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História FullHeart - Só dormir


Escrita por: ksnrs

Notas do Autor


Fairy Tail não me pertence e seus personagens também não.
O intuito dessa fanfic é totalmente interativo e sem fins lucrativos.
Por isso, não me processem, por favor. Não tenho como pagar uma fiança e da cadeia não dá pra postar.

Boa leitura!

Capítulo 3 - Só dormir


Gray arrancou Natsu da cama e jogou no chão. Lucy aproveitou a deixa pra fugir pra cozinha.

- Seu cérebro congelou de vez, olho caído?! – Natsu perguntou se levantando meio desengonçado.

- Pelo menos eu tenho um, seu imbecil! O que você tá fazendo aqui?! – perguntou aos gritos.

- Eu tava dormindo! Mas agora eu vou te dar uma surra! – respondeu, já estralando os dedos.

- E aqui é sua casa, por acaso, pra você dormir?! – Gray continuou perguntando desviando do primeiro soco.

- É a sua, pra você se incomodar tanto? – Natsu rebateu, acertando o outro e o empurrando pra trás.

- É da minh... é da Lucy! Você não tem casa, foguinho folgado?! – respondeu acertando Natsu e o derrubando de volta na cama. Pegou pelo cachecol e jogou no chão outra vez.

- A Lucy não liga! – respondeu, se livrando de Gray e o puxando pelas pernas.

Ela resolveu interferir. Chegou ali do lado e gritou:

- AGORA CHEGA! Natsu, eu ligo sim. Por mim, você não ficaria entrando na minha casa toda hora e muito menos sem o meu consentimento e Gray... – olhou pra ele, que a encarava sério, esperando pra ouvir o que ela tinha pra dizer. – Nada! Já pra fora! Os dois! – e apontou a porta.

Natsu foi saindo, cabisbaixo da bronca e de ter perdido cama boa pra dormir. Gray achou que era brincadeira. Começou a enrolar por ali, só esperando o outro ir embora pra recomeçar de onde tinham parado.

- Você também, Gray. – Lucy disse séria. Ele a olhou chocado. – Olha a bagunça que vocês fizeram! – e apontou as coisas quebradas e espalhadas pelo chão do apartamento.

- Lucy... – ele veio todo manhoso pro lado dela.

- Tchau, Gray. – ela respondeu séria, segurando a porta. Ele ainda tentou mais um beijo, mas ela não deu. Ainda bateu a porta.

Começou a recolher as coisas jogadas pelo chão e ajeitar o que tinha saído do lugar. Passado o susto de ver os dois se pegando em seu apartamento, começou a lembrar do que quase aconteceu. Deu um sorrisinho malicioso. Quase, quase. Ainda não estava totalmente confiante nisso e, no fundo, foi bom que Natsu tivesse aparecido. Continuou arrumando a bagunça dos dois furacões que tinham se encontrado em sua pequena sala, quando ouviu uma batida na porta.

- Lucy... – já começou a rir sozinha. – Abre aqui... – ele nunca, nunca, bate. – Cuida de mim, eu tô machucado... Aquele cor-de-rosa me machucou... – pedia fazendo manha.

Lucy ficou abismada consigo mesma. Em que momento tinha começado a se render à Gray desse jeito? Só de ouvir a voz dele já ficava com o coração disparado. Abriu só um pedacinho da porta e o viu encostado nela. Ele olhou por cima do ombro, com aqueles olhos lindos e o sorriso matador.

- Deixa eu entrar... eu me comporto. – falou com a voz mansinha, bonzinho de tudo.

Lucy fez uma cara de desconfiada mas, por fim, deixou. Ele entrou o mais feliz.

- Onde você está machucado? Deixa eu ver. – pediu séria, procurando algum ferimento.

Tadinha da Lucy. Caiu da conversa mais velha do mundo... Gray olhou pra ela com a carinha mais dissimulada de todas e se sentou na beirada da cama.

- Aqui. – e apontou pra boca. – Ele me bateu aqui. Mas é só você me dar um beijinho que sara... – puxou ela pela cintura e jogou de volta na cama. A intenção, era recomeçar de onde tinham parado.

- Você me enganou! – ela disse rindo. – Duas vezes! Pelo machucado e por dizer que ia se comportar! – e foi empurrando aquele monte de Gray de cima dela que saiu choramingando.

