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História Friends Shouldn't Kiss - Quatro


Escrita por: regulusmila

Notas do Autor


OLHEM SÓ QUEM VOLTOU!
Um capítulo quentinho pra vocês :) Acabei tem alguns minutos hahaha
Quero agradecer pelos comentários do capítulo anterior, VOCÊS SÃO UNS AMORES!!!

Boa leitura, nos vemos nas notas finais :)

Capítulo 4 - Quatro


“Draco, você é um tremendo idiota!” Pansy falou enquanto depositava pequenos socos no braço do amigo. O garoto revirava os olhos e tentava segurar a vontade de rir desde o momento que entrou no Salão Comunal da Sonserina. Era uma cena até que engraçada, se analisar pelo lado de Malfoy.

Sabe, era óbvio que nada muito grave poderia ter acontecido com o garoto. Caso contrário, madame Sprout estaria com sérios problemas por deixar uma planta letal ser manuseada por alunos tão inexperientes. E claro, ver um bando de Sonserinos preocupados com seu colega era no mínimo hilário para o loiro.

“Também senti sua falta, Pans.” ele falou enquanto bagunçava o cabelo da garota só para deixá-la irritada. E pelo visto, ele parece ter conseguido, já que Pansy bufou em resposta e se afastou do garoto.

Draco deveria entender o quanto ela havia ficado preocupada com ele. Sim, ele certamente deveria. A garota mal tinha conseguido dormir no dia do ocorrido. Toda vez que fechava os olhos, a imagem de Draco se debatendo chegava a sua mente. E Pansy disse isso para o amigo, mas o que recebeu em resposta foi que aquilo era exagero e já havia passado.

Draco estava perfeitamente bem. Tão bem que já estava cogitando ignorar as recomendações de Lily e madame Pomfrey. Elas haviam pedido para ele repousar e não fazer muito esforço, pois as alucinações poderiam voltar.

Quanta bobagem, ele pensou quando as duas mulheres falaram isso. Ele estava se sentindo muito bem e não seria uma ida a Hogsmeade que iria o matar.

Não, realmente ele não dava a mínima para as recomendações. Por que ele perderia a noitada com seus amigos? Porque Lily havia pedido para ele descansar. Mas veja bem, ele já havia descansado por dois dias inteiros. É... Ele não precisava descansar.

“Pans, você vai hoje conosco para Hogsmeade?” Harry perguntou enquanto se sentava na cadeira presente no Salão Comunal. Depois de alguns segundos, Theo e Blaise se juntaram a eles.

“Não”, a garota disse pensativa, “é minha noite de rondas como monitora... então não, não posso.”

“Qual é, Pansy!” Draco revirou os olhos. “Hermione também vai fazer rondas esta noite e mesmo assim vai com a gente.”

“Sim, ele tem razão...” Harry começou. “Espere um pouco... Draco você não pode ir, se é isso que está pensando.” E o loiro revirou os olhos mais uma vez.

“Claro que posso... até onde sei, continuo possuindo dois pés que me possibilitam andar para onde eu quiser.”

Harry revirou os olhos e resmungou algumas coisas até finalmente dizer, “Sim, mas onde fica a parte das recomendações que Pomfrey fez? Não seja idiota, Malfoy.”

“Vamos lá, Draco. Pelo menos você me fará companhia”, a garota falou sorridente.

O garoto bufou irritado e percebeu que não tinha jeito nem no inferno dele conseguir convencer os amigos que ele não precisava seguir nenhuma porcaria de recomendação. Por fim, deu de ombros, dando-se por vencido. Talvez fosse o certo ele não ir esta semana para Hogsmeade. Ou quem sabe fosse um aviso, algo terrivelmente ruim iria acontecer caso ele fosse. E ele nem queria ir mesmo. Se ele ficasse, talvez pudesse arranjar um encontro para a noite.

Era uma grande bobagem, pra falar a verdade. Não tinha de se aborrecer por isso. Iria aproveitar    ao máximo aquela tarde e noite, sem precisar ir para Hogsmeade.

Pansy, Harry, Draco e Theo passaram uma boa parte da tarde jogando baralho, até chegar a hora de ir para Hogsmeade. O loiro pediu para que Harry trouxesse algo da Dedos de Mel para ele e Harry apenas afirmou com a cabeça.

