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História Futatsu no Tamashii - Ketsui


Escrita por: Icunha e Patsuan

Notas do Autor


Yoooo minna!
Capítulo novo e atualizado dentro dos limites estabelecidos. (Ingrid 1 x 0 Rafa)
Quase apanhei virtualmente, mas cheguei na hora certa! Eu disse pra vocês que ela não brinca em serviço.
Bom, eu tenho um pequeno aviso ou correção, whatarever, mas lá nas notas finais eu digo, por isso: LEIAM AS NOTAS FINAIS!
Então é isso, boa leitura.

Capítulo 5 - Ketsui


Fanfic / Fanfiction Futatsu no Tamashii - Ketsui

Determinação

28 de novembro de 1888, Akita.

Havia se passado horas, enquanto caminhava por aquela floresta coberta de branco devido à neve que caiu durante a noite. Sentia frio, mas seu corpo não tremia. Sentia o ar gelado, mas seus pulmões não reclamavam. Apenas caminhou sem rumo, em meio às árvores com seus galhos altos e também brancos de neve. Conhecia bem aquela região, então não seria um problema andar por ali.

Em uma das mãos carregava a tal espada, que foi deixada por seu pai. Nunca soube quem foi ou qual era sua profissão e depois de um tempo deixou de se perguntar sobre isso, acostumando-se com a ideia de que nunca saberia. Em sua outra mão, carregava o que foi a parte de cima do yukata de Jiraiya e usava o tecido como uma bolsa, para proteger o ovo que foi deixado em seu lugar quando desapareceu.

Percebendo que já havia andado pelo mesmo caminho, pois reconheceu suas pegadas na neve, decide que o melhor seria voltar para casa. Já não tinha mais lágrimas para serem derramadas.

Jiraiya sempre foi uma boa pessoa para ele, mesmo com suas manias em ver meninas mais jovens tomando banho. Essa seria a imagem que Naruto sempre teria dele.

O velho prestativo e tarado.

Um leve sorriso apareceu em seus lábios, ao lembrar-se da última confusão em que se meteram.

Retornando para casa em que morava, sentiu o peso por agora estar sozinho. Indo em direção ao quarto, ele se senta no qual seria seu futon, sentindo o cansaço resultado da noite em claro e da caminhada exaustiva que fizera.

Olha para o lado, onde havia deixado a espada e para por alguns segundos para observá-la, colocando-a sobre seu colo e observa cuidadosamente seus detalhes.

A bainha era de cor vermelha, tinha detalhes em ouro. Viu pela extensão que os detalhes em ouro tomavam a forma de um dragão, que envolvia a bainha até chegar à extremidade da lâmina. Passou o dedo pelo dragão, sentindo sua textura e percebendo que trazia um peso a mais.

O cabo da katana, de tecido também vermelho, era um pouco mais escuro. Ele reluta por um momento, mas retira a da bainha, mostrando a katana por completo. Sua lâmina parecia nova.

Passou o polegar pelo fio da lâmina, cortando levemente a ponta de seu dedo, provando que era afiada. Ele estende o braço a sua frente, percebendo que era mais leve do que imaginava. Erguia e descia o braço cortando o ar, agora se divertindo com o que fazia, e ao girar o braço para a direita, acaba cortando uma parte do tecido da janela e riscando a madeira da parede de seu quarto.

— Ah, caramba! — comenta, cobrindo a boca com a mão livre.

Viu aos poucos o tecido se separar da pequena parte, que o sustentava com na base da cortina, caindo abaixo. Observa com curiosidade o pequeno corte na madeira, se perguntando se era seguro deixar essa katana com ele, mas logo espanta o pensamento, porque sabia que seria.

Atenta-se para verificar se não havia riscado a lâmina, e percebe que na bainha, ainda em seu colo, estavam desenhados pequenos kanjis que formavam a palavra “determinação”.

— Foi um bom presente, então, obrigado. — fala para si mesmo, recolocando a katana em sua proteção, deixando-a ao lado de seu corpo. Pegando agora o yukata e retirando o ovo de dentro. Era um ovo grande e de certa forma pesado, mas nada que incomodasse ao ser carregado a longas distâncias.

Ele alisa as partes em laranja com o polegar, tentou tirar um pouco da cor com a unha, achando que era algo pintado, mas constatou que não, era a cor do próprio ovo.

Perguntava-se que animal botaria um ovo daquele tamanho, e porque estava com Jiraiya quando desapareceu. Curioso, aproxima seu ouvido do ovo, dando três leves socos, esperando algo acontecer. Aguardou por alguma reação, mas nada veio. Deu mais dois socos e o resultado continuou o mesmo.

— Será que posso te comer? — fala, voltando seu olhar para seu colo — Não, acredito que não.

Bufou frustrado, colocando o ovo em seu colo, e olhou ao redor do quarto tentando adivinhar o que seria.

Sentiu seus olhos pesarem pelo cansaço, pensou consigo mesmo que por ser um ovo, deveria o manter aquecido e então o guardou no travesseiro que pertencia a Jiraiya, cobrindo-o. Manteve a espada ao seu lado quando se deitou, fechou os olhos, pensando e tentando entender boa parte sobre tudo que lhe foi dito na noite anterior.

