História Fruit of our love (Kim Namjoon - Park Chanyeol) - Beautiful for him

Eu mal espero que Chanyeol pare o carro e saio. Meu coração está disparado e tudo o que consigo pensar é em Chun. 

Ouço Chanyeol puxar meu braço de leve e me viro para ele parando de andar, sinto o olhar de algumas pessoas em nós dois.

— Se acalme. – Sua mão acaricia meu braço de leve e ele dá um sorriso. – Não podemos o deixar mais nervoso ainda, vamos manter a calma e esperar que tudo corra bem, sim?

Olhando em seus olhos eu balanço a cabeça, meu coração parece se aquecer um pouco mais quando ele acaricia minha bochecha e entrelaça nossos dedos me puxando para dentro do hospital.

— Você pode ir para casa se quiser... – Murmuro baixo.

Eu não queria que ele realmente fosse, gostaria que ele ficasse aqui comigo, segurando minha mão e acalmando meu coração com seu sorriso encantador.

— Você sabe que não vou fazer isso. – O ouço murmurar baixo.

Dou um sorriso de leve e abaixo o olhar até nossas mãos juntas. Seus dedos apertam os meus de forma reconfortante enquanto nos aproximamos do balcão de recepção.

— Olá, estou procurando por Kim ChungHoo.

— Oh... – A recepcionista digita algo no computador e me olha. – Ele está no quarto 426, segundo andar, mas creio que ainda não possam vê- lo.

Suspiro e balanço a cabeça.

— Quando vamos poder vê-lo? – Chany pergunta.

— Eu não tenho certeza, o médico passou as informações para o responsável. Estão todos na ala de espera. – Ela sorri para nós dois e se vira para atender outras pessoas.

— Vamos lá. – Chany passa sua mão carinhosamente por minhas costas.

Seguimos até onde nos foi indicado e logo de cara encontro Hani e Jin conversando. Quando me aproximo deles com Chanyeol ambos parecem um pouco assustados.

— Como Chun está? – Pergunto a Jin.

Ele passa uma das mãos pelo cabelo e suspira, seu olhar passa por Chanyeol e volta para mim.

— Foi um ataque alérgico, o médico disse que ele já foi medicado, mas por enquanto ninguém pode entrar para vê- lo.

— Quem está com ele?

— Taehyung.

— E onde está Namjoon? – Minha voz soa um pouco irritada.

Namjoon era quem deveria estar com ele. Ele devia fazer seu papel como pai, se queria conquistar Chung, ele deveria pelo menos estar com ele agora.

— Ahn... Ele... Ele disse que foi fazer uma ligação. – Hani fala.

— Ligação? Ele deveria estar com Chun e...

Sinto Chany apertar minha mão e murmurar um “Fique calma” Eu suspiro passando uma das mãos no rosto.

— Vamos esperar ali. – Chanyeol aponta e Jin balança a cabeça.

— Falarei com Nam que vocês chegaram.

Quem responde por mim é Chanyeol, eu não conseguia nem raciocinar uma palavra se quer. Me sento na cadeira cinza e apoio o rosto entre as mãos, Chanyeol se senta ao meu lado passando um dos braços por meus ombros e me puxando contra seu peito em um abraço.

— Ele vai ficar bem. Chun é forte. – Ele murmura baixo.

Sem responder eu apoio minha cabeça em seu ombro, seu cheiro parece um calmante para mim. Sinto sua mão acariciar meu cabelo enquanto ficamos bons minutos em silêncio.

Eu me sentia assustada por Chun ter vindo para cá e eu não estar com ele, a última vez em que isso acontece ele tinha dois anos, foi a primeira e última vez que tivemos problemas com essa alergia.

Eu também me sentia irritada com Namjoon por ser tão descuidado e deixar que isso aconteça. E me senti mais irritada ainda ao ver Hani aqui.

— Sophie...?

Me afasto de Chanyeol e levanto meu olhar até Namjoon. Ele encara Chany um pouco confuso e parece desconfortável com nossa aproximação.

— Podemos conversar?

Ele desvia os olhos de Chanyeol e se vira para mim. Eu balanço a cabeça e sinto Chanyeol apertar minha mão e sorrir quando eu o olho. Eu me levanto e sigo Namjoon até um lugar mais afastado.

Namjoon

Não posso deixar de olhar novamente para trás enquanto nos afastamos.

O que Chanyeol estava fazendo aqui?

Não é possível que os dois estejam saindo. Eu juro que não quero acreditar nisso.

— Por que ele está aqui? – Pergunto.

Me escoro na parede do corredor que agora estava vazio. Sophie para a minha frente e cruza os braços se escorando na parede.

— Não é o tipo de pergunta que você deveria me fazer.

Ela não me olha e isso me incomoda. Sei que ela está um pouco irritada comigo, sua expressão não nega.

— ... Desculpe. – Murmuro. – Eu não sei o que aconteceu e...

— Você não sabe o que aconteceu, Namjoon? Sério?

Ela me olha pela primeira vez, no entanto, não consigo me sentir bem com seu olhar.

— Sophie...

— Namjoon, não. Nem tente. Você foi descuidado, eu ainda te avisei, como pôde não prestar atenção? Ele é seu filho, você deveria ter um pouco mais de responsabilidade!

Eu passo minhas mãos por meus cabelos e bufo frustrado.

— Eu deveria ter um pouco mais de responsabilidade? Foi você quem deixou seu filho para ir a um encontro!

Ela ri sarcástica e balança a cabeça.

— O que quer dizer? Você acha que só porque sou mãe não posso seguir com minha vida? Para sua informação Namjoon, com ou sem um relacionamento eu ainda sou uma ótima mãe e tenho orgulho disso. Diferente de você, que não sabe nem sequer ter um pouco mais de cuidado.

Eu solto um grunhido baixo me sentido irritado com toda aquela situação. Eu a olho por alguns segundos.

— Você disse que teria mais cuidado com Chung, mas em apenas algumas horinhas estamos no hospital, Chun está em uma dessas salas e mal sabemos como ele está. Você deveria estar com ele, Namjoon! Mas você não estava, você deveria estar naquele quarto, mas quem está lá é Taehyung. Se é assim que quer fazer com que Chung goste de você, sinto muito, mas isso não vai acontecer.

Eu fico em silêncio, sei que estou errado, mas estou tentando, eu tento fazer meu papel, ser um bom pai fazer com que eles gostem de mim, mas as coisas parecem piorar cada vez mais.

— Onde está Kyun? – Ela parece mais calma ao perguntar isso.

— Com Jungkook e Jimin, eles vão ficar cuidar dele até que possamos sair daqui.

Ela balança a cabeça e suspira. Eu volto a cruzar meus braços e a encarar.

Só então percebo o quão bonita ela estava. Perfeitamente arrumada e incrivelmente linda.

Linda para ele, apenas para Chanyeol.

Pensar nisso faz com que meu estômago se revire, imaginar que ela se arruma para ele como se arrumava para mim me deixa enjoado.

— Vocês estão juntos?

Minha voz saí tão baixa que não sei dizer se ela ouviu ou não minha pergunta, apenas deduzo que sim, já que ela me olhou um tanto quanto desconfortável com a pergunta.

— Não sei se quero conversar sobre isso com você.

Passo a língua por entre os lábios sentindo um incomodo.

Eu precisava colocar na cabeça que a vida dela não me dizia mais respeito, eu não podia mais interferir em nada.

Por que me lembrar disso é tão difícil?