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História Friendelly.com - Jungkook - Cheiro de sabedoria


Escrita por: Galaxychild

Notas do Autor


Voltei, gente. Um pouco mais tarde do que eu previa, mas voltei.

Esse cap era pra ter sido postado ontem, mas devido a vários imprevistos eu tive que adiar para hoje. Pelo menos foi rapidinho como eu prometi, né? Ou quase

A @wjook me ajudou nesse cap quando eu tava quase entrando em crise, então kk tudo pra mim ♡

Capítulo 6 - Cheiro de sabedoria


Fanfic / Fanfiction Friendelly.com - Jungkook - Cheiro de sabedoria

Ok, vamo ser sinceros aqui. Se tem um cara com uma beleza exageradamente excessiva te encarando fixamente por segundos que na sua cabeça parecem  uma eternidade, o quê você faria? Eram pouco mais de sete da manhã, eu estava com fome, lerda, e agora assustada. Não levem a mal, mas não gosto de ter conhecidos me encarando enquanto eu como, quanto mais desconhecidos. Eu não sabia que porra ele queria comigo ou com minha empada, mas eu sabia que não estava gostando. Aquelas duas esferas escuras e, infelizmente comprovando tudo o quê as garotas de Stanford falam, marcantes, estavam me intimidando em um nível que eu não saberia explicar, principalmente por eu não ter ideia do que aquela encarada se tratava.

Flertar? Mandar ódio através do olhar? Me dizer algo? Ou havia algo de errado com meu cabelo, o que infelizmente não seria novidade alguma oara mim? Só sei que depois daquela piscada um tanto quanto discreta que Jungkook havia me mandando -e que odeio admitir, me deixou um pouco desestabilizada- mandei o dedo do meio para ele, engasgado com minha empada logo depois. Tossindo igual uma condenada com o salgado agarrado na minha garganta, bebi o suco natural que sempre trazia na minha bolsa de forma desesperada, sentido vários olhares em cima de mim.

Já recuperada e provavelmente vermelha -só não sei se de vergonha ou pelo esforço em não morrer-  me levantei rapidamente da mesa quadradad me direcionando para fora da lanchonete velozmente. Não fiz nem questão de olhar para a cara de Jeon Jungkook que com certeza me encarava com uma crítica interna. De qualquer forma, ele não é o único depois dessa vergonha que eu tinha passado.

Quem sabe depois disso eu não tome vergonha na cara e passe a comer em casa? Afinal se eu passar vergonha lá, só eu vejo.

Já na sala de aula sentada na penúltima carteira da fileira do meio, eu tentava prestar atenção no que o professor falava enquanto tremia minha perna direita freneticamente, mania essa um tanto irritante para as pessoas ao meu redor, especialmente para o garoto sentado na minha frente que sentia sua cadeira tremer a cada batida do meu pé nela. As encaradas por cima do ombro deixavam claro que ele não estava nem um pouco feliz com isso, mas meu pouco caso á elas deixavam claro que eu não ligava.

Para mim, a dona das situações inusitadas e vergonhas frequentes, não devia ter feito nada mais que seguir em frente com minha vida depois do acontecimento na lanchonete, deixando isso na minha lista de "coisas que eu nunca mais quero me lembrar". Porém, eu sentia que precisava contar para alguém para tirar isso de uma vez da minha cabeça.

Ainda não acreditava que tinha mostrado o dedo do meio para um "desconhecido". Se eu tinha esperança de fazer alguma amizade por aqui ainda, depois daquilo as possibilidades eram quase nulas.

Depois de muito pensar, muito batucar o pé na cadeira da frente, e muito roer minha unha da mão levando por água a baixo meu plano de deixa-la crescer, resolvi que iria falar para o JK mesmo sabendo da possibilidade enorme dele rir da minha cara e me zoar por um longo tempo. Ele tornava qualquer motivo uma razão fácil para rir de mim.

Da forma mais discreta possível, peguei meu celular dentro da mochila que estava em meu colo -já que eu não podia suja-lá pelo preço absurdo da lavanderia do meu prédio- e desbloquei ele indo rapidamente para o Friendelly. Olhei em volta conferido se tinha alguém me olhando até lembrar que eu era a estrangeira invisível, então claro que não tinha.

Eu: Bom dia.

Eu: Não é um bom dia.

Eu: Eu acabei de passar a maior vergonha da minha vida.

Eu: Você é meio gay, né? Então...

Antes que eu começasse a digitar a próxima frase contando o que tinha acontecido, senti alguém tocando em meu ombro e quase gritei de susto até me lembrar que estava em uma sala de aula. Mesmo que o professor ainda não tivesse chegado e todos os alunos estivessem ocupados demais cuidando de suas vidas, não queria qualquer olhar em cima de mim por mais um motivo ridículo. Olhei para a mão em cima de mim e lentamente fui subindo o olhar até me deparar com o garoto que senta em minha frente. Franzi o cenho estranhando o ato dele enquanto o mesmo me olhava com uma expressão de… deboche?