- Tudo bem, eu vou me comportar. – ele respondeu fazendo charme e se sentando na cama. Lucy achou melhor sair dali, pelo bem dela. Voltou a arrumar a bagunça da sala mas não conseguiu se conter.

- Eu tenho um namorado ciumento... – falou rindo, meio cantarolado, fazendo gracinha pra Gray.

Ele caiu na risada.

- Nem o seu namorado sabia disso. – constatou a realidade, rindo de si mesmo e acompanhando com os olhos o movimento que ela fazia. Tava bonito, ver ela se abaixar pra pegar as coisas do chão, usando aquela saia tão curta.

- O Gray gosssssta da Lucy! – ela fez fita, imitando o modo como Happy falava.

Ainda admirando a vista, ele só pôde concordar.

- O Gray gosta muito da Lucy... – falou sem perceber. Só deu fé do que tinha dito, quando percebeu que ela o encarava, com um sorriso bonito e toda vermelha.

- O Gray gosta da Lucy? – ela perguntou mais séria, mas sem conseguir esconder aquele meio sorriso que insistia em aparecer.

Ele também não quis esconder.

- O Gray gosta da Lucy. – confirmou, sem o olhar malicioso de antes. Só a olhava de volta, gostando demais de ver aqueles olhos cor de chocolate que estavam brilhando muito. – A Lucy gosta do Gray? – perguntou no mesmo esquema. Só que descobriu uma coisa nova: nesse segundo que demorou entre perguntar e ouvir a resposta, ficou ansioso. Quis demais saber quais seriam as palavras que ela diria e mais, torceu pra que fossem as que ele queria ouvir.

- A Lucy gosta do Gray. – ela respondeu ficando ainda mais corada. Era exatamente isso que ele queria ouvir.

Tudo bem, estavam namorando e é claro que tinha algum sentimento envolvido. Mas foi só nesse instante que Gray percebeu que ultrapassava aquela ideia de Lucy ser alguém mais próxima do que ele imaginava pra se relacionar ou só pelo fato de ela ser bonita e atraente. Nesse momento, ele percebeu que gostava mesmo dela. Repassou o tempo que se conheciam na cabeça em um milésimo de segundo e chegou a conclusão de que sempre quis estar com ela. Só não fez nada por achar que ela podia ter alguma coisa com Natsu mas, olhando agora, era inegável: sempre buscou estar por perto, sempre tentou protege-la, sempre quis uma lasquinha. Estava insanamente feliz por ter percebido isso! E beirava a loucura por ter ouvido que ela também se sentia assim!

- Gray! – foi tirado dos pensamentos pela voz de Lucy que o chamava, preocupada. – Você está fazendo aquela mesma cara estranha de ontem! – e imitou ele.

Deu uma risada alta. Não dela, não ria de Lucy. Ria de si mesmo, da situação. Inventou essa história de namorar e agora tava ali, abobalhado pela namorada que tinha aceitado esse status há menos de 24 horas.

- Eu gosto de você. – disse sorrindo.

- Que bom, Gray. Eu também gosto de você. – Lucy respondeu manhosa.

Ele riu de novo. Saiu da cama e veio em direção à ela.

- Eu gosto mesmo de você. – falou mais uma vez, constatando isso em voz alta e vendo como era bom falar isso.

- Você já disse isso... Gray, você tá me assustando... Gray! – ela gritou quando ele a pegou no colo e começou a girar pela sala, rindo alto, como um doido.

- Lucy Heartfilia, eu gosto de você! – falou bem alto, gritando.

Ela se deixou levar pela empolgação. Começou a rir também contagiada pela risada dele.

- Gray Fullbuster, eu também gosto de você! – imitou o grito.

Gray a colocou no chão. Ficou pertinho do rosto dela e a abraçou pela cintura. Era linda... linda demais!

- Me beija? – Lucy pediu baixinho, olhando fixamente nos olhos cinzentos. Pegou Gray de surpresa mas era o tipo de pedido que não precisava de resposta.

Com uma delicadeza que só descobriu ter quando estava com Lucy, encostou os lábios devagar nos dela. O cheiro de tangerina era inebriante... ficou assim, um segundo, só aproveitando a maciez dos lábios de Lucy. Então, discretamente, abriu a boca aos poucos pra deixar a língua passar e se encontrar com a dela, que a recebeu ansiosa. Lucy queria esse beijo, esperava por ele, ansiava pela boca de Gray. Se entregou à isso sem medo, sem vergonha, sem pudor. Deixou a descoberta do “gostar” invadir a necessidade das duas línguas, que se mostravam, tentando contar qual das duas estava mais feliz com isso. Um beijo intenso, cheio de paixão e descoberta. Quando se soltaram, tinham a certeza de querer fazer isso pra sempre.

