1. Spirit Fanfics >
  2. From me, To you >
  3. Promessa

História From me, To you - Promessa


Escrita por: Belieber-dreams

Notas do Autor


Oii! Tudo bem?

Muito obrigada pelos comentários maravilhosos! Vocês são tudo que eu pedi a Deus! Obrigada do fundo do coração!
Sejam bem-vindas(os) novas(os) leitoras/leitores! Espero que gostem e permaneçam aqui!

Boa leitura!

Capítulo 23 - Promessa


Ouvi sua voz e senti meu corpo amolecer, ceder à gravidade, senti como se o chão fosse se abrir e eu seria obrigada a aprender a voar. Aquela música, com melodia simples, calma, com palavras bem escolhidas, rodeava meu corpo como um cobertor e aquecia não só minha estrutura física, mas principalmente meu coração; ela dançava em meus ouvidos e descansava em meu interior.

 

Contudo, aquela música não seria a mesma se não tivesse sua voz. A voz que tantas vezes ouvi, que tantas vezes acompanhei, a voz que tantas vezes senti, estava, agora, em mim em uma frequência irreconhecível, correndo por meus sentidos, atiçando minhas emoções. Aquele não era um sussurro qualquer, era um sussurro afinado, daqueles que arrepiam até a alma, não era um sussurro comum, era o sussurro que eu sempre quis ouvir. Doce. Calmo. Aveludado.

 

Meu quarto, de repente, pareceu ser o único cômodo da casa, meu mundo parecia ser o mesmo que o dele, meus sonhos, com a ajuda de uma fada-madrinha, se tornaram minha realidade.

 

 Fechei os olhos com o ultimo verso, eu sabia que era a hora da despedida, mas não sabia se seria um adeus ou um até breve. Minha respiração pareceu notar o momento e por isso sofreu comigo, acelerou como alguém se debatendo contra uma força externa, tomou o ritmo de um trem, tremendo meu peito, chacoalhando meu corpo e surpreendendo quem não estava esperando sua chegada. Porém, apesar de saber e sentir tudo isso, meu coração estava calmo e se sentia especial já que batia descontroladamente por uma causa nobre, por um sonho, por ele.

 

Disse baixinho que o amo e pude ouvi-lo dizer o mesmo. Não me deixo enganar, sei que não é o mesmo tipo de amor, tenho consciência da pequena pessoa que sou perto de sua vida, mas não admito sofrer por isso, não me importo em ser só mais uma fã, o que me importa é saber que tive sua atenção, que ele conhece meus sentimentos, o que importa é saber que ele é realmente tudo aquilo que pensei.

 

Ao terminar a ligação, despenquei na realidade e, com o celular sobre meu colo, acabei ficando desnorteada, sem saber o que fazer, como agir ou reagir, sem noção exata do que acabara de acontecer. Completamente sem rumo. De forma esperada, o choro que eu havia segurado escapou pelos meus olhos, mas estava, assim como eu, sem norte. Elas (as lágrimas) não sabiam ao certo porque estavam ali, não sabiam se tinham que aparecer em uma primeira gota no olho esquerdo, onde brota a tristeza, ou no olho direito, onde brota a felicidade. Confusas, acabaram por tomar meus olhos, os dois, de maneira inconformada, transbordando logo em seguida, lavando meu rosto com sua temperatura morna e salinidade.

 

Meu peito se acalmara um tempo depois e meu pranto havia cessado deixando uma textura diferente em minha pele e um considerável inchaço nos olhos. Apesar de estar mais calma, ainda não consigo pegar em meu celular e nem tenho coragem de levantar da cama — o medo de pisar em falso e cair no precipício do mundo real era maior do que a vontade de sair, às dez da noite, para um lugar qualquer.

 

Meu telefone tocou mais uma vez e senti meu estômago se abrir, agarrei o aparelho imediatamente com a falsa esperança de que fosse o mesmo desconhecido de antes. Era a Isa. Meu ombro relaxou e, com certa vontade de gritar, atendi a ligação.

 

– Alô — Falei com a voz mole e arrastada.

– Estava dormindo? — Senti a dúvida em seu tom.

– Não — Respondi da mesma forma.

Hum — fez uma pausa — Liguei pra saber se o Justin cumpriu a promessa, mas pelo visto não.

