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História Full Moon - O jogo de cartas


Escrita por: Na-Sama

Capítulo 7 - O jogo de cartas


Eric sentiu algo pressionar o seu peito... Não que fosse uma sensação desconfortável, só que os seus ferimentos ainda estavam latejando até mesmo quando se movia, lhe incomodavam e com aquele peso só estava piorando a situação. “Será que é o Pablo? Ele parece ter um certo fascínio por me machucar... Mas...” Apesar de cogitar a presença do Beta sobre si, isso não lhe parecia ruim... Na verdade, de certa forma, sentia que desejava que ele estivesse sobre si... Um sorriso travesso se formou em seu rosto.

– Ah? Senhor Eric... Por que está sorrindo estranho?

Eric abriu os olhos de súbito e notou que quem estava sobre ele era, na verdade ,Petúnia, a garoto segurava o seu inseparável Pupu e cartas de baralho. Não pode conter um sentimento de decepção...

“Não que eu desejasse aquele Beta mandão sobre mim...” Pensou corando um pouco.

–Eh? Está vermelho? Está doente? –Agora a menina estava preocupada.

–Não...Eu estou bem...Só tive um sonho estranho...-Mentiu afagando os cabelos castanhos da menor.

–AH... Entendi! Desculpe...Eu te acordei?

–Não, na verdade eu já iria acordar... Ficar aqui deitado é meio entediante...

–Então, você poderia me ensinar! –A garota mostrou o baralho, seus olhos brilhavam determinados.

–Ensinar? Jogar baralho?

–Aham! Aham! –Repetiu a palavra afirmando com a cabeça.

–E por que você gostaria de aprender?

–Caio e Cleo...Eles não me deixam jogar por que acham que sou muito nova... Mas eu quero jogar! Sei que posso aprender se alguém me ensinar... –Fez biquinho.

–Por que não pediu ao seu pai? –Perguntou meio curioso.

–Mas eu quero que você me ensine...- Encarou o lobisomem mais velho com olhos brilhando de admiração. Eric não podia resistir... Sempre tivera um ponto fraco para crianças , afinal...

–Tudo bem... Vou te ensinar!

–Eba! –Abraçou o outro fortemente, Eric tentou conter os gemidos de dor, não queria alarmar a menina.

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Pablo suspirou enquanto descia as escadas, tinha procurado a filha por toda a casa, de proposito evitou o quarto de Gabriel, toda vez que passava por aquela porta, sentia seu rosto corar, não sabia como encarar aquele lobisomem desde a última vez... Por que teve que revelar tudo aquilo? Na verdade, não entendia essa estranha atração que sentia com relação ao Eric... Era inteligente o suficiente para saber que não tal preferência para com o lobisomem não se detinha unicamente ao fato que ele tinha salvado a sua filha... Havia algo mais... Algo que o fazia querer protege-lo e ficar ao seu lado.

–Tsc... O que eu estou pensando? Por que estou agindo assim? –Pela a segunda vez se dirigi a cozinha, passado novamente pela a porta do dito quarto. Entrou na cozinha com o rosto rubro.

– Pablo...De novo aqui? –Perguntou Amélia que estava preparando biscoitos caseiros – Pensei que já lhe tinha dito que Petúnia não está aqui...

–E-eu sei... Só queria ter certeza...-Mentiu.

– Hum... Já procurou no meu quarto? –Perguntou Gabriel que tomava o seu café na mesa lendo o jornal, seu rosto exibia um grande sorriso travesso. Pablo rosnou.

–N-não...-Respondeu rangendo os dentes.

–Então, ela deve estar lá, não achas? Não sei por que você não procurou lá em primeiro lugar...Afinal, Petúnia, mesmo quando Eric estava doente, ia visita-lo , todas as manhãs... Pensei que fostes mais esperto, Pablo! –Bebeu o café, observando a reação do amigo, podia ver que o Beta estava se controlando para não ataca-lo.

–Gabriel, não o provoque! –Reprimiu Amélia – Pablo, querido, será que pode me ajudar a colocar os biscoitos no forno?

–Sim... –Internamente Pablo agradecia aquela distração, não queria ficar mais tempo exposto as insinuações daquele curandeiro. Aproxima-se da loba mais velha a auxiliando.

– Pablo...Acho que você deveria libertar o seu coração...- Sussurrou Amélia fazendo o Beta paralisar com aquelas palavras – Já passou 3 anos...

–Amélia... Meu coração não está preso a nada para ser libertado... –Falou no mesmo tom baixo, fantasmas do passado começaram a conjurar em sua mente.

–Sabe que isso não é verdade... Pablo, você é como o meu filho, sabes disso...Meu marido confiava em você...Tanto que quando faleceu estava tranquilo, pois sabia que você iria guiar Trevis na liderança... Eu me preocupo com você, não gosto quando se resignou a solidão devido a um desventura amorosa... Não pode desistir do amor! – Amélia segou a mão de Pablo e o fitou, seu olhar era amoroso.

