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História Garota Má - Drastória - Capítulo XXXVII


Escrita por: Samm_Rockman

Notas do Autor


#Lumus

Sério, sem spoilers, mas..........

O Skay é demais

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O que acharam desse twitter??

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Te Love, ~@noitepensante (acho que a única leitora lufana!! Essa é leal!!!!)

Capítulo 37 - Capítulo XXXVII


Fanfic / Fanfiction Garota Má - Drastória - Capítulo XXXVII


— Humm... Veja o que Malfoy tem aqui... — uma voz maliciosa murmura.

Draco, que andava sossegadamente pelo corredor ao lado de Blásio e Theodore, olha para Skay que tinha algo nas mãos e fingira tirar de sua bolsa de uma maneira bem fajuta.

Zabine revira os olhos como se dissesse "O ignore e ele irá embora".

O loiro de íris verdes abriu o pergaminho que segurava.

— Um pergaminho de bruxas peladas! — ele exclamou movimentando o papel, fazendo a mulher magicamente desenhada se mexer em poses sensuais.

— Isso não é meu, Petterson — diz sem se alterar em nada, ainda caminhando com Nott e Zabine.

Skay abre seu sorriso mais diabólico.

— Então porque seu nome está nele?

Draco parou imediatamente e o artilheiro lhe mostrou uma letra que era a sua, mas que não se lembrava de a escrever:

Esse pergaminho pertence à

D. Malfoy

O garoto de olhos verdes claros e com uma recente aliança de ouro branco no dedo anelar (que fazia um par com a da sua namorada lufana) esconde o objeto atrás das costas.

— O que aconteceria se eu pendurasse isso no quadro de avisos? — indagou de modo inocentemente demoníaco.

Os punhos do apanhador se fecham.

Petterson... — ameaçou se aproximando um passo.

Ele recua.

— Calma, Malfoy — diz ainda sorrindo como o próprio Satã. — Não vai querer apagar sua assinatura já que essa tinta é magicamente irredutível...

O loiro de olhos azuis ruge um palavrão.

— Seu... — antes mesmo de avançar, Skay corre em direção ao quadro de avisos, com o pergaminho revelador nas mãos.

Malfoy o persegue.

Urrando de raiva corre atrás do travesso pelos corredores extensos de Hogwarts.

Ele ria, divertido na situação de ser perseguido e, na melhores das hipóteses, morto depois de ser capturado.

— PETTERSON! — ouve seu sobrenome ser berrado.

Todos que o viam, não tinham a face surpresa, já que o artilheiro pregava muitas peças nos amigos e isso sempre acabava em uma perseguição violenta, mas os olhavam com curiosidade.

Eles passam correndo por três garotas que andavam juntas, uma delas era a namorada de Skay.

— Anne, eu te amoooooo! — gritou sem parar de movimentar as pernas com rapidez.

Ela o olhou sendo perseguido por Malfoy, mas apenas franziu o cenho. Não era a primeira vez que isso ocorria. Geralmente, acontecia mais com Jace e Benedict, mas Draco o perseguindo era uma novidade.

— VOU MATÁ-LO! — Malfoy ameaçou com os olhos cintilando de fogo.

— Me conte uma novidade! — retrucou ainda rindo. Abre o pergaminho enquanto corria. — Mas olhe, Malfoy — rebate sorrindo —, até que é excitante!

Draco se perguntou o porque de Skay ter uma namorada tão lúcida sendo que era um tremendo idiota.

Estavam próximos a uma curva quando o loiro que tinha neurônios para usar, aumenta a velocidade e consegue o alcançar.

O puxa pela roupa.

Ele iria cair de cara no chão, mas vê duas pessoas a sua frente e consegue se inclinar para o lado e se chocar contra o corrimão de uma escada, quase caindo andar á baixo. Sorte que Benedict estavam perto do local e o segurou pelas pernas.

Malfoy também se desiquilibra e não tem a mesma sorte de se inclinar.

Acaba se chocando com uma das pessoas.

O impacto é violento, mas ele cai em um terreno macio, confortável e... familiar?

Não precisava nem levantar sua face para contemplar os olhos verdes esmeraldas já que o perfume sedutor e misterioso denunciava quem era.

Os dois gemem de dor.

Ele ainda tinha a face escondida no pescoço da sonserina. Seu cheiro penetrava em suas narinas e o possuía de uma maneira assustadora.

