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História Gangster Heart II - Dark Season - Craft bones


Escrita por: babbyz

Capítulo 34 - Craft bones


POV Cameron

              – E você foi lá? – Perguntei animada me jogando nas costas da cadeira do escritório

              – Sim senhora – Chad respondeu me fazendo gargalhar vitoriosa – Fiz questão que me vissem, e pensassem que eu estava correndo atrás deles.

              – Isso! – Gritei me levantando – E Sabrina, te seguiu como eu mandei?

              – Segui Cameron – Ela retrucou revirando os olhos – Posso ir agora?

              – Deve – Respondi pegando a caneta na minha mesa – Você tem um programa daqui duas horas, precisa se aprontar.

              – Você deveria parar de me mandar fazer programas, eu tô cansada de comandar tudo sozinha e ainda por cima ter que trabalhar desse jeito. Tá na hora de arrumar outra garota!

              – Você só da opinião quando...?

              – Quando você permitir – Ela completou minha frase e bufou estressada – Estou indo.

              – O que ela é afinal senhorita? – Chad me perguntou confuso enquanto Sabrina saía

              – Trafiquei ela quando comecei com isso. Frank deixou uma grana comigo sem saber e eu acabei começando por tráfico de mulheres. É muito mais fácil investir em gente pra fazer o trabalho sujo pra você do que usar suas próprias mãos... – Me sentei novamente na minha cadeira, e olhei minhas mãos admirando – Mas enfim – Voltei a olhar pra ele – Não se deixe enganar. Sabrina pode ser traficada mas ela ainda é sua superior. E o que ela disser pode ter certeza que sempre é a mando meu. E claro, devo meus créditos a ela por algumas artes próprias que ela faz sozinha as vezes, não é de um todo ruim.

              – Entendi – Chad me respondeu e, ajeitou o terno – Posso ir?

              – Levou o corpo como te pedi?

              – Sim, e queimei. Hoje mesmo eles devem ficar sabendo, isso se já não estiverem.

              – Os D’amarinno não são tão rápidos assim – Apoiei meus ombros na mesa pensativa – Ou são?

              Chad me encarou calmo, mas não me respondeu. Esperava certamente novas ordens e eu realmente não estava tão disposta a dar agora.

              – Pode ir embora garoto – Continuei e ele foi saindo – Você tem uma casa pra vigiar.

              Meu plano estava indo bem. Eu precisava que os D’amarinno pensassem que Frank estava em ação e não eu, pra poder agir com cautela. Nada me impediria de ir mais rápido se eu pudesse agir sem os olhos deles voltados pra mim. Com Danielle grávida agora minha preocupação era nas outras meninas engravidarem, atrapalharia muito minha linha de raciocínio pra poder pegar eles de surpresa. Ou trabalhariam pra mim ou nunca mais trabalhariam.

              Usar um corpo aleatório pra queimar no aeroporto clandestino deles era uma carta na manga que eu não podia desperdiçar. Quando fiz isso da primeira vez mandando os Valentim pra cadeia, foi uma jogada de mestre e fez com que tudo ficasse muito apagado, mas agora eu não estava mais com os meninos para poder usar isso de apagador. Na época por eu ser tão próxima deles era certamente uma carta na manga, e agora, eu precisava de outra.

POV Harry

              – Pelo amor de Deus – Pedi manhoso e Amanda me encarou sapeca – Eu não aguento mais, escolhe qualquer coisa.

              – Sempre que vir ao shopping comigo precisa ser mais paciente – Ela retrucou calma – Aliás, depois daqui nós vamos lá na sua boate? Não esqueça que hoje chega uma parte do carregamento lá.

              – Tanto faz – Respondi enquanto meu celular vibrava e quando abri vi que era uma notificação de SMS de Liam – Acho que o gerente vai fazer esse controle.

              “Vocês viram o que aconteceu? Danielle acabou de receber uma ligação.”

              Uma interrogação surgiu em minha cabeça e foi inevitável que eu ficasse confuso. Amanda saiu do provador olhando na tela do celular e me olhou assustada

              – Outro corpo queimado – Ela falou agora com o olhar perdido – Dessa vez no aeroporto dos meus pais.

