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História Garota da Praça - Binuel - Quatro - Ele Está Morto


Escrita por: JonFanfics

Notas do Autor


Olá, como estão?
Não me matem por este capítulo ok? Tudo tem explicação.

Capítulo 21 - Quatro - Ele Está Morto


Bia engoliu a seco, encarando Bianca, quem também a encarava com toda a curiosidade possível contendo uma feição estranha no rosto por ver a irmã com roupas tão diferentes do usual. O que estava acontecendo? Bia suspirou alto mais uma vez. Não fazia idéia que as pessoas do passado poderiam lhe ver ali. Sempre pensou que seria nada mais nada menos que uma simples espectadora dos acontecimentos de seu passado. Estava ferrada. Literalmente. Como se explicaria para a princesa? E se a verdadeira Isabela aparecesse? A morena não tinha a menor idéia do que faria. Estava totalmente perdida. Fechou os olhos por alguns segundos, imaginando que quando os abrisse a nobre não estaria na frente dela lhe exigindo explicações. Era uma tentativa boba e até mesmo infantil, que nada iria adiantar. Ou era isso que Beatriz pensava. 

Quando abriu os olhos não estava mais no passado, mas sim no quarto da pensão de onde havia embarcado nessa louca viagem temporal através de um espelho. Se sentiu até mesmo Alice indo até o país das maravilhas, mas agora estava de volta. Como assim? Piscou repetidas vezes, abrindo e fechando os olhos para ver se não estava sonhando. Era verdade. Estava ali.

 — Você voltou, querida. - Alice entrava pela porta do cômodo, sorridente. - por motivos de força maior o espelho decidiu te trazer de volta. 

 A dona da pensão a abraçou carinhosamente e Bia mesmo confusa aceitou o abraço, pois era bom ver Alice depois de tudo. - Alice, que bom estar aqui de volta. Mas, como assim o espelho me trouxe de volta? Se eu nem sequer cheguei perto dele. Não, eu tenho que voltar. Eu não vi praticamente nada do meu passado. Tenho que ver o que vai acontecer com Isa e Manuel e também desvendar a relação de Bianca e Andrés. - Soltou-se do abraço, andando de um lado para o outro em aflição. Qualquer dia iria dar em louca com tudo que estava acontecendo. Sua vida sempre foi um pesadelo, mas agora estava ultrapassando todos os limites possíveis do imaginário, do surreal. A verdade é que Bia não estava entendendo coisa nenhuma. E a tendência era só piorar.

 A expressão de Alice fechou-se para uma tensa e preocupada, assustando Beatriz ainda mais. - E você vai voltar, querida. Tenha certeza disso. O espelho te trouxe aqui por conta própria, a magia do mesmo agiu sem precisar que você fosse até ele. Isso acontece nos momentos em que é necessária a volta imediata do viajante ao seu mundo. Mas o espelho ainda não terminou todo seu trabalho com você. Ainda vai desvendar muitas coisas sobre a sua história. Porém, ele agora resolveu te trazer de volta pois seu amor, sua outra metade, está em perigo eminente. Manuel Gutiérrez. Está nas mãos do cruel e sádico Mestre. E algo precisa ser feito. 

 Naquele momento, o coração de Bia falhou uma batida, as pernas ficaram bambas começando a tremer e sentia a respiração ofegante. Não era possível o que acabava de ouvir. Seus ouvidos lhe traíram. Tinha que ser isso. Não podia ser verdade. - Manuel, nas mãos de Andrés? - Repetiu a jovem, em um fio de voz, nervosa ao extremo em somente imaginar essa possibilidade. - Não pode ser! 

 A mais velha assentiu, sensibilizada com a reação da garota e acariciando a mão direita da mesma, a qual nesse momento tremia sem parar. Era dificil dar uma notícia dessas, todavia era a mais pura verdade. Parecia que a trágica história de amor daqueles dois estava chegando ao fim. Como sempre acontecia. Tudo se repetia mais uma vez. E ela que pensara que nessa vida atual tudo poderia mudar. Que os jovens amantes poderiam ter alguma chance de quebrar a maldição e serem felizes finalmente. Como fora ingênua. O destino deles, em todas as vidas, sempre era se conhecerem, se apaixonarem vivendo um pouco desse amor e logo depois acabavam morrendo. E parecia que a hora da morte dos dois nessa vida chegava a passos largos. Sentia-se mal pela aflição da Urquiza, apegou-se demais a essa versão de Isabela, como sempre acontecia. Sentia como se estivesse a traindo por leva-la em direção ao seu fim, mas, nada poderia ser feito. Era o destino. E ele tinha que se cumprir. Suspirou, molhando os lábios secos com a ponta da língua para em seguida voltar a falar. - Sim, minha cara Bia. Manuel lhe ama. Sempre lhe amou. Assim como você o ama. Almas gêmeas as quais estão destinadas a se encontrarem em todas as vidas. Tudo que ouviu a respeito dele após seu desaparecimento foram apenas mentiras deslavadas. Na realidade, o seu amor foi levado até Andrés. E você, mais que ninguém, sabe como aquele homem é cruel. Não tem coração. Vai querer se vingar daquele que segundo sua mente doentia a levou dele. - Alice explicava, com voz calma e serena enquanto por dentro se corroia de tristeza e culpa. Principalmente ao ver lágrimas sairem dos olhos escuros da menina.

