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História Fy Eiddo (SasuSaku) - PARTE 02: Genen (Descendência)


Escrita por: DudaKCALY

Notas do Autor


Oi, oi, gente! *-*

Capítulo 34 - PARTE 02: Genen (Descendência)


Fanfic / Fanfiction Fy Eiddo (SasuSaku) - PARTE 02: Genen (Descendência)

Fy Eiddo
Capítulo Trinta e Quatro – Genen

 

.-*-.

Porque eles vão te perseguir

Até a escuridão

Sim e eles vão perseguir você

Até você cair

E eles vão te perseguir

Até o seu interior

Até que você não possa mais rastejar

Way Down We Go – Kaleo

.-*-.

 

– Você sumiu – acusou Sakura assim que Sasuke retornou para a festa.

O moreno sentiu as mãos pequenas de sua mulher tomarem as suas, mas não conseguiu desviar seus olhos do céu iluminado pelos fogos.

Haviam comprado fogos de artifício? Quem? E quando?

Ele franziu o cenho levemente e baixou o olhar para a mulher à sua frente, que o olhava com preocupação.

– Alguém comprou fogos de artifício? – ele perguntou.

Sakura sorriu levemente, e balançou a cabeça negativamente.

– Fui eu quem fiz.

Os olhos de Sasuke arregalaram-se de um modo que parecia que iriam saltar para fora.

– Seu primeiro feitiço?

– Bom... Nessa escala? Sim.

Sasuke abriu um sorriso completo, um daqueles que ele raramente dava, e então abaixou-se, pegando Sakura no colo pelas pernas e começando a girá-la.

Sakura ria como uma criança feliz, enquanto os flocos coloridos ainda caíam. Ela jogou a cabeça para trás e abriu os braços, e Sasuke sentiu seu peito leve ao ver aquela garota tão leve e risonha.

Após alguns segundos ele a pôs no chão, então enlaçou seus dedos nos cabelos da nuca de Sakura e puxou-a para um beijo ardente. A rosada pôs suas mãos por cima das dele e se derreteu, entregando-se ao beijo. A língua de Sasuke era quente e macia, enroscando-se com a sua numa dança sensual que a fazia ver estrelas.

Os polegares calejados de Sasuke faziam leves carinhos em sua bochecha, e ela sentia-se cada vez mais quente. Era um beijo delicado, cheio de amor e carinho, mas isso não fazia com que fosse menos excitante.

Sasuke bebia daqueles lábios tão doces, e pensava que poderia ficar assim com ela para sempre. Desejava que o tempo congelasse naquela noite, e que os problemas que ainda enfrentariam sumissem num passe de mágica. A pele de Sakura estava quente e era macia, e o rosto delicado cabia perfeitamente na palma de sua mão.

Lentamente ele foi findando o beijo, unicamente porque precisavam respirar. Ele abriu os olhos a tempo de admirar Sakura ainda com os seus fechados, ofegante e com os lábios levemente inchados.

Ele sorriu novamente e puxou-a para mais perto, dando um selinho longo em sua mulher. Logo depois a puxou para um abraço apertado, onde quase esmagou a cabeça dela contra seu peito. Sentir Sakura em seus braços era o paraíso. Saber que ela estava bem, feliz e que era só sua fazia todos os esforços valerem a pena. Levou o nariz até os cabelos de sua Hanner, aspirando com força o cheiro delicioso que vinha dela. Sentiu o ar entrar em seus pulmões e acalmá-lo como nenhum calmante do mundo conseguiria.

– Vai me contar o que está acontecendo? – perguntou ela ainda abraçada a ele.

O moreno respirou fundo apertando-a ainda mais. Não queria esconder mais nada dela, afinal ela seria sua esposa e também a Senhora de sua alcateia. Também sabia da forte amizade entre ela e Sara, e esse era mais um motivo para não poder esconder, de jeito nenhum, a situação que se daria a seguir.

– Problemas com Sara e Richard.

Ele sentiu a rosada ficar tensa e logo fazer força para se soltar dele. Sasuke abriu seus braços e ela encarou-o nos olhos. O verde agora transmitia preocupação e confusão.

– O que aconteceu?

– A base de Wawr foi atacada pela Akatsuki ontem.

Sakura arregalou seus olhos e abriu sua boca por causa do susto que levou.

– Eles estão bem?

Sasuke assentiu.

– Sim, mas o ataque foi comandado pelo pai da Sara, e pelo que Richard me contou eles se encontraram no meio da batalha.