              Travei. Minha cabeça parecia estar embaralhada de várias formas que não se encaixavam e eu tinha que começar a pensar rápido. Os meninos certamente essa hora já estavam se reunindo pra discutir o assunto e eu comecei a ficar ansioso para ir embora, assim como Amanda.

              Ela pagou suas contas e logo após saímos andando daquele shopping de mãos dadas. Amanda jogou as compras atrás do banco e se sentou ao meu lado, mexendo no celular enquanto eu dirigia rapidamente pra casa de Louis.

              – Você acha que foi a mesma pessoa que queimou o corpo quando vocês mandaram os Valentim pra cadeia? – Perguntei calmo

              – Eu não sei – Amanda continuava olhando para o celular – Mas é bem provável. Se fizermos as contas direito, aquele corpo foi queimado em uma situação em que eu e as meninas estávamos em vantagem. Outro corpo ser queimado no aeroporto dos meus pais é complicado.

              – Precisamos resolver isso. Tá ficando cada vez mais estranho e o cerco tá se fechando.

              – O cerco já tá fechado a muito tempo Harry – Amanda disse finalmente me encarando – Só estamos correndo em círculos.

          Chegamos na casa de Louis e os carros já estavam lá. Entramos no escritório e a discussão já estava em pauta e quando entramos na sala um silêncio rápido pairou, porém acabou assim que notaram que éramos nós.

              – Pessoal – Zayn disse gesticulando silêncio com as mãos – Isso tudo tá muito estranho. Temos notícias de polícia no local?

              – Nada – Sophie respondeu calma, sentada na poltrona – Só removeram o corpo e já se livraram dele.

              – Se livraram como? – Perguntei confuso – Não deram sumiço antes de tentar descobrir quem é, né?

              – Claro que não né Harry – Amanda me respondeu como se fosse óbvio – Mandamos pro pessoal certo pra investigar.

              – Isso é um absurdo – Carly disse depois de dar um gole no copo de whisky – Todos os D’amarinno, inclusive nós, poderíamos nos complicar com uma situação dessas. Se os fornecedores ficam sabendo que tem corpos sendo encontrados no aeroporto, em pontos cegos onde não tem visualização de câmeras, a gente se fode muito. Eles vão querer trocar o lugar de entrega e retirada e nós não vamos estar mais em vantagem.

              – A questão é: - Liam questionou, pensativo – Se quem queimou esse corpo queimou o primeiro, a pessoa sabia que vocês estavam com os Valentim naquele dia e sabiam que íamos fazer uma operação ontem.

              – Se fosse um assalto, nós que poderíamos ter ido pro xadrez e isso nunca aconteceu. – Niall retrucou puto – Mas essa pessoa sabia que não era um assalto.

              – Temos vídeos do momento em que a pessoa chegou? – Louis perguntou

             – Temos uma câmera de segurança da torre de controle dos voos que pode ter pego o carro chegando pelo menos – Myle disse tirando um pen-drive do bolso – Antes de vir pra cá já fiz o favor de pegar.

              Myle abriu o computador que estava na mesa do escritório e colocou para reproduzir o vídeo no projetor. A câmera tinha visão noturna e por mais que o aeroporto estivesse muito escuro, dava pra enxergar todos nós chegando, e a tela era divida em várias áreas que as câmeras conjuntas pegavam.

              Até que estava lá. Um carro grande e preto chegando e estacionando no canto contrário da pista do ângulo de onde os pais das meninas estavam, quem quer que fosse, sabia que estavam lá. Desceram então as duas pessoas, já de máscaras, e saíram correndo para o canto de onde eles estavam, e de lá saíram andando, a pessoa da frente deu um tiro pra cima chamando atenção e saiu correndo da segunda pessoa. E foi nesse momento que os pais das garotas viram e pensaram ter saído de onde eles podiam ver.

              Assim que entraram no aeroporto correndo, nós já tínhamos dado a ordem de evacuação, o que foi muito bom. Dentro do aeroporto continuava aquele jogo de gato e rato incessante, mas não passava de atuação de ambos. Enquanto as meninas estavam descendo as escadas, uma das pessoas estava parada observando, encostada no escuro, e só conseguimos enxergar pela ponta do pé que o único feixe de luz da lua deixava vacilar naquele aeroporto de luzes apagadas. Mas onde estava a segunda pessoa? Estava escondida? Estava correndo, ainda? Sabia que o outro estava parado observando as meninas descerem?