— Você sabe que é contra as regras mexer no celular dentro de sala, não sabe? — Perguntou não fazendo questão de esconder o sorriso ladino em pura satisfação por ter me pego no "flagra".

— E você sabe que é contra às regras conversar com a "coleguinha" dentro de sala, não sabe? — Respondi no mesmo tom que ele, tirando sua mão pálida de cima do meu ombro.

— Eu posso muito bem ir contar ao professor o delito que está cometendo e, convenhamos, não vai ser muito legal eu ter que fazer isso quando já estamos na faculdade, hm? — Olhava para ele com a maior cara de bunda que eu podia fazer, enquanto tentava entender quando as pessoas daqui começaram a falar comigo.

Com certeza era vingança por causa da cadeira…

Com um sorriso falso no rosto, balancei o celular na frente dele como se estivesse tentando chamar a atenção de um cachorrinho com um osso na mão, e em seguida joguei dentro da mochila gesticulando com a boca um "satisfeito?". O sorriso debochado que ele havia me dado tinha deixado claro que sim, então finalmente se virou para frente voltando a prestar atenção no professor como se nada tivesse acontecido.

E eu? Bom, eu voltei a bater o pé na cadeira dele, e quando ouvi um suspiro forte vindo do loiro, sorri satisfeita comigo mesma. 

__________________

Depois do fim das aulas -essas que tinham sido estranhamente mais longas para mim hoje-, me direcionava até a biblioteca como era costume meu nas segundas.

Assim que cheguei na enorme sala de dois andares com estantes de livros por todo lado, fui até a área que tinha mesas de estudos e para minha sorte, a que eu costumava sentar estava vazia. Ela ficava do lado esquerdo da biblioteca, perto da enorme janela, consequentemente era o lugar mais clara e melhor para se estudar. Por isso, amigos, se eu quisesse aquele lugarzinho privilegiado, eu tinha que correr todos os dias.

Joguei minha mochila em cima da mesa branca meio acinzentada dando um suspiro longo, sorrindo satisfeita, e fui até a prateleira de livros procurando por um específico que o professor tinha recomendado. 

Eu adorava o cheirinho que a biblioteca tinha: uma mistura de páginas velhas com páginas novas de livros recém chegados. Cheiro de sabedoria.  Às vezes, só às vezes, eu abria im  dos livros e discretamente dava uma fungada nele, só para relaxar, ficar feliz. E nossa, como funcionava. 

Depois de ter pego o que eu precisava e mais cinco, voltei até a mesa e me sentei na cadeira relaxando meus ombros. Assim que eu abri o livro e comecei a folhear as páginas, o barulho de notificação do meu celular gritou alto fazendo não só eu me assustar, como a bibliotecária de meia idade que ouviu lá do outro lado da sala, e me encarou com a carranca de sempre, porém três vezes pior.

Sorri como um pedido de desculpas, e peguei o aparelho dentro da mochila indo ver quem tinha me feito passar por essa vergonha, pronta para atirar pedras. Era o JK.

Jeonwgk: Boa tarde. E não, eu não sou meio gay, mas obrigada por perguntar.

Jeongwk: O que aconteceu pra você mandar mensagem no meio da aula? Pensei que fosse mais estudiosa, senhorita ________.

Eu: E eu sou, tanto sou que estou na biblioteca nesse exato momento. 

Jeonwgk: Oh, ela é uma ótima influência

Eu: Obrigada. ♡

Sai do aplicativo imaginando que ele não fosse mandar mais nada, até o celular vibrar alto de novo, e eu juro que consegui sentir o olhar da Bibliotecária queimar em cima de mim.

Jeonwgk: Não vai contar o que aconteceu?

Eu: Ah, sim.  

Eu: Bom, como eu disse antes: passei vergonha. 

Jeongwk: É para fingir surpresa? 

Eu: Você não facilita nossa amizade, não é?

Jeonwgk: Eu te adoro e você me adora. Isso é o importante. — Revirei os olhos soltando um riso, e resolvi ignorar o quê ele disse. 

Eu: Hm, bom, eu fui na lanchonete do Campus para comer alguma coisa já que para variar não comi em casa, e uma coisa um tanto quanto... Incomum, aconteceu.

Jeongwk: Gostei do uso dos três pontos pra dar aquele suspense.

Eu: Gostou, né? Pois bem.

Eu: Um garoto, devo ressaltar que até… bonitinho. — Menti, já que "bonitinho" era pouco demais para ele. – Me encarou do nada, e ainda piscou para mim. Do nada. 

Eu: E não era qualquer garoto, era simplesmente um dos caras mais endeusados da minha universidade. E sabe o que eu fiz? Mandei o dedo do meio 

Como eu imaginei, ele riu, e vários K's surgiram em minha tela em poucos segundos. 

Jeonwgk: A garota legal e suas proezas...