“Certo, ainda falta cerca de 1 hora para o jantar...” Pansy começou a dizer, “Quer jogar xadrez?”

“Claro, vou buscar o tabuleiro” Draco falou, subindo para seu dormitório. Ele se assustou ao chegar ao quarto e ver a bagunça que estava. Roupas para todos os lados, livros espalhados no chão e... Mas que droga! Tinha alguém dormindo em sua cama.

Definitivamente ele não ficaria bravo se um de seus amigos resolvesse dormir em sua cama nas noites que ele passava fora. Não ficaria mesmo. Mas a questão era que essa pessoa era extremamente desorganizada. Draco odiava bagunça e ver sua cama repleta de livros, papéis e o lençol bagunçado deixaram-lhe estressado.

Ele pegou um dos papéis que estava amassado na cama para ver o que tinha escrito e reconheceu a caligrafia torta de Harry.

Aquele bastardo! Ele precisava lembrar-se de dar um chute no saco do Potter na próxima vez que o visse. E Draco só não deixou o quarto do jeito que estava para os amigos arrumarem por motivos de odiar olhar para bagunça. O loiro murmurou um feitiço de arrumação e em minutos o quarto estava impecável, totalmente organizado. Os livros, que antes estavam espalhados por todo canto, agora estavam empilhados em uma cômoda. Os papéis amassados agora estavam depositados no lixeiro.

Depois de dar-se por satisfeito da arrumação do quarto, Draco pegou seu tabuleiro de xadrez e desceu as escadas em direção ao Salão. Havia apenas alguns Sonserinos por lá, a maioria sendo do primeiro, segundo e terceiro ano. Era comum nos finais de semana ir para Hogsmeade ou até andar pelas redondezas do castelo.

Draco avistou Pansy largada no sofá murmurando algum feitiço que conjurava uma pequena bailarina dançante, fazendo rodopios no ar.

“Quanta animação, hein?” disse em tom debochado. A garota apenas levantou o olhar para ele e se sentou corretamente no sofá.

“Achei que você tivesse desistido de jogar...”, falou e deu de ombros, “Sabe, você estava demorando muito.”

“Apenas tive que arrumar o quarto. Aqueles três idiotas haviam deixado o quarto uma zona.” Draco resmungou e logo após começou a arrumar o tabuleiro, distribuindo cada peça em seu devido lugar. “Certo, ficarei com as peças brancas, sendo assim... Eu começo.” Pansy apenas revirou os olhos para a ação do amigo. “Peão para D3”, e assim o Peão fez o movimento ordenado.

“Peão para B6” a garota falou enquanto estudava o tabuleiro por inteiro. Pansy era extremamente esperta e sabia que Draco era um ótimo jogador de xadrez. Mas hoje ela tentaria enganar o amigo e iria sim ganhar o jogo.

“Dama para B4.”

“Peão para B5”, Pansy agora tinha um brilho nos olhos. Draco estava caindo perfeitamente no seu jogo.

Depois de muitas peças terem sido destruídas, a garota aguardava para um movimento em falso de Draco. Pansy tinha sido extremamente esperta, ela havia elaborado uma tática muito inteligente e agora Draco estava em xeque. O garoto observava atentamente o tabuleiro, pensando nas possíveis jogadas dele e de Pansy. Ele precisaria ser muito esperto para conseguir virar o jogo. Draco franziu a testa levemente, uma expressão que mostrava que o garoto estava pensando como Pansy havia conseguido o colocar em xeque. E então ele movimentou seu rei para E3 e foi o suficiente para Pansy colocar um sorriso vitorioso no rosto.

“Dama para C4. Xeque-mate, Draco.” disse e seu sorriso só aumentou para a expressão chocada do amigo. O loiro olhou para o tabuleiro, depois olhou para o rosto da amiga e ficou assim... Alternando o olhar entre um e outro.

“Não, não e não!”

“Sim, sim e sim!” Pansy agora gargalhava.

“Você trapaceou! Eu tenho certeza!” ele exasperou.

“Oh, claro. E como eu faria isso?” disse, cruzando os braços.