              Foi então que quando elas terminaram de descer, e foram entrando nos carros, a figura que as observava sumiu. O escuro não nos dava mais a vantagem de enxergar quem realmente era e aquilo era preocupante. Mais tarde nas gravações, se via Sophie voltando e todos nós voltando atrás, e a pessoa que estávamos seguindo procurando nas salas algo que ela definitivamente não queria achar; mas sim ganhar tempo.

              – Volta a imagem – Amanda pediu – Volta a imagem pro momento em que o carro chega. – Ela reforçou e Myle assim o fez – Agora zoom na placa do carro.

              Não deu muito trabalho para identificar a placa. Amanda pegou o celular e discou um número que não sabíamos de quem era, e em poucos minutos passou a placa e pediu para que fosse verificado.

              – Pronto – Ela disse desligando o telefone – Em pouco tempo vamos saber o paradeiro desse carro.

              – Boa – Danielle disse se ajeitando – O primeiro passo pra irmos atrás.

              – Tá, mas e o paradeiro da segunda pessoa? Em algum momento na imagem as duas se confundem e a gente não sabe quem é quem. – Niall disse colocando as mãos no bolso

              – Calma gente, calma... – Sophie disse rindo relaxada – Vamos atrás do dono da placa primeiro. Se encontrarmos a primeira pessoa, encontraremos a segunda.

              – Vocês acham que são os Valentim? – Perguntei confuso

              – Acho que não. Eles andam muito sumidos e isso está me deixando curiosa... – Carly me respondeu – Frank está dando as caras sozinho e isso é ridículo. Temos notícias de Cameron?

              – Nada – Retruquei – Desaparecida também.

           – Eu daria simplesmente tudo para saber se foi ela quem queimou aquele corpo no dia em que mandamos os Valentim pra cadeia. – Amanda disse me fazendo pensar

              E o pior é que realmente poderia ser. Nessa noite, Cameron não estava com a gente, ela foi pra casa de Niall, mas ele estava tão dopado que certamente depois da transa ela caiu fora, e nós não sabíamos onde ela estaria aquela noite.

             – Na tarde em que Sophie tomou o tiro – Falei depois de raciocinar um pouco – Deixamos Cameron e Frank no local. Meses depois ela foi na casa do Zayn pedir arrego...

               – Faz sentido – Zayn disse calmo – Depois daquele dia ela nunca mais apareceu.

              – É, mas quando saímos, Frank apareceu sozinho no racha – Amanda completou – Se estivesse com Cameron saberíamos.

              – Ou não. – Sophie disse calma – Qual é gente, eles não deixariam isso tão óbvio.

              Até que Amanda recebeu uma ligação. Atendeu e, em poucos segundos já voltou a desligar o telefone.

          – Temos a placa do carro, mas pelo que parece ele tinha duas. – Ela falou apoiando as mãos na mesa – No momento da filmagem, tínhamos uma – Ela mostrou a tela pausada com a primeira placa, a que mandamos pesquisar – A segunda foi a que foi colocada quando o carro que deixou os dois saiu do aeroporto. Já temos ela também. O carro não está muito distante de Carson City, então vou lá dar uma olhada. Aparentemente, está num ferro velho pronto pra ser queimado.

              – Vou com você – Falei me levantando – Os demais ficam. A gente não pode dar alarde.

              POV Cameron

              – Eles o quê? – Perguntei gritando enquanto escutava entediada aquela reunião, e joguei o celular com raiva no chão

              – Eu falei que trocar a placa não adiantava... – Sabrina me respondeu enquanto contava umas notas, com os pés apoiados na mesa – Você é nova nisso ainda Cameron.

              – Mas não deixo a desejar. Chad enfiou a câmera muito bem escondida atrás do quadro no escritório e graças a isso estamos tendo noção de todos os próximos passos.

