1. Spirit Fanfics >
  2. Garota Má - Drastória >
  3. Capítulo XLIX

História Garota Má - Drastória - Capítulo XLIX


Escrita por: Samm_Rockman

Notas do Autor


#Lumus

Capítulo 49 - Capítulo XLIX



Ele a puxa pelo braço com força.

— O que há entre você e aquele corvino, Greengrass? — Draco rugiu determinado em ter devidas explicações.

Astória se solta dele e revira os olhos, continuando seu caminho.

Ouve o sonserino caminhar ao seu lado.

— Eu e Hébio não temos nada, Malfoy — afirma e o olha por canto de olho. — Ele é um sangue-puro e sabe que não me relaciono com essa raça...

Ele, furioso, se põe a frente dela, tampando seu caminho do corredor vazio da madrugada de Hogwarts.

— Ah — ele falou. — Mas, com certeza, vocês já tiveram algo.

Ela somente arqueia a sobrancelha com arrogância.

— Eu e Dois só somos bons amigos.

— Amigos que se pegam? — questionou com humor negro no ar.

— Exatamente.

Seus olhos cinzas, antes furiosos, agora pegam um fogo enraivecido. A olhou com tanto ódio, mas Astória em nenhum momento se afetou.

Pegávamos — ela se corrige cruzando os braços. — Verbo passado.

A postura dele não relaxa.

— Por Merlin, Malfoy — ela exclama irritada. — Como você é ciumento!

— Tenho ciúmes do que é meu, Greengrass — rosnou de volta.

Ela solta uma risada sem humor.

Não sou sua, Malfoy — informou falando devagar para deixar bem claro.

Ele apenas sorriu sarcasticamente.

— E o que chama o que temos a não ser de "relacionamento"? — pergunta cinicamente.

Ela revira os olhos pela expressão de deboche dele.

— Estamos nos pegando não-publicamente, Malfoy — rugiu apertando seus braços cruzados contra seu corpo com força.

Draco se engasga com uma risada enquanto ela rosnava e o fuzilava com as esmeraldas verdes e perigosas.

Se desviou dele para continuar pelo caminho que seguia, e zangada ao extremo por ser motivo de chacota, mas uma mão a segura.

— Tudo bem, Greengrass — ele fala, ainda tentando segurar o riso, mas mesmo tentando esforçadamente, uma pequena risada escorria por seus lábios em alguns momentos. — Chame isso que temos do que quiser, mas... — a puxa mais para perto, até seus corpos estarem quase colados. O calor dele irradiava o dela, a incomodando por ainda estar brava. Ele sorri e passa seus lábios por aquele delicioso pescoço. — ... por enquanto, vamos nos "pegar-publicamente"...

Ele a cola ao seu corpo e tenta beijá-la, mas Astória vira seu rosto, ainda emburrada.

Draco sorri e não desanima. Vaga seus lábios pela bochecha macia da Greengrass, arrastando sua boca pela seda da pele branca.

Ela tenta se afastar, mas as mãos de Malfoy em sua cintura eram firmes e possessivas.

Alcança o canto dos lábios dela e se delicia com ele.

Astória não consegue segurar um suspiro e, vagarosamente, vai cedendo até estar, outra vez, plenamente a mercê de Malfoy...

***

— Malfoy.

Ele soltou um palavrão quando Astória o afastou.

Olhou para ela com uma verdadeira irritação por ter interrompido o beijo delicioso e quente que acontecia entre os dois.

— Alguém pode nos ver — murmurou suspirando por ele começar a beijar seu pescoço e ombros.

Ele sabia quem esse "alguém" era.

— Maldito Turner — xingou enquanto se concentrava no queixo maravilhoso da sonserina.

Astória riu levemente.

Por mais que odiasse admitir, a garota que o enlouquecia tinha razão. Já tinham quase sido pegos por Thomas diversas vezes.

Astória sempre conseguia o fazer ficar invisível e o paralisar, mas Malfoy não gostava mais daquilo pois, em vez de o deixar paralisado até o outro dia, ela descobriu uma forma mais intensa de o torturar.

Gemeu só de relembrar.

Depois que Turner saía, Astória desfazia o feitiço que o deixava invisível e rastejava sua mão pelo seu peito, braços abdômen petrificado, o provocando sempre com aquele sorriso sensual estampado nos lábios perfeitos.

E também o beijava.

Ahhhh. E como o beijava.

Ele não podia retribuir pois estava sobre o efeito do feitiço paralisante, mas sentia a língua dela serpentear por sua boca de uma maneira mais do que irresistível.