“Eu consegui ganhar do Weasley... Então, sem ofensa, como você poderia ganhar de mim?” Draco agora estava com a testa franzida e observa o tabuleiro atentamente.

“Apenas peguei algumas dicas com a Ginny durante as férias...” a garota fingia tirar uma poeira do uniforme enquanto se levantava do sofá. “Pois é, Malfoy. Talvez você não seja tão bom quanto pensam.”

“Não enche, Parkinson. Garanto que irei te destruir na próxima vez”, murmurou com um sorriso de canto.

“Continue sonhando, Draco. Quanto mais alto, maior será a queda”, ela soltou quando já estava subindo as escadas em direção do seu dormitório.

‘Ótimo’, pensou Draco. Ele teria um tempo para achar o seu erro antes que a garota descesse e o arrastasse para o Salão Principal.

Quando ele olhou para o tabuleiro pela terceira vez, finalmente entendeu o que tinha feito de errado. Ele havia caído no joguinho de Pansy. No começo, a garota fazia movimentos extremamente óbvios e um tanto toscos. Draco pensava que fosse por causa da inexperiência da garota... Mas não. Ele estava fazendo exatamente o que ela queria. Indo para o lugar que ela queria, antes de começar fazer movimentos estratégicos e precisos. Tinha sido tudo uma grande armadilha.

Esperta. Pansy era muito esperta. Draco estava impressionado com a genialidade da garota.

“Vamos logo”, ela apareceu pulando dois degraus da escada, “ou iremos nos atrasar para o jantar.”

Draco apenas afirmou com a cabeça e começou a arrumar o tabuleiro para guardar em seu quarto. Não demorou mais que dois minutos para que Pansy e Draco estivessem saindo das masmorras e andando pelos corredores em direção ao Salão Principal.

Não havia muita gente do sexto e sétimo ano presente no salão, como era usual. Pelo visto, esse final de semana em Hogsmeade estava recebendo vários alunos.

A partir do sexto ano, não era mais necessário que os alunos pegassem uma autorização para ir à Hogsmeade nos fins de semana. Os alunos também podiam optar por jantar no vilarejo, desde que estivessem de volta ao castelo antes das 21h00. Outra vantagem era que enquanto todos os outros alunos deveriam ir para o salão comunal de suas respectivas casas após o jantar, os alunos do sexto e sétimo ano poderiam ficar até as 21h30min na biblioteca e no Salão Principal desde que fosse uma ação totalmente voltada para os estudos.

As rondas dos monitores começavam trinta minutos após o término do jantar e era divido da seguinte forma: cada casa apresentava dois monitores; uma garota e um garoto. Na semana, cada dia da semana era divido para um monitor de duas casas. Os monitores da Grifinória faziam rondas com os monitores da Sonserina e os monitores da Lufa-Lufa faziam as rondas com os da Corvinal. Nesta noite, seria a vez de Hermione e Pansy. Apenas em noites de festas as quatro casas deveriam fazer as rondas juntos.

Pansy detestava fazer rondas. Para falar a verdade, nem sempre foi assim.

Mas, a garota passou a odiar o trabalho quando em uma de suas rondas pegou Blaise se amassando com Lavender Brown. Isso partiu seu coração, no entanto, ela não deixou de se aproveitar da situação para retirar 30 pontos da Grifinória.

Pansy fez uma careta ao se lembrar do ocorrido e olhou rapidamente para a mesa da Grifinória.

Certo, Lavender estava lá.

Pansy suspirou em alívio. Ela havia pensado que a garota também iria para Hogsmeade e que provavelmente Blaise ficaria dando bola para ela. Esse foi um dos motivos para ela não ir.

“Você não tinha me dito que a Granger também iria para Hogsmeade?” Pansy murmurou, bebendo um pouco do seu suco de abóbora. Draco afirmou com a cabeça e franziu o cenho quando levantou o olhar e viu Hermione na mesa da Grifinória remexendo sua sopa.

A garota tinha uma expressão um tanto tristonha e irritada. Draco limpou o canto de sua boca com um guardanapo e se levantou com seu suco de abóbora na mão, apenas para caminhar em direção à mesa da Grifinória e se sentar em frente à Hermione Granger.