A sente se arrepiar quando roçou a ponta de seu nariz na pele pálida de seu pescoço.

Uma onda de prazer o invade após perceber que ainda provocava espasmos de prazer com seu toque sobre o corpo dela.

As mãos da Greengrass se movem para seu peito e os dois se encaram fixamente.

Seu olhar nem se perde nas esmeraldas verdes, mas se foca inteiramente naquela boca vermelha que tantas vezes beijou e que o chamava em silêncio.

Inclina seu rosto em direção ao dela, seus hálitos se misturavam, e suas bocas estavam quase encostadas quando o nome dela é pronunciado.

Por um momento permanecem paralisados, como se nada os tivessem interrompido. Parecia que nenhum dos dois queria ter que parar o que pretendiam fazer.

Astória parece sair de seu transe e voltar á realidade.

Com uma força inegável, ela o empurra para o lado.

Zabine o ajuda a se levantar e Draco o faz com dificuldade. Ainda estava atordoado com o que tinha sucedido. Depois de tanto tempo, ele e a Greengrass quase haviam se beijado.

— Você está bem? — ouve Alexis perguntar para a amiga.

Os olhares dos dois se encontram.

Astória não estava normal, seu peito estava ofegante, mesmo não tendo feito nenhum tipo de exercício.

Malfoy também não sabia o que dizer.

— Eu... — ela tenta, mas desiste de continuar a frase. — Só quero ir embora, Alexis...

A amiga loira assente, mas antes de ir, ela pega no pergaminho que havia rolado para seus pés.

NÃO! — Zabine grita, mas era tarde demais.

A Cheever cora inteiramente ao perceber do que se tratava.

Skay, que por pouco não havia morrido com a quase-queda que sofreu, a olha.

— Ah, você achou o pergaminho de Blásio...

Os olhos do goleiro saltaram das órbitas.

Alexis não sabia como reagir.

— NÃO! — berra sem saber o que fazer. — NÃO É MEU! — grita e, desesperado como estava, aponta para Draco, mas olhando para a namorada. — É DE MALFOY! É dele, Lexis! Olhe o nome no final da folha!

A garota faz o que ele manda e vê a assinatura falsificada que Petterson havia feito do apanhador.

Todos o encaram.

Até a Greengrass arqueiou uma sobrancelha negra para ele.

O quê?! — questionou. — Não! Eu não...!

— Vamos, Alexis — a rebatedora fala, o repreendendo com o olhar e pondo o braço ao redor dos ombros da amiga, como se quisesse protegê-la de alguma ameaça. — Não quero que ande com pervertidos...

— Mas... — tenta se defender.

As duas seguem seu caminho.

Draco encara mortalmente Zabine com raiva estampada nos olhos tempestuosos.

— Nem venha, Malfoy — Blásio rebateu o olhar de seu apanhador com uma resposta. — Eu estava em pânico...

Nott e Benedict parecia não ligar muito para a situação já que estavam olhando atentamente para o pergaminho e comentando sobre as posições que a bruxa gostosa fazia.

Os dois únicos garotos sãos relembram de quem começara aquela confusão toda, mas um borrão amarelo-ouro já tinha cruzado o corredor em outra direção.

Rugindo de ódio, eles gritam o nome de Petterson e correm atrás do loiro.

***

Ele abre os olhos e a vê parada ao lado de sua cama.

Greengrass? — indaga não acreditando.

A garota somente cruza os braços. Estava usando aquela camisola creme que ele tanto desejara ver na enfermaria.

A janela do dormitório estava aberta e já era dia. A luz do sol a iluminava, deixando sua aparência mais real do que a de uma deusa. O tecido que parecia seda chegava até o meio das coxas e estava transparente sobre a luz que a iluminava, ficando evidente a lingerie que usava por baixo.

A alça era fina e os densos cabelos negros pareciam dar uma visão mais sexy para quem os via.

— O que faz aqui? — sua voz sai rouca e possesa de desejo quando pergunta ainda impressionado e olhando detalhadamente para o corpo da mesma.

Não conseguia deixar de seguir as curvas da garota quente a sua frente. O tecido caia perfeitamente nas ondulações dos seios e da cintura fina em contraste com o quadril.

Ela não responde, somente se aproxima da cama onde ele estava deitado, engatinha de quatro e se move para cima dele.

Draco arregala os olhos quando a voz sedutora da garota que estava em cima de seu corpo, falou:

— Eu cansei, Malfoy... — destaca mordendo o lóbulo de sua orelha.