A rosada levou os dedos aos lábios, tentando fechá-los.

– E aí?

– Pelo que parece Obito disse algo que não deveria. A relação entre os dois é complicada, ele é o principal motivo da Sara não ser aceita como Marcada do Richard, você sabe.

A Haruno assentiu, compreendendo a situação.

– Acha que ela virá para cá?

– Richard acha que sim. Pediu que avisássemos se isso acontecer.

– Se ela vier vou conversar com ela. Talvez ela conte o que houve para mim.

Sasuke assentiu.

– A amizade entre vocês é muito forte. Ela se abrirá para você – concordou o moreno.

Sakura suspirou, e então buscou abrigo nos braços do namorado. Sasuke a acolheu, e apertou-a forte. Os dois sabiam que os tempos turbulentos haviam voltado.

 

 

.-*-.

 

 

Izumi sorria e tentava se divertir, mas sabia que aquelas atitudes não eram reais.

Ela não estava feliz, não estava se divertindo, nem mesmo estava achando graça das piadas que Naruto contava há alguns minutos. Ela apenas entrava na brincadeira numa tentativa desesperada de viver.

Faziam mais de duas semanas que ela e Itachi estavam brigados. Desde a discussão na cozinha que eles não se falavam mais direito. A verdade é que ambos eram muito teimosos e orgulhosos, e nenhum dos dois admitia estar errado.

A morena sofria por ficar longe de seu amado, e já havia chorado bastante pelos cantos, mas quando sabia que ele a olhava fingia que nada a atingia e que tudo estava bem com ela. Mas a verdade é que estava morrendo por dentro.

Itachi, do outro lado da festa, observava sua marcada rir e se divertir junto à seus amigos. Sabia que ela era muito mais extrovertida e simpática do que ele próprio, e por isso não se assustou como em pouco tempo já havia conquistado praticamente a alcateia inteira. Mas admitia que vê-la aparentemente tão feliz o machucava.

Ele sentia seu peito estraçalhado com a discussão que haviam tido, e as semanas que passou longe dela eram de matar. Sabia que ela estava fingindo, mas mesmo assim... Era horrível pensar que talvez ela não se importasse tanto assim.

Mesmo magoado não deixava de observá-la. Izumi já havia tomado algumas doses, e a face corada indicava sua embriaguez. Ela não estava mais em seu juízo perfeito, e isso o fez redobrar a atenção sobre aquela morena.

Ela estava numa roda feminina junto com Sakura, Ino, Hinata, Mikoto e Kushina. Estavam todas de pé, rindo alto e conversando com uma empolgação admirável, quando Itachi viu Kakashi chegar na festa.

Todos os machos da alcateia sentiram o cheiro do grisalho quando ele pôs os pés naquele gramado, e automaticamente ficaram em alerta. Não gostavam de tê-lo ali, mas suportavam sua presença por Sakura, que infelizmente precisava dele.

Um música lenta começou a tocar na festa, levando vários e vários casais a irem para o centro do gramado juntos. Itachi apenas observou calado quando Sasuke foi tirar Sakura para dançar, e esta o aceitou com toda graciosidade do mundo.

Ele bufou e cruzou os braços, irritado. Queria dançar com Izumi também, mas seu orgulho fisgava forte em seu peito.

Porém, de repente, os olhos ônix se tornaram duas navalhas afiadas. O feiticeiro estava indo em direção à Izumi.

Ele expandiu suas narinas e aguçou seus sentidos. Precisava escutar o que eles diriam. Se aquele velhaco sequer pensasse em...

Quer dançar, jovem dama?” – perguntou o grisalho.

Itachi estourou o copo de vidro que tinha nas mãos. O rosnado saiu involuntariamente de sua garganta. Ele iria matar aquele velho imbecil.

Suas pernas moveram-se sozinhas, e com uma agilidade impressionante ele foi até sua marcada.

Izumi encarava o grisalho completamente perplexa. Sua boca abria e fechava, tentando encontrar uma resposta que não vinha de jeito nenhum. Ela sentiu uma mão firme lhe segurar pelo braço, e logo suas costas bateram contra o peito de alguém. O cheiro de Itachi a circulou, e ela logo sentiu seu interior se aquecer. Era a primeira vez que tinham algum tipo de contato físico desde a briga.

– Cai fora – rosno Itachi encarando Kakashi com fogo nos olhos.