– Ele ligou — Disse e percebi que nem mesmo eu estava acreditando.

– Você é idiota? — Sua voz alterada era a melhor e mais hilária de todas, ela afina a mesma me lembrando alguns desenhos animados.

– Não, eu só estou sei lá — Respirei, nem eu sei o que eu estou — Eu não sei, eu estou tão feliz, mas estou, ao mesmo tempo, tão estranha. Acho que estou perplexa, a ficha não caiu — Fiquei um pouco menos monótona do que das outras vezes.

– Você é completamente estranha — ouvi o barulho da mola de sua cama, ela range desde sempre na ponta esquerda — Mas me conta como foi — Não pude deixar de rir.

– Desligamos faz mais ou menos meio hora — sorri ainda boba — Ele me ligou quando eu estava prestes a dormir com uma dorzinha no peito, apesar de compreendê-lo. Sério Isa, quando vi que um número desconhecido estava me ligando, meu coração apertou tão forte, quando ouvi ele perguntar por mim...Ah! — me abracei ainda histérica — Daí eu o cumprimentei pela data, ele ficou tão sem graça com o que eu disse que ficou mudo, pensei que ele tinha desligado — falar dele fez com que toda a incerteza passasse, eu tinha certeza de minha felicidade, essa é maior que tudo — Mas depois ele me agradeceu e aí ele disse que queria saber mais de mim e então começamos a conversar — fechei os olhos recordando do riso dele e das sensações que este me trouxe — E, caramba! Isa, conversamos tão naturalmente que nem parecia que eu estava falando com ele! — Finalmente me levantei da cama e cedi à minha mania de andar enquanto falo ao telefone — Você não vai acreditar — ri ao lembrar do assunto — falamos do Vitor!

– Mentira! — seu espanto era evidente — Sério mesmo? O que ele falou?

– Sérissimo! — um pé na frente do outro, um pé na frente do outro, um pé na frente do outro enquanto eu contava quantos pés tinha meu quarto — Foi bem engraçado. Ele me disse para que eu não ficasse triste e que assim como o Vitor não pensou em mim, eu não deveria pensar nele...

– Que mais?!

– Calma! — ri — E aí eu disse que me sentia culpada por tudo isso porque...

– Não acredito que você falou isso, você é uma tonta Lívia, tanta coisa pra falar e você me fala sobre isso? — Ela me interrompeu indignada.

– Não pude evitar, estávamos conversando tão naturalmente que acabou escapando — ri andando até meu guarda-roupa — E não me arrependo, se quer saber. Ele riu comigo a respeito disso e me disse que existe um lado bom — parei encostando-me à parede lutando contra o escorregar de meus pés — tipo, eu nunca vou esquecer meu primeiro beijo — Ri.

– Não consigo nem imaginar a conversa de vocês quando sentarem para conversar de verdade — Tão rabugenta!

– Será normal, ele é exatamente como o meu Justin, sério! Eu não consigo nem explicar a semelhança! — me dei conta do tamanho de meu sorriso e deixei com que meu corpo deslizasse contra a parede até ter contato com o chão — Bom, aí ele disse que tinha que desligar porque os irmãos e os amigos dele estavam o procurando. Você acredita que ele estava no quarto enquanto estava rolando uma festinha pra ele? Disse que tinha prometido que ligaria e que ficaria muito tarde se ele esperasse — passei a mão em minha franja levando-a para trás e mordi meu lábio durante o sorriso que tomou conta de meu rosto ao lembrar da próxima cena — Antes dele ir, não me segurei e pedi para que ele cantasse pra mim — minha cabeça pendeu para trás.

– Mentira! — eu sabia que ela sorria — E aí? Ele cantou? Que música? — Ela sempre se deixa levar pela minha euforia.

– Cantou! Ai Isa — não consegui dizer muito, tudo voltou dentro de mim, um borboletário inteiro que se abrigava em mim sem meu conhecimento, resolveu dar as caras e, lógico, meu coração não poderia ficar de fora — Adivinha a música que ele escolheu...

– Fala de uma vez! — Ela me interrompeu.

– Calma! — ri — Ele escolheu Be Alright, acredita? Parece até filme, Isa! As coisas que estão acontecendo não são normais — E não são mesmo! Escrever uma carta por causa de uma intuição, conseguir entregar a mesma, conseguir conversar com ele pelo Twitter, ter uma amiga que o conhece, receber uma ligação dele e ele ainda cumprir a promessa de ligar novamente? Me parece muito com as ficções que já li pela internet.

