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História FullHeart - Carinho sob o sol


Escrita por: ksnrs

Notas do Autor


Fairy Tail não me pertence e seus personagens também não.
O intuito dessa fanfic é totalmente interativo e sem fins lucrativos.
Por isso, não me processem, por favor. Não tenho como pagar uma fiança e da cadeia não dá pra postar.


Boa leitura!

Capítulo 20 - Carinho sob o sol


- Lucy, está melhor? – Erza perguntou, ao ver a amiga sentada no balcão da guilda. Desde que tinha encontrado Lucy há alguns dias, ainda doente, não tinham se visto mais. Então, achou que cabia essa gentileza.

- Muito. – Lucy respondeu toda sorridente.

- Nossa... que resposta... “animada”... – Erza maliciou, entendendo que o motivo do sorriso era mais do que ter recebido apenas uma gentileza.

- Também tô achando você muito animadinha, Lu-chan. – Levy também estava por ali. Em algum momento, percebeu que o balcão com as meninas era melhor que as conversas dos meninos com Gajeel.

- Eu já falei pra vocês. Olha o motivo de tanta animação sem roupa lá do outro lado... – Cana maliciou, apontando Gray.

Lucy só esticou o pescoço. Alguém precisava dar um jeito nesse homem. É sério.

- Eis a dúvida... – devaneou sozinha, mas chamou a atenção das outras. Levy começou a rir.

- Se manda se vestir ou se vai pra baixo da escada? – perguntou com uma risadinha. Lucy concordou aumentando pra uma gargalhada.

- O QUÊ?! – Erza e Cana gritaram juntas.

- Como assim, “pra baixo da escada”? – a Titânia adorava uns babados de namoro.

- Peraí... GRAY! – ele olhou assustado. – Roupas! – deu uma risadinha sem graça e começou a se vestir.

- Lucynha, amo você. Mas era tão mais legal quando o Gray era solteiro... – Cana maliciou.

- Ah, tá. Como se ele não continuasse arrancando as roupas mesmo namorando. – Lucy rolou os olhos.

- Isso é verdade. – Levy concordou.

- Volta pro assunto da escada. – era quase uma ordem. Lucy olhou pra Erza e teve medo do olhar.

- Tem um armário de vassouras, embaixo da escada, que... – foi interrompida.

- Então são vocês que estão bagunçando meu armário?! – Mira já chegou dando bronca. Lucy nem se abalou.

- A Levy e o Gajeel também. – dedou na cara dura. A baixinha ficou tão envergonhada, que chegou a perder o ar.

- Lu-chan! – ralhou com Lucy, que riu baixinho.

- Eu tô passada... – Erza disse de olhos arregalados.

- Eu não. Achei o máximo! – Cana brindou e ainda levantou a mão pras duas, pra ganhar um high-five.

- O meu armário... tão bonitinho... – Mira tava deprimida.

- Eu gosto do seu armário, Mira. – Lucy brincou.

- Eu também. – Levy concordou.

- Vocês são duas pervertidas, isso sim! – Mira ralhou e saiu bufando.

- Culpa do meu namorado... – Lucy murmurou baixinho, olhando Gray de longe. – Ah, lá. Já tá sem camisa de novo. – era pra ser uma reprovação. Mas desde quando Lucy aguenta aquela barriga delícia?

- Gente, olha a cara de fome dessa Lucy... – Cana maliciou, reparando nos olhos estreitos. Ela nem discordou. Só deu risada e arrumou o cabelo.

- Se vocês me dão licença... – falou e foi saindo, com o olho cravado em Gray.

- Vai visitar o armário da Mira, Lucy? – Erza brincou.

- Com sorte, sim. Sem sorte... – olhou pra elas. – também.

- Ela não era assim, era? – Erza perguntou pra Cana, apontando Lucy. – Era, Levy?

E Lucy parou pra pensar. Quando, há alguns meses, estaria ali, no meio das amigas, falando esse tipo de coisa, saindo pra agarrar o namorado e levar pra uma rapidinha dentro de um armário de vassouras? Aliás, quando ela iria dar uma rapidinha? Aliás, quando ela iria fazer isso na guilda? As coisas tinham mudado, isso era inegável. Sua vida exalava Gray e a sensualidade dele tinha entrado pelos seus poros e se misturado à sua própria essência. Tinha se descoberto mulher com ele. Tinha descoberto o que gostava, como gostava, pelas mãos dele. E, acima de tudo, tinha descoberto como satisfazê-lo do mesmo jeito que ele fazia com ela. E isso, tinha um motivo só.