O grisalho abriu um sorriso zombeteiro e inclinou levemente sua cabeça para o lado.

– Lembrou que tem mulher, é? – perguntou o feiticeiro, atrevido.

– Nunca esqueci – respondeu Itachi fazendo um esforço enorme para se controlar.

O feiticeiro ia abrir a boca para retrucar, mas Itachi não permitiu.

– Eu não sou um homem admirado por ter paciência, e admito que excepcionalmente hoje estou com meu pavio bem curto. Se não sair de perto da minha mulher em três segundos juro que racho sua cabeça nesse chão.

Kakashi apenas suspirou, balançando a cabeça negativamente e rindo sozinho.

– Ah, lycans... Sempre tão frenéticos – lamentou o grisalho em voz alta – À bientôt.

O feiticeiro saiu andando calmamente festa adentro, e Itachi não desviou seus olhos dele até que estivesse bem longe.

– Quer me soltar? – disse Izumi irritada.

Os olhos ônix voltaram-se para ela, e estavam tão negros que cravaram fundo dentro de sua alma. O braço que estava ao redor de sua cintura ficou imóvel.

Num movimento rápido Itachi a soltou, apenas para puxá-la de volta depois, selando seus lábios num beijo ardente. A língua do moreno invadiu sem permissão a boca de Izumi, e ela se derreteu entre aqueles braços fortes.

O beijo que trocavam era sôfrego, quase desesperado. As duas semanas que haviam ficado afastados pareciam querer fazer explodir seus corpos.

Izumi enroscou seus braços em volta do pescoço de Itachi e puxou-o para mais perto. Como também era uma lycan as forças ficavam equilibradas e o beijo muito mais intenso.

Aos poucos, foram se separando, mesmo que essa não fosse a vontade real de nenhum dos dois, mas mesmo que fossem seres sobrenaturais precisavam de ar.

– Me desculpe... – sussurraram os dois ao mesmo tempo.

Os olhos se abriram, e as testas se tocaram. Um sorriso brotou em ambos os lábios, e eles se abraçaram forte.

Itachi enterrou o rosto na curva do pescoço de Izumi e aspirou forte o cheiro dela.

Eram um casal quente, em todos os sentidos.

 

 

.-*-.

 

 

Alguns dias atrás...

Sara estava parada em frente à janela, de braços cruzados, apenas observando a movimentação do lado de fora.

Estava vestida com uma roupa comum, – calça jeans grossa e escura, uma bota de cadarços preta e uma blusa de lã, manga longa e gola alta cinza – o que era sinal de que não voltaria para suas atividades normais na base.

A mala estava pronta sobre a cama, e as chaves de um dos inúmeros carros da Wawr estava ao lado dela. Respirou fundo, fechando os olhos. Assim que soube que Richard iria para a Grécia, tomou essa decisão. Precisava de um tempo longe do Conselho para pôr seus pensamentos em ordem.

A Uchiha fechou a janela à sua frente, tomou a grande mala nas mãos e saiu do quarto. Andava com uma pose imponente e passos firmes. Assim que chegou na garagem, jogou o que tinha nas mãos para o banco de trás e fechou a porta. Já ia contornando o carro para partir, porém a voz rouca a fez travar no lugar.

– Ia embora sem se despedir?

Os olhos se arregalaram e a respiração se acelerou. Nunca esperava que o Arquerrite aparecesse ali. Sua esperança era ir embora sem que ele a visse.

Lentamente ela fechou os olhos e se acalmou, respirando fundo. Fez força em suas pernas e lentamente virou-se, podendo assim encarar o namorado. Ele estava sério, e seus olhos escarlate brilhavam como sempre.

– Achei que estivesse ocupado demais para se preocupar com essas questões – o tom frio e indiferente que usou impressionou até a si mesma.

Viu ele bufar e passar as mãos pelo cabelo de um jeito nervoso.

– Você precisa me torturar desse jeito? – resmungou ele desviando seu olhar para um ponto qualquer que não fosse ela.

Sara mordeu em cima dos dentes, e sua barriga queimou. Ainda se lembrava das palavras de seu pai, e o que ele havia dito ela não poderia perdoar.

– Estou indo – rosnou simplesmente, e então virou-se para entrar no carro.

O que aconteceu a seguir foi muito rápido: Richard usou sua velocidade vampírica para ir até ela e segurar seu braço. Sara, por reflexo, puxou-o com força, olhando para ele com os olhos cheio de lágrimas.