              – Chad foi ideia minha – Ela retrucou tirando os pés da mesa e me encarando, colocando o dinheiro na minha frente – Até eu que não cresci nesse meio to fazendo um serviço melhor do que o seu.

              Não deu nem um segundo direito que Sabrina me respondeu e queimei a maçã de seu rosto com um tapa ardido. Aquela vadia precisava saber como me tratar e eu comecei a perceber que estava dando muita asa pra ela.

              – Você tá fazendo o serviço que eu deixo você fazer – Falei apontando o dedo pra ela e indo pra cima – Não venha dizer que meu trabalho é inferior. Você pode fazer o melhor trabalho do mundo pra mim, mas nunca será do meu nível. Nunca vai chegar aonde eu estou chegando. Tá me entendendo Sabrina?

              – Tá Cameron – Ela falou acariciando a maçã do rosto – Já acabou?

              – Vaza daqui sua vagabunda – Falei irritada – Já encheu meu saco. Já que você trabalha tão bem vai arrumar o que fazer e tenta dar um sumiço na porra do carro, antes que eu surte.

               Sabrina saiu do escritório nervosa e eu saí logo atrás. Passei na cozinha e peguei uma maçã verde e fui andando pra sala, encontrando Thomas sentado no sofá branco.

              – O quê é isso aqui? – Perguntei tirando a atenção dele que secava minha empregada – Garota, vai buscar um whisky pra ele.

              – Tá podendo né Cameron... – Ele me respondeu rindo enquanto eu me sentava no sofá de frente pra ele – Até casa comprou.

              – Teu chefe é um idiota – Falei mordendo a maçã – Deixou um dinheiro comigo e eu to me virando sozinha.

              – Quem é a garota que saiu cuspindo vento? Sua namorada? – Ele perguntou sarcástico

             – Se fosse estava bom – Retruquei rindo – Infelizmente estou fadada a ser hétero. É só uma garota que trabalha pra mim, só isso. Mas não precisa sentir ciúmes, sabe que sou sempre sua, não sabe?

             – Minha e de todo mundo que te abre portas pra onde você quer chegar, não é mesmo?

             – Um dia te ensino como se faz – Levantei a maçã sinalizando um brinde e ele se jogou nas costas do sofá – Ou você acha que as pessoas conseguem algo sem subir nas outras? Nada é de graça.

              – Tá voando alto gatinha – Ele respondeu pegando o copo que a empregada serviu e, olhou de novo pra bunda dela – Só não esquece que quanto mais alto o voo, a queda é maior.

              – Vindo de alguém que fracassou tantas vezes em algo que eu estou obtendo sucesso? É muita coragem mesmo.

              – Ué, não foi você que precisou sumir com um carro e mesmo assim deixou pistas?

              – Andou ouvindo minha conversa Thomas? – Perguntei fazendo uma expressão de desdém

              – Viu o que eu disse? Você tá achando que tá na frente, mas sempre tem alguém um passo ao lado. Fora que mesmo tão perto do nosso foco eu ainda estou dando uma de desaparecido – Ele deu um gole olhando pro copo – Cada coisa, esse povo gosta de um fantasma né.

              – Ora vamos – Me levantei e sentei em seu colo – Ainda não são fantasmas, vão ser depois que a gente acabar com elas.

              – Olha o voo Cameron – Thomas disse olhando pra minha boca e, selei nossos lábios rapidamente – Você não muda mesmo.

              Beijei ele de novo e dessa vez joguei a maçã para trás, e tirei o copo de sua mão colocando na mesa ao lado. Thomas tirou a arma da cintura e colocou junto do copo, e começou a tirar o meu roupão de cetim enquanto eu me ajeitava em seu colo, de forma que deixou até a cintura e ele começou a beijar meus seios.

              Joguei a cabeça pra trás descompensada e senti suas mãos apertarem minha bunda e voltei o rosto pra ele, dessa vez puxando seu queixo pra um beijo alarmante. Tirei sua camisa e Thomas me jogou no sofá, enquanto tirava o cinto e abaixava a calça, me fazendo ver que seu membro já marcava o tecido da cueca. Abaixei o tecido e comecei a chupar com maestria, fazendo ele agarrar meu cabelo e começar a socar na minha garganta de uma forma deliciosa.