- Eu sou louca por ele. – respondeu a pergunta de Erza, que nem foi pra ela. – É por isso que eu fiquei assim.

- Hum... tá apaixonada! – brincaram com Lucy, que suspirou, fazendo fita.

- Faz tempo! – respondeu sorrindo. – Agora, se me dão licença de novo... – e partiu. Ainda ouviu um ou outro gritinho de “vai lá, garota”.

Chegou ao lado de Gray e se sentou. Ele a olhou com o canto do olho.

- Que foi?

- Nada. – e deu uma risadinha. Ele já entendeu tudo. Mas se fez de difícil.

- Veio ficar pertinho de mim? – perguntou todo manhoso, passando o braço em volta dela.

- Eu vim. – mas levou a boca no ouvido dele. – Quero ficar pertinho, pertinho.

Gray fez uma aposta com ele mesmo, naquele momento. Quanto tempo conseguiria resistir?

- Então fica aqui comigo. – e abraçou Lucy, se fazendo de desentendido. Ela não desistiu. Ficou passando a ponta dos dedos pelos gominhos da barriga delícia. O toque de Lucy, pra Gray, sempre foi instantâneo. Nesse momento, era ainda mais excitante. Primeiro, porque era particularmente gostoso dar essas rapidinhas na guilda. Segundo, porque tava fazendo charme, só pra ver ela toda nervosinha. E terceiro, porque se parabenizava por ter sido um bom professor. Ela tava mesmo conseguindo tirar ele do eixo nos lugares mais improváveis.

Passou a perna por trás do corpo dela e a colocou encostada contra ele. Se continuasse com essa passassão de mão, ia fraquejar rapidinho. Abraçou Lucy, a prendendo contra o corpo e ainda deu um beijo estalado em sua bochecha. Tava se divertindo ao ver o rosto confuso dela, de quem não estava entendendo nada. Desde quando Gray não queria fazer as coisas?

- Que foi, hime? Tá me olhando com uma carinha... – era bom em dissimular.

- Eu vim aqui te chamar. – falou emburrada.

- Me chamar pra quê? – se fez de desentendido.

Lucy rolou os olhos e deu uma bufada, impaciente.

- Você sabe pra quê. – disse, irritada.

A vontade de Gray, era de rir. Tava tão bonitinha, nervosinha daquele jeito, que chegava a ser uma tentação.

- Agora? – perguntou, se rendendo.

- Não quero mais. – Lucy fez charme. Mas tava brava mesmo.

Aí era a vez dele de judiar. Afastou os cabelos dela do pescoço e encostou o rosto ali. Muito discretamente, deixou um beijo. Sentiu o corpo de Lucy se estremecer, então o prendeu com mais força, dentro do abraço. Deu outro beijo, dessa vez com os lábios entreabertos, e ouviu ela suspirar. Roçou o nariz pela nuca dela, até que a boca chegou no ouvido.

- Tem certeza que não quer mais? – sussurrou com a voz rouca, dando mais um beijinho ali.

Lucy não respondeu. Só deu um tapinha na mão dele, indicando que era pra soltar do abraço e saiu. Pelo caminho que ela tomou, ele sabia que tinha mudado de ideia. Deu uma risadinha, acompanhando ela com os olhos e pensando em como era louco de aceitar uma provocação dessas. É lógico que ia. Já tava até se levantando, quando ouviu o outro namorado que conhece o lugar, maliciar.

- Armário? – Gajeel era atento demais.

- Com certeza. – respondeu com um risinho de canto e foi pisando firme. E rápido.

Era sempre uma aventura, essas rapidinhas na guilda. Primeiro, porque era o lugar onde “trabalhavam”. Segundo, porque sempre tinha muita gente por ali, o que aumentava muito a chance de serem pegos, o que era excitante. Por último, tinha o risco da Mira. Se ela abre aquela porta... Mas isso não impedia eles de se esgueirarem, com as caras mais lavadas do mundo, pra se enroscar naquele cubículo apertado. Moravam juntos, provavelmente tinham transado antes de sair e com certeza transariam depois de voltar. Mas era legal demais fazer isso na guilda.