–Amélia... Por que está falando isso para mim agora?

–Por que eu vejo como ages desde que Eric chegou a alcateia, eu percebo como você expressa o que realmente és... –Sorriu – E esse corar...-Toca a bochecha do Beta e acaricia – Não pode negar tais sintomas... Eu até acho que estão mais fortes do que da outra vez...

–Mas... Como podes ter certeza que isso não irá terminar como “da outra vez”? –Perguntou rancoroso.

– E você vai deixar essa oportunidade fugir devido ao medo? –A mulher aperta a bochecha do jovem fortemente –Não me lembro de ter criado nenhum filhote covarde!

–Mf...Amélia...-Tenta falar mas com a bochecha apertada e a dor era quase impossível, finalmente a matriarca o soltou, Pablo massageia a bochecha apertada.

–Então, o que tem a dizer? –Demandou a loba.

–Vou analisar o caso... Eu... Não posso simplesmente me jogar a um sentimento assim! Além do mais, tenho que buscar Petúnia... Com licença! –Saiu rapidamente da cozinha antes que fosse pego pela a loba novamente.

–Teimoso! –Resmungou Amélia.

–Ele e Eric, são ambos teimosos... E acredito que o que estamos presenciando não é algo semelhante ao que aconteceu no passado, não acredito que Eric vai abandonar Pablo...- Interpõe Gabriel que observava tudo, dobrou o jornal e colocou sobre a mesa.

–Gabriel...Nem sabemos se Eric tem sentimentos recíprocos para com Pablo!

–Hohoho...Eu sei que são recíprocos! –Disse confiante.

–Como podes ter certeza disso? –Perguntou desconfiada.

–Ora, eu tenho um amplo conhecedor neste tipo de temática! Leio muito a respeito! Consigo ver a chama do amor que queima no coração dos dois! –Falou dramático.

–Gabriel...Escrever e ler romances homoeróticos não te qualifica como um “amplo conhecedor” ...-Falou Amélia com as mãos na cintura – Nem pense em intervir! Sei muito bem que gostas de dar uma de cupido!

–Cupido? Eu? –Se faz de inocente –Amélia, assim você me machuca!

–Mentindo para mim? Ok! De castigo! Vai fica sem biscoitos!

–AHH?! Eu adoro os seus biscoitos! Não faça isso! –Choramingou.

Amélia o ignorou e continuou a cozinhar, Gabriel choramingava ainda mais... Talvez se chorasse a matriarca o desculpasse e lhe desse um pouco dos seus famosos biscoitos!

“ Além do mais... Eu não sou um cupido! Não faço ninguém se apaixonar pelo o outro...Só faço que situações românticas ocorram... E beneficiem o casal! Quem sabe eu possa forçar Pablo se vestir de gatinho? Não...Acho que Pablo seria melhor como um demoniozinho...” Assim o loiro se perde em suas fantasias.

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Pablo estava parado diante da porta do quarto de Gabriel, tomou coragem e finalmente o abriu, como já tinha previsto, Petúnia estava lá, sentada na cama concentrada em umas cartas de baralho que estavam na sua mão, Eric notou a sua chegada e sorriu cordial.

–Estamos jogando... Queres participar? –Perguntou o lobisomem forasteiro.

–Er... Petúnia? Por que estas jogando cartas? –Pablo ignorou o convite de Eric de proposito, na verdade estava evitando o máximo encontrar os olhos do outro...As palavras de Amélia ainda ecoavam em sua cabeça.

–Eu estou aprendendo! Senhor Eric está me ensinando! Assim vou vencer o Caio e o Cleo! –Falou a menina concentrada sem olhar para o pai, ela retira uma carta e a põe junta a uma pilha que estava formada na cama. Eric sorriu, apreciando a jogada.

–Parabéns Petúnia! Ótima jogada! –Felicitou Eric a menina sorriu animada.

–Eu ganhei?

–Ainda não... O jogo está longe de terminar...Seria mais empolgante se tivéssemos mais jogadores...- Falou fitando Pablo que tentava focar sua atenção para qualquer outro ponto do quarto que não fosse aquele lobo.

–Pupu? Ele pode jogar! –Apontou para o lobinho de pelúcia.

–Não querida...Pupu é o seu parceiro, esqueceu? Ele não pode jogar!

–Verdade... Então... Ah! Papai! Você poderia jogar! –Disse a menina olhando para o pai com os olhos brilhando.

–P-Petúnia ...Eu não sei se seria uma boa ideia...

A garota fez biquinho, tristonha.

