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História Gangster - Jikook - Capítulo Dois


Escrita por: _UnNieeJoyZ_

Capítulo 4 - Capítulo Dois


Fanfic / Fanfiction Gangster - Jikook - Capítulo Dois

Acordo com gritos e o tintilar de correntes. Uma garota está sendo arrastada por um dos homens de terno. E quando ela resisti mais um pouco acaba levando um tapa em seu rosto, tão violento que a derruba no chão.

Chorando ela é arrastada pelos braços até o elevador.

- O que está acontecendo? - pergunto para Jin que ainda se encontra ao meu lado.

- O leilão será daqui poucas horas, estão nos levando para nos arrumarem.

- Nos arrumar?

- Você não acha que eles vão nos leiloar da forma como estamos, acha? - olho para sua aparência desleixada, eu não devo estar muito melhor considerando que acordei caído no chão, cheguo a conclusão de que ele está certo - esses caras não querem perder dinheiro, quanto mais atraentes estivermos, mais eles ganham.

- Como sabe de tudo isso? - pergunto.

- Já estive aqui uma vez.

- E por que voltou?

- De acordo com o homem que me comprou eu era irritante pra cacete - ele sorri.

Dois homens param a nossa frente e Jin espera pacientemente até eles soltaram suas correntes antes de se levantar. Faço o mesmo e nós dois somos guiados para o elevador que sube até o penúltimo andar. Lá nos separamos sendo levados para quartos diferentes.

O andar inteiro parece ter sido fechado para o evento já que além de mim, várias outras pessoas são levadas pelos corredores como se estarem acorrentadas fosse normal.

O homem praticamente me joga dentro de um dos quartos e fecha a porta. Uma moça de aparência jovem e cabelos roxos vem na minha direção. Ela abre um sorriso amigável, os dentes brancos ganhando destaque por conta de seu batom vermelho.

- Olá - fala segurando minhas mãos e com uma pequena chave que tirou do bolso me libera das algemas.

Acaricio os pulsos sentindo uma leve dor.

- Você é muito bonito - a moça fala - qual seu nome?

- Park Jimin.

- Realmente encantador - a olho esperando que me fale seu nome também mas ela apenas sorri - venha Jimin, vou trabalhar em você.

Eu a sigo pelo quarto e ela me entrega uma toalha apontando para o banheiro em seguida.

- Tome um banho, mas termine em no máximo meia hora. E não tranque a porta, estou tentando ser legal aqui e não pedir a ajuda dos seguranças, mas você vai ter que colaborar.

Assinto uma única vez antes de entrar no banheiro. Me despi jogando as roupas no chão mesmo. Acho que não vou mas vê-las de qualquer forma.

Ligo a água em uma temperatura morna, relaxando meus músculos doloridos por ter passado horas dormindo no chão.

Tive muito tempo para processar o que aconteceu no caminho de casa até aqui, então tudo que faço durante o banho é pensar em nada, como uma espécie de meditação. Eu não queria saber quem ia ser o desgraçado que iria me comprar e nem para onde eu iria. Nada disso importa mesmo, afinal eu não tenho outra escolha. Então o melhor a fazer é seguir o fluxo.

Meia hora depois a garota dos cabelos roxos entra no banheiro me chamando.

- Hora de sair, vamos.

Eu espero que ela feche a porta antes de desligar a água quente. Saio do chuveiro embrulhado em um roupão branco e macio.

- Vamos começar com o seu cabelo - ela fala me colocando sentado em uma cadeira de frente para uma penteadeira.

A garota seca meus cabelos e passa chapinha para dar um formato na franja e finaliza-lo. Em seguida passa para a maquiagem.

- Oh meus Deus, seus olhos são realmente azuis? - exclama surpresa.

- São - dou de ombros

- Eles são muito lindos - ela passa mais um pouco de sombra.

Depois ela me coloca de pé no meio do quarto e me joga um frasco de óleo de macadamia.

- Passe isso aí.