Draco ofega quando a sonserina movimenta seu corpo como uma serpente, roçando sensualmente no dele.

A mão do garoto se ergue e a toca nas costas, onde um grande arrepio a faz sentir, descendo os dedos para o quadril maravilhoso.

Ela mordia e beijava seu pescoço de uma maneira irresistível e totalmente enlouquecedora. Draco geme quando ela desce a boca para seu peito nu, já que estava sem camisa, e trilha uma linha com os lábios pela barriga dele, com as mechas escuras do cabelo que faziam cócegas em seu abdômen.

Agarra os fios negros e leva aquela boca perfeita até a dele.

As mãos dele vagam por todo o corpo dela sem nenhum pudor enquanto a beijava loucamente, levantando o pano que tapava a visão das curvas perfeitas, a descobrindo lentamente.

Logo a peça creme que ela usava caía sobre o chão.

O tecido da camisola nem se comparava á maciez da pele branca da garota que o enlouquecia.

Ele gira seus corpos, ficando por cima dela e vaga para o delicioso pescoço da sonserina. Ela aperta seus ombros com força.

— Ah, Malfoy — geme.

Draco fica estasiado pela voz rouca de desejo que ela expressou.

Astória o queria.

— Merlin — exclamou viciado no gosto dela quando voltou a beijá-la profundamente.

Suas mãos chegaram ao feixo do sutiã preto. Nesse momento ele parou de a beijar e a encarou indesviavelmente.

Os olhos verdes esmeraldas estavam brilhando de ansiedade e adoração. Draco não sorria, mas não poderia estar mais feliz.

Se eu peito estava quente e seu coração martelava quase querendo sair para fora.

Ela o escolhera para ser seu primeiro.

Não se achava nem digno de a tocar, mas mesmo assim a Greengrass o escolhera.

Não era Turner, muito menos Benedict. Era ele. Draco Malfoy.

Soltou um palavrão quando capturou a boca dela novamente. Movimenta seus dedos habilidosos e treinados.

O feixo se soltou.

E foi nesse momento que ele acordou.

Ainda sentia sua bochecha latejar por uma pressão forte que o tirou de seus delírios.

Não podia acreditar.

Bosta. Estava sonhando.

Ouve seu sobrenome ser pronunciado com impaciência.

Quase pula da cama quando vê a Greengrass.

Ela não estava com a camisola creme como havia imaginado enquanto tirava um cochilo, mas com o uniforme.

Seus braços estavam cruzados, mas na sua mão direita havia uma espátula usada para matar moscas.

Agora entendia porque sua bochecha ardia.

Pega um travesseiro rapidamente e o coloca sobre o ponto abaixo de sua barriga.

Droga, agora teria que tomar um banho gelado.

— O que faz aqui? — pergunta furiosamente segurando o travesseiro como se temesse que ela pudesse tirá-lo de lá.

— Esqueceu de nossa aula de poções, Malfoy — rebate ainda no tom impaciente. Seu pé batia no chão repetidamente.

Ele enruga o cenho.

— Mas hoje é sábado — retruca.

Astória olha para o teto como se pedisse "Posso estuporá-lo, Merlin?".

Draco se empertiga.

— Tenho que treinar, Malfoy — respondeu em tom irritado. — Na segunda Slughorn passará uma prova prática surpresa...

Ele arqueia uma sobrancelha loira.

— Como sabe disso?

A garota revira os olhos verdes esmeraldas.

— Sei de tudo o que acontece nessa escola, Malfoy — para de batucar seu pé no piso e o fuzila com o olhar. — Agora vista uma camisa e vamos — ordena.

Draco só notara agora que estava com o peito desnudo. Aperta mais o travesseiro contra sua pelve.

— Tenho que tomar um banho antes.

Ela revira novamente os olhos.

— Vamos logo, Malfoy — insiste. — Posso aguentar seu cheiro horrível por duas horas... — o encara fixamente. — Além do mais, temos treino hoje e vai suar de qualquer modo...

Não poderia falar para a Greengrass sua verdadeira necessidade para jogar uma ducha fria sobre seu corpo.

— Não importa — ele retruca. — Saía daqui.

Ela lhe vira as costas o xingando, mas depois volta a fitá-lo com as íris reluzindo de curiosidade.

— Estava tendo pesadelos? — questionou.

Ele pigarreia, desconfortável.

— Porque a pergunta?

