu tive com o Vic essa noite”.


Notas Finais


Gente, espero que não tenha ficado confuso. Então, existe um motivo pros cabelos do Victor serem loiros nesse sonho, e isso será explicado durante a fanfic. Alguns mistérios podem surgir, mas tudo será explicado ao longo da fanfic. Espero que não tenha sido tedioso ❤ aliás, sugiro escutarem a música, Freeze You Out e lerem a tradução, porque tem tudo a ver com a fic >\\\< até mais ❤


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