Quando conseguiu cochilar, acordou bruscamente, percebendo uma coisa óbvia. Busca pelo ovo ilhado em meio às cobertas e o carrega novamente, o aconchegando ao seu lado, deixando seu braço esquerdo em volta do ovo.

— Sendo um ovo, eu devo esquenta-lo. Como sou lerdo ‘ttebayo. — adverte a si mesmo, agora voltando ao sono interrompido.

Mais tarde, quando a escuridão tomava o céu, Naruto sentava em uma das cadeiras que circundavam a mesa, preparando-se para comer uma porção, considerável para mais três pessoas comerem, de rámen caseiro.

Sua katana estava ao lado de sua cadeira, decidiu que não a deixaria longe de si. Seu pai tinha deixado como presente, então significava que ele já era importante pra alguém.

E isso o aquecia por dentro.

Deixou ovo em uma cadeira próxima à sua, enrolado em um tecido que achou mais cedo, transformando-o em uma “bolsa” para poder carregar sem preocupação.

Manteve-se na cozinha, por ser o cômodo mais aquecido do resto da casa. Tinha dificuldade em pensar sobre assuntos sérios, e se perguntava constantemente no que Jiraiya quis dizer sobre encontrar o Leque Branco e Vermelho e o tal Herdeiro da Lua.

Era muita informação para sua cabeça agitada.

Fechou seus olhos, descansando o queixo sobre a mão e o cotovelo sobre a mesa, revirando seus pensamentos na procura de algo que considerasse útil para ajudá-lo a desvendar o que mais lhe parecia um enigma.

— Puff. — bufou, ao perceber que não entenderia nada. Era difícil para o samurai cabeça oca desvendar algo sem as dicas de Jiraiya. Mas as coisas tinham mudado, ele precisava tomar suas decisões e teria que ser sozinho, ao menos por enquanto.

E foi com esse pensamento que ele soltou sua mais recente ideia em voz alta: — Já sei! — ele exclama, socando uma mão na palma da outra — Eu só preciso ir ao mercado da cidade, procurar e comprar!

Levantou-se da cadeira e correu até a porta de entrada, pronto para ir ao centro da cidade, mas logo retorna para dentro da casa, fechando a porta rapidamente, depois de sentir o ar gelado que predominava fora da casa.

— Esqueci que eu dormi o dia inteiro. — resmunga. Já era noite e se ele fosse encontraria tudo fechado. — Certo, vou amanhã então.

Ele dobra e repousa os braços em sua nuca, e sorri de olhos fechados para o nada, mas desfaz a posição e balançou a cabeça negativamente. Era óbvio que ele não encontraria nada assim no mercado.

“O Herdeiro da Lua.” Ele pensa, suspirando quase entristecido. Teria de encontrar um herdeiro, ou seja, uma pessoa. Onde ele estava com a cabeça quando achou que sairia cidade a fora, e encontraria esse suposto ser em uma prateleira qualquer?

Sabia que Jiraiya era um homem, ou espírito, ou que quer que fosse, nem ele entendia mais nada, mas, sabia que quem o criou não deixaria uma missão sem noção para que ele realizasse.

Tudo, absolutamente tudo, que Jiraiya fazia tinha uma lição oculta, mesmo com seus hobbies estranhos nada que vinha dele era em vão, sempre havia algo a ser ensinado para Naruto. Agora parando para analisar sobre as coisas que enfrentaram juntos, ele podia ver que, talvez, aquelas atitudes dele fossem, na verdade, avisos subliminares para que ele não fizesse o mesmo.

Sorriu ao recordar-se de quando correram das meninas que tomavam banho, e fez uma careta de dor ao passar a mão na cabeça no local onde ficou com um grande inchaço, graças às pedras que foram em rumo somente de sua direção.

— Ao menos terei histórias para contar aos meus filhos. — disse sorrindo. Não esqueceria tão fácil de situações como essas.

Sentou-se no chão, em frente á parede onde sua katana repousava, apoiou seus braços no piso atrás de si e suspirou, pensando que o amanhã seria um longo dia. Tinha tomado sua decisão, e a colocaria em prática no dia seguinte.

***

— Ero-sennin não acreditaria em mim, se eu dissesse que acordei esse horário. Dattebayo! — dizia sorrindo para o ovo ao seu lado.

O sol baixo indicava que eram sete horas da manhã. Naruto já tinha tomado café e preparava-se para um treino matinal. Aquele era um dia totalmente incomum, visto que ele levanta-se somente após o almoço.

A animação dele era visível. Passou a noite choramingando, pensando em seu tutor, mas chutou a tristeza pra longe assim que acordou. Ele não podia mudar os últimos fatos, então viveria e seguiria em frente, assim como Jiraiya faria.