- Por que sempre que eu te beijo, eu sinto que eu tenho que ir embora? – Gray perguntou baixinho, com a testa encostada na dela, sorrindo um sorriso triste.

- Você não precisa ir... – Lucy respondeu da mesma forma.

- Isso é um convite? – a voz ficou mais alta e o sorriso mais animado.

- Só pra ficar aqui. Você já dormiu aqui milhões de vezes. Isso não quer dizer nada, Gray. – respondeu nervosa, se soltando dos braços dele.

Ele notou que ela ficou agitada demais.

- Ei, relaxa. No seu tempo, Lucy. Eu não vou te forçar... – e deu um beijinho tranquilo nela, que se acalmou. – Mas eu acho melhor eu ir embora. – respondeu honestamente.

Ela concordou com a cabeça. No fundo, até ela achava. Até se arrependia de ter “oferecido” que ele ficasse. Foi em direção a porta mas, pra variar, ele estava na janela. Correu até lá, a tempo de vê-lo mandar um beijo no ar e fazer um coração de gelo. Ainda ficou por ali pra, finalmente, terminar de arrumar o que tinha sido quebrado. Depois de um tempo, resolveu tomar um banho pra relaxar. Nada melhor que uma banheira pra colocar a cabeça no lugar.

Em casa, deitado na cama, Gray não entendia porque estava ali. Certo, tinha dito que ia respeitar o tempo de Lucy mas, como ela mesma tinha dito, já tinha dormido lá várias vezes. Rolava pra um lado, rolava pro outro. Pensava em como seria ficar lá com ela. Por fim, tomou a decisão: ia lá e só dormiria. Isso. Ia ser uma tarefa pra guerreiro, mas ia conseguir. E se conseguisse, era um passo a mais pra conquistar a confiança de sua loirinha. Trocou de roupa rapidinho e partiu rápido em direção à casa da namorada.

Lucy, quando saiu do banho, viu algo que não esperava. Na verdade, tava se acostumando a encontrar Gray em casa quando saía do banheiro.

- Mudou de ideia? – perguntou rindo.

- Fiquei com dó de te deixar aqui sozinha. – ele respondeu tirando onda.

- Preciso repassar os termos, namorado? – perguntou fazendo cara de desconfiada.

Ele caiu na risada.

- Só dormir. Prometo. – e levantou as mãos. – Pode abraçar? – perguntou, fazendo manha, enquanto Lucy se deitava ao seu lado.

- Pode. – ela respondeu rindo, mansinha.

- E beijar? – já perguntou beijando, se ajeitando por cima dela e espalhando beijos pelo seu pescoço.

- Gray... – o tom era de reprovação.

- Já parei. – falou pulando pro lado e só se abraçando em suas costas, com o rosto enfiado entre o cabelo e o pescoço. Era bom. Era insanamente bom. Fechou os olhos pra curtir aquilo. – Por que seu cheiro é tão gostoso? – perguntou baixinho no ouvido dela, ainda de olhos fechados.

Lucy deu uma risadinha.

- Seu cheiro também é bom. Você tem cheiro de café. – confessou dentro daquele abraço.

Gray se admirou em silêncio. Essa era mais uma novidade. Não sabia disso.

- Você vai sonhar comigo? – fez manha. – Sonha comigo, Lucy...

- Não preciso, Gray. Você tá aqui, não tá? – ela respondeu molinha. A cada vez que ele conversava, respirava perto demais de seu ouvido e isso estava a deixando um tanto estremecida.

- Eu vou sonhar com você... – atormentou mais um pouco, dando uma risadinha.

- Eu também vou. – confessou baixinho. Ele gostou de ouvir isso. Deu um beijinho tranquilo em seu pescoço.

- Então dorme logo. – sussurrou e Lucy se estremeceu. Gray percebeu isso. – Mas se não quiser dormir...

- Boa noite, Gray. – cortou por aí.

- Boa noite, Lucy. – encerrou com uma risadinha.