“Boa noite, Mione!” ele disse com seu melhor sorriso estampado no rosto. A garota apenas levantou o olhar e murmurou um ‘olá’ quase inaudível, voltando a remexer a comida em seu prato.

“Certo”, Draco retirou a colher de sua mão, “o que aconteceu?”

A garota apenas deu de ombros e pegou geléia para passar na torrada.

“Hermione, não vejo esta expressão desde o dia que o idiota do Weasley te falou que estava namorando a Lavender Brown.” ele disse com os braços cruzados.

Hermione soltou um longo suspiro e murmurou, “Ron apenas estava agindo como um babaca hoje.”

“Seria uma surpresa ele não agir assim.”

“Acabamos brigando pouco antes de ele ir para Hogsmeade com o Harry.” Ela disse, apoiando seu rosto em sua mão. A garota de cabelos selvagens começou a explicar tudo que havia acontecido, desde o começo do dia.

Pelo o que Draco havia entendido, a briga havia começado porque Granger tinha aconselhado Ron a parar de se meter onde não era chamado. Ela explicou o quanto ele estava irritante e metendo o nariz sardento dele no relacionamento de Ginny e Luna. O ruivo até tinha dito para Luna que ela deveria lagar Ginny e procurar algo melhor. E ainda disse mais: disse para Ginny que ela não merecia nem um pingo da atenção e do amor de Luna. Lovegood escutava tudo com os olhos esbugalhados, enquanto a namorada gritava com o irmão coisas realmente feias e duras. Praticamente toda a torre da Grifinória tinha ouvido a discussão.

Hermione interferiu na briga quando Ginny puxou a varinha, já não agüentando mais seu irmão. Ela iria azarar seu irmão. Quase azarou, para falar a verdade. Granger tentou ser o mais racional possível na discussão, mas não agüentou quando o namorado lhe soltou um ‘Hermione, não se meta, é um assunto de família’. Após isso, Ginny Weasley mostrou-lhe o dedo médio e mandou o seu mais sincero ‘Vai se foder’ e saiu puxando Luna – que encarava tudo estarrecida – para longe do Salão Comunal. Hermione estava tão irritada e saiu em direção ao dormitório batendo o pé.

“Você acha que fiz mal ter me intrometido?” disse, mordendo o lábio inferior em um gesto de aflição. Malfoy bufou em resposta e revirou os olhos.

“Certamente não”, falou, “o Weasel que é um verdadeiro ogro!”

“Sim, ele é...” Hermione murmurou. “Não sempre, mas ele tem seus momentos.”

“Certo... Mas agora quero ver um sorriso no seu rosto” Draco disse, bebericando o suco. “Não quero mais ver esse rostinho triste por idiotas.”

A garota abriu um sorriso largo para as palavras do amigo e Malfoy se parabenizou mentalmente por isso. Alguns minutos depois, Pansy surgiu por trás de Draco e se sentou ao seu lado.

“Vinte minutos para a ronda começar, Granger. Vou passar nas masmorras ainda e te encontro aqui, certo?” Parkinson perguntou. Hermione afirmou com a cabeça e se levantou para ir até a torre da Grifinória.

“Boa noite para vocês. Vou para biblioteca estudar poções.” Draco disse também se levantando.

“Malfoy, eu espero não esbarrar com você esta noite”, Granger disse com um sorriso de canto, “não serei piedosa desta vez e irei retirar pontos de sua casa.”

“Não estou disposto para esse tipo de atividade noturna”, ele disse rindo, “falo sério quando digo que irei estudar.”

As garotas apenas lançaram um olhar duvidoso e deram de ombros para o amigo. Draco se despediu das duas e pegou sua mochila, andando pelos corredores. A biblioteca ficava longe do Salão principal e os corredores de Hogwarts eram exaustivamente longos. Draco realmente queria saber como que Filch conseguia memorizar todos os lugares daquele castelo.

Ele subiu algumas escadas e andou por mais alguns corredores para chegar à biblioteca. O lugar estava praticamente vazio, com exceção de um grupo de estudos que apresentava predominantemente alunos da Corvinal. Lisa Turpin, Stephen Cornfoot, Cho Chang e Marieta Edgecombe estavam dividindo uma mesa com vários livros de Transfiguração empilhados. Hannah Abbot, Zacharias Smith – Draco particularmente o achava um completo babaca – e Terry Boot estavam estudando Aritmância.