— Vou deixá-lo aqui dentro, tá bom? Ou seria deixá-la? — questionou pensativo — Não sei se você é macho ou fêmea, ou se é somente um ovo que aquele tarado deixou pra eu comer, mas... — suspirou, fazendo uma pequena pausa — Vou te proteger, ou ao menos manter aquecido. — finalizou, ajeitando sua katana na cintura e retirando-se do quarto.

Seguiu floresta à dentro, sentindo o vento da manhã em atrito com seus agasalhos. Esfregou a palma da mão uma na outra, e iniciou um breve aquecimento com os braços.

O clima estava frio, ainda mais por estar em meio às árvores no seu local de treinos. Mas ignorou esse fato com o pensamento de que precisaria se preparar, antes de desaparecer Jiraiya havia comentado algo sobre “encontrar inimigos”, e ele queria estar em forma para enfrentá-los. Sentia que não demoraria.

A palma de sua mão esquerda formigava, mas ele não sabia dizer se aquilo era um bom ou mau sinal. Na verdade, ele não sabia dizer o que seria dele dali pra frente. Não parava de pensar nos planos que fizera no dia anterior, porém, tratou de espantar os pensamentos confusos, empunhando sua espada.

Começou com movimentos para frente e para os lados, e logo depois treinou breves golpes usando o vento como alvo, já que ele não queria arranhar sua preciosa katana. Sorria orgulhoso por estar conseguindo manusear algo mortal tão bem, nem parecia o cara desastrado de sempre.

Horas se passaram até ele sentir seu estômago pedir por comida. Apoiou-se em uma pedra e seu corpo experimentou o frio mais uma vez, mesmo com o sangue quente devido ao treino.

Elevou seu olhar para o alto, pensando no quanto ele era imprudente por querer manter um treino tão demorado em pleno inverno, e arrepiou-se por completo quando o vento forte tocou sua pele, dando o aviso de que deveria procurar por abrigo, ou ao menos algo para se aquecer. Recolheu suas coisas, caminhando de volta para casa, e resmungando que provavelmente ficaria resfriado.

Refez o percurso de volta à sua origem e parou em frente ao aclive que o levaria ao local onde viu Jiraiya pela última vez, sorriu tristonho ao juntar suas mãos e inclinar-se no meio do caminho fazendo uma reverência ao seu tutor.

— Eu não vou fugir! — disse, ao subir seu tronco. Jiraiya não estava mais ali, mas esperava que ele visse, de onde quer que estivesse, que ele se esforçaria e aceitaria seu destino. — E eu não volto com minhas palavras! ‘ttebayo!

Naruto nunca fora uma pessoa de desistir facilmente, ao contrário, quanto mais difícil, mas ele queria.

Em poucos minutos, ele já podia avistar sua casa. Entrou e foi direto aos seus aposentos, procurando pelo ovo que continuava imóvel no local onde tinha sido deixado. Jogou mais uma coberta por cima, e seguiu para o banheiro. Depois do pequeno treino ele só precisava de banho e comida.

Naruto também acordou cedo na manhã seguinte e ainda mais animado que no dia anterior. Criou coragem para fazer uma pequena faxina na casa, organizou todas as suas coisas, prendeu a bainha com sua katana na cintura e pôs o ovo em sua bolsa improvisada. Deu adeus a casa, agora limpa, com o pensamento de que um dia ele retornaria.

Passou demorados minutos em cada cômodo do lugar, experimentando uma última vez o calor acolhedor do local onde soltou suas melhores risadas, onde teve suas noites mal dormidas, onde esperou Jiraiya voltar de suas noitadas e também onde acordou seu tutor das piores formas possíveis, sorriu ao lembrar-se de como era chutado contra a parede todas as vezes que ele pulava e gritava, aumentando ainda mais a ressaca do homem.

Deixou o pequeno imóvel com o seu melhor sorriso. Estava calmo e mais confiante do que nunca. Desejou que fosse abençoado com boas histórias e aventuras, até que encontrasse o bendito herdeiro e descobrisse sua missão na terra.

Era o início da caminhada do jovem samurai de cabeça oca, que honrava com suas palavras e que não falharia.


Notas Finais


OBS.: O título lá no início do capítulo é a tradução do nome do capítulo, tipo Ketsui = Determinação, ou seja, os outros também são assim.

AVISO DA INGRID:
Então, sabe-se que o inverno no Japão inicia-se em Dezembro e perdura até Janeiro, e como sabem aqui na fic ainda é novembro, ou seja: "Ingrid sua anta, tu não se atentou na estação. Prestenção guria." NÃO!
Não vou negar que eu me enrolei nisso aí HUHUSHSAUSAH, MAS, há um motivo de eu querer manter essa data (27 de Novembro) como data do início de tudo, pois foi nesse dia/mês (não no mesmo ano hahauahuaha) que eu me juntei à uma galerinha muito legal, e isso incluí a Rafa <3. E como eu sou cheia de viadagi quis colocar essa data como uma homenagem ao pessoal: (Dayse, Lua, Paty e todo mundo que está lá). Então, aqui o inverno vai ser em novembro HUWHEUEHUEHEUE, mas não é o correto. Certo?
Então FLW, VLW TCHAU TCHAU
Até o próximo capítulo do Naruto!


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