Jeonwgk: Para ser sincero, não sei porque ficou surpresa. 

Eu: Eu sou invisível, JK. Consguiu mesmo esquecer disso nas quinhentas vezes em que ressaltei durante nossa amizade?

Jeonwgk: Você pode se considerar invisível, mas sabe que é bonita, Lins. Pessoas bonitas merecem ser observadas.

Sorri me sentindo um pouco sem jeito pelo elogio repentino e quase incomum.

Eu: Você também não deve ser feio, JK… Bom, pelo menos as coxas não são.

Jeonwgk: O quê? Como assim? Você já viu minhas coxas? — Reenviei a foto que ele havia me mandando a pouco tempo atrás.

Jeonwgk: Era para você ver minhas meias — Franzi o cenho olhando melhor a foto onde ele tava sentando com as pernas esticadas, e uma bermuda preta larga que destacava na sua pele branca e com algumas pintinhas. Ah, tinha realmente uma meia alí. 

Eu: Ah… são bonitinhas 

Jeonwgk: Igual minha coxas?

Eu: Sim.

Eu: Igual suas coxas.

Ignorei as outras mensagens que JK estava mandando provavelmente se gabando pela minha "confissão", e voltei a me concentrar nos meus estudos. Afinal, eu não ia me formar em arquitetura mexendo no celular. 

__________________


— Lembrou que tem amizade no Brasil, é? — Com um sorriso sarcástico, Luiza me dá aquele "oi" diferenciado.

Nego com a cabeça ajeitando o notebook na mesinha de centro que eu trouxa pra sacada, e olho brevemente para o lado espremendo os olhos quando o sol de fim de tarde bate no meu rosto. 

—  Sabe que não? — Encaro Luiza que ergue uma sobrancelha. — Inclusive, acho que foi engano. Tchau, tchau. — Fingi ir desligar a chamada vendo a garota me encarando com tédio do outro lado da tela.

— Para de palhaçada, _____. Depois que começou a falar com essa amizadezinha aí do Friendelly não me ligou mais nem pra reclamar da sua vida chata.

Expõe sua indignação, e eu ri vendo que ela falou exatamente o que eu achei que falaria. É, não dá pra culpar alguém além de mim. Jungkook tem mesmo tomado muito da minha atenção, mas é aquela típica empolgação de ter uma amizade nova, e dessa vez é mais aflorada por motivos de: ele é a única que eu fiz durante esses meses. 

— Achei que não gostasse da minha murmuração por eu estar "na grande Nova York"

— E não gosto, mas adoro olhar essa sua cara. — Sorri convencida enquanto ela continuava me olhando com a mesma expressão de tédio. — Vou desligar.

— Ei, ei! — Disse rindo — Espera! Prometo te ligar mais vezes, ok? E se isso te deixa feliz, tenho novidades para contar.

— Tem mesmo! Até hoje não me falou como é esse tal de Jk. Deve ser muito legal para você não estar mais com a cara de merda que costumava toda vez que me ligava. 

— Uau... Eu realmente não sei porque ainda sou sua amiga.

— Você me ama. — Deu de ombros. — Mas então, me conta, como essa garoto é? — Falou fingindo pouco caso. — Eu espero que seja um cara incrível o suficiente pra você estar me substituindo.

— Você não é substituível. E, olha... — Soltei um riso soprado. — Ele até que é alguém bem suportável e divertido, sabe? Não tem masculinidade frágil e me faz rir com muita facilidade. Não sabe cozinhar mas ama quando cozinho com ele em chamada, mesmo que eu suspeite que seja apenas para zoar de cada erro frequente que eu costumo cometer. Costuma me ligar quando tá vendo algum programa idiota, e eu tenho que ligar a TV também no mesmo canal só para ver com ele enquanto escuto sua risada estranha e escandalosa. Diferente de mim, é uma pessoa saudável, e por isso tem poucas chances de morrer com câncer. — Ri lembrando da lógica dele quando me falou isso — É ateu, acredita no destino e que o BigBang aconteceu por um motivo muito complexo para que eu me lembre. Me liga de madrugada quando não tem sono e eu sou obrigada a falar com ele até dormir — Suspireiz, tentando me lembrar de mais alguma coisa. — Seu dia preferido é dia de ações de graça, e gosta do natal tanto quanto gosta de….

— Você sabe mais dele do que sabe de mim e eu te conheço a cinco anos. — Disse Luiza com a boca cheia de sorvete segurando o pote que eu nem tinha percebido ir pegar. — Acho que vou ter que renunciar o cargo de melhor amiga. Fica aí com o JK.










Notas Finais


Foi isso

Esse cap foi meio ruinzinho mas o próximo PROMETE
Agora o negócio começa a ficar bom, só aguardem

Como sempre, quero saber da opinião de vocês, ok? Ok

Obrigada aos 200 favs ❤ Só alegria irmãos

Bj bj @Galaxychild


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