– Se não sabes jogar, tudo bem...Não precisas sentir vergonha! Muitas pessoas não sabem jogar ... É assim que é a vida! –Provocou Eric. Pablo conteve um rosnado.

–Para a sua informação, eu sei jogar baralho muito bem, sim, obrigado!

–Então por que não jogas conosco?

–Ora...Er...

–Se estas com medo de perder...Tudo bem, não jogues, não quero ferir o seu orgulho...- Disse o lobisomem de cabelos negros com um sorriso triunfante.

– Já chega! Como ousa?! Eu sei jogar baralho e devo ser muito melhor do que você! Achas que mesmo que tenho medo?

E você vai deixar essa oportunidade fugir devido ao medo?

As palavras de Amélia sussurraram em sua mente, Pablo corou.

–Se não tens medo...Então prove! –Desafiou Eric.

Pablo inspirou fundo, tomou coragem e encarou o lobisomem, este parecia ter meio aliviado, talvez Eric estivesse o forçando a encara-lo? Quem sabe...

“Eu não tenho medo...” Pensou Pablo, não era alguém de fugir de desafios.

– Pois bem... Embaralhe as cartas... – Sorriu agora mais confiante o Beta –Veremos se podes me vencer!

–Eba! Papai vai jogar! –Comemorou Petúnia que até o momento observava os dois adultos ansiosa pela o desfecho da discussão.

–Para fazer o jogo mais divertido...Que tal apostarmos? –Sugeriu o lobisomem.

–Aposta? Hum...Por que não? O que queres apostar?

–Vejamos...Eu gostaria muito daquela massagem...-Sorriu maroto. O Beta logo sentiu as bochechas esquentarias, um indicativo que estava corando...De novo.

–Pois muito bem...Terás a sua massagem...Se ganhar, lógico! –Disse tentando conter o nervosismo.

–Eu quero uma massagem...No corpo todo...

–C-c-corpo t-todo? – Corou ainda mais com aquela insinuação.

–Sim, estou muito doente...Gabriel disse que uma massagem poderia acelerar a minha cura!

–Sei...Gabriel...Sempre esse lobo curandeiro tagarela... Se metendo onde não é chamado e colocando ideias estranhas nas mentes dos outros...–Resmungou.

–E se papai ganhar? –Perguntou Petúnia.

–Se eu ganhar... Hum...Já sei! –Agora era a vez de Pablo sorrir maroto – Eric vai ser meu escravo por uma semana!

–E-escravo? Ei! Eu estou doente!

–Eu sei, bobinho...Serás escravo depois que se curar... Preciso mesmo de alguém que ajude a concertar o telhado da casa, limpar o sótão, o porão, cortar lenha, concertar o encanamento, lavar o carro do Adriano e... –Começou a enumerar as coisas que pretendia usar o pobre lobisomem contando nos dedos da mão.

–Tsc... Você quer é me fazer ficar doente de novo... Maldito Beta...-Resmungou.

–Eu? Te fazer ficar doente? Nunca!...Estas com medo? Não queres apostar? –Riu satisfeito.

–Até parece que tenho medo de um pequeno trabalho braçal... E alias eu que vou ganhar! Já prepares os cremes e óleos... Para usar nas minhas costas, querido! –Piscou divertido Eric.

–E você prepare-se para vestir uma roupa de empregada bem curtinha, com direito a meia calça e tudo...Querido! –Sorriu enigmático o que fez que o outro lobo sentisse um frio na espinha.

–Eles não perguntaram para mim...O que eu iria querer...-Notou Petúnia baixinho, mas logo sorriu – Mas eu não posso dizer...É segredo, ne Pupu? – Falou olhando para o seu companheiro inseparável.

~***~***~FULL MOON ~***~***~

O jogo estava acirrado, nenhum dos dois queria perder, já estavam jogando por uma hora, Petúnia já estava ficando apreensiva que o jogo não tivesse um fim.

–Eric...Você deve estar roubando! Como você só está pegando as cartas melhores!? –Resmungou Pablo que teve que puxar mais outra carta.

–Roubando? Nunca! Isso se chama sorte no jogo...Baby! –Piscou para o jovem lobo que virou o rosto corado para o lado.

–Sabem o que dizem...Sorte no jogo, azar no amor... – Contra-atacou Pablo.

Eric engoliu em seco, um leve corar se formou em seu rosto.

–Acho que isso não é bem verdade...

–Ah? Explique-se...-Mandou Pablo, agora curioso.

– Eu não acredito em sorte ou azar... Não acredito que coisas aleatórias aconteçam... Fatos acontecem por que devem acontecer...

–Então, acreditas em algo...Tipo...Destino?

–De certa forma... Além disso, não acho que se deve comparar um jogo com amor...