A garota abre seu sorriso mais malicioso.

— Estava gemendo enquanto dormia...

Ele sente o rosto esquentar, mas por pouco não fica vermelho.

A sonserina percebe seu desconforto. O sorriso estampado em seu rosto se alargou.

— Estava sonhando comigo, não é, Malfoy?

Agora ele poderia se considerar vermelho.

— Não sei do quê está falando — rosnou com ódio de si mesmo e virando a face.

— Ah, é? — indagou voltando a cruzar os braços. Se aproximou da cama do apanhador, apoiou suas mãos sobre o colchão, o encarou face a face e sussurrou sensualmente: — Então porque ficava gemendo meu nome?

Ele voltou a encará-la com a face em pânico. Não era possível ele ter pagado um mico desses. Seu rosto não estava mais rubro, mas pálido como papel.

Os olhos da sonserina se arregalaram diante da expressão dele.

— Merlin — ela exclamou para logo ficar surpreendida. — Estava mesmo sonhando comigo, Malfoy?

Tarde demais percebe que a garota estava apenas o provocando, mas sua reação o tinha denunciado.

Ela se põe a rir.

— SAIA DAQUI, GREENGRASS! — ruge.

Ela não conseguia parar de gargalhar e debochar. Malfoy teve que amarrar um lençol em sua cintura e a empurrar para fora do dormitório.

Fecha a porta com força.

Deixa sua cabeça pender e encostar na madeira. Suspira pesadamente.

Desde a Guerra só sonhara com as cenas que presenciou e agora, seu primeiro sonho que não envolvia mortes, sangues, feitiços e nem a Marca Negra que escondia enfaixando seu braço, fora com a Greengrass.

Merlin Todo-Poderoso. Tinha que esquecer aquela garota.

Ainda podia ouvir as risadas que a sonserina dava fora de seu quarto. Consegue sorrir.

Depois disso segue para o chuveiro ainda com o peito queimando com um calor bom e confortável.

***

Astória o estava esperando do lado de fora do dormitório.

Sua expressão ainda estava divertida, como se pudesse cair em uma longa risada a qualquer momento.

Nota que a Greengrass ainda segurava a espátula que usou para acordá-lo.

— Onde achou isso?

Ela sorri maliciosamente como se esperasse aquela pergunta.

— Nott tem um baú com várias coisas... peculiares — responde. Morde o lábio inferior de maneira sexy. — Achei que poderia usar uma delas em você...

O rosto dele continua sério e frio. Ela não aguenta segurar a gargalhada que quase escapava por seus lábios e volta a rir loucamente.

Draco faz uma carranca e, sem se importar, a pega pelo braço e a arrasta até a biblioteca.

***

— Quais poções vamos fazer? — ele pergunta olhando diretamente para a mesa lotada com vários ingredientes divergentes.

A Greengrass separa alguns em especial.

— A prova será sobre uma em especial — fala.

Draco nota e descobre qual seria pelas coisas que ela colocava mais próxima a si. Fios de barba de um duende, trevos de quatro folhas, pó de chifre de unicórnio e raízes de Mandragora.

— Felix Felicis — adivinha. — Mas é uma poção muito difícil de se fazer... Quase ninguém vai conseguir.

— É por isso — a Greengrass continua —, que eu vou, Malfoy — decreta. — Só tem que me ensinar a fazer uma perfeitamente correta.

Draco a olha. Não seria uma tarefa fácil.

Por mais que parecesse simples fazê-la tinha toda uma técnica especial e um cuidado um tanto extremo para que funcionasse e a sonserina que desejava fazê-la não era uma das pessoas mais delicadas que conhecia.

— Tudo bem — concorda suspirando pesadamente. — Vamos lá.

Ele separa a quantidade ideal de cada ingrediente que iriam usar.

— Primeiro, coloque o pó de chifre de unicórnio...

A Greengrass faz menção de o fazer, mas Malfoy a impede a segurando pelo pulso. A garota parece ter tido um choque elétrico por que se afastou como se ele queimasse.

Draco estranhou arqueiando uma sobrancelha loira para ela, mas a mesma ignorou o gesto.

— Tem que ser com extremo cuidado — diz ainda desconfiado pela atitude da rebatedora. — Essa substância é muito sensível...

Ela assente, ainda um pouco afastada dele e faz o que lhe foi mandado.

— Agora — continua. — Corte as...

— ... raízes de Mandragora para depois adicionar no caldeirão — ela completa pegando uma faca.

