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História Garota De Vidro - Um mês?


Escrita por: eriks

Notas do Autor


Um memezinho para alivia a situ né

Capítulo 10 - Um mês?


Fanfic / Fanfiction Garota De Vidro - Um mês?

Abri minha gaveta e peguei um moletom decente. Não hoje não estava frio. Mas meus pulsos estavam com marcas levemente arroxeadas. E se meu pai visse aquilo iria querer saber o que era.

Mas também não era só os meus pulsos,  eu estava fazendo um esforço enorme para andar ou sentar, parecia que minha bunda toda doía. Desci as escadas e senti o cheiro de leite quente, abri um sorriso. Vi meu pai sentado a mesa hoje. Vai chover.

—Olha quem compareceu à mesa hoje! O que devemos a honra dessa sua presença? –zombei e ele revirou os olhos.

—É que hoje vamos resolver o resto das coisas do casamento. Liana desculpa mas terá que voltar a pé hoje.–Raquel disse e imaginei como seria se ela sumisse do nada.

—Tá brincando nê? Hoje ta nublado e abafado, sinal que vai ter um dilúvio.– falei e ela sorriu.

—As previsões disseram que vai chover só de noite não de dia.–Meu pai disse.

—Tá pai eu venho sozinha..correndo perigo...talvez na chuva...

—Shiu menina!–ele revirou os olhos e eu roubei uma panqueca de seu prato.

Quando pisei o pé na escola, senti a primeira gota d'água. Eu sabia! Logo os alunos começaram a correr, eu fiz o mesmo afinal, não queria parecer um gato molhado. Assim que entrei na sala meus olhos encontraram os dele, como uma pessoa decente apenas revirei os olhos e segui para à minha mesa. Alex me flertava.

—O Jonathan me contou.–antes de me sentar ele segurou minha blusa e disse.

—E daí? –Joguei a bolsa na mesa ao lado e permaneci de pé.

—Ele parece arrependido.

—Tá. E daí?

—Ok Liana foi ele quem pediu para falar com você.

—E daí? E daí que ele agiu como um babaca que ele é? E daí que meus pulsos estão roxos? E  daí que eu o odeio com toda a minha alma? E dai pelo o que ele sente?– falei soltando toda a minha raiva nele, e percebi que todos me olhavam. Merda falei alto de mais.

—Tá. Não falo mais nada sobre isso.–Alex disse ficando vermelho, olhei para frente na tentativa de afastar alguns olhares de nós. Mas o único que olhei foi o de Jonathan, que não expressava nada.

As aulas foram uma merda como sempre. Como iria embora a pé deixei a maioria dos livros no armário para não molharem. Sai no meio daquela névoa que já não dava para ver nada, minha blusa já estava colada em mim e meu cabelo extremamente ensopado.

Pegaria uma gripe pelo jeito.

Ouvi uma buzina olhei já esperando uns daqueles retardados do time pra jogar água em mim.

—Liana! Entra no carro!–ouvi Jonathan gritar enquanto o vidro do carro se abaixava.

—Claro que vou entrar!–falei com a voz em sarcasmo, ignorando o meu coração que faltava sair pela boca.

—Deixa de manha e entra!–ele insistiu e eu me irritei.

—Para que,Jonathan? Para você me empurrar? Ou será para me esnobar apesar de que não tem nenhuma plateia e...

—Cala a boca Liana! Entra nessa merda antes que pegue um resfriado. – ele disse e percebi o quanto estava longe de casa.

Que mal faria? Era só eu o ignorar o caminho todo. E ele não faria nada, pelo menos eu acho que não. Entrei tentando não encostar o cabelo no carro se não iria ficar pior do que já estava. Ele me olhou com uma cara estranha e acelerou o carro.

—Sei que você me odeia agora– ele disse e eu permaneci quieta– fui um imbecil, Liana mas...meus amigos falaram para mim beber para esquecer que a Bárbara me traiu e eu acabei exagerando.

—Por favor Jonathan, cale a porra da sua boca.– falei e ele suspirou.

—Ouvi dizer que seus pulsos ficaram roxos, me desculpa. Sério mesmo, de verdade.– ignorei ele e olhei pra fora.

—Pode me deixar aqui.

—Minha tia mora nessa rua!