              Depois de babar bem seu membro, ele me tirou do sofá e se deitou, me puxando pra cima em um meia-nove perfeito. Brandon me chupava por baixo do roupão me fazendo arrepiar por completo, e eu chupava ele com uma vontade que me fazia ter certeza de que ele estava aproveitando ao máximo. Ele começou a me dedar e não aguentei continuar chupando; comecei a rebolar de forma satisfatória e ele levantou o tecido que me cobria e deu um tapa estralado na minha bunda me fazendo sorrir safada.

              Thomas me virou e eu sentei em seu membro deixando o roupão caído nas laterais dos meus braços de forma que meus seios ficavam à mostra. Comecei a cavalgar nele e ele apalpava meus peitos de forma prazerosa, batia no meu rosto e eu pegava chupando seus dedos enquanto o encarava.

              Ele me colocou de quatro e começou a bombar de forma rápida, puxava meu cabelo e eu olhava pra trás pensando em como era fácil manter essa vida; um sexo bom com um cara que certamente ia me matar depois daquela merda toda acabar era satisfatório pelo simples fato de que eu amava viver na base do perigo.

              Depois disso, ele se deitou de novo no sofá atrás de mim e voltou a me penetrar. Virei o rosto pra trás e comecei a beijar ele alternadamente enquanto ele metia em mim e aquilo já estava me levando a loucura; Thomas sabia como me deixar excitada e aquilo estava me conduzindo ao meu ápice.

              Não demorou muito tempo; Thomas tirou seu membro de mim e gozou na minha barriga, me fazendo chegar ao ápice logo em seguida. Ficamos deitados alguns minutos nos encarando e trocando alguns beijos enquanto ele se recuperava, até que eu me levantei e sentei ao seu lado de novo, pegando um baseado que estava ao lado da arma dele e acendendo enquanto ele vestia sua calça de novo e eu ajeitava meu roupão

              – Desse jeito é sempre muito bem-vindo aqui – Falei vitoriosa – Falando nisso, o que trouxe a ilustre visita na minha casa?

              – Eu e os caras estávamos com uns planos e a gente vai se encontrar.

              – Ah, é? – Perguntei rindo enquanto ele guardava a arma – E o que é dessa vez? “Uma super bomba na casa dos Petrovinny mata os mafiosos mais perigosos de Vegas e coloca uma nova máfia no poder”?

              – Talvez isso – Ele deu de ombros – E você já pensou qual vai ser quando isso tudo acabar? Vai trabalhar pra gente?

              – Meu bem, sabe que as coisas não funcionam assim mais – Falei enquanto a fumaça saía da minha boca – Não existe mais “nós”, não é? Seu chefe me expulsou no dia que a sua vadiazinha levou um tiro.

             – Frank está meio perdido mesmo... – Ele deu mais um gole no whisky – Apareceu lá no racha pra confrontar Sophie e Danielle.

              – Ele acha que é esperto mas é muito burro, isso sim – Ofereci os cigarros pra ele que pegou um – Desculpa falar mas em arte de tortura ele é um Lord – Elogiei de forma exagerada fazendo Thomas me encarar rindo tranquilo – Mas em planejamento, eu vou te dizer...

              – É, eu vi que a tal da Sabrina lá tá bem é te mostrando como é que faz. Vacila com ela que faço ela colar com a gente... gostosa desse jeito ainda.

              – Pode transar com ela quanto quiser, mas Sabrina é minha – Retruquei calma – Se tentar tirar ela de mim aí sim arrumará problemas.

              – Você arruma problemas – Ele falou calmo – Pra mim vai ser sucesso. A garota tem razão, você sem ela não é nada. A verdade é que Sabrina te da asas, mas o voo quem levanta é você. A coitada vai no seu embalo e não faz ideia de que você tá mexendo com cachorro grande. – Thomas disse se levantando – Enfim, se quiser, vamos nos encontrar amanhã de manhã na casa do Brandon. Chegue cedo – Ele vestiu a camisa e eu encarei ele – Ou durma lá. Ele anda carente, talvez precise dar uma atenção a mais, sabe como é.