Ela então se vira e começa a mexer em uma arara de roupas, ficando de costas para mim. Isso é muito imprudente. Nós podemos ter quase a mesma altura mas eu posso silencia-la em um piscar de olhos. Mas não vou fazer isso, eu só causaria problemas a mim mesmo, e ela é uma pessoa legal. Eu tiro o roupão e passo o óleo por todo o corpo.

- Por que tenho que fazer isso mesmo? - pergunto.

- Para ficar mais atraente, eu acho - ela da de ombros vindo até mim sem parecer se importar com a minha nudez.

Ela me oferece uma camisa branca de botões.

- Só isso? - tenho quase certeza que está faltando a roupa íntima e um par de calças.

A garota não responde então eu simplesmente visto o que me foi dado.

Me olho no grande espelho da penteadeira. A camisa branca vai até o meio das minhas coxas, tem um grande decote no peito e o tecido translúcido deixa minhas tatuagens parcialmente visíveis.

- Ficou ótimo - ela pega mais alguma coisa na mala - mas agora vou ter que colocar isso de novo - fala parecendo meio desapontada me mostrando um par de algemas com correntes.

Mas essas são bem mais brilhantes e refinadas que as anteriores, mesmo tendo o dobro da espessura. Acho que ela esperava alguma resistência da minha parte pois fica surpresa quando eu simplismenste estendo meus pulsos em sua direção.

- Essas são para os tornozelos - fala finalmente se abaixando e as prendendo nos meus pés.

Ela os prendeu e me levou até a porta. A passos curtos já que meus movimentos estão limitados. Quando a abre o segurança que me espera do lado de fora me olha de cima a baixo. Se ele gostou do que viu, não deixou transparecer.

Estava quase saindo do quarto quando me lembro de algo e me viro para a garota.

- Qual seu nome?

- Se eu tivesse permissão para falar, já teria dito faz tempo.

Eu assinto para ela antes de me virar e me deixar ser guiado até o elevador mais uma vez. Porém agora subimos até a cobertura.

Quando as portas se abrem eu me deparo com um corredor coberto por um tapete vermelho. Todas as janelas haviam sido cobertas com cortinas do mesmo tom.

Andamos por ele até entrarmos em uma sala onde o segurança me posiciona no meio de uma fila mista de meninos e meninas e coloca um broche com um número de indentificação meu peito. Eu serei o 11° a ser leiloado.

Olho para os lados procurando por Seok-Jin. O encontro olhando para mim a alguns passos de distância. Ele é o número 5.

Os seguranças param de andar entre nós e fecham a porta do corredor que da acesso ao cômodo deixando somente uma saída liberada que estava bem a nossa frente. Um barulho alto de um microfone sendo ligado toma conta do ambiente e logo depois uma voz masculina grave começa a falar.

- Boa noite senhoras e senhores, primeiramente gostaria de agradecer a presença de vocês está noite e lhes dar o cumprimento de meu patrão, que infelizmente não pode nos agraciar com sua adorável companhia neste momento - algumas pessoas riem com o tom sarcástico de sua voz - Tenho quase certeza que todos conhecem as condições de venda mas irei repassa-las mesmo assim. Por favor, durante o leilão permaneçam sentados em seus lugares. Eu irei anunciar o lote e direi suas especificações e lhes mostrarei um pouco do porduto para que vocês o avaliem, então darei um valor para começarem os lances. Quando se interessarem levantem a plaquinha que lhes foi entregue ao entrarem na sala e digam em alto e bom som o quanto estão dispostos a pagar. Logo depois os compradores irão assinar os contratos oficializando a transação e sua compra será transportada até o local desejado. Obrigado por sua atenção e tenham um bom leilão e uma boa noite.

Alguns aplausos são ouvidos junto a murmúrios e meu estômago se revira ao escutar o leiloeiro se referindo a mim como se eu fosse um objeto ou um mero pedaço de carne que se compra no açougue tipo, "Moço, me vê um quilo de contra coreano por favor?" . Essas pessoas me dão vontade de vomitar, isso sim.

