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História Friends - Louis Tomlinson - 015. Greenwich Park


Escrita por: sunzjm

Capítulo 15 - 015. Greenwich Park


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 015. Greenwich Park

Faltavam apenas alguns minutos para que o sol se pusesse, então eu já estava pronta e Adrian logo chegaria. 

Falei com Louis durante um bom tempo, sentindo a mesma culpa por enganá-lo, e ele continuava com a ideia de que eu não deveria ir até a casa do papai. Mas o que mais eu poderia dizer? Eu realmente não visitaria o meu pai, na verdade eu sairia com quem ele menos imaginava. 

A campainha me tirou dos devaneios e eu logo me coloquei a pôr o meu All Star, gritando ao Tiago para que abrisse a porta para mim. Então, assim que desci a escada, vi Adrian de pé próximo do sofá sendo observado pelo Tiago, que não fazia questão de ser discreto.  

— Taylor — o garoto sorriu, se aproximando —, você está linda. — E então me deu um abraço forte, trazendo consigo um cheiro amadeirado. 

— Obrigada — eu disse, retribuindo o sorriso —, você também está ótimo. — Adrian era um garoto bonito e interessante. Ele levava para as pessoas o charme no sorriso e no modo como se vestia. Seus olhos eram verdes e eram realçados com a camisa branca que ele usava.  

— De onde você é mesmo? — Tiago nos interrompeu, sem parar de analisar Adrian, assim como se fosse a mamãe. — E para onde estão indo? 

— Eu moro aqui perto — respondeu o outro garoto, sorrindo para o meu irmão. — Apenas vamos passear um pouco. Fique tranquilo, Taylor está em boas mãos.

— Certo — Tiago murmurou, desconfiado. — Mais tarde eu vou visitar a Isabela, 'tá bem? — ele disse para mim e vi um brilho no seu olhar. — E não sei se vou demorar.

Eu já tinha avisado à Claire que também não sabia se eu iria demorar, e isto porque o Parque Real era um dos lugares que eu mais adorava em Greenwich. Havia o sossego, o silêncio, as árvores e muito espaço – eu não precisava me preocupar com quem estaria por perto. 

Adrian estava com um carro e disse que esteve usando o ônibus da escola naqueles dias porque o veículo dele estava no conserto. Assim, uma conversa continuou até que pisássemos no gramado do parque. 

— Você gosta de museus? — Adrian havia perguntado, depois de contar muitas coisas sobre a sua vida, como o fato de ele ser australiano. — Já conheceu algum? 

— Claro — eu disse, sincera —, e eu adoro museus, sim. Já fui a um marítimo várias vezes com a mamãe, o Tiago e com os meus amigos. O lugar é incrível. 

— É mesmo? — ele pareceu surpreso e então sorriu, como se estivesse satisfeito com a resposta. — Eu amo tudo relacionado à história da navegação britânica. Sou fascinado, na verdade. 

— O Museu Marítimo deve ser o seu lugar preferido, então — deduzi, interessada nos seus gostos. — Todos os anos o museu enche de turistas e eu não deixo de visitá-lo quando tenho tempo. 

— Eu só tive a oportunidade de ir uma vez — disse Adrian, chateado. — Devido a escola e ao trabalho, eu sempre estava cansado demais para sair nos finais de semana. 

— Teremos que resolver isso depois. 

— Com certeza — ele assentiu, me olhando —, só que agora estou curioso e gostaria de falar sobre você, Taylor.

Realmente não conhecíamos quase nada sobre o outro, saber que Adrian era australiano foi uma surpresa, na verdade, assim como o seu gosto pela navegação britânica. Tudo o que eu conhecia dele era que tinha vinte anos, morava com o pai e detestava o calor. 

— Não há muito o que falar — eu disse, honesta —, a minha história não tem nada de interessante, na verdade. 

Eu era uma garota comum, com uma família cheia de loucuras – porém adorável –, acompanhada de dois melhores amigos e que buscava esquecer um amor não correspondido. 

— Eu gosto de saber sobre as pessoas — Adrian insistiu, me conduzindo até a sombra de algumas árvores, para que nos sentássemos —, então eu vou me sentir contente se me falar sobre você, mesmo que não muito. 

— Então o que você gostaria de saber? — eu perguntei, cedendo aos seus desejos. — Pode perguntar qualquer coisa. 