Certo, então. Draco era o único Sonserino presente lá.

Ele se dirigiu para uma das últimas seções. A célebre ‘seção dos beijos’. Era chamada assim por ficar tão distante do restante das repartições que Madame Pince não conseguir ver o que acontecia por lá. Os casais normalmente faziam seu caminho para lá, só para darem uns amassos. No entanto, muitos alunos iam para aquela seção por motivos de ser praticamente deserta e apresentar os melhores exemplares de livros.

Draco jogou sua mochila em cima de uma mesa qualquer e começou a procurar pelo livro de Poções.

Contravenenos asiáticos... Não.

“Talvez seja este daqui...” murmurou enquanto pegava o exemplar de Fabricação de Soros Intermediários. Também não era.

Mas que diabos! Onde estava a porcaria do livro de Poções Avançadas?

Voltou a olhar para a estante e viu de relance o livro Estudos Avançados no Preparo de Poções.

Finalmente!

Puxou o livro e virou a capa apenas pra se certificar se o autor era Libatius Borage. Sentou-se na cadeira e imediatamente começou a procurar pela poção Morto-vivo. Draco tinha certeza que essa seria a lição da próxima aula. Ele até estava pensando em praticar no domingo de manhã.

Infelizmente, por ser um dos melhores exemplares de poções, o livro não podia ser retirado da biblioteca. Porém, Malfoy tinha sido muito esperto em trazer pergaminho, pena e tinteiro para transcrever algumas poções do livro.

Certo... Não deve ser uma poção muito difícil’, pensou enquanto olhava o escrito.

‘A poção do morto-vivo é muito poderosa, pois faz a pessoa adormecer em um sono similar ao de quem entra em coma. Confundida com a Poção do Sono Simples que gera um sono comum e semelhante ao não mágico. Recebe o nome de Morto-vivo pela pessoa entrar em um sono tão profundo que parece que morreu, porém ainda está viva e pode-se sentir a pulsação e batimentos cardíacos do que terão reduzido ao mínimo possível sem levar a óbito. Para a pessoa ser despertada deste sono a mesma deve ter três gotas de poção despetrificante pingadas em sua boca. ’

Draco releu aquele trecho cerca de três vezes até finalmente começar a escrever no pergaminho. Não era uma poção difícil. No entanto, precisava de um extremo cuidado ao ministrar os ingredientes. Se colocado uma quantia errada, a pessoa que beber a poção pode entrar realmente em coma.

O loiro suspirou algumas vezes quando foi para a parte dos ingredientes. Ele possuía 200 gramas de Raiz Valeriana, a Vagem Suporífera, obviamente a água pura e a Infusão de Losna. Só faltava a Raiz de Asfódelo em pó. E se ele tivesse sorte, conseguiria com Severus Snape o ingrediente.

Draco então passou a transcrever o modo de preparo, demorando longos minutos nisto. Finalmente chegou ao modo de uso.

‘A poção pode ser armazenada por até seis meses, sempre em local escuro e seco, para saber se está boa ainda sempre observe sua cor. Para se utilizar da poção, devem-se pingar três gotas da poção em copo de líquido qualquer. ’

Certo, essa poção era até que fácil. Malfoy só esperava que conseguisse reproduzir-la perfeitamente no dia seguinte.

‘Preciso arriscar um pouco mais’, pensou já começando a procurar outra poção.

Quando achou a poção rejuvenescedora pensou que certamente ele deveria anotar. Era uma ótima poção para praticar, na verdade.

‘Quem toma esta poção fica aparentemente mais jovem, como se tivesse voltado no tempo alguns anos atrás e assim regredidos em sua idade, a poção também afeta sua mente e por isso é necessário que se tenha muito cuidado ao utilizá-la’, leu o trecho e começou a transcrever em um novo pergaminho.

Quando terminou de transcrever por completo a poção, percebeu que também precisaria aprender seu antídoto – a poção envelhecedora. Mas ele já estava exausto. Provavelmente tinha passado cerca de quarenta minutos só na última poção. Não deveria ter mais ninguém na biblioteca e talvez já estivesse perto das rondas dos monitores acabarem.