Bia chorava, aflita. Seu coração doía. Como fora burra. Ingênua. Manuel nunca foi o canalha o qual Rafael criou, pelo contrário. A amava mais que tudo, e por conta desse sentimento iria pagar caro. Manuel não merecia isso. O espanhol era um verdadeiro príncipe encantado que merecia mais que tudo ser feliz. Andrés era cruel, desumano. Sem escrúpulos. Iria querer se vingar, assim como Alice havia falado. Mas, era ela quem ele queria. Quemola não tinha nada a ver com isso. E, se fosse preciso se sacrificar para salvar o espanhol, ela faria. Amava Manuel. E não podia deixar que nada de ruim acontecesse com o mesmo. Enxugou as lágrimas, encarando a outra com pesar. Estava decidida. 

— Alice, eu não posso deixar isso acontecendo e ficar de braços cruzados. Sabe-se lá as atrocidades que Andrés está cometendo com meu amado. Manuel está sofrendo e sendo castigado sem ter feito nada de mal, a não ser me amar intensamente e me proteger. Eu não entendo nada sobre a minha vida, e estou ávida para saber mais, porém, se o espelho me trouxe até aqui é porque eu preciso fazer algo. É a mim que o Mestre quer. Então é a mim que ele vai ter. Eu vou pro Rio, voltarei pro cativeiro secreto. Salvarei meu Manuel, nem que pra isso tenha que morrer em seu lugar.

Alice nada disse. Já esperava essa reação vinda da morena. Era corajosa. Tudo por um amor. Mal sabia ela que provavelmente estava indo atrás da morte dos dois. E que provavelmente tudo seria em vão. Mas, era o que tinha que acontecer. 

 — É perigoso. Mas se é o que você quer, vá em frente. Boa sorte, minha jovem. 

Bia assentiu. Se abraçaram mais uma vez. Poderia muito bem ser o último abraço que trocariam.

 — Se você é tão louca a ponto de ir em uma missão suicida só pelo espanhol, eu vou com você. E não aceito não como resposta! - Noah exclamava, em tom sério. O médico entrou no aposento de repente, surpreendendo as duas com suas palavras. Bem, na realidade a mais velha já esperava por isso. Mais do que nunca sentia o fim próximo. 

 ........ 

Alex respirava fundo, os olhos arregalados percorrendo todo o corpo da agora loira de cima a baixo, como que para ter certeza de que era mesmo ela ali, em carne e osso, e não apenas uma alucinação. Ou um sonho. O rapaz ainda não conseguia acreditar nem assimilar o fato de Mara estar viva. O que viu dias atrás no Fundom dava indícios mais que certos os quais poderiam comprovar que a adolescente estava morta. No entanto, ali estava Mara, na sua frente. Viva. Bem. Com aquele sorriso irônico de sempre estampado no rosto. O ex-integrante da Moondust se encontrava tão espantado e ao mesmo tempo feliz que seu coração batia freneticamente no peito.

Morales riu, achando graça do jeito encabulado do argentino ao vê-la ali, viva e bem. Uma risada gostosa a qual preencheu os ouvidos do jovem e o deu certeza que não estava sonhando.

 — É aí, primo? Não vai me abraçar?

 — Claro, mocinha. - Alex falou, sorrindo largamente. - Mas, você tem muito o que explicar. Eu pensei que estivesse morta. - A puxou para um abraço apertado e cheio de saudades. Era tão bom ter a loira novamente em seus braços e sentir o perfume que ela sempre usava.

 — Eu vou explicar tudo, prometo. - Mara respondeu, olhando o moreno de forma intensa. - Aí, Alex. Eu tava morrendo de saudades suas. 

 O jovem iria responder que também sentiu falta da mesma, porém foi surpreendido com ela agarrando seu rosto e o puxando para um beijo.

Brida, que havia acordado da sesta com o barulho de vozes falando, parou ao lado de Guillermo, surpresa pela cena de Alex beijando uma desconhecida. Surpresa e incomodada. Uma raiva crescia dentro da loira ao presenciar aquilo, seu coração quase parando por míseros segundos. Seria ciumes? 

 — O que está acontecendo aqui? - Indagou, com o sarcasmo evidente em sua voz e fuzilando os dois beijoqueiros com o olhar assim que se separaram. - Quem disse que você pode sair agarrando o meu namorado, queridinha? - Se virou agora para a estranha, quem semicerrou os olhos de surpresa, mas, não desfez o sorriso debochado. 