Malfoy se aproxima e fica por trás dela para acompanhar os cortes. Pode perceber que a Greengrass se incomodou com isso, pois as costas da garota ficaram alerta e rígidas.

— Não — a voz de Draco soou e uma mecha de fios negros foi para frente com o assopro da palavra. — Tente não deixar o muco da raiz sair para fora... E corte em pedaços menor... — analisa mais um pouco. — Não, agora está pequeno demais e o muco ainda está escorrendo... Sim, mas... Greengrass, agora terá que jogar fora essas porque estão...

Ela larga a faca sobre a mesa, virando-se para ele.

— Será que dá pra você se afastar? — destaca com uma ordem implícita na frase.

As esmeraldas estavam perigosas, mas Draco pôde identificar uma confusão e dúvida nelas.

Ele dá um passo para trás e ela grunhe.

— Assim está bom? — ela questionou sobre o elemento que cortava de modo impaciente e irritadiço.

Aquilo estava longe de ser bom.

Malfoy se aproxima mais uma vez e manda:

— Afaste-se.

Ela o faz.

Draco toma a faca e começa a picar as raízes no tamanho perfeito que deveriam estar.

— Para não vazar o muco — ele ensina. — Pressione os dois dedos sobre as extremidades abertas com só um pouco de força senão quebrará a raiz. Está vendo? — indaga e ela assente. — Tem toda uma técnica a ser seguida.

Os pedaços do ingrediente estavam limpos sem nenhum resíduo de muco saindo para fora.

— Agora ponha dois fios de barba de duende sobre a poção e depois os treze trevos de quatro folhas, mas não deixe nenhum ingrediente cair — enfatiza. — Isso dá um azar imenso...

Ela revira os olhos.

— Acredita nessas superstições, Malfoy? — questiona o achando um idiota por isso.

Ele tira algo de seu bolso.

— Acredito em fatos, Greengrass — a corrige.

Ela contempla o relógio que lhe dera e paralisa.

Draco olhava para a peça rara e única e não vira o sentimento que ela expressou nas íris esmeraldas. Logo, a Greengrass dissipa aquela saudade e os olhos verdes se tornam perigosos e duros.

— Temos que cronometrar o tempo assim que acendermos o caldeirão — a encara. — Já, Greengrass?

Ela convoca uma bola de fogo sem necessitar da varinha.

Chega perto do fogareiro e a acende. Draco fica olhando para os ponteiros do relógio por todo o tempo.

— Adicione o restante — fala.

A Greengrass pega nos fios de duende e coloca sobre a substância, conta doze trevos de quatro folhas. O décimo terceiro cai sobre o chão e ela se abaixa para pegá-lo e colocar dentro do caldeirão.

Ficam cinco minutos contados em absoluto silêncio, esperando a poção ferver.

Ela se joga em uma cadeira, esperando impacientemente.

— Já está pronto? — perguntou depois de um tempo.

— Só se passou um minuto e meio, Greengrass — respondeu calmamente.

Ela ruge um palavrão.

Draco não pôde deixar de notar que ela ficava mais propícia a falar palavras sórdidas quando estava irritada.

— E agora? — insistiu.

— Dois minutos.

Mais maldições foram murmuradas.

A Greengrass, para passar o tempo, fica brincando com um frasco de cola mágica que estava aberto.

— Pronto — ele decreta depois de se passar os três minutos restantes.

Ela solta um "Finalmente" e contempla o resultado.

Todos os ingredientes tinham se misturado e virado um líquido transparente e incrivelmente tóxico se consumido em grandes quantidades.

— Aparentemente — Malfoy julga com a mão no queixo em reflexão avaliadora —, está perfeita.

A Greengrass revira os olhos.

— Mas claro que está — diz como se fosse óbvio. — Fui eu que a fiz.

Draco faz uma careta com a presunção dela.

— Agora precisamos saber se corresponde as mesmas espectativas em seu efeito...

A Greengrass já estava servindo uma pequena colher de sopa antes mesmo dele terminar a frase.

— Beba — ordena apontando o talher para ele.

O sonserino dá um passo longo para trás.

O quê?

Ela revira as esmeraldas verdes para depois sorrir maldosa e maliciosamente.

— O quanto você confia em sua aluna dedicada, Malfoy? — questionou de maneira sugestiva. — Tem fé no meu progresso ou irá se acovardar afirmando que eu nada apredi com sua sabedoria suprema? — destaca as duas últimas palavras com sarcasmo evidente.