— Talvez sobre os seus namoros passados? — ele sugeriu, quando finalmente sentamos de frente um para o outro. — Se você quiser, é claro.

Eu não queria, afinal, Adrian falava com alguém que mais apanhou do amor. Eu era um desastre quando se tratava de garotos e, há alguns meses atrás, até imaginei que o meu destino estivesse entrelaçado com a vida em um convento. Poucos meninos passaram por mim desde que eu entrei na adolescência e aqueles a quais eu achava que estava apaixonada simplesmente viviam mostrando que nada mais poderia acontecer, apenas a boa e velha amizade.

Eu só fui capaz de entender aquilo quando completei os meus quinze anos, onde passei a ver o que eu era no espelho de casa. Eu não era o que eles desejavam, eu deveria me preocupar com roupas estilosas, com cabelos sedosos, maquiagens perfeitas, entre outras coisas. Contudo, eu estava ocupada demais com coisas diferentes. Então, no fim, percebi que eu era o tipo de garota que só conseguia a amizade deles, nada a mais. 

Eu só busquei fazer alguma coisa para mudar porque senti a carência tomar o controle da minha cabeça. Jane me ajudou, porém acabei recebendo atenções indesejadas, de pessoas que não eram interessantes pra mim. Logo, interrompi a busca por um relacionamento e deixei as coisas como ela estavam. 

Eu acreditava que a baixa autoestima era a culpada pelo meu desastre, mas não consegui mudar aquela situação. Eu sequer me importava mais, na verdade. Na época dos dezesseis anos, passei a ouvir bons comentários das pessoas, principalmente dos garotos, e aquilo ajudou para que eu deixasse de lado a preocupação com a aparência física. Louis, mesmo não sendo capaz de me fazer esquecer a minha revolta, era o único que vivia me elogiando, como um amigo e como um garoto. Eu não acreditava nas suas palavras, na verdade, mas aquilo, de alguma forma, sempre foi importante.  

— Nunca tive um relacionamento, na verdade — resolvi ser sincera, dando de ombros porém nervosa com a sua opinião —, apenas colegas de turma.

— Você não deve estar falando sério.  

— Estou… — sorri, sem graça. — Não sou a melhor opção para os garotos, sabe? — expliquei, lembrando de Christian Menson.   

— Isso é mesmo uma afirmação? 

— É — respondi, sem pestanejar, e não demorou para que Adrian passasse a rir de mim, como se eu realmente tivesse dado um show de comédia sob as árvores daquele parque. Obviamente, não entendi o motivo das risadas, mas ri junto com ele, buscando ter senso de humor. 

— Desculpa, mas acho que o problema não é esse — ele disse, depois de se controlar. Apenas dei de ombros novamente e observei à nossa volta. Não estava muito cheio naquele dia e um cheiro de comida se instalava pelo ar. Deduzi que alguém estava fazendo um piquenique ali por perto e logo passei a sentir fome. — Sério, Taylor, não posso acreditar em você. 

Quando o fitei, Adrian parecia perplexo. 

— E por que não? — joguei, um tanto impassível. — Talvez eles até tenham razão, eu realmente não sou o que eles querem. 

— Então são todos loucos — retrucou ele, muito óbvio. — E como pode acreditar que o problema é com você? Você é linda, Taylor Hampton. 

Não deixei de bufar, achando graça daquelas palavras. 

— Eles só não são simpáticos como você. 

— Ou então é outra coisa — sugeriu Adrian, deixando um suspense flutuando no ar. — Quero dizer, acho que eles são todos uns covardes. Aquele seu amigo…, o Tomlinson.   

— O que tem ele? 

— Ele detesta que cheguem perto de você, Taylor.  

— Louis sempre foi assim — defendi meu melhor amigo, antes mesmo de pensar melhor sobre o assunto. Acabei lembrando de algumas das nossas brigas, onde nos desentendemos e gritamos um com o outro. Louis era ciumento, sim, e Jane cansava de conversar com ele sobre aquele seu comportamento. — Às vezes ele exagera, mas é o jeito dele.  

— Há quanto tempo são amigos?  

— Ah..., mais ou menos seis anos — eu disse, fazendo as contas rapidamente. E até me surpreendi com a minha própria resposta. Falando aquilo oralmente, parecia que Louis e eu nos conhecíamos desde que havíamos nascido. Era tempo demais. 