Quê? A criatura vê que to quase matando um–no caso ele–e vem querer conversar? Puta merda viu!

—Tchau Jonathan.

Assim que sai do carro senti o peso de suas palavras, ele parecia sincero ao pedir as desculpas mas infelizmente meus próprios hormônios estavam em guerra e eu não pude pensar.

O mais engraçado era que eu não entendia qual era o problema. Porquê muitas vezes Thomas ficava bêbado, e me fazia passar vergonha e eu só brigava com ele, como se fosse sua mãe, mas nunca deixei ninguém me rebaixar como o Jonathan fez.

—Meu Deus filha! Você ta parecendo um gato molhado!–meu pai disse e eu me segurei pra não voar nele.

—Você tava em casa e não foi me buscar?–berrei querendo matar ele.

—Desculpa é que a Júlia tava na escola e você também e...

—Me poupe dos detalhes pelo amor de Deus!

Olhei tudo em volta e estava tudo tranquilo ótimo pra tirar um cochilo. Subi e fui pro meu quarto peguei o celular e vi que havia uma mensagem do Tom.

“ThomasIsso mesmo vaca,fica rica e esquece dos zamigos,gorda feia -'-

Depois de rir e responder qualquer coisa,tomei banho e deitei e dormi. Acordei com alguém fazendo barulho. Merda.

—Paié to com fome!–berrei da escada.

—Tem fruta.

Bela resposta. Até minha fome fez careta.

—Quero comida de gente,pai.

—Henrique,vamos no mercado,tá faltando umas coisas mesmo.–Raquel brotou do chão dizendo isso sorri para ela.

—Duas mulheres juntas e foda viu.– ele disse pegando a chave do carro.

Quando cheguei lá tudo o que consegui enxergar era as prateleiras de salgadinhos e chocolates me chamando para serem levadas comigo. Peguei uma cesta e comecei a escolher os salgados.

—Liana que coincidência!

NEM NO MERCADO EU TENHO PAZ,MAIS QUE CARALHO!

—Oi Jonathan.–disse sem olhar pra ele.

—Liana...Jonathan! Que surpresa! Vocês já se conhecem?–Raquel me olhou e foi abraçar Jonathan.

—Nossa tia. Então era dela que você falava quando citava as palavras "engraçada e fofa"?– o trouxa do Jonathan perguntou e ela sorriu.

—Liana, esse é o Jonathan o meu sobrinho, ele vai ser seu par no casamento.

MAIS O QUÊ?

—Meu Deus! Cadê as câmeras?–perguntei e ela riu.

—Ah e tem mais, quando eu e seu pai saímos para lua de mel, ele vai cuidar de você e da Júlia!!–ela falou com um entusiasmo que irritava.

—Opa isso eu não sabia!– Jonathan falou levantando as sobrancelhas.
Peguei a minha cesta de salgadinhos e sai em fúria atrás do meu pai.

—Oi querida...Uou. Porquê suas ventas estão abertas e você ta vermelha?–Meu pai falou pegando a cesta com meus salgadinhos colocando metade de volta na prateleira.

—Eu só queria saber. PORQUÊ VOCÊ NÃO ME DISSE QUE SUA MULHER ERA LOUCA?–falei atraindo olhares.

—Primeiro. Se gritar assim de novo vai ficar sem comida durante três dias. Segundo. Ela não é maluca, só como você será quando crescer.– ele disse e eu fiz cara de poucos amigos.

—Pai. Quanto tempo vai durar a lua de mel?

—Nossa lua de mel vai ser um cruzeiro de um mês.

Ai Senhor. Estou vendo estrelas. Acho que vou desmaiar.

Merda,merda,merda,mil vezes merda!
Será que isso é uma pegadinha? Ou será que estou ouvindo de mais?

—E vocês vão deixar eu e a Júlia sozinhas? Com um psicopata?–falei fingindo um drama e ele revirou os olhos.

—Filha. Cresce meu amor.–ele disse pegando o leite.

É assim né. Tá bom então. Deixa ele. Devia ter falado umas boas verdades. Respirei fundo e peguei meus salgadinhos de volta.

Depois de muito tempo esperando consegui comer umas das minhas preciosidades e voltar pra casa. Tentei não pensar em como seria passar um mês ao lado de um menino que odiava.


Notas Finais


Um mês é pouco tempo né?


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