- Nosso primeiro lote da noite é uma jovem de dezoito anos - a garota no início da fila aprensenta certo receio mas se coloca a andar quando leva um empurrão nas costas por um dos seguranças - ela nasceu aqui mesmo em Seul. 1,62 de altura e 43 kg. Suas habilidades envolvem balé, pintura e falar duas línguas. Sendo essas coreano e inglês. Nada além do básico senhores - mais risos - como podem ver o corpo está em perfeitas condições, sem manchas ou cicatrizes. Os dentes também estão em perfeito estado e as mãos e pés estão bem cuidados. Os lances irão começar em 78.645,00 mil.

Por um momento enquanto escutava os lances pela garota subirem eu me senti mal por ela. Mas comecei a pensar que logo estaria na mesma situação. E deixei a empatia de lado.

Quando dei por mim a garota já estava sendo trazida de volta do palco. Várias lágrimas escorriam pelo seu rosto e ela fungou ao passar por mim. Suas roupas que eram idênticas as minhas estavam caindo pelos ombros, quanse deixando seus seios expostos. Meu peito apertou e eu franzi as sobrancelhas. Não Jimin, você deve continuar firme. Depois de tantos anos seu coração não vai amolecer justo agora, quando você mais precisa.

A fila estava andando mais rápido do que eu esperava. Não havia se passado mais de vinte minutos e já estava na vez de Seok-Jin. Ele olha para trás me lançando um sorriso reconfortante e anda até o palco.

- Olha só, essa é uma ficha bem extensa, nosso quinto lote é um homem de vinte e um anos. Originado de Gwacheon-si. 1,79 de altura e 63 kg. Suas habilidades envolvem: cozinhar, cantar, tocar piano e violão, também é fluente em três línguas, sendo essas coreano, japonês, chinês e também sabe o básico de inglês e alemão. O corpo dele esta bem cuidado embora essa não seja sua primeira vez aqui. Mas seu antigo comprador me garantiu que ele aguenta bastante coisa, se é que me entendem - o leiloeiro fala essa última parte com um tom malicioso arrancado mais risadas - Os lances começam em 92.680,00 mil.

Esse é realmente um preço bem alto. E conforme os lances vão sendo feitos só aumentam. No final o lance vencedor é de 213.400,00 mil.

Seokjin é escoltado de volta para a sala em que esperávamos e ao passar por mim pisca.

- Boa sorte Jimin - é a única coisa que ele tem tempo de dizer antes de o puxarem pelas correntes.

Quem o olhasse não imaginaria que ele já passou por esse tipo de coisa mais de uma vez.

Minhas mãos começam a suar, várias pessoas a minha volta estão chorando. Algumas até tentaram fugir mas em troca só acabaram se ferindo. Troco o peso do corpo de um lado para o outro conforme minha vez se aproxima. Há somente mais duas pessoas na minha frente.

Tudo a minha volta começa a girar e os sons ficaram abafados. Em toda a minha vida eu posso contar nos dedos quantas foram as vezes em que eu senti medo. E posso acrescentar que quando escuto o leiloeiro me anunciando e sinto o empurrão nas minhas costas foi uma delas. Mesmo eu tendo tentado as dissimular ao máximo.

- Senhoras e senhores essa é outra ficha que tem o que falar - o homem fala com voz surpresa - mas como nosso tempo é curto vou ter que resumir se não se incomodam. Quem comprar nosso próximo lote sem dúvidas será uma pessoa de sorte.

Eu engulo seco conforme entro no palco a passos vacilantes. As luzes fortes do ambiente me fazem piscar algumas vezes. Atrás do palco tem um telão que deveria ocupar a parede inteira, e nesse momento ele exibe minha imagem ampliada para que todos naquele lugar conseguigam me ver com cada detalhe.

Paro em cima de uma marcação vermelha no centro do palco. Olhando para todas as pessoas a minha frente. O lugar é como um anfiteatro. É enorme.

- Ele tem 1,73 de altura e pesa 61 kg. Originado de Busan. Uma característica especial são seus olhos azuis. Suas habilidades envolvem: canto, dança e piano. Também é faixa preta em Taekwondo. É fluente em duas línguas coreano e japonês. Também sabendo o básico do inglês - ele fala saindo de trás de seus púlpito e vindo até mim.