 — Seu namorado? - Repetiu.

 — Sim. MEU NAMORADO! - Falando assim, a jovem andou até um Alex confuso, o puxando pela gola da camiseta e o beijando intensamente, beijo esse que o rapaz se viu correspondendo quase que de imediato.

......... 

Thiago encarou Ana de forma tensa. Não conseguia mais trata-la da mesma forma de antes, como se nada tivesse acontecido.  Estava aflito e pensando se a namorada havia mesmo se recordado de Victor apesar do chip. E para piorar tudo não conseguia parar de pensar no argentino, e não era por medo de perder a amada e sim algo totalmente diferente. Enquanto os olhares intensos entre ambos em diversas ocasiões se repetia em sua mente, o brasileiro percebeu que talvez pudesse estar atraído por ele, por mais inusitado que pudesse parecer. 

- Tudo bem, Thiago?  - Perguntou Ana, percebendo o jeito estranho e silencioso dele.

Thiago soltou um suspiro pesado. 

- Sim, tudo ótimo Ana. - Respondeu com um sorriso falso enquanto abraçava a jovem de lado. 

- Pode me chamar de Helena. Afinal, eu já sei de tudo. As minhas memórias voltaram faz um tempo Thiago. Eu só não disse nada até agora pra me proteger e ver até onde iriam. Pode contar pro seu querido Mestre que o chip não funcionou em mim como deveria. - Helena confessou friamente,  vendo Thiago arregalar os olhos em choque.

 ..............

 — Mandou me chamar, senhor? - Jazmín perguntou, ao entrar no escritório do Mestre e fechar a porta atrás de si. Estranhou vê-lo sorrir para ela. Ele nunca sorria. Seu olhar parou em uma sacola preta que estava na mesa do homem, com certeza aquilo escondia algo. E provavelmente era daquilo que vinha o cheiro totalmente podre que a mesma sentiu adentrar suas narinas no momento exato em que pisou naquela sala. Jazmín suspirou, intrigada. 

 — Sim, minha ruiva linda. - Andrés sorriu, indo até ela e a beijando ferozmente. Um beijo intenso que deixou a serva do Mestre de pernas bambas. Com o coração acelerado, Jazmín estava extremamente feliz pela atitude dele. Mais uma vez se iludia com que algum dia teria o amor do homem à sua frente. - Estou extremamente feliz e quero compartilhar isso com você.

 — E porque tanta felicidade, meu senhor?

Andrés depositou um último selinho na jovem mulher, antes de voltar ao lugar inicial. - Pois, porque consegui meu maior feito. Tirei meu maior inimigo do caminho. Ele está morto! - Exclamou, rindo enquanto esfregava as mãos. Estava explodindo de alegria.

 Jazmín franziu a testa, sem entender. - Ele quem? Jhon?

 Dessa vez Andrés foi quem a encarou de forma intrigada. - Porque eu mataria Jhon? Ele é meu servo fiel. Me ajudou a capturar minha filha Celeste, e a está monitorando para mim. - O homem falava, parecendo orgulhoso do colombiano. 

 "Se você soubesse que ele a vigia enquanto se delicia com o gosto de seus labios"

 Pensava a ruiva, lembrando do flagrante de mais cedo e das fotos que tirou do momento do beijo. Mas obviamente não falou nada ainda, não queria estragar a felicidade de Andrés, ao menos por enquanto. - Nada não, besteira minha. - Mentiu, sorrindo fraco para disfarçar. - Mas, quem morreu, Mestre? 

Andrés sorriu. Um sorriso maligno que deu calafrios até mesmo na ruiva. - Ah, me livrei daquele imprestável que se meteu entre mim e minha amada. Ele se arrependeu amargamente de um dia a ter desejado. Bia é minha. E de mais ninguém. Agora não há mais ninguém que a ame e a queira, a não ser eu. - Gargalhou. - Isso é o que acontece com quem se mete em meu caminho. Eu elimino da face da terra. Eis aqui, Manuel Quemola Gutiérrez,  meu querido sobrinho. Ou melhor, o que sobrou dele. - Mais uma risada maligna ecoou antes que o sádico vilão tirasse a sacola do lugar, revelando então a cabeça ensanguentada e decapitada de Manuel Gutiérrez, grande amor de Bia Urquiza.

 Jazmín engoliu seco, tampando as mãos com a boca e sentindo lágrimas encherem seus olhos. Não conseguia acreditar na cena macabra que via em sua frente. 


Notas Finais


Shippam Marlex ou Brilex?
E esse final? Manuel morto, COMO ASSIM?
Peço encarecidamente que não me massacrem nos comentários, obrigado de nada kkk.
E aviso que a fanfic está em sua reta final que estará repleta de emoções!
Bem, foi isso por hj. Espero que tenham gostado.


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