Não foi tão difícil quanto ele imaginou. Tirando o fato de que, antes de dormir esbarrou nos peitos dela uma três vezes e teve que se segurar pra não colocar a mão de propósito, foi até tranquilo. Ninguém ronca, ninguém baba, ninguém chuta quando dorme. Agora, acordar primeiro que Lucy foi uma das experiências mais gratificantes de todas.

Em várias missões, já tinha dividido quarto com ela. Claro que sempre estavam acompanhados, mas a questão é que já tinha visto Lucy dormir. Mas essa manhã ela estava absolutamente esplendorosa. Conforme o sol foi entrando no quarto e incidindo em seu rosto, foi automático que Lucy tivesse buscado uma forma de se esconder da claridade, então se jogou de lado, se esparramando entre os travesseiros, deitada de barriga pra cima. Um pé, um único pé, caído por cima da coberta e o rosto tranquilo, com um pequeno e discreto sorriso. O cabelo bagunçado, que ainda assim teve o capricho de se ajeitar por cima do ombro, caindo tranquilamente sobre o corpo. A blusa meio levantada, provavelmente por ter se remexido enquanto dormia, mostrando as curvas tentadoras da barriga, que Gray já tinha visto outras vezes mas que nunca quis tanto tocar quanto naquele momento. Um sussurro leve, quase um ronrono. Uma princesa. Não deu pra aguentar.

Ele ficou um tempo só observando mas quando percebeu, já estava deitado de novo, ao lado dela, apoiado em um cotovelo, dando um beijo atrás do outro. Beijinhos leves, apenas carinhos, que Lucy recebeu de bom grado, dado o sorriso gostoso que ela abriu antes mesmo de abrir os olhos.

- Hum... é gostoso acordar desse jeito... – resmungou manhosa, ainda de olhos fechados.

Foi a vez dele sorrir. Dormindo, era linda. Acordada, era hipnótica.

- Bom dia, namorada. – saudou baixinho, continuando os beijinhos que estava dando antes, mas que agora ela retribuía.

- Bom dia... – respondeu ainda sonolenta. Abriu os olhos molinhos e o encontrou já desperto, sorrindo pra ela. Realmente era bom acordar assim. – Já tá na hora de levantar? – perguntou tranquilamente. Se referia à ir pra guilda.

Ele entendeu outra coisa.

- Eu fico aqui mais um pouco. – respondeu já com a malícia de sempre. O corpo, naturalmente, tinha uma disposição excelente de manhã e já fazia algum tempo que estava ali observando as curvas expostas de Lucy. Quando ela perguntou, achou que não custava tentar. Já foi deixando a mão percorrer o caminho da barriga despida que ele tanto admirou nos últimos minutos.

Lucy arregalou os olhos. Entendeu onde ele queria chegar. Pulou da cama em um movimento ágil.

- Já tá na hora de levantar! – falou meio gritado, em pânico, até meio cantado. Foi direto pra cozinha e começou a preparar algo pra comer.

Na cama, Gray começou a rir. Tinha dito que ia esperar, pois bem, ia esperar. Respirou fundo e foi até ela.

- Não precisa assustar. – avisou, quando viu os olhos arregalados dela olhando pra ele. – Eu já falei que vai ser quando você quiser.

Mas os olhos não se fecharam. Lucy deu uma engolida em seco.

- Seria mais fácil acreditar, se você tivesse vestido... – murmurou, olhando pra ele de cima a baixo.

Foi a vez dele assustar. Saiu pegando calça, camisa e vestindo. Deu uma risadinha sem graça e voltou a sentar ao lado dela.

- É o hábito. Desculpa. – respondeu com um sorrisinho amarelo.

Lucy pensou na tentação. Gray e sua barriga delícia dormiram a noite inteira agarrados com ela! A última coisa e a primeira que viu, foi ele. E a barriga delícia! Isso não vai prestar! Não vai mesmo! “Ok, Lucy Heartfilia, se controle! Respira fundo que não é nada demais... nada que você já não tenha visto antes...” Se virou pro balcão pra perguntar uma coisa qualquer, mas a voz não saiu.