– Não toca em mim! – berrou ela, fazendo o Arquerrite travar no lugar.

A morena não esperou mais nenhum segundo. Antes que as lágrimas que se acumulavam em seus olhos caíssem, ela abriu a porta e entrou no veículo. Em poucos segundos estava longe dali.

Richard ficou parado por longos minutos no mesmo lugar, ainda com o braço estendido e os olhos arregalados. Sua respiração estava ofegante e seu coração destruído.

Ela... Ela o odiava?!

Os olhos começaram com um leve ardume, e logo ele sentiu uma gota quente lhe escorrer pela face. Ainda mais assustado, ele limpou a lágrima e pigarreou, tentando retomar a coerência de seus pensamentos.

Enfiou as mãos no bolso de sua calça com força e então saiu dali. Seu peito estava pesado, e ele sabia que essa vontade de chorar não passaria tão cedo, assim como a imagem dos olhos raivosos de sua marcada não sairiam de sua mente.

 

 

.-*-.

 

 

A mansão Uchiha estava silenciosa, assim como todo o bairro. Um dia pós festa não era muito animado, mesmo que lupinos se recuperassem rápido de toda aquela algazarra que haviam feito. Praticamente todos faziam corpo mole, ainda mais num domingo, que não existia trabalho nem obrigações concretas.

Sakura abriu seus olhos lentamente, ainda considerando voltar a fechá-los e dormir de novo. Sentia o braço quente de Sasuke sobre sua cintura e também o calor que vinha dele, que estava encostado em suas costas.

Suspirou, satisfeita, e já ia voltar a dormir, mas alguma coisa lhe fez levantar.

Ela estranhou sua própria atitude, mas foi até o banheiro e tomou um banho rápido, pôs uma roupa qualquer e saiu de casa. Eram 8 da manhã, e todos ainda dormiam.

Sabia que Sasuke havia escutado quando ela levantou, afinal ele tinha todos os sentidos muito apurados, mas agradeceu mentalmente quando ele não a seguiu nem a questionou por nada. Não sabia o que, nem aonde, mas precisava fazer sozinha.

Ela seguiu andando pelas ruas, ainda sem um destino certo, quando viu Izumi vindo andando em sua direção. A morena parecia feliz, radiante, na verdade, e sua aparência estava muito mais relaxada.

Sakura sorriu para ela, recebendo o mesmo gesto de volta. Gostava da morena, e as duas estavam construindo uma boa amizade.

– Onde vai tão sedo, senhorita Uchiha? – perguntou Sakura para a morena assim que chegou perto dela.

– Estou indo até o mercado, na cidade. Vou comprar algumas coisas pro café da manhã.

Sakura suspirou.

– Presumo que você e Itachi tenham feito as pazes.

Viu com diversão as bochechas brancas ficarem coradas de vergonha.

– Sim, ontem à noite durante a festa.

A rosada sorriu.

– Fico feliz por vocês.

– Ah, eu também, acredite – disse a morena juntando as mãos em frente ao corpo – Mas você e Sasuke também pareciam muito bem quando saíram da festa agarrados ontem.

Sakura sentiu suas bochechas esquentarem, e então desviou os olhos.

– Porque você não vai ao mercado, ham? – perguntou a Haruno constrangida, e Izumi gargalhou.

– Tenha um bom dia, minha senhora – a morena, ainda rindo, fez uma reverência respeitosa e saiu andando.

Sakura respirou fundo e sorriu. Essa garota era uma pestinha.

Quando as coisas voltaram a ficar silenciosas, a rosada começou a ouvir alguns barulhos que vinham da academia de Sasuke.

Franziu o cenho, estranhando. A academia não era aberta aos domingos, e tinha certeza que todos que trabalhavam ali – ou deveriam trabalhar – ainda estavam dormindo.

Suas pernas moveram-se sozinhas, e ela estranhou ainda amis a porta estar destrancada. Quando entrou, o barulho ficou mais audível. Era o som oco de socos e uma respiração ofegante.

Sara estava socando um saco de areia repetidamente. Estava vestida com um top e um short de lycra pretos. Suas mãos estavam enfaixadas, e os cabelos soltos já grudavam com o suor em sua testa.

Sakura sentiu um alívio ao ver que era uma conhecida, mas logo a preocupação a atingiu.

Ela parecia estar raivosa. Furiosa, na verdade. Os olhos não se desviavam do caso, como se ele fosse um inimigo real, e as mãos já sangravam com a potência dos socos.

