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História Friends - Louis Tomlinson - 030. Marly e Carly


Escrita por: sunzjm

Capítulo 30 - 030. Marly e Carly


Fanfic / Fanfiction Friends - Louis Tomlinson - 030. Marly e Carly

LOUIS •

A ida até o supermercado foi demorada porque eu fiz questão de passar um bom tempo procurando por todos os alimentos da lista de compras. Eu não estava nada contente, mas me senti melhor depois de entrar naquele lugar, porque fiquei distraído o bastante para esquecer a discussão com Taylor. 

Não levei o celular e ainda estava disposto a demorar mais tempo para chegar em casa. Eu não queria exagerar, é claro, mas não estava com cabeça para discutir novamente por causa de Adrian Carrington. 

Eu estava tão mal comigo mesmo, que pensei no que havia acontecido com Henrik. Não era como se ele estivesse morto. Era como se ele tivesse viajado para bem longe, sem uma passagem de volta. Acabei me deprimindo com o pensamento, porque era uma viagem só de ida.

Depois de passar um longo tempo pondo pacotes dentro do carrinho, percebi que já passava das cinco da tarde. O tempo correu rápido demais e deduzi que Maggie estivesse pensando que eu havia mudado o caminho do supermercado. Mamãe também chegaria em casa a qualquer momento e eu apostava que Maggie fosse fofocar pra ela, sobre o fato de eu ter chegado da London Greenwich cedo demais. 

Paguei as compras e segui para o meu carro, com as sacolas postas dentro do carrinho. No caminho, entretanto, a minha atenção foi totalmente voltada para uma gritaria no estacionamento, algo como “eu te odeio e você é a pior irmã do mundo!”

Alimentei a vontade de olhar e me deparei com uma criança correndo na direção onde eu estava. No intervalo de tempo em que cheguei até o carro e ouvi uma ordem como “volta aqui, Carly!”, fui surpreendido quando a garotinha caiu, depois de ter olhado para trás e se desequilibrado. 

Ignorei as compras e me apressei até ela, com medo de que pudesse ter se machucado. Não era todo dia que eu via algo como aquilo e a pequena menina logo me lembrou Austin, quando este estava irritado e corria para bem longe de mim. Logo, assim que me agachei, percebi que a garotinha chorava bem baixinho, abraçada a um urso de pelúcia. 

— Ei, está tudo bem — eu disse, procurando algum ferimento na sua pele. — Você está sentindo alguma dor? — perguntei, com o tom mais gentil que eu tinha.  

— Acho que não — respondeu ela, fungando.  

— Que droga, por que você correu daquele jeito? — alguém perguntou e se agachou ao meu lado. — Queria ser atropelada por um carro? — Olhei para a pessoa que tocou no meu braço e percebi um rosto familiar. — Olha, me desculpa mesmo por isso. 

E ela falava comigo, não ao que eu deduzi ser a sua irmã.  

— Não tem motivos para se desculpar — eu disse, buscando me recordar de onde eu a conhecia. — Eu lembro de você de algum lugar, mas… — Foi no momento em que ela me observou, devido a cor azul dos seus olhos, que percebi quem era. Ela era a garota que estava no velório, a prima do Henrik.  

— Ah..., oi — gaguejou ela e depois sorriu.   

A garota estava mal pelo que havia acontecido ao Henrik e eu lembrava daquilo perfeitamente. Henrik já havia falado dela pra mim, mas foram poucas vezes. Sempre que eu fazia mais perguntas sobre o assunto, ele dizia não se lembrar muito bem. Henrik não lembrava muito dela, mas sabia que já havia passado bons tempos ao seu lado.  

— Desculpe, mas não lembro o seu nome.  

— Marly — respondeu ela, tímida —, Marly Cooper.

— Sou Louis Tomlinson.  

— É, eu sei — Marly deu uma risada e tirou os olhos de mim. — Essa é Carly Nic Conaill, a minha irmã. — Eu sequer lembrava muito da garotinha no velório, apenas de adultos chorando.  

Nos levantamos e fiquei sem jeito perto das duas. O luto ainda era recente em suas vidas e eu não sabia o que dizer; tínhamos nos encontrado em um velório e aquela era uma situação desconfortável. 