Lucy era mais discreta. Ia toda bonitinha, disfarçando, olhando pra um lado e pra outro, fazendo de conta que ia pegar alguma coisa. Ultimamente, ela andava pegando coisa demais debaixo da escada. Gray era mais sacana. Ia andando, parecendo que estava indo conquistar algum troféu. Nem escondia o sorriso de vitória pré-garantida. Só não era maior do que o sorriso que tinha, quando saía de lá de dentro. Menos hoje. Quando virou no corredor babando de vontade de encontrar a sua hime, o coração parou de bater. Engoliu uma saliva em seco. Um mago de gelo sentiu um frio na espinha: Mirajane de guarda, na porta, com uma vassoura na mão, e a cara de brava. Dependendo do que Gray falasse, ela já se transformava na forma Sitri de demônio. O que ele fez? Passou quietinho por ela, disfarçando, fazendo de conta que nem tava indo pro armário. Ela só acompanhou ele com os olhos.

- Isso aí. Boa escolha, Gray. Continua andando. A namoradinha também escolheu o certo. – a voz era tão assustadora quanto a expressão. Ele nem retrucou. Só enfiou as mãos no bolso e saiu assoviando. Quando estava em uma distância segura, caiu na risada.

Tinham perdido o armário. Droga!

Mas aí se preocupou. Mira disse que Lucy também tinha fugido dela. Ele procurou com os olhos e não a encontrou. Andou pelo salão, buscando aquele monte de cabelo loiro, sem sucesso em encontrar. Já tava achando que Mira tinha engolido Lucy, quando olhou de relance pra parte externa da guilda, e a viu, sentada em um banco, sozinha.

Era um daqueles dias de inverno, onde o frio impera pelo vento cortante, mas o sol reina, ardendo a pele e Lucy estava se aproveitando disso. Sentada no banco de pedra, esticou as pernas e apoiou as mãos, se deixando ser beijada pelos raios de sol, de olhos fechados, que acariciavam seu rosto. Sorriu. Buscou o conforto do calor e curtiu aquele momento sozinha. E, de longe, alguém via isso.

Já fazia algum tempo que estavam juntos e, ainda assim, a cada dia que acordava, a cada vez que a olhava, a cada sorriso, a cada manha, a cada brincadeira, Gray ainda achava Lucy a mulher mais linda que tinha conhecido. Era surreal aquela cena dela sentada, com os olhos fechados, e o sol incidindo em seu rosto. Ela brilhava. Com um sorrisinho pequeno, denunciando que estava satisfeita com o que sentia. E sozinha. Sozinha, ela estava feliz. Isso que era o mais interessante em Lucy. Ela só precisava dela. Isso que o deixava mais doido. Ele buscava, sempre, se fazer necessário em sua vida. Ficou ali, de longe, admirando aquela beleza tão genuína, pensando em como ela era tão absurdamente perfeita, quando viu os olhos de chocolate se encontrarem com os seus. Então o sorriso pequeno aumentou. E aí ele lembrou. Por mais que Lucy fosse feliz sozinha, ela sorria demais quando estavam juntos. Resolveu se dar o crédito por isso. Sorrindo também, foi até ela.

Sentou ao seu lado, do mesmo modo, e se deixou ser abraçado pelo sol, como Lucy.

- Você não gosta mesmo do frio, né? – perguntou com uma ironia velada. No fundo, era quase um lamento.

Ela riu. Tinha que admitir. Não gostava.

- Do frio não. Gosto de um certo mago geladinho. – respondeu sorrindo pra ele, que se satisfez.

- Pra mim, tá bom. – fez charme. – Acho que ele também gosta de você. – disse rindo, e se esticou no banco, deitando no colo dela. Imediatamente, levou a mão de Lucy até o cabelo. Como gostava de um cafuné.

Lucy caiu na risada.

- Só gosta? Achei que ele me amasse... – brincou, olhando pra Gray, deitado em suas pernas.

Ele ficou mais sério. Naquela posição, olhando Lucy de baixo pra cima, era ainda mais bonita. As sombras do próprio cabelo, dançavam em seu rosto, e o sol parecia gostar demais da pele dela, porque dava um brilho bonito, parecendo que emanava dela mesma. E o sorriso, nossa, que sorriso era aquele.