E isso era frustante. Completamente e extremamente frustante.

Odiava aquilo de todas as formas. Não era do tipo que gostava de ficar parado, sem fazer nada.

Adorava provocá-la. Astória sabia disso e o torturava impedindo que fizesse tal coisa.

Ela praticamente estuprava sua boca.

Precisavam urgentemente de outro local que não fosse os corredores de Hogwarts para seus encontros amorosos.

Draco a beijou novamente e, mais uma vez, a sonserina o afastou.

— Estou falando sério — a garota decretou com as esmeraldas verdes perigosas e ameaçadoras.

Nossa, como adorava aqueles olhos.

Ele pousou seus lábios sobre a testa dela.

— Está bem — concordou.

Astória arqueiou a sobrancelha, desconfiada. Geralmente demorava horas para fazer Malfoy entender que deveria ir embora.

Ele sorriu com a desconfiança da sonserina e se foi com um lugar perfeito em mente para o encontro dos dois.

***

Ele tinha acabado de se trocar no vestiário e rumava para o campo.

Seu uniforme tinha o cheiro misterioso impregnado que invadia suas narinas. Draco sorri.

Astória e ele dividiam os mesmo uniformes do time da Sonserina, só que a rebatedora sempre fazia um feitiço de encolhimento nas peças para se ajustar a deu corpo pequeno. Ela alegava que ainda não tinha encomendado uma roupa feminina, mas ele sabia que a Greengrass adorava seu cheiro misturado com o dele.

O ar era fresco naquela manhã.

Draco estava com um bom humor dos infernos, sorrindo, segurando sua vassoura e indo para o campo.

Mas foi só ver uma cena que seu dia perfeito não se tornou tão perfeito assim.

Faz uma careta ao se deparar com Astória sentada na arquibancada com Skay Petterson deitado e com a cabeça em seu colo.

A Greengrass acariciava os cabelos loiros do artilheiro folgado, que sorria de olhos fechados com as carícias suaves e carinhosas que recebia da sonserina.

Draco se aproximou com fúria em conjunto com uma feia careta no rosto, o pegou pelo uniforme e o jogou no chão com brutalidade.

O sonserino arremessado sentiu o impacto do chão e acordou instantaneamente de seu sono leve quando colidiu sua cara no gramado.

Olhou para Malfoy que tinha as íris injetadas de fogo.

— Vamos treinar, Petterson — o apanhador rosnou, para logo se afastar para longe.

A Greengrass somente arqueiou uma sobrancelha negra para as costas do garoto que caminhava a passos pesados para o centro do campo.

Draco ainda estava zangado e não melhorou muito quando Benedict Sacage apareceu junto com Nott e Brousnton.

Nem perguntaram de Zabine já que o mesmo agora sempre se atrasava por causa da namorada.

Draco era o que assumia o treino enquanto o goleiro não chegava.

— Vamos começar com exercícios individualistas — ruge ainda furioso, olhando fixamente para Skay. Aponta seu dedo para ele. — Faça cinqüenta flexões, Petterson.

— Mas... — o artilheiro tenta argumentar, mas a ordem soou novamente:

— Faça — mandou com sua voz brava. Aponta para o chão. — Agora.

O loiro suspirou e se abaixou para pagar as flexões.

O restante do time olhou para o apanhador. Geralmente quem era o carrasco da equipe era Blásio, mas Draco não estava com nenhum humor para ser tolerante com ninguém.

Encarou os demais.

— Dêem algumas voltas montados pelo redor do campo para se aquecerem — pega em sua vassoura. — Sacage e Brousnton, treinem a técnica A-49 para o jogo contra os lufanos; Greengrass e Nott, rebatam os balaços que enfeitiçarei para tentar atacar os artilheiros enquanto eles realizam a jogada. Não quero que nenhum deles sejam atingidos, por isso se concentrem.

Malfoy já ia abrir o baú das bolas quando Jace se manifestou:

— Mas precisamos de Skay para fazermos a A-49.

Draco olha para Petterson que ainda estava no vinte e três.

— Scoot — destacou. Ouviu o artilheiro xingar ao ouvir seu verdadeiro nome —, ficará fazendo as flexões — olha para Brousnton. — Dê algum jeito para fazerem a jogada sem ele ou espere que ele termine.

Obedecem e esperam, impacientemente, o artilheiro cumprir sua penalidade sobreposta à ele sem motivo algum.

Depois de se aquecerem os balaços são soltados e as jogadas são postas em prática junto com os rebatedores defendendo os que ensaiavam os passes da goles das bolas agressivas.