— Bom…, nós temos que ir, não é, Carly? — disse Marly, segurando a mão de sua irmã. Carly era adorável e lembrava bastante a época em que o meu irmão ainda estava comigo. Acabei me sentindo na obrigação de oferecer alguma ajuda, como uma carona. Antes daquilo, contudo, e com uma rápida olhada, percebi que Marly segurava lírios brancos.   

— Eu não quero ir com você — disse a garotinha, buscando se soltar das mãos de sua irmã. — Não gosto mais da sua companhia. 

— Para com isso ou eu conto à tia Jully. 

— Vocês precisam de carona? — perguntei, buscando chamar a atenção das duas, que continuavam discutindo sobre o fato da Carly ter dito que Marly a ameaçou de deixá-la ali com os pedintes.    

— Eu não quero incomodar...  

— Não se preocupe — falei, sincero —, eu não tenho nenhum compromisso. — Depois de falar aquilo, contudo, um pensamento súbito me fez lembrar da Taylor. Ela não gostaria de saber daquela novidade. 

— Então vamos aceitar. 

Marly sorriu pra mim e tive que continuar com a ideia de dar carona às duas, afinal, não seria nada. Taylor não ficaria sabendo daquilo porque era irrelevante. 

Para a minha tristeza, no entanto, o lugar que eu as levaria era o Greenwich Cemetery, onde Henrik havia sido sepultado – era o motivo dos lírios brancos. Fiquei arrependido de ter dado a carona assim que a ouvi dizer para onde queria ir, mas não pude ignorá-las. 

Além do mais, o problema era comigo e eu precisava parar de odiar tanto lugares como aquele. Meu pai, meu irmão e meu amigo foram mortos e a única coisa que eu teria que fazer seria seguir em frente, aceitando as circunstâncias e o pedido da minha mãe de visitá-los. 

Quando chegamos, já anoitecendo, percebi que Marly chorava, enquanto ouvíamos um cantarolar da pequena Carly no banco de trás.   

— Sinto muito — murmurei, sincero.  

— Eu também — falou Marly, limpando os olhos. — Vamos, Carly. — Depois saiu do carro, e senti que o máximo que eu deveria fazer seria dar algum apoio. 

— Espera — pedi, depois de sair da BMW e caminhar até as duas irmãs —, acho que vou com vocês. 

— Estamos bem, Louis — Marly tentou me dar um sorriso, muito gentil. — Você não precisa, já nos ajudou com a carona.   

— Olha — me aproximei, sério —, eu sei o que você está... o que você está sentindo. Há algum tempo eu também perdi o meu irmão. Entendo o que esteja querendo fazer..., ou pensando em fazer.

Ela se assustou e logo se entristeceu ainda mais.  

— Meus pêsames por ele.  

— Está tudo bem — eu disse, pondo as mãos nos bolsos. — Vem, assim a gente pode se conhecer. 

[…]

Andávamos um ao lado do outro enquanto Carly seguia na frente, acompanhada do seu urso de pelúcia. Para dissolver aquele silêncio horrível, resolvi fazer perguntas sobre Marly, já que eu não sabia nada a seu respeito.   

— Vocês dois foram muito unidos? — questionei, observando a pequena Carly cantarolando Queen of Hearts com uma voz muito suave. 

— Não tenho muitas lembranças de quando morávamos todos juntos. Mamãe conseguiu um lugar para viver com papai antes de completarmos sete anos, a idade da Carly — explicou ela, cabisbaixa. Mais uma vez lembrei do Austin, porque foi esta a sua idade quando tudo aconteceu. — A única coisa que lembro era que costumávamos correr pelas ruas da casa da minha avó, apostando quem era o mais rápido. 

Marly sorriu e eu sorri junto com ela. 

— E depois disso? — perguntei, esperando não estar sendo insensível com o interrogatório. — Vocês não tiveram mais contato? 

— Mais ou menos — respondeu ela, como se não soubesse explicar. — É que Henrik geralmente não estava em casa quando eu ligava. Eu esperava por suas ligações, mas ele nunca as fazia. Então eu simplesmente desisti. 

— É bem a cara dele mesmo — murmurei, lembrando das noites em que ele me convidou para as festas dos amigos dele. — Henrik não era tão atencioso com as pessoas.  