O saco de areia finalmente cedeu, e ela ajuntou-o do chão, jogando para algum canto, onde Sakura viu haver mais quatro iguais àqueles. A morena pegou outro, pendurou no mesmo lugar, e voltou a soca-lo com toda a força que tinha.

Sakura riu.

– Olha, eu não gostaria de ser a pessoa a quem essa raiva está destinada.

Sara não parou seus movimentos, sequer desviou seus olhos do saco de areia. Apenas bufou e passou a socar ainda mais rápido.

– Se eu tivesse a oportunidade – resmungou a morena, ofegante – Eu quebraria a cara dele, e depois o mataria.

A Haruno deu alguns passos à frente e sentou-se no chão do tatame central.

– Quer conversar?

Sara, ao ouvir a proposta, socou ainda mais forte o saco, fazendo-o se desprender da corrente. Ela chutou-o, e ele foi arremessado contra a parede, rasgando o tecido e espalhando areia por todo o lugar.

Ela estava ofegante, e ainda ficou algum tempo ali parada, de punhos cerrados e expressão pesada.

– Uhum... – resmungou a rosada, sorrindo – O Sasuke vai ficar uma fera quando ver essa bagunça.

Sara fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, respirando fundo.

– Ele que se foda – resmungou a morena, ainda de pé.

– Uau! – exclamou Sakura – Temos uma gatinha nervosa aqui!

Sara virou-se para ela e abriu um sorriso cansado. Depois veio andando até o tatame, onde pegou uma toalha e sentou-se em frente à Sakura.

Enquanto tentava secar um pouco o rosto e os cabelos, ela começou a falar.

– Encontrei com meu pai.

Sakura respirou fundo, assumindo uma pose séria. Precisava ajudar sua amiga.

– Pois é, fiquei sabendo.

Sara pôs a toalha sobre o colo e baixou os ombros, dando uma risada irônica.

– Ah, claro... Eu deveria saber que ele contaria.

– O que aconteceu?

A morena encarou a toalha branca sobre suas pernas e suspirou.

– Na hora que ele chegou eu estava lutando contra um dos feiticeiros da Akatsuki.

Sakura franziu seu cenho.

– Achei que o feiticeiro da Akatsuki era o Kabuto.

– Cada um dos líderes da Akatsuki tem um sob sua guarda. Kabuto era do Orochimaru, e esse era do meu pai.

A Haruno assentiu, compreendendo.

– Continue.

– Como eu já disse, eu e o feiticeiro estávamos batalhando, e num momento de distração ele me agarrou pelo pescoço, e fez alguma coisa... – disse Sara levando a mão até seu pescoço – Senti uma queimação por dentro, e depois frio. Muito frio. Fiquei completamente paralisada, como se eu não estivesse mais dentro do meu próprio corpo.

Sakura sentiu sua boca secar. Ainda não conhecia muito de feitiços, mas esse não parecia nada bom.

– Acho que ele iria me matar, não sei... – continuou a morena ainda encarando a toalha – Ele me jogou no chão, e parecia que ia embora, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, meu pai chegou.

Sakura prendeu a respiração.

– Ele cortou a cabeça do feiticeiro bem na minha frente. O sangue quente respingou no meu corpo, e eu voltei a respirar. Achei que ele iria embora, ou iria ele mesmo me matar, mas aí...

A morena parou, respirando fundo.

– O que ele fez? – perguntou Sakura, temerosa.

Sara continuou seu relato.

 

Flash Back On:

 

Sara encarava seu pai parado à sua frente, com a espada cheia de sangue nas mãos. Ele a encarava, indiferente, enquanto ela ainda tentava recuperar o fôlego.

Com muita dificuldade, a morena se levantou. Quando já estava de pé, ignorou suas pernas trêmulas e abriu um sorriso irônico.

– Veio me matar pessoalmente? – perguntou, amargurada.

Obito continuou ali, parado, apenas encarando-a.

– Deveria me agradecer – disse ele após algum tempo apenas encarando-a.

– Mas é claro que sim – resmungou Sara ajuntando sua arma do chão e já andando em direção à saída.

Quando ia passar por seu pai, ele a segurou pelo braço.

Ela encarou-o, mas não tremeu, nem demonstrou medo. Não iria permitir que ele a visse fraquejar.

– Ele te engana – disse o homem encarando-a profundamente.

Não sabia se deveria confiar no pai, mas sua curiosidade havia sido atiçada.

– Quem?

– O Arquerrite.