Alguém precisava ajudar esse homem! Por que ele não consegue usar uma camisa?! Já tava lá de novo, com o peito de fora, sentado tranquilamente, brincando com uma caneta. Nem viu o olhar de desespero de Lucy, que quase caiu pra trás e precisou se apoiar na pia. Girava aquela coitadinha nos dedos com uma facilidade, que não dava pra não imaginar em que mais ele seria tão habilidoso. O coraçãozinho inocente de Lucy disparou. A boca foi abrindo, porque respirar pelo nariz foi pouco. Os olhos tremularam. Não! Não faz isso... ele fez! Ele colocou a caneta na boca. Ai que maldade... instantaneamente, Lucy passou a língua pelos lábios, precisaram de umidade. Ela tava, desesperadamente, com vontade de Gray.

E ele percebeu isso. Lançou pra ela um olhar daqueles bem maliciosos, ainda mordendo a pobre caneta, dando um meio sorriso de matar.

- Que foi, Lucy? Tá vermelha... – sibilou com maldade, se divertindo em ver que ela estava perdendo o controle.

- Calor... – foi só o que ela pôde responder.

- Resolvo isso pra você. – disse, com o mesmo sorriso de canto, e se levantou. Veio até ela em passos firmes. As mãos frias a puseram sentada no balcão e ele se encaixou entre as suas pernas. Enfiou as mãos pelas costas dela, por baixo da camiseta. Ao sentir aquela mão gelada, Lucy se estremeceu e fechou os olhos. Deu um gemido baixinho. – Quer mais? – ele sussurrou em seu ouvido, deixando-a ainda mais perdida.

- Quero... – respondeu sem o apoio da cabeça. O corpo quem tomou o controle

Continuou a passar a mão pelas costas de Lucy mas seguiu pela barriga e pelas pernas. Ela se derretia pelo toque frio dele, de olhos fechados e suspirando a cada vez que se arrepiava. Gray mordia a boca de vontade de agarrá-la ali mesmo. Era um exercício de auto-controle que nunca tinha feito igual. Só que tava passando do ponto. Lucy tava entregue e ele sabia que não era a mente dela que estava no comando e sim o corpo. Se aproveitasse disso, nunca mais ela o perdoaria. Se afastou de uma vez, a deixando assustada e envergonhada.

- Melhor a gente parar, Lucy. Ou continuar, você que sabe. – disse rápido, só saindo de perto dela e deixando a decisão em outras mãos mais capazes.

Ela voltou à si. Agradeceu aos céus que ele mesmo tivesse feito isso. Desceu do balcão e respondeu com a pouca firmeza que tinha:

- Você tem razão. – falou sem olhá-lo. Viu aquele início de café da manhã sendo preparado mas não tinha mais cabeça pra nada. – A gente toma café na guilda, tudo bem? – perguntou, tentando parecer normal.

Gray foi pelo mesmo pensamento. Tentou parecer natural.

- Dormir aqui dá direito a comer de manhã? – saiu mais malicioso do que ele queria. – Droga...

Lucy deu uma risadinha.

- Só meu namorado que pode. – também saiu mais malicioso do que ela queria. Ficou vermelha.

Por fim, riram. Não tinha mais o que fazer.

- Você não vai assim, né? – a pergunta de Gray tinha um pingo de ciúme, levando em conta que o pijama de Lucy era relativamente curto. Como se as roupas dela fossem muito compridas...

- Não, vou me trocar. Mas você não vai pra casa? – perguntou, confusa.

Ele deu de ombros.

- Eu não. Vou daqui mesmo. – e foi deitar na cama. – Vai se arrumar que eu te espero.

Lucy se preocupou. E se alguém visse ele saindo de lá, logo cedo? Como explicariam os dois chegando juntos na guilda?

- Você acha uma boa ideia, Gray? – perguntou, vacilante.

- Acho ótima. Inclusive, vou até trazer umas roupas pra cá. Assim, não preciso ficar indo e voltando pra casa e evito que o Natsu se esparrame por aqui. – respondeu tranquilo, deitado na cama.

Ela arregalou os olhos.

- C-Como assim? Você vai morar aqui? – perguntou assustada.

- Não, Lucy. Só dormir. – respondeu, despreocupado. – E tomar café. Eu gostei dessa vantagem aí. – encerrou com uma risadinha.

Lucy ainda tava meio insegura.

- A gente precisa conversar melhor sobre isso, Gray. – falou e foi saindo.

O problema não era nem ele ir dormir lá, como tinha feito. O problema seria conseguir driblar a tentação todo dia. Se em uma manhã, quase teve um troço, imagina trombar com ele de toalha por aí?

Ah, eles precisavam conversar muito sério sobre isso!



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