– Não boto fé! Sério que ele escolheu a sua música? Meu Deus! — Ela estava tão empolgada quanto eu — Liv, se tudo isso é normal ou não, eu não sei, mas tenho certeza que real.

– Nem me fala, Isa! — fechei os olhos retornando à calma que me foi entregue quando sua voz passou a ser melodia diante de meus ouvidos — Ele escolheu a minha música e ainda cantou só para mim — apertei os nós de meus dedos — A voz dele estava mais incrível do que nunca, sem melismas, sem muita frescura, mas, ainda assim, tão ele! Um cochicho rouco, afinado e tão suave — Senti um calafrio subir pelo meu corpo e fiquei muda, não acho que seria capaz continuar a descrição, tanto pela falta de adjetivos quanto pela falta de preparo emocional. Foi perfeito e não há como descrever a perfeição, não há como explicar o inexplicável.

 

***

 

Assim que acordei pela manhã peguei meu celular, antes mesmo de abrir os olhos, só para checar se tudo tinha acontecido mesmo ou se fora só mais um daqueles sonhos que tenho de uma vez em nunca enquanto durmo. Assim que abri meu histórico de ligações, lá estava o número desconhecido, sorri olhando para a tela e, de repente, tive uma vontade imensa de me deitar novamente e torcer para sonhar com uma continuação.

 

Desde que encerrei a ligação com a Isa não paro de pensar na Sara. O que ela fez foi uma das coisas mais especiais que alguém já fez para mim, o que ela fez só para me ver feliz, só uma pessoa com um bom coração faria.

 

Ela poderia ter ignorado tudo isso e esquecer uma amizade recém feita. Poderia ter jogado na minha cara que ela tem meu sonho em suas mãos. Ela poderia ter me usado de tantas formas, me feito de gato e sapato, poderia ter sido uma filha da mãe. Mas ela foi tão boa, tão amiga. Não consigo dizer a gratidão que tenho dentro de mim.

 

– Alô? Sara? — Disse sentindo minha voz apertar por conta do ar nervoso que insistia em estufar meus pulmões.

"Liv?" — A ouvi responder surpresa.

– A gente pode conversar? — É tão estranho conversar com ela dessa maneira, tão minha-colega-de-sala. Nós tínhamos muita intimidade e em três dias é como se tudo tivesse sumido.

"Claro! Lógico!" — Ela quase gaguejou ao pronunciar com rapidez as palavras. E de repente vi uma Sara que eu não conhecia pessoalmente, uma Sara sem a superioridade natural.

– Ok, podemos ir naquele café de sempre?

"Sim, podemos" — Respondeu sem a mesma pressa.

– Três horas?

"Três horas" — Ela confirmou.

 

Enquanto almoçava estava pensando em como tudo aconteceu. Cinco anos atrás. Eu nunca imaginei que com dezoito anos eu ainda estaria com ele. Crescer era meu maior medo, eu sabia que eu iria amadurecer, que veria outras coisas na vida, que conheceria pessoas, teria sonhos profissionais, que iria estar ocupada muitas vezes, teria que pensar no vestibular, teria que estudar mais e que minha família depositaria expectativas em mim. Eu sabia que eu não iria para uma Terra do Nunca, que eu não seria uma Bela Adormecida e que nenhum príncipe encantado ou o tocar de um relógio me tirariam de minha realidade.

 

Eu sabia de tudo isso, por isso não sabia como ele teria espaço em minha rotina, se eu iria esquecê-lo de repente ou "à força", não fazia ideia se ele ainda seria ele, se eu ainda seria eu, não imaginava o futuro da minha vida de fã, eu ao menos sabia se ela teria um futuro. Eu não sabia onde ele se encaixaria em minha vida, mas agora sei que ele se encaixou em mim. Não poderia deixá-lo, pois estaria me deixando, não poderia ignora-lo porque estaria ignorando a mim mesma, não poderia fingir que ele não foi ninguém, eu estaria apagando uma parte de mim, uma parte de quem eu sou.