— Eu não acreditei quando o tio Gregory ligou pra mamãe avisando do acontecido — prosseguiu Marly, e então me vi concordando em tudo. Eu sabia exatamente como ela se sentia. — Não nos falávamos mais, mas não era isso o que eu esperava.  

— Entendo. 

— Além do mais, a nossa viagem foi terrível — comentou, depois de longos segundos e um suspiro. — Eu não estava nada bem.    

— Você é da Irlanda, não é? 

— Sim, mas o meu pai mora aqui. Sempre que tenho oportunidade, viajo pra cá — contou Marly, dando de ombros. — Não gosto muito de morar com a minha mãe.  

— Eles são separados?  

— São. — E dava para perceber o quanto ela não gostava daquilo, devido ao seu tom de desprezo. — Papai não mereceu o que ela fez. 

— Não precisa falar sobre isso, Marly, se não quiser — avisei, desconfortável com o rumo do assunto. — Eu entendo. 

— É, isso realmente não importa mais — Marly suspirou mais uma vez, observando os túmulos. — Quando eu conseguir um emprego, vou morar aqui com o meu pai. Ei, onde a Carly vai? — perguntou, olhando para a garotinha distraída.   

— Eu vou buscá-la — avisei, saindo dali rapidamente. Carly continuava andando e cantarolando entre os túmulos. Fiquei admirado porque não era qualquer criança que ficava confortável e impassível em um lugar como aquele. Eu a chamei e ela logo se virou, assustada. — Desculpe, querida, mas nós temos que voltar para a Marly.  

— Ela está muito nervosa esses dias — comentou a garotinha, triste. Carly então segurou a minha mão e seguimos de volta. — Antes de sairmos, ela teve uma briga feia com a mamãe.  

— Talvez ela não estivesse se sentindo muito bem, já que aconteceu tudo aquilo com o primo de vocês — deduzi, imaginando como seria o dia-a-dia de Carly. Ela parecia uma garotinha esperta e dava para perceber aquilo pelo seu jeito de falar.   

— Talvez. 

Marly explicou que não havia tido muito tempo “à sós” com Henrik e por isso quis visitá-lo. Até pensei em deixá-las sozinhas, mas Marly chorou tanto que eu não me senti no direito. 

Depois daqueles minutos tensos e acompanhados de soluços, resolvemos voltar para casa. Deixei as duas na casa da Sra. Peterson e, antes de saírem, Marly disse:  

— Desculpe por chorar tanto, eu juro que não sou assim. Mas, se algum dia estiver disposto, podemos conversar em um lugar melhor. — Ela deu de ombros e sorriu, muito descontraída. — Ficarei aqui por alguns dias, sabe?  

— Eu... — Eu não queria ser insensível, por isso me fixei na ideia de que Marly estivesse apenas precisando de um pouco de descontração, com pessoas da sua idade. Nada além daquilo. — Tudo bem.  

— Obrigada.

Assim, peguei o celular que ela segurava e então digitei o meu número.    

— Você pode me ligar, se quiser.   

— Certo, até mais.

Acenei para as duas, assim que saíram do carro. Apenas respirei fundo e afastei os pensamentos de que iria me arrepender por ter feito aquilo, enquanto uma Taylor irritada se infiltrava na minha cabeça.

[…]

No outro dia, durante as aulas na London Greenwich, fiquei preocupado e não consegui me concentrar em absolutamente nada. Taylor não foi para a escola e me arrependi de não ter entrado na casa dos Hampton e falado com ela. Eu deveria ter dito que agora estava tudo muito bem e que eu não estava mais irritado. 

Só que Jane me convenceu a deixar Taylor sozinha para pensar. “Mas pensar em quê?” eu havia perguntado, mais preocupado do que irritado. Contudo, Jane apenas balançou a cabeça, me deixando sem respostas e me lançando um olhar de morte.

No intervalo, fiz a pergunta que eu já havia feito depois de chegarmos à casa da Taylor, depois de virmos para a escola e também durante o primeiro horário de aula. No fim, Jane não respondeu nem uma delas, mas eu continuei insistindo. 

— Por que ela não veio? 

Eu também estava arrependido por não ter chegado em casa cedo no dia anterior, por não ter atendido aos seus telefonemas e por ter ido embora da escola, a deixando preocupada e sozinha. Eu era mesmo um tolo e deveria ter ligado de volta. No final das contas, era eu quem estava sendo orgulhoso.   