Draco massageou suas têmporas e se debruçou na mesa.

Merlin, ele estava exausto. Sua cabeça latejava um pouco agora, possivelmente por causa dos enormes textos que havia lido. Também pelo fato de que ele não estava totalmente recuperado do incidente que sofreu há dois dias. É... Era isso.

Malfoy estava tão cansado que cogitou em dormir ali, na mesa da biblioteca. Certamente não seria uma boa idéia. No entanto, só a noção de ter que juntar todo o material e ainda caminhar pelos longos e exaustivos corredores do castelo fazia sua cabeça querer explodir. Sim, explodir e sujar todos os exemplares daquela seção. Só para dar-se ao prazer de saber que Filch teria que limpar tudo.

Draco bufou, irritado, começando a juntar todos os materiais – jogando de qualquer jeito na bolsa. Ele só teve cuidado com o tinteiro, afinal, tinha sido um presente de Lily Potter.

Suspirou pesadamente algumas vezes e olhou para o relógio, tendo esperança de que fosse o horário que Pansy estivesse terminando sua ronda.

O loiro quis gritar quando viu a hora em seu relógio.

“Porra!” disse baixinho.

O relógio anunciava que eram 23h00min. Já fazia uma hora que as rondas dos monitores haviam acabado. 1h30min que o horário permitido na biblioteca tinha terminado.

Droga! Ele estava completamente fodido se Argus Filch surgisse ali.

Pegou sua mochila e saiu rapidamente da biblioteca, em passos largos, tentando ao máximo ir rápido. Ele precisava chegar às masmorras o quanto antes.

Seu coração parecia que iria explodir a qualquer momento. Draco estava praticamente correndo, seu cabelo subia e descia, enquanto seu rosto ganhava um tom avermelhado pelo esforço.

Até que...

...Risadas.

Draco não fazia idéia de onde vinha, mas seu coração falhou por alguns segundos. Ele se encostou à parede do corredor, murmurando palavrões inexistentes.

Mais risadas.

Uma risadinha masculina, para ser exato.

‘Pirraça!’ Draco pensou quase que imediatamente.

Só podia ser ele! Oh, aquele bastardo!

“Pirraça!” Draco sussurrou, um tanto baixo demais. “Pirraça!” desta vez mais alto. “Pirraça, se for você... Eu juro por Salazar que o Barão Sangrento ficará sabendo disso”, e instantaneamente a risada parou. “Oh, isso mesmo! O Barão dará um jeito em você!”

Mais alguns segundos de puro silêncio até uma gargalhada escandalosa preencher o local.

As bochechas de Draco rapidamente ganharam um tom carmim, de irritação. Reconheceu no mesmo segundo aquela risada escandalosa.

“Potter! Seu completo IDIOTA!” esbravejou, ouvindo mais risadas em resposta. Malfoy foi muito ágil em relação a isso, visto que em questão de segundos puxou Harry pela camisa e tapou sua boca com a outra mão. “Você quase me matou de susto! Idiota!”

Harry praticamente só sabia rir. Esse era seu estado depois de algumas ou muitas doses de Firewhisky.

“Pare com isso!” Draco murmurou muito irritado. “Se Filch nos pegar aqui, faço questão de dizer que a culpa é inteiramente sua”, seus olhos agora estavam semicerrados e suas sobrancelhas unidas.

Potter levantou as mãos e abaixou os ombros, como se dissesse que estava se rendendo.

“Certo”, disse com um sorriso de canto. “Não precisa ficar tão bravo assim... Foi só uma brincadeira.”

“Potter... você está... bêbado?” Malfoy sussurrou. Harry começou a rir histericamente e teve Draco com a mão em sua boca pela segunda vez.

O garoto de cabelos rebeldes apenas deu de ombros, como se isso não importasse.

“Por Merlin! Harry, tudo bem beber um pouco...” começou, “Mas você está fora de si e olhe a hora que você chegou!”