Alguns minutos se passam com Malfoy tentando ver se tudo ocorria bem até se aproximar para soltar o pomo, onde se poria a sua captura.

Um arquejo alto vindo de Jace foi ouvido.

Draco o vê com os olhos arregalados em uma direção. Segue sua atenção para o lugar que o colega encarava e fica surpreso ao ver Blásio caminhando até eles.

O goleiro estava todo suado. Seus ombros estavam caídos em sinal de derrota, a face abaixada e irada, vestia o uniforme de Quadribol que também estava encharcado de suor.

Todos descem para o chão preocupados. Só a Greengrass estava irritada pelo treino ser interrompido.

A respiração do garoto estava pesada como se tivesse corrido uma maratona.

— Zabine? — o apanhador chama tocando-lhe o ombro.

Blásio não olhava para nenhum dos sonserinos, mas fixamente para sua prima.

Astória sorria, debochada.

Por fim, o goleiro desiste daquela batalha de olhares e suspira.

— Não estava com Alexis? — Skay perguntou com a faceta séria.

Ele negou.

— Cai de uma altura de apenas cinqüenta metros — rosnou amargamente para depois bater no ombro de Jace e ir em direção a sua vassoura que alguém havia pegado. — Vamos treinar — rugiu pegando no cabo com extrema força.

Theodore se aproximou.

— Blásio — chamou. Era o único que o chamava pelo primeiro nome constantemente. — Tem certeza que...?

— Tenho, Theo — vociferou de volta com um olhar tão mortal e ameaçador quando o da prima.

O rebatedor deu um passo para trás.

Depois disso, ninguém ousou discutir com ele.

O treino foi o mais carrasco de todos os tempos quando Zabine assumiu a liderança.

Nenhuma pausa e nenhum corpo mole foi feito. De todos, só a Greengrass tinha um leve sorriso nos lábios, o que fazia Blásio aumentar ainda mais a cota de exercícios para todo o time.

Muitas maldições foram lançadas a família do goleiro quando ele encerrou o treino que deveria ter acabado à uma hora atrás.

Se perguntavam o que diabos havia acontecido, mas Blásio estava inacessível. Não querendo falar com ninguém.

Astória não parou de sorrir durante um segundo sequer.

***

Malfoy ficou responsável por guardar as bolas.

Arrastou o baú pesado pelo chão do vestiário da Sonserina e o colocou no canto que estava acostumado a ficar.

Levantou sua coluna, espreguiçando suas costas pelo treino dolorido e exaustivo ao extremo.

Definitivamente Blásio não estava bem.

Suspira.

Olha para frente para seguir até a saída quando o vê.

Benedict paralisa ao notar que Malfoy ainda estava no lugar onde era somente destinado aos jogadores da Casa das Serpentes.

Os dois se olham atentamente.

Não se falavam desde que Draco insinuara que Ben era um traidor.

O apanhador sabia que estava errado em o acusar daquilo sendo que Sacage sempre se mantera fiel a equipe não dando prova nenhuma de algum caráter duvidoso.

Sabia que estava sendo injusto, mas o artilheiro lhe passava uma coisa que não estava acostumado a sentir:

Insegurança.

Se sentia impotente diante da situação pois não era a decisão dele que contava, era dela.

No caso de Astória os dois eram praticamente rivais. Não sabia os sentimentos que o Quase Loiro tinha pela sonserina de olhos verdes esmeraldas, mas também não arriscava em querer saber.

Preferia ficar no escuro do que descobrir coisas que o destruiria por dentro.

Ele e Astória estavam felizes. Aquilo era tudo que contava. Nada mais.

Podia ser egoísmo, mas Draco chamava isso de autopreservação.

Só estava defendendo o que considerava dele.

Benedict abriu um sorriso hesitante e coçou a cabeça como se estivesse sem jeito.

— Malfoy, eu queria... — começou.

O apanhador cruzou o caminho mas não sem antes bater no ombro dele com brutalidade.

Ben cambaleou para trás, quase caindo com a força do encontrão, o deixando boquiaberto, enquanto via as costas do apanhador desaparecerem pela saída, e espantado com a atitude rústica e nada amigável do colega de time.

***

Os garotos conversavam animadamente sobre suas expectativas do jogo que iam ter com os lufanos sentados nos sofás da Sala Comunas das Serpentes.

— Nossa técnica é imbatível — Theodore decretou. — Não há como ultrapassar nossa defesa.

— Mas nossos rivais são os mais rápidos do campeonato e tem a melhor ataque também — Malfoy condiz.

Nott faz uma careta.