Meu corpo se retrai quando ele coloca sua mão atrás do meu pescoço e com a outra segura meu maxilar tentando abrir minha boca. Mas eu não deixo. Trinco os dentes e o olho nos olhos o desafiando.

- Parece que esse é teimoso pessoal - ele diz para a plateia rindo mas sussurra ao se virar para mim - escuta aqui, ou você abre a porra dessa boca ou vou chamar aqueles caras que estavam lá fora com você, posso garantir que eles vão te obrigar a fazer isso.

Eu dou de ombros, estou cagando e andando para aqueles imbecis. E o cara percebeu isso pois logo fala mais uma vez.

- Nesse caso, vou te tirar daqui arrastado e te mandar para os contêineres dos traficantes de órgãos. Eles vão saber lidar direitinho com esse seu temperamento difícil.

Eu estremeço, já estive em alguns desses lugares que as pessoas são levadas para terem seus órgãos removidos. É horrível, eles ficam presos em gaiolas parecendo animais esperando pelo momento do abate. Tem sangue e sujeira por toda a parte. Sem contar o fedor pútrido de carne estregada, álcool, cigarros e produtos químicos.

A contra gosto relaxo o maxilar, afetado pela sua ameaça deixo que ele abra minha boca e mostre meus dentes.

Deus, até parece que ainda estamos no século XVI. Quem vai comprar alguém só por ter dentes bons?

Depois disso deixo que ele abra minha camisa e a tire, me deixando completamente nu. Ele ergueu meus braços, me vira de costas e da alguns tapinhas no meu peito.

- Ele é teimoso mas é um bom garoto - fala e depois de me vestir volta para o seu lugar e anuncia no microfone - os lances iram começar em 87.270,00 mil.

- 87.500,00 mil! - um homem grita ao fundo - ergundo sua placa.

- 87.650,00 mil! - outro grita.

- 90.100,00 mil! - dessa vez foi uma mulher.

- 90. 700,00 mil! - um homem jovem que estavam sentado na fileira da frente grita.

Eu olho bem para seu rosto o reconhecendo. É o safado que ficou me olhando quando passei pelo cassino.

- 100.200,00! - a mulher fala de novo.

- 100.450 mil! - retruca o safado.

- 108.600! - eles pareceram entrar em uma disputa e ficam nessa por vários lances até o ruivo falar.

- 500.350,00 mil.

Todos ficam em silêncio e eu quase engasgo. É muito dinheiro.

- Alguém da mais? - o leiloeiro pergunta - ninguém? Vendido para o senhor Jung Hoseok por 500.350,00 mil - ele bate o martelo e eu sou levado para fora do palco.

Em poucos minutos já estávamos no galpão do prédio mais uma vez. Agora, o lugar está lotado de contêiners de metal. Sou jogado dentro de um deles e o segurança que me escoltava veio para cima de mim de forma violenta prendendo meus pulsos com mais um par de algemas enquanto tirá algo de dentro do terno. E com a pouca iluminação que vinha do lado de fora posso ver que se trata de uma seringa com um líquido amarelo dentro. Eu começo a me debater e tento me livrar de suas mãos conforme a agulha vai se aproximando do meu pescoço. As algemas não estavam ajudando.

- Não quero isso! Me solte! - eu grito quando ele finalmente segura meus braços.

A agulha perfura a pele do meu pescoço e eu sinto uma leve ardência quando o líquido começa a se espalhar pela minha corrente sanguínea.

Instantaneamente meus olhos pesam e eu fico atordoado. Caio para o lado, sentindo minha cabeça se chocar contra o metal produzindo um som oco que reverbera pela minha mente. E então eu apago.


Notas Finais


Olá 🤗

Só passando aqui pra avisar que os valores ali em cima eu coloquei em reais mesmo, ok? Pq se eu fosse fazer a conversão não ia dar muito certo kk 😅 acho que ia me atrapalhar toda...

Mas espero que não tenham se incomodado e estejam gostando 🙂❤


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