“Ei, isso não é grande coisa”, Harry franziu o cenho, “Você fica extremamente atraente quando está bravo, Malfoy.” Depois de dizer isso, o de olhos verdes gargalhou novamente e Draco teve vontade de bater sua cabeça na parede até ela voltar a funcionar corretamente. O que provavelmente não adiantaria de nada.

“Harry” exasperou com o rosto sério, “se você não fosse da Sonserina eu provavelmente tiraria tantos pontos de sua casa que a Lufa-lufa conseguiria superar”

Pronto. Lá estava a voz de Monitor. Harry achava aquilo engraçado, pra falar a verdade. Engraçado e atraente.

“Eu deveria te dar detenção...”

“Olha quem fala”, Harry disse, “Pelo o que eu sei, hoje não é seu dia de rondas e já passou da hora...”

Draco revirou os olhos.

“Certo. Eu perdi a noção do tempo enquanto estudava na biblioteca. Esta é uma desculpa plausível. Qual a sua desculpa?” cruzou os braços esperando a resposta do amigo. “Oh, me desculpe, Snape. Bebi e transei tanto que perdi a noção de tempo.” Draco agora fazia uma péssima imitação da voz de Harry.

“Okay! Certo, me desculpe.”

“Vamos logo para as masmorras. Não quero topar com Filch ou Madame Norris.” O loiro murmurou e começou a andar.

“Você, realmente, fica muito atraente quando está bravo...” Harry sussurrou e Draco não pôde evitar arquear sua sobrancelha.

“Certo...”

“Não... eu falo sério”, Potter parou e puxou Draco pelo braço, “eu preciso descobrir uma coisa... Perdoe-me por isto.”

Draco fez a menção que iria falar algo, mas foi interrompido pela boca de Harry sendo colada na sua. O garoto não pode deixar de esbugalhar os olhos. Estava em choque, por isso passou um bom tempo sem corresponder o beijo. Porém, quando Harry começou a se afastar, Draco segurou sua nuca e deu início a um beijo caloroso.

Era um beijo lento e cheio de desejo. Não demorou muito para que os corpos de ambos começasse a dar resposta ao gesto. Harry aprofundou ainda mais o beijo, levando sua mão até a nuca de Draco e puxou alguns fios do cabelo macio. Malfoy depositou suas mãos na cintura do rapaz e o puxou para mais próximo. Foi quando as ereções entraram em contato e... Porra... Aquilo era enlouquecedor. Harry gemeu em resposta, mordendo o lábio inferior de Draco. O beijo era confuso e bagunçado, com Draco sentindo o gosto de álcool da boca de Harry. Mas era maravilhoso. Oh, sim. Era.

Os garotos estavam tão entretidos um com o outro que não notaram um olhar sob eles.  

Draco se assustou quando sentiu algo passar por suas pernas e parou o beijo no mesmo momento. Recebeu um olhar confuso de Harry, mas ambos quiseram morrer quando viram Madame Norris de frente para ele, balançando a cauda fortemente. Por algum motivo estranho, a gata não rosnou e muito menos miou. Apenas ficou olhando de forma curiosa para os dois amigos. Foi o tempo exato para Draco puxar Harry pelo braço para saírem dali.

Eles praticamente correram para as masmorras, e quando entraram no Salão Comunal da Sonserina viram que ela se encontrava deserta. Os garotos nada falaram, nem murmuraram um ‘boa noite’ nem nada. Apenas subiram para o dormitório correndo. Harry dormiu rápido, por causa do cansaço e da bebida. No entanto, Malfoy passou um longo tempo refletindo sobre aquele beijo de momentos antes e o que poderia ter acontecido caso Madame Norris não tivesse surgido do nada. Certamente seria um assunto para o dia seguinte.

Draco estava exausto e finalmente se entregou ao sono. 


Notas Finais


Tardei, mas cheguei :) E FINALMENTE BEIJOCAS DRARRY!!! HAHAHAHA Pena que a gata do Filch interrompeu...
Não sei se vocês notaram, mas esse capítulo é um pouco maior que os outros. Os próximos também serão assim, um pouco maiores que esse.
Me perdoem qualquer errinho, estava com um pouco de sono quando revisei o capítulo.
Espero que tenham gostado! Comentem sobre e nos vemos no próximo capítulo ;)
Xoxo, Ste.


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