— Nossa — Adrian também se surpreendeu e depois pareceu incomodado. — E nunca rolou nada entre vocês dois? 

— O quê? — me mexi, muito desconfortável. — Hã... é claro que não, Adrian. Nós somos apenas amigos, entendeu?, nada a mais do que isso.

Louis e eu, provavelmente, éramos as pessoas que mais brigavam no mundo. Na primeira vez em que eu o vi, achei aquele garoto lindo e até estranhei a sua aproximação brusca. Mas junto com aquele pensamento de que ele era uma pessoa interessante, uma voz interior surgiu na minha cabeça, me avisando que Louis era demais pra mim. Logo, o aceitei apenas como um amigo. Mesmo com os ciúmes, era o que nós éramos, as pessoas gostando ou não.   

— É só que — Adrian parou, como se buscasse as palavras certas para me explicar aquilo —, vocês dois são muito íntimos e talvez seja esse o motivo para que as outras pessoas não consigam se aproximar de você. 

E foi a minha vez de rir, e rir com vontade. 

— 'Tá bom. 

— Estou falando sério.  

— Mas isso não é importante.  

— Então quer dizer que vai viver assim o tempo inteiro? — perguntou ele, me analisando. — Mesmo que sejam apenas amigos? Uma hora ou outra, Taylor, alguém não vai se importar com o que o Louis pensa — explicou Adrian, muito sério —, porque esse mesmo alguém vai querer estar com você, independente de qualquer coisa.  

— O que está querendo dizer?

Foi aí que percebi que estávamos nos fitando por um tempo longo demais, como se não houvesse mais nada no mundo, e Adrian logo passou a aproximar o seu rosto do meu. Fiquei congelada, nervosa com a situação e, então, não demorou para que os seus lábios estivessem sobre os meus.

Fiquei desconfortável durante aquilo, mas não interrompi o beijo lento que se seguiu, tão intenso que eu quase esqueci de respirar. Eu sequer lembrava direito a última vez que toquei alguém de uma forma tão íntima e por isso aquele beijo me deixou meio sensível, como se Adrian fosse o único garoto do planeta. Contudo, mesmo que estivesse bom, continuei sem jeito.

E então resolvi me afastar, o rosto ardendo.  

— Desculpa — eu disse, envergonhada. 

— Desculpe eu — ele sussurrou, nada envergonhado.  

— Tudo bem…, tudo bem — repeti, desconcertada. 

— Você já deve saber o quanto eu gosto de você — ele falou, levantando o meu rosto. — E eu não estou brincando, muito menos falando de amizade. Você é especial pra mim, acredite, e eu estou mesmo disposto a passar sobre qualquer um. — Me calei, sentindo uma confusão embaralhar o meu cérebro. Era Adrian Carrington quem estava dizendo aquilo, aquele garoto de olhos verdes gostava mesmo de mim. — Não quero pressioná-la — continuou, quebrando o silêncio —, mas se pudesse me dar uma chance…  

— Não sei — sussurrei, sem saber o que pensar. 

— Tem medo que Louis faça alguma coisa? — perguntou ele, buscando me entender. — De que ele se irrite ou pare de falar com você? 

— Pode ser...

Aceitar o pedido de alguém que Louis desprezava não fazia parte dos meus planos. Adrian Carrington nunca havia despertado algo em mim, mesmo que ele ficasse me elogiando ou que me deixasse um tanto corada, e achei que a sua aproximação quando havíamos nos conhecido fosse somente porque ele havia gostado de mim da forma como eu gostava dele. 

No entanto, ele estava ali na minha frente, agindo como se tivesse esperado apenas o momento certo, como se já tivesse planejado tudo. 

E eu não sabia o que fazer. 

— Quer um tempo para pensar, Taylor? — Adrian perguntou, percebendo a minha indecisão. — Eu posso fazer isso por você.  

— Ah, eu quero — respondi, nervosa —, por favor. — Tempo parecia ser o que eu precisava e eu não hesitaria em imaginar tudo o que poderia acontecer.  

— Ótimo, então terá o tempo que quiser — ele sorriu pra mim e depois se levantou, me ajudando a ficar de pé. — Vamos, estou ansioso para ver todo aquele museu novamente.



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