 

Peguei uma bolsa hobo que comprei na viagem para a Califórnia, um dinheiro que minha mãe deixa em cima da geladeira para emergências e chamei um táxi — não, eu não sei dirigir e mesmo se soubesse minha mãe não me emprestaria o carro porque não tenho carteira, seria "fora da lei".

 

Olhei a frente do local onde marcamos de nos encontrar e senti um iceberg na barriga. Respirei fundo, olhei a hora — dois minutos adiantada — e então empurrei a porta de vidro do estabelecimento. Olhei para os lados procurando por ela, mas não a vi, então resolvi me sentar em um lugar qualquer. Passei os olhos procurando por alguma mesa vaga, senti o aroma delicioso do café, que logo se misturou com o sabor do sanduíche que cruzou minha frente, a música instrumental e as poucas pessoas conversando, três garçons e uma atendente no caixa e uma decoração rústica marcada por madeira. Todos meus sentidos trabalhavam aguçados.

 

– Liv? — Senti um toque por cima de meu casaco. Virei-me rapidamente e encontrei quem eu estava esperando.

– Oi — Dei um meio sorriso ainda sem saber como agir.

– Eu estou sentada ali — Ela apontou com a cabeça uma mesa um pouco distante do movimento, sua bolsa estava em uma das cadeiras provavelmente segurando o lugar. Assenti e a segui.

 

Sentei de frente para ela, eu sabia que estava sendo ruim demais por não saber o que fazer quando eu deveria estar a abraçando e agradecendo-a pelo que ela fez por mim. Mas não é assim que as coisas funcionam comigo, não sou eu quem controla isso, nasceu em mim. É como um espinho em uma rosa, é a minha defesa.

 

– Lívia, eu quero me — Balancei a cabeça negativamente a interrompendo.

– Não, não precisa — apertei meus dedos — Não agora — Sorri antes de desviar o olhar.

 

Sua atenção estava em mim, eu olhava para todos os lados, menos pra ela. Não porque estava com raiva ou qualquer coisa do tipo, é por não saber como começar, pelo fato das coisas estarem estranhas, pela maneira como tudo aconteceu. Puxei o ar e quando pensei em começar a frase, um garçom interrompeu nosso silêncio. Sorri torto e acabamos pedindo a mesma coisa, o que foi algo bom porque logo depois rimos. Sempre pedimos a mesma coisa.

 

– Sara, eu quero — levantei os olhos para olhá-la — te agradecer pelo que você fez — minhas sobrancelhas caíram e senti algumas rugas em minha testa — De verdade, eu nunca pensei que — parei e fitei minhas (acabadas) unhas  — Nunca pensei que isso aconteceria — quando a olhei ela estava mexendo no celular com os cotovelos sobre a mesa. Senti-me uma idiota e me arrependi imediatamente por ter marcado de me encontrar com ela — Sara?! — Falei com um tom mais alto sem querer afinando a voz.

 

Ela me olhou e sorriu sapeca antes de bloquear o aparelho. Tive vontade de levantar e sair pela porta da vida dela, tive vontade de virar a mesa e dizer o quanto ela e o primo dela me fizeram mal —  eu queria jogar tudo em cima da mesa. Primeira vez que sinto raiva dela — mesmo depois de tudo, eu ainda não havia sentido isso.

 

– Você está de brincadeira? — disse sem nem perceber que eu estava falando em voz alta — Eu te chamo aqui pra conversar e reconhecer o que você fez e — Seu celular apitou e ela levantou o indicador em minha direção fazendo o sinal só-um-minuto-vou-ver-meu-celular — Qual é? — Ela sorria para a tela do quase iPad e minha vontade de arrancar aquele aparelho de suas mãos era maior a cada letra que ela digitava.

– Justin está te mandando um "Oi" — Ela bloqueou a tela deixando o celular ao seu lado. Mexeu um pouco o chocolate quente, que eu nem havia notado estar ali, tomou um gole, limpou a parte superior de sua boca com um guardanapo e olhou o celular novamente quando outra mensagem chegou.

 

Ela me pegou de surpresa, minha boca ainda estava aberta, meus olhos estavam bem notórios. Dentro de mim foi como se a raiva tivesse caído no pior dos ácidos e, imediatamente, desaparecido. Sobrou apenas uma mistura bem homogênea de sensações e reações. Aconteceu tão rápido que nem mesmo minhas lágrimas conseguiram reagir. Uma confusão estava armada em minha cabeça e meu corpo todo parecia compreender isso.