Sara estreitou seus olhos, e com um puxão se soltou do pai.

– Lave essa sua boca suja para falar dele – rosnou Sara, e já ia saindo dali.

– Garanto que ele não te contou que você vai morrer ao conceber seu primogênito.

Essas palavras fizeram Sara estancar no lugar, completamente petrificada.

Lentamente, ela virou-se para o pai.

– O que? – perguntou com voz fraca.

– Existe uma maldição que ronda os Arquerrite. Assim que concebem seu primeiro filho homem, suas marcadas morrem.

Sara sentiu sua respiração falhar e sua boca secar.

Não podia acreditar no pai.

– Você está mentindo – acusou – Não vou cair nos seus joguinhos.

Obito apenas abriu um sorriso torto.

– Eu jamais mentiria para você, filha – e dizendo isso, sumiu.

Sara ainda ficou encarando o nada por alguns segundos. Sua mente estava branca e seu corpo travado.

Tinha que ser mentira.

 

 

Flash Back off.

 

Isso só pode ser uma invenção. – completou a rosada após ouvir todos os relatos.

Sara suspirou, se levantando.

– Não é. – afirmou encarando o nada.

– Como sabe?

– No final da batalha dei de cara com meu sogro. Eu sabia que ele não me aceitava muito bem, mas também sabia que tinha alguma estima por mim por eu ser sua futura nora. Então perguntei à ele.

– O que ele disse?

– Depois de xingar meu pai de várias e várias coisas, e amaldiçoar o dia em que os Uchiha foram criados, ele foi obrigado a me confirmar tudo.

Sakura levou a mão aos lábios, completamente sem palavras. Sua pele ficou branca, e seus olhos não conseguiam se desviar da Uchiha à sua frente.

– Meu Deus... – foi a única coisa que conseguiu dizer.

Sara chutou com força uma parte do saco de areia que havia caído no chão. Bufou, levando as mãos à cabeça.

– Ele... Ele mentiu pra mim! Mentiu esse tempo todo! – exclamou Sara, como se estivesse vomitando tudo o que estava trancado dentro de si – Ele não me contar uma coisa desses foi uma apunhalada pelas costas. Foi como me matar!

Sakura apenas escutava a amiga, enquanto sua mente trabalhava freneticamente. Ela se lembrava bem de como reagiu da mesma forma que Sara quando soube que Sasuke havia escondido dela o verdadeiro motivo de Itachi não estar em Konoha.

– Eu odeio mentiras, e nunca imaginei que justo ele mentiria assim pra mim. Meu Deus, eu ainda não consigo acreditar... – Sara levou as mãos ao rosto, enquanto lágrimas já desciam desenfreadas por seu rosto.

A rosada foi andando até ela e abraçou a amiga, que prontamente recebeu o gesto com gosto. A pele da morena estava fria, e ela tremia. As consequências da separação já haviam começado.

– Shhh, calma – pediu Sakura alisando os cabelos da Uchiha, tentando acalmá-la.

– Como posso conviver com isso, Sakura? – perguntou Sara agoniada – Eu sonho em ser mãe!

Sakura sentiu seus olhos marejarem. Nem conseguia imaginar a dor que a amiga deveria estar sentindo.

– Eu sei amiga, eu sei... – sussurrou a rosada com a voz embargada.

– Não vou poder ver meu filho crescer, nem vou poder amamentá-lo, ou ensiná-lo o que é certo e errado. Eu vou morrer! Meu filho vai crescer sem uma mãe, sem amor materno, sem... Sem mim!

Os soluços começaram, e o pequeno corpo sacodia violentamente. Sara chorava desesperadamente, e Sakura sentia seu peito pesado. Ver a amiga assim a estava matando por dentro.

 


Notas Finais


AAAAAAAA EU SOU DO MAL `.´
Como demorei muito a postar o capítulo passado, resolvi compensar postando logo esse hehe
Meu RiSara sofrendo T.T Quem mais queria a Sakura como amiga conselheira? Kkkkkkk

Sobre a história paralela sobre o Richard e a Sara, por enquanto não vai rolar gente, pq realmente faltam muitos caps e eu teria que reescrever todos eles (e eu tenho preguiça cof cof), mas quem sabe um dia? Huhuhu Prometo que aviso vcs se isso acontecer!

Oq estão achando? Não mereço muitos comentários por ter voltado assim tão rápido? ^.^
Até o próx galerinha *-*
Bjoxxx <3


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