Não resistiu à um carinho leve, com as costas do dedo, naquele rosto quente.

- Eu amo muito você. – falou sério, olhando no fundo dos olhos de chocolate.

Tinha sido mais um daqueles momentos clássicos de Gray. Aqueles de silêncios longos de contemplação, seguidos de alguma fala importante. Com o tempo, Lucy tinha até se acostumado à eles. Acostumado que eles aconteciam, porque no começo ela assustava com as paradas bruscas nas conversas. Mas nunca se acostumou com a suavidade. Com a profundidade. Com o romantismo. Era perfeito. Muito perfeito. E mais, ela aprendeu a aproveitar esse tempo em que ele ficava em silêncio, pra observar também. O seu maior objetivo, ainda, era descobrir qual era a constelação que se escondia dentro dos olhos de Gray. Quando achava que estava chegando perto de constatar, ouvia as palavras bonitas que saíam da boca mansa dele e era trazida pra uma realidade muito melhor do que a que vivia.

- Eu também amo muito você. – estava séria como ele. Mas nenhum dos dois estavam bravos ou nervosos. Era só um dos momentos deles. Que começou só de Gray, mas que Lucy tomou pra ela também.

De longe, um certo grupinho assistia o casal mais apaixonado de todos nesse momento de carinho intenso.

- Eles combinam tanto, né? – Erza disse, admirada.

- Falei isso desde a primeira vez que vi os dois juntos, quando ainda estavam escondidos. – Levy complementou. – E não dava nem pra imaginar.

- O que? – Mira chegou, olhando pra onde as outras duas espiavam. – Não dava pra imaginar, o quê?

- A Lucy e o Gray namorando. – Levy explicou.

- Não sei... sempre achei que os dois tinham o mesmo jeitão... – Mira discordou. – Eles têm cara de príncipe e princesa.

- Quem tem cara de princesa? A Levy? Também acho! – Gajeel chegou rasgando elogios pra namorada, que ficou toda manhosa.

- Não. Estamos falando que o Gray e a Lucy combinam. – Erza colocou ele no assunto.

Ele deu uma conferida nos dois de longe, ainda na mesma configuração: Gray deitado no colo de Lucy, que fazia carinho em seu cabelo.

- Eu também quero. – pediu fazendo bico pra namorada, que rolou os olhos, impaciente. – Você não faz isso comigo!

- Ah, tenha dó, Gajeel! – Levy ralhou de volta.

Mira e Erza deram uma risadinha, ao ver o ataque.

- Eu não imaginava que ele fosse tão carente... – a Titânia comentou.

- É... os brutos também amam! – e caíram na risada.

- O que estão cochichando? – e aparece uma Levy brava, que todo mundo respeita.

- Sobre o casal lá de fora. – Mira dissimulou. – Voltando ao assunto: eu até achava que eles combinavam, mas não pensava no Gray todo romântico assim.

- Os brutos também amam... – Erza falou rindo, voltando à piada interna.

Levy e Gajeel desconfiaram daquela risada. Mas deram de ombros.

- Não é nem isso o mais estranho. Eu sempre achei que a loirinha ia se ajeitar com o Salamandra. – ele jogou a informação no ar.

E por um instante houve um silêncio. Hoje, parecia tão obvio a Lucy e o Gray juntos, que era irreal essa possibilidade. Mas, por muito tempo, todo mundo pensou o mesmo que Gajeel.

- Eu também achei. – Erza admitiu.

- Eu também. – Mira e Levy concordaram juntas.

- Ela e o Natsu andavam pra cima e pra baixo, grudados o tempo todo... – Erza complementou.

E Dragon Slayer que é Dragon Slayer, ouve seu nome de longe. Só faltava ele, pra completar essa turma de espiões.

- Quem tá falando de mim? – Natsu chegou brincando.

- Não estamos falando de você, especificamente. Estamos falando uma coisa sobre você. – Levy foi maliciosa.

Ele não entendeu, claro. Nem a malícia, muito menos o jogo de palavras. Fez a cara mais confusa de todas.

- Que todo mundo achava que era você que ia namorar a loirinha. – e, de novo, a sinceridade do Gajeel é tão dura quanto suas escamas.