Draco pensa durante um instante.

Fora ele mesmo que picou as raízes de Mandragora e acompanhou todo o processo, sem dar falta de nada.

A Greengrass ainda tinha os olhos brilhando de divertimento caso ele explodisse com a poção ou acontecesse, por sorte, algo pior que isso.

Mas um risco de emoção e orgulho de si própria quase inevidente nas íris verdes que a garota sentia o fizeram concordar.

A Greengrass aproxima a colher da boca dele e Draco engole o conteúdo.

Sentira um arrepio bom passar por sua coluna e um vigor enorme se apossar do seu corpo.

— O que está sentindo?

Malfoy apóia as duas mãos sobre a mesa e se assusta ao vê-la tão perto de seu rosto depois de várias vezes que reclamou com a pouca distância entre os dois.

Ele estreitou os olhos, desconfiado.

Aquilo nas esmeraldas verdes era... emoção?

Draco torcia para que a poção tivesse o efeito certo. Ela estava tão dedicada e empenhada que merecia algum resultado positivo para se orgulhar.

Ele não respondeu, somente olhou para as horas em seu relógio de bolso onde a constelação de Escorpião estava estampada em um fundo branco.

— Vamos, Malfoy, fale logo o quê...

Ela, impaciente, esbarra nele quase caindo por cima do apanhador. Ele tem tempo de segurá-la, se chocando contra a mesa de ingredientes, largando o relógio que some em uma passagem de ar localizada na parede, e se sujando com algumas substâncias.

Um frasco de acônito dissolvido em bile de tatu rola pelo chão até o pé de uma estante de livros.

O líquido da substância, antes verde, estava roxo pelo agitamento dos materiais.

Ela se solta dele com brutalidade e quando abriu a boca para xingá-lo, Malfoy a abraçou com tanta rapidez e força que os dois caíram no chão.

O acônito explodiu em um grande estrondo.

Ele estava novamente por cima dela. A Greengrass tinha as mãos agarradas com extrema pressão em sua camisa. A face estava escondida no pescoço do sonserino e o abraçava de uma forma quase querendo fundir seu corpo no dele.

Ela tremia como na vez que a poção que adulterou explodiu.

— Shiii... — Malfoy faz, passando sua mão com suavidade pelos cabelos negros. — Já passou...

Merlin. Ela ainda tremia terrivelmente e isso o apavorava.

Não sabia que a Greengrass era tão sensível a barulhos altos.

Decide tentar outra coisa para acalmá-la.

Passa sua mão pela fina cintura da sonserina, a acariciando com carinho para logo depois beijar os densos cabelos negros com ternura. Ele sussurrava palavras de calma e conforto.

A garota assustada não demora muito para retirar sua face do pescoço dele e afrouxar a pressão dos dedos sobre a camisa de Malfoy.

Os dois se encaram fixamente e por um momento imaginam estar nas férias de Páscoa, no ambiente confortável do café que frequentaram no Beco Diagonal.

Os hálitos se misturam, as testas se tocam, os lábios se aproximam e ficam a milímetros de distância para se encostarem quando um barulho se ouve.

Eles olham para cima e vêem a prateleira enorme e cheia de livros, que tinha sido atingida pela explosão do acônito, ruir e cair em direção aos dois.



Notas Finais


Skay maravilhosooooo!!!

Quem não adora esse sonserino? Só a Anne (nossa amada lufana) para o aguentar....

Pergaminho de bruxas peladas? Quem nunca? Kkkk

Mas Zabine ficou desesperado quando Scoot falou que o "MagicPornô" era dele.... MDS! Não consigo parar de rir!! 😂😂😂😂


Hummmm....

Cenas quentes.... Sqn

O que acharam desse sonho? E dos "brinquedinhos peculiares" de Nott?? Será que ele é sadomasoquista??? Hein, moças??


Acham que a Asty está gostando de poções?? Ou só está curtindo o "professor"??
Quando eles iram se beijar novamente?? Tá demorando, né??



Será que os dois vão morrer esmagados drasticamente?? Eu nunca gostei de finais triste, mas não pude evitar após ler 'Ligações Perigosas' da nossa Lady .....

O que eu pensei na hora q eu li o final: "Nossa..... Ela é má"

Kkkkkkk ainda estou traumatizada por isso....

Te loves 😍😍😍 #Nox


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