— Vai se danar, Louis — reclamou Jane, deitada ao meu lado no gramado da escola, onde Taylor geralmente ficava. — Para de me perguntar isso. 

— Não faz sentido — persisti, ignorando as suas palavras. — Sabe o que eu percebi hoje? Adrian também não veio.   

— Não se preocupe — pediu Jane, com um intenso tom de sarcasmo —, amanhã mesmo ele estará de volta para a sua irritação matinal.   

— Eu não estou de brincadeira, Jane Collin.  

— Eu também não estou, Louis. — Ela se sentou e me olhou, irritada. — Para de se preocupar com o Adrian e foca no seu relacionamento com a Taylor.  

— Você fala como se fosse a coisa mais fácil do mundo — rebati, irritado por não ser compreendido. — Não é a coisa mais fácil do mundo, entendeu? Parece ser, mas não é. 

— Ontem você fez uma cena por causa de todo esse assunto; não atendeu aos telefonemas dela, Taylor foi até a sua casa para conversar e resolver tudo, mas você fugiu como um esquilo; a ignorou totalmente e, que eu saiba — Jane chegou mais perto, muito séria —, isso não é atitude de um adulto. Você está sendo extremamente infantil, uma criança ciumenta.  

— Você mesma disse que ele está interessado nela — revidei, também me sentando. — Você sabe que ele pode fazer qualquer coisa para que ela o aceite. Tenta me entender! 

Jane estava certa sobre eu estar agindo como uma criança, mas não era a minha intenção. Eu estava com medo de que Adrian se aproximasse demais.  

— E daí se ele gosta dela? — perguntou, grosseira. — Taylor é bonita e atrai a atenção dos garotos sem querer. Você acha mesmo que eles não vão olhar pra ela, que não vão se aproximar apenas porque vocês dois estão juntos agora de um jeito diferente? Por favor, não seja egoísta…  

— Era o que deveria acontecer. 

— Vamos ser racionais, Louis — ela bufou, impaciente —, você sabe muito bem que isso o que você quer é totalmente impossível de acontecer. Ela também não gosta das vadias que estão em cima de você, então todos estão quites. 

— Mas…  

— Para de ser um idiota.  

— Pelo menos ela deveria parar de falar tanto com ele — comentei, novamente ignorando as suas palavras. — Sendo ou não vadias, as garotas que falam comigo respeitam o que Taylor e eu temos agora. Todas conversam normalmente e pronto.  

— E, mesmo sendo do jeito que é, Taylor não reclama disso continuamente — argumentou Jane, mais calma —, então você também poderia confiar um pouco mais, não é? 

— Eu confio, mas o problema é ele — respondi rapidamente, muito desolado. — Eu não confio nele. 

— Escuta — Jane suspirou, me olhando seriamente —, Taylor não é burra e eu estou por perto. Se ela não perceber que ele está passando dos limites, então eu percebo. Aliás, você não pode impedir a convivência entre duas pessoas. Apenas não deixe que Adrian estrague tudo entre vocês dois — pediu e, pela segunda vez, me vi concordando.      

— Só que eu não sei o que fazer pra melhorar — confessei, irritado. — Eu posso me esforçar, mas tenho certeza que ele sempre vai conseguir me tirar do sério. Aquele imbecil do Adrian gosta de me provocar, você vê isso todos os dias, e ele sabe que consegue me irritar.  

— Taylor está com medo — disse Jane, muito severa. — Uma conversa é a única forma de resolver tudo isso. 

— Medo de quê?! 

— Talvez você não estivesse tão perdido assim se tivesse conversado com ela ontem.  

— Eu estava irritado — repeti, pela milésima vez.

— Tudo bem, tudo bem — Jane levantou as mãos e depois sorriu, como se o seu temperamento tivesse evaporado. Eu não estava acostumado com as suas mudanças bruscas de humor, mas deduzi que fossem devido à gravidez. — Você demorou no supermercado de propósito.

Analisei a pergunta.

Eu demorei de propósito, sim, mas aquela ideia só estava fixa até o momento em que eu encontrei Marly e a irmã dela. Depois daquilo, eu apenas queria ir embora, sem querer ser rude com as duas. 

— Mais ou menos.  

— Como assim? 