 

– Aqui — Ela me entregou seu telefone tirando-me de meu transe.

 

Passei os olhos rapidamente e vi que eram suas mensagens com o Justin. Minhas mãos chegaram a tremer pela adrenalina. Rolei a tela para ver o começo da conversa.

 

– Sara! Eu não acredito que você mandou um vídeo meu! — Meu corpo esquentou e pensei duas vezes antes de apertar o play do vídeo — Às vezes prefiro passar vergonha sem saber por que estou passando.

 

Ela me gravou quando eu estava a agradecendo e parou o vídeo depois que chamei sua atenção. A vergonha tomou conta de mim, odeio me ver em vídeos e meu ídolo estava me vendo enquanto meu estado era decadente. Respirei fundo e passei para o resto da conversa.

 

"She's so sweet!"

 

Meu coração começou a bater próximo à minha orelha, as coisas desapareceram, minha respiração estava praticamente falha. Tudo o que vivi nas últimas setenta e duas horas veio em minha mente. Fui bombardeada. Meus olhos estavam fixos no que ele havia dito e eu me perguntava como eu não havia me acostumado com tudo isso. Essa deve ser a décima vez que tenho contato (mesmo que indireto) com ele.

 

Uma nova mensagem de Justin apareceu e foi o suficiente pra eu quase levantar da cadeira e andar para lugar nenhum. Uma ansiedade fora do comum tomou conta de mim, minha cabeça faltava girar.

 

– Lívia, esta tudo bem? — Ouvi sua voz um pouco baixa devido ao barulho vindo de dentro. Fiz que não com a cabeça e com o braço atingindo seis pontos na Escala Richter, entreguei o celular a ela — Respira! — Ela falou rindo.

– Você me mata! — Me debrucei sobre a mesa olhando para baixo tentando recuperar-me.

– Não é a intenção, eu juro — Ela disse ainda rindo.

 

Paramos de rir e o silêncio apareceu novamente.

 

– Sério Sara, muito obrigada — Disse depois de me acalmar.

– Só fiz o que eu devia ter feito há muito tempo — Sorri torto pra ela.

– Mas mesmo assim, muito obrigada — Sorri.

– Não foi nada Liv, era o mínimo que eu poderia fazer — abaixou os olhos deixando um silêncio entre nós — Liv, ahn, o Vitor...

– Não, não vamos falar dele — Disse baixo cortando o assunto.

 

Senti as coisas ficarem ruins, eu não havia pensado nele o dia todo e agora que ela falou, a dor ficou um pouco mais forte, pois percebi o repúdio que criei. Falar dele me machuca. Só de pensar em como tudo o que passamos foi jogado fora, como oito anos valeram como nada pra ele... Só de pensar que ele só pensou em si, dói. Acredito que vai demorar um tempo até que eu supere isso tudo, me apego demais às pessoas e com ele não foi diferente, a cada ano que passamos juntos eu me apegava mais. E, agora, ter que me desfazer desse apego não está sendo fácil.

 

– Tudo bem — mordeu seu lábio um pouco nervosa — Eu quero me desculpar, sério, eu estou me sentindo péssima por tudo isso que aconteceu. Me doía tanto ter que esconder isso de você, ver você sofrendo por ele, ver você se matando para que ele falasse contigo de novo e não poder fazer nada — deixei que ela desabafasse — Eu sinto muito por tudo isso, Liv. Se eu pudesse, eu voltaria no tempo e faria tudo diferente. Perdão — Suas sobrancelhas estavam baixas e suas mãos brincavam com o guardanapo sobre a mesa.

– Tudo bem, Sara. O pior já passou. Não sinto raiva de você — sorri consolando-a — Quero apagar tudo isso, ser sua amiga desde agora, sem segredos.

– Sem segredos — ela ergueu o dedinho em minha direção e eu fiz o mesmo, entrelaçamos um no outro como uma promessa.

.


Notas Finais


She's so sweet: ela é tão fofinha/educada/amorzinho.

E então? Acham que a Sara mereceu o perdão da Liv ou ela deveria sofrer mais? E o Vitor?

Gente, perdão pela demora (semana de provas)!

Muito obrigada por tudo mesmo, amo vocês!

Beijão e até o próximo capítulo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...