              Thomas pegou a arma e colocou na cintura, saindo pela porta e me deixando uma enorme interrogação. A verdade é que realmente eu andava muito dependente de Sabrina, e precisava dar um jeito de acabar com isso logo.

POV Amanda

              Chegamos no estacionamento e Harry me encarou de forma que avisava que estava pronto. Descemos um pouco longe e eu estava com as minhas botas sem salto e isso tinha me salvado por um momento. Fomos andando e quando chegamos na quadra dos carros que seriam destruídos, de longe avistamos o carro que estava no aeroporto.

              – Chegamos – Eu disse no ponto e eu e Harry nos olhamos – Já temos visão do carro.

              – Pra quê o ponto? – Ele perguntou enquanto eu amarrava melhor o cadarço das botas – Se já estou aqui com você?

              – Emergência Harry – Respondi e ele sorriu – Já te disse que não sou nova nisso.

              Eu e ele descemos o barranco e demos de cara com a cerca. Começamos a escalar e quando chegamos no topo, nos jogamos do outro lado do cercado, batendo firme o pé na terra seca que subiu levemente uma pouca quantidade de pó. Eu e Harry nos abaixamos e em silêncio fomos andando de carro pra carro, até encontrarmos o automóvel que estávamos procurando. Entramos no carro e nos sentamos nos bancos da frente, e começamos a fuçar em tudo.

              – Estamos dentro – Falei novamente no ponto – Qual a situação? – Perguntei dando o ponto para Harry ouvir também

              – Aparentemente limpo, vocês precisam achar o que tem aí e guardar, pra trazer pra cá. – Carly respondeu calma – Sejam rápidos, se as pessoas estão nos vigiando sabem que estamos fazendo isso e sabem que estão pelo menos procurando o carro. Precisam vazar o mais rápido possível.

              Harry abriu o porta luvas e tinham algumas cápsulas de bala ali dentro, certamente que foram usadas pra matar a pessoa que foi queimada, ele colocou dentro de um pequeno saco transparente e continuou procurando. Passei um pano no painel do carro e guardei em outro saco, e fomos colocando tudo que poderiam ser provas dentro da mochila que levamos.    

              Até que ele encontrou algo que nos intrigou; uma escuta. Seja de onde for, ela deveria ter um ponto controverso, um lugar de onde a pessoa do outro lado poderia nos ouvir se ligássemos, então era algo que exigia muito cuidado. Guardamos a escuta e também achamos no banco de trás a jarra de gasolina que foi usada para queimar a pessoa que estava lá.

              – Quanta merda – Harry disse me fazendo sorrir – Tanta coisa junta assim a pessoa tá pedindo pra ser descoberta – Ele disse encarando a blusa que estava jogada debaixo do banco

                – Tem gente observando vocês – Carly disse e me petrifiquei, encarando Harry – E não é funcionário do ferro-velho.

              – Quantas pessoas? – Harry perguntou enquanto eu prendia meu cabelo e terminava de juntar a mochila

              – Dois homens e uma mulher – Ela respondeu – Estão indo em direção ao carro. Tentem pegar pelo menos a mulher, ela não está uniformizada ou algo do tipo então deve ser a mandante disso tudo – Ela deu uma leve pausa – Deve pelo menos ser alguém que conhece o mandante. Geralmente quem tá mais em risco tá com colete e nem isso essa vagabunda levou.

              Por algum motivo do destino, ao lado do carro em que estávamos, estavam duas vans bem velhas e enferrujadas. Harry saiu sem fazer muito barulho e se colocou na que estava ao lado da porta dele e eu fiz o mesmo. Ajoelhada, peguei a arma que estava na minha perna e coloquei na minha cintura atrás de mim, e já estava pronta para o que der e viesse.

                – A mulher parou – Carly disse me deixando confusa – Foi conversar com um funcionário aparentemente. Esperta, muito esperta... Ela quer o máximo de distração possível. Os homens estão se aproximando do carro, um de cada lado.

              – Merda – Sussurrei e ouvi Carly dar uma risada debochada

              O sol forte de fim de tarde me permitiu ver a sombra pela janela do homem passando atrás da van. Eu que já estava me preparando pra certamente tomar uma surra de um cara enorme não ia dar o braço a torcer; as meninas sabiam que eu não era do tipo de conter meu nervosismo por mais enorme que fosse o cara.