Eu não queria que Taylor soubesse da Marly, porque aquilo seria desnecessário. Contudo, eu não me sentia no direito de esconder nada, afinal de contas, da última vez em que eu omiti, acabei ajudando Henrik no que não deveria. 

Além do mais, eu acabaria fazendo o mesmo que ela fez com Adrian, o que apenas nos faria brigar. O problema era que eu não gostaria de contar a ela sobre dar de cara com a prima de um amigo falecido. Já bastava Adrian nos induzindo a brigas.  

— Eu encontrei uma pessoa antes de ir pra casa — confessei e Jane logo pôs toda a sua atenção em mim.  

— Seja mais específico, por favor.   

— Eu... — Resolvi optar pela sinceridade. — Era uma garota. Ela estava no velório do Henrik, próxima da Sra. Peterson, você lembra?  

— Seria impossível não prestar atenção nela.  

— Ela é a prima dele.  

— Prima? Ah.., minha nossa — Jane balançou a cabeça, como se estivesse muito decepcionada. — Ora, mas que coisa…

Logo expliquei tudo o que aconteceu, desde a discussão das duas irmãs até a entrega do meu número para Marly.  

— Você o quê?! — exclamou Jane, se levantando e me olhando de cima. Naquele momento fiquei com medo. Ela parecia as guerreiras dos jogos do Tiago. — Como assim?! 

— Fica calma — pedi, também me levantando —, não foi nada de mais.  

— Você vai precisar pedir calma pra Taylor, isso sim — falou ela, muito perplexa. — Por que diabos fez isso, Louis? Por que deu o seu número para aquela garota?  

— Marly não era uma desconhecida — tentei explicar, sem entender a sua agressividade —, e eu estava tentando ser simpático. Puxa vida, ela perdeu o primo...  

— E resolveu acabar com as mágoas dando em cima dos outros? — Jane me interrompeu, cruzando os braços. — Você diz que a Taylor não vê as coisas, mas é você que é um cego, sabia? 

— Como pode me dizer isso? — joguei, me irritando. — Ela não quer nada, está apenas precisando de amigos em Londres, já que não é daqui.  

— Eu não sabia que você poderia ser tão devagar dessa forma — acusou Jane, incrédula. Acabei revirando os olhos, porque já estava cheio de tantos julgamentos. As pessoas sequer buscavam entender o meu lado, apenas me jogavam pedras, o que caralhos era aquilo? — Me surpreendeu, sabia?  

— Se está preocupada com a Taylor, eu...   

— É óbvio que eu estou preocupada com a Taylor — Jane me interrompeu mais uma vez, chateada. — E você também deveria estar preocupado com ela. Não é você mesmo que quase morre de ódio quando se aproximam dela com segundas intenções? Agora me aparece com uma conversa dessas…, você está sendo muito injusto!  

— A situação dela com aquele infeliz é totalmente diferente — eu disse, muito convicto. — Marly não tem nada a ver com o Adrian.  

— Escuta — Jane fechou os olhos e respirou fundo —, não me importo mais com isso, você que se entenda com ela. 

E então se afastou para sair.  

— Ei, volta aqui — lhe chamei e segurei o seu braço —, você não pode contar nada sobre a Marly, 'tá bem?, senão Taylor vai discutir comigo mais uma vez. Você sabe como ela é; se souber disso, vai fazer a maior confusão.  

— Ora, quem diria? Parece até que você está falando de si mesmo na terceira pessoa — Jane achou graça, e depois cruzou os braços. 

— Marly não é como o Adrian — repeti, irritado. Marly não era ninguém e eu não queria que Taylor se preocupasse com aquilo. O fato de eu querer esconder sobre ela não era a mesma coisa que tinha acontecido com essa amizade desnecessária entre ela e o imbecil do Adrian.   

— Quer mesmo que eu minta pra ela? 

— Não, eu só quero que você fique... quieta — respondi, desconfortável. Eu tinha quase certeza de que não encontraria com Marly novamente, mas queria evitar aquele assunto ao máximo.    

— Ah, Louis — Jane me repreendeu, parecendo exausta —, você realmente não deveria fazer isso. Mas tudo bem, eu não digo nada. Contudo — ela me apontou o indicador —, se você fizer Taylor sofrer por causa dessa Marly Cooper, eu não respondo por mim, entendeu? 

E saiu, pisando forte.



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