–Por que não? –Olhos castanhos escuros de Eric encaram os olhos cor de mel de Pablo, parem estar presos, hipnotizados, com aquele troca de olhares. O Beta engole em seco... Seu coração parecia bater tão forte que ele temia que todos naquele quarto pudessem ouvi-lo.

–Amor é muito mais complexo... Envolve diversos fatores...Além disso, em um jogo, somente uma pessoa ganha...E no amor, os verdadeiros ganhadores são o casal...Que compartilham tal sentimento, não achas... Pablo? –Aquela pergunta parecia ser sugestiva, o Beta ficou receoso em responder...

– E-eu... Nunca entendi o amor... –Confessou, não esperou que o outro o perguntasse e continuou a sua explicação – Esse sentimento te deixa tão bobo... Você fica sem saber como agir... Fez coisas idiotas...Seu corpo age estranho...Sua mente te trai com pensamentos voltados para essa pessoa... Que parece invadir sua vida... Sem cerimônia! Muda seus hábitos! Você não se reconhece! Isso não parece ser uma recompensa...Digo...Eu não gosto de perder o controle sobre mim mesmo! Sempre controlei meus sentimentos e impressões...Isso... É estranho! Eu não gosto de me sentir assim!

–Pablo...- O Beta se sobressalta com a voz séria de Eric, tinha se perdido nas palavras que saíram de sua boca de forma inconsciente, tapa a boca, mesmo que já não pudesse colocar a sua fala de volta, novamente – Você está querendo dizer que...Está apaixonado?

Pablo se levantou da cadeira, em que estava sentado, as cartas caiem da sua mão.

–E-eu... N-não quis di-dizer...- O Beta não consegue encarar Eric, aquele olhar penetrante que o outro lhe focava era demais... Volta-se para porta, iria sair dali, antes que falasse outra besteira e que iria se arrepender depois, contudo seus movimentos foram limitados por uma mão forte que lhe segurava o punho. O lobisomem enfermo tinha se levantando um pouco, apesar da dor, para segura-lo...Seu olhos agora expressavam um certo desespero e inquietação...Talvez dúvida.

–Pablo...Não fuja... Responda a minha pergunta! –Mandou autoritário.

– E o que tem de importante em minha resposta? –Resmungou, tentando desviar o assunto.

–O que tem de importante... Para mim?...Tudo...-Sussurrou Eric, novamente Pablo sentiu que seu coração iria sair do peito devido ao aumento súbito de batimentos cardíacos.

Os dois permaneceram assim... Parados esperando que um ou outro falasse algo...

Pablo lambeu os lábios, se preparando para dar a resposta...

Eric o observava, ansioso...

Então...

A porta se abiu de súbito, Trevis adentrou, Eric rapidamente liberou o punho de Pablo e este corado se afastou da cama. O Alfa sabia que havia algo acontecendo entre aqueles dois...Entretanto, não tinha tempo para aquilo...

– Eric... Acreditamos que os lobisomens que te perseguiram estão aqui...No nosso território...-Informou Trevis.

–AH? Eu te disse! –Falou Eric –Deviam ter me deixado ir enquanto ainda dava tempo!

–Tolice! –Rosnou o Alfa –Não me arrependo da minha decisão! Iremos te defender...-Sorriu confiante – Só vim aqui te informar isso e pegar Pablo! Não precisa se preocupar!

–Tsc...Vocês não entendem ...Eles são perigosos!

–Eric...Você que não entende...-Falou Pablo – Nós somos também muito perigosos, quando queremos...

–Vamos fazer uma reunião para formularmos uma estratégia... Estamos na sala! –Disse o Alfa .

–Eu quero participar! –Eric tentou se levantar, a dor o impediu.

–Não...Você descansa! –Mandou o Beta forçando o outro a deitar na cama – Eric...Por favor...Confia em nos... Iremos te proteger!

–Pablo...Eu não quero que vocês se machuquem...-Tocou de leve na mão do Beta – Eu não quero que você se machuque...-Acrescentou em um sussurro. Pablo pode sentir a emoção naquelas palavras, não conter um sorriso.

–Eu já te disse que sou muito forte...E vou provar para você! Petúnia! Tome conta dele! Não deixe que ele faça nenhuma besteira!

–Pode deixar papai! –Falou a menina batendo continência.

Eric resmunga algo semelhante a “Beta teimoso...” e “ Não preciso de babá”, mas Pablo logo ignorou, seguiu Trevis que o esperava...

–Senhor Eric...-Falou Petúnia tentando chamar a atenção do lobisomem que parecia perdido em pensamentos, este parecia não a escutar. Petúnia encarou o seu baralho.

–Acho que vou deixar para falar depois que...Eu ganhei! –Disse baixinho para o seu lobinho de pelúcia.

“Espero que eles realizem o meu desejo... “pensou a menina “ Eu sempre quis uma família completa... Mesmo que seja com dois Papais...”



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