              Cuidadosamente eles se viraram  e parei de ouvir qualquer barulho; provavelmente estavam abaixados e tinham plena certeza que eu e Harry estávamos dentro do carro ainda nos escondendo, mas não estávamos.

              – Agora – Harry disse e eu gelei

              Abrimos as portas das vans e antes que eu pudesse apontar a arma pra aquele animal enorme ele tomou um impulso forte e me empurrou dentro do automóvel. O baque foi tão forte que ela balançou e eu levantei na mesma hora com o braço impulsivo pra lançar um soco no rosto daquele filho da puta, que desviou e me deu um certamente bem mais forte no nariz.

              – Vem aqui garotinha... – Ele disse com maldade vindo até mim e eu sorri, sentindo o gosto do sangue do meu nariz alcançar minha boca

              Fui pra cima dele saindo da van e batendo no carro e apertei seus olhos com meus polegares, fazendo o cara gritar de ódio. Ele me chutou com força e eu caí no chão, agarrando com as duas mãos punhados de terra seca enquanto ele vinha pisar na minha barriga, mas me virei. Ele se abaixou pra dar um tapa no meu rosto, mas me curvei pra cima levando toda aquela terra em seus olhos, e chutando sua intimidade com força.

               Saí por debaixo das suas pernas com pressa enquanto o cara agonizava e vi Harry sendo preso por uma chave de braço que estava sufocando ele, e joguei minha arma fazendo com que no mesmo momento ele pegasse, virasse no joelho do cara e desse um tiro, e logo após ele sorriu pra mim em agradecimento.

              Quando me virei, o meu problema estava vindo pra cima de mim furioso com uma faca, me encostando com força no carro e cortando levemente minha garganta, até que dei uma cuspida forte em seu rosto fazendo ele me dar um tapa forte na cara e ao mesmo tempo, ouvir um estrondo baixo da silenciadora, de forma que o cara arregalasse os olhos e eu olhasse para o seu joelho, vendo que meu homem tinha atirado nele.

              – Que merda é essa? – Harry disse vindo até mim e vendo o corte na minha garganta

              – Relaxa – Falei calma e ele selou nossos lábios rapidamente – Carly, qual a situação?

              – A garota ainda tá conversando com o cara, jogando um charme. Amarrem esses dois idiotas, se não levarem ela pelo menos vai levar esses dois aí.

              – Vamos amarrar eles e... – Falei calma e senti uma dor insuportável na hora

              Não tive tempo nem de pensar; caí no chão no mesmo instante, ao lado daquele saco de merda. A faca que ele usou pra cortar minha garganta ele usou pra fazer um corte enorme na lateral do meu joelho e quando me tomei pra mim, senti o cão no meu corpo

              – Você não gosta de tiros no joelho sua vadia? – Ele disse em risadas falhas – Tá aí seu troco.

              Antes que Harry atirasse, eu peguei a faca que ficou jogada ao meu lado e lancei um corte profundo em seu rosto, fazendo com que ele caísse no chão

              – Você não gosta de facas, seu cuzão? – Perguntei ficando de quatro em cima dele, vendo que ele cuspia sangue – Tá aí seu troco.

              Harry me levantou, mas a dor estava insuportável. Comecei a mancar e peguei a fita isolante que estava no meu bolso e me ajoelhei, amarrando primeiro as mãos do primeiro cara e tirando todas as armas dele, enquanto Harry amarrava os pés, e fizemos o mesmo com o outro em seguida. Jogamos os caras em uma das vans e demos sonífero para os dois, nos certificando de que eles não nos dessem problemas por um tempo.

              – Eu vou na frente pelos carros – Harry disse calmo – Consegue pegar ela?

              – Talvez eu precise de ajuda por causa do joelho – Respondi calma – Mas acho que consigo sim.

              Ele foi andando na frente e eu com dificuldade o acompanhei. Harry me encarava aos poucos pra me certificar de que eu estava bem, mas só estava preocupada em pegar aquela vagabunda. Conforme fomos chegando perto, eu estava estranhando pois não estava escutando a conversa de ambos.