Nesse momento, Natsu preferia não ter ido até lá. Já não bastava ele mesmo pensar nisso, todo mundo agora comentava sobre a sua incapacidade de não ter sido esperto a tempo de notar o que sentia por Lucy antes que Gray chegasse? Ia sair dali, dando só um sorriso sem graça, quando viu, pelas costas da Erza, os dois sentados na área externa. Pareciam tão bem, tão felizes. Não conseguiu nem disfarçar a frustração, ficando com os olhos trêmulos e lábios apertados. Engoliu uma saliva, respirou o máximo que conseguiu, e tentou responder pra não dar mais na cara ainda.

- A gente é só amigo. – e isso tinha virado uma droga de um mantra na vida dele. Pensava nisso o tempo inteiro.

Só que era tarde. Tanto pra ele e Lucy, quanto pra disfarçar. Era muito tempo convivendo com aquelas pessoas, pra conseguir esconder qualquer coisa. Todos eles notaram o desconforto de Natsu, ao ver Gray e Lucy juntos.

- Você gosta dela?! – a pergunta de Erza foi chocada.

- Natsu... – Mira estava inconformada. E preocupada.

Ele balançou a cabeça. Isso era outra coisa que fazia o tempo inteiro. Balançava a cabeça toda hora, como se em um chacoalhão, conseguisse jogar pra longe as barbaridades que andava pensando.

- Não. – disse firme. – Ela é só minha amiga. E o Gray também.

Os olhares dos amigos ficaram ainda mais acusadores.

- Natsu, por que você não falou isso pra ela antes? – Levy perguntou baixinho.

- Por que você não falou antes que o Gray falasse? – até Gajeel tava apavorado, abraçado com a Levy. Vai que o Salamandra resolve roubar a namorada de todo mundo...

- Eu lembro do dia que vocês conversaram, Natsu! Eu ouvi você falar que não gostava dela! – Mira estava irritada.

- Eu não gostava! – ele explodiu. – Eu não gostava dela! – mas foi diminuindo o tom, conforme se perdia na visão de Lucy de costas. – Eu não gostava dela...

- E agora gosta? – Erza perguntou, preocupada.

Foi chamado à realidade. Era a primeira vez que isso era lhe perguntado. Tirando ele mesmo, ninguém tinha feito essa pergunta em voz alta. Gray deduziu e lhe bateu. Happy deduziu e lhe aconselhou. Ele mesmo admitiu, mas não falou pra fora do próprio corpo.

- Não. – e saiu, antes que fizessem mais perguntas que ele não conseguisse mentir.

Dos que ficaram, um olhou pro outro, incrédulos com o que tinha acabado de acontecer.

- Isso vai dar problema... – Mira previu.

- O quê? – chegou uma Lucy sorridente, abraçada ao namorado, querendo saber do assunto.

De novo, um olhou pro outro.

- Não é nada, Lu-chan. – tentou disfarçar. – Mira, faz tempo que você não canta pra gente. – e olhou pra ela, fazendo um sinal pra poderem mudar de assunto.

- Ótima ideia, Levy! Vai lá, Mirajane! – Erza foi a empurrando, sendo seguida por Levy e Gajeel.

Gray deu uma olhada confusa pra Lucy.

- Você teve a impressão de que eles evitaram a gente? – perguntou rindo. Ela concordou com a cabeça. Mas se conformaram.

- Faz tempo mesmo que a Mira não canta. O que será que vai ser? – Lucy devaneou, já indo pra perto do palco da guilda. Conforme chegavam mais perto, já foram contagiados pela melodia suave e pela voz doce da amiga tão versátil. Sentaram juntos e ficaram abraçados, ouvindo o que Mira tinha pra apresentar. Não notavam nada, nem olhos que insistiam em ficar cravados neles.

 

"Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder

Deixo assim ficar subentendido

Como uma ideia que existe na cabeça

E não tem a menor obrigação de acontecer"

 

Imediatamente, Natsu encarou Mira no palco. Será que agora essas drogas dessas músicas resolveram falar com ele? Mas ela o olhou de volta. Não era a música. Era quem cantava. E era um aviso. Claramente, Mira estava dando à ele um aviso. Ele tinha tido a chance dele. 


Notas Finais


Música do capítulo:
* Apenas mais uma de amor - Lulu Santos


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