              – Carly – Harry disse percebendo o mesmo que eu – Situação?

              – A garota simplesmente sumiu – Ela respondeu – Que ódio!

              – Calma – Sussurrei para o Harry enquanto ele me olhava confuso

              – Vamos procurar de onde ela estava por último – Ele retrucou e realmente fazia sentido

              Chegamos atrás do carro que estava ao lado da cabine do funcionário do ferro-velho. A noite, que já estava dando seus primeiros sinais, estava caindo aos poucos e estávamos começando a nos complicar ali naquele lugar. Quando me apoiei na porta para encarar a cabine, ouvi uma arma engatilhar e senti o cano na minha cabeça, e quando olhei, era o funcionário.

              – Quem é você? – Ele perguntou puto e Harry me encarava de trás dele

              – Calma – Respondi segurando o cano da arma – Eu não sou ninguém. Só estou procurando uma amiga. Ela estava falando com você agora, quem é?

              – Harry, não atira – Carly disse com cautela – Ela tá por aí. Não desvia a atenção porra!

              – Acha que eu vou acreditar nesse papo furado? – Ele me perguntou balançando a arma – Tá toda machucada garota.

              – Ali atrás! – Carly gritou – A garota, tá ali atrás!

              Ouvi disparos e vi Harry correr pra longe atrás da menina, desviando a atenção do cara que estava me ameaçando. Aproveitei o desvio de atenção dele e puxei a arma, jogando para o lado e empurrando ele contra o carro, que tentou me deferir um soco mas eu puxei sua mão e o virei de costas, e agora eu que estava dando uma chave de pescoço nele.

              – Não é pra matar Amanda – Carly disse e eu bufei nervosa

              – Se liga caralho, eu só to apagando ele – Respondi enquanto ele caía que nem um saco de merda no chão

              Peguei a arma e saí na melhor tentativa de uma corrida atrás de Harry. Agora no corredor entre os carros vi a menina correr próxima a mim naquele labirinto sem fim, e lancei o tiro com a espingarda, fazendo com que a garota se abaixasse

              – Vai sua vagabunda – Gritei vendo que ela estava encurralada e, dei mais um tiro, que atravessou as portas – Vai sair ou eu vou ter que tatuar uma peneira no seu peito?

              – Amanda! – Harry gritou se aproximando de mim

              – Eu vou matar ela Harry – Respondi e ele sorriu maldoso – Não vai sair? Vou te dar mais uma chance. Um, dois...

              Antes que pudesse lançar mais um tiro, ouvi um barulho e o carro que estava ao posto desse começou a sair do lugar. Vi que a garota estava dirigindo e dei mais um tiro, pegando na parte superior do banco da frente e pela pouca luz eu não consegui enxergar se pegou nela ou não.

              – Vamos sair daqui porra – Harry disse saindo correndo e eu o persegui, e entramos na Van onde escondemos os caras – Vai ter que ser esse carro mesmo.

              – Carly, manda levarem o carro que vim com Harry. – Eu disse no ponto

              – Já estão a caminho. – Ela retrucou calma – Nos encontramos na casa do Zayn.

              Usamos a Van e começamos a correr o máximo que dava. A menina tinha pegado uma caminhonete que não superava muito a velocidade, mas ela entrou dentro do mato com o carro e aquilo estava me dando um enjoo forte. Quando fui colocar o rosto pra fora, vi a caminhonete de distanciando e puxei o volante de Harry, fazendo nossa Van dar uma virada brusca, mas ele sabia muito bem como conduzir.

              O mato estava escuro e eu estava sem paciência já. Me coloquei pra fora do carro e dei mais tiro assustando a garota, fazendo ela dar uma curva muito acentuada e seu carro capotar. Aproveitei o momento e tirei a silenciadora da cintura e atirei várias vezes no tanque de gasolina, ouvindo a explosão forte que se fez e afastando a nossa van do carro dela.

              – Isso que eu chamo de trabalho bem feito porra! – Harry gritou animado enquanto eu recarregava a arma e eu sorri

              – Pra casa do Zayn – Falei calmo e ele riu – Vamos.

 



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