— Tem razão, mas ainda acho que temos uma chance muito maior em vencer — respondeu cruzados os braços. Olhou para o cara que mais sabia sobre os da Lufa-Lufa. — Não acha, Skay?

O garoto loiro e de olhos verdes olhava abobalhadamente para a aliança de ouro branco no seu anelar.

— Eu amo a Anne — suspirou dizendo.

Todos reviram os olhos. Era inútil tentar conversar com o artilheiro depois que ele voltasse de um encontro com a namorada.

Ficava totalmente imbecializado.

Zabine não falou nada. Estava quieto desde o término do treino e ficou assim pelo restante do dia.

Já era quase madrugada e o goleiro ainda permanecia calado.

— Também temos que tomar cuidado com Berg — Jace falou citando o apanhador dos leais. — Bruce é um dos melhores da temporada.

Draco somente arqueiou uma do sobrancelha loira para ele.

— Acho que posso dar conta de Berg, Brousnton — respondeu secamente.

— Ah, não — negou por o colega de time o ter compreendido errado. — Você também é muito bom, Malfoy, mas devemos pensar bem. O jogo contra a Lufa-Lufa pode nos render muitos pontos e sabe que esse ano o campeonato está acirrado.

Era verdade. As Casas tinham placares quase iguais. A Sonserina permanecia na liderança com 3.780 pontos marcados em todos os jogos que competiu, a Grifinória logo após com 3.720, a dos leiais com 3.690 e, por fim, a Corvinal com 3.230.

A Taça de Quadribol estava sendo bastante competida.

— Precisamos de um diferencial — Nott voltou a comentar. — De uma estratégia nova e secreta para nos organizarmos a partir do próximo jogo.

— Não podemos continuar tão acirrados com outra Casa. Temos que ter estar á vários pontos de vantagens do segundo lugar, que no caso é da Grifinória.

Ficaram em silêncio até Skay, sem a face abobalhada, perguntar:

— Tem algo em mente, Benedict?

Todos olham para o único garoto que permanecia deitado no sofá, olhando para o teto, também calado e quieto.

Blásio era o capitão, mas Ben era um ótimo estrategista em jogadas especiais.

Ele se vira para o grupo depois de ouvir seu nome.

— O quê? — questionou sentando-se sobre o móvel pois não prestara atenção na pergunta.

— Tem alguma estratégia em mente para por em prática? — Skay repetiu.

O garoto coçou a cabeça como se perguntasse sobre o que diabos falavam. Olhou para cada um e se fixou por segundos a mais no rosto de Malfoy, lembrando da batida de ombro que lhe deu no vestiário.

— Eu... Eu não sei — disse com voz sem nexo, pensando em uma desculpa para inventar. — T-tenho que falar com Dennis — decretou saindo bruscamente da presença de todos e cruzando a porta que dava para a saída da Sala Comunal mesmo sendo madrugada.

Nenhum deles ficaram espantados com aquela reação.

Sacage havia se afastado da equipe desde que ele e Malfoy haviam discutindo. Não sentava mais a mesa com eles e raramente ficava conversando com os colegas de time como sempre faziam. Sempre dava uma desculpa boba e esfarrapada para sair da presença dos jogadores toda vez que era convidado a se ajuntar a eles.

Um silêncio pairou, e pela primeira vez no dia, Blásio falou, dirigindo-se a Draco:

— Ele pensa que o escolhemos — revelou. — Sacage pensa que acreditamos que é um traidor e que escolhemos você em vez dele — a voz era fria e cortante. Os olhos castanhos claros estavam focados inteiramente no apanhador. — Então trate de desfazer isso, Malfoy. Não podemos ter um time lutando contra si próprio.

Draco engole um seco. Blásio estava certo. Aquilo tinha ido longe demais. Precisava se desculpar com Ben.

Precisava, mas não quer dizer que o faria.

— Que Sacage se ferre — retrucou saindo em direção ao dormitório.

***

O Salão do refeitório estava cheio com o almoço que era proporcionado aos alunos em mais um dia de aula.

O time estava reunido na mesa da Sonserina, rindo e zoando uns com os outros. Ben era o único que não estava presente.

Astória sorria por trás da taça de suco de abóbora olhando maliciosamente para Skay que havia feito um comentário de duplo sentido.

A Greengrass os acompanhava na refeição não por vontade própria, mas por causa de Alexis que permanecia do lado do namorado.

Blásio estava com o braço por cima dos ombros da pequena loira, um pouco mais possessivo do que o normal, olhando para os lados como se estivesse a protegendo de alguém.

— E depois eu disse "Não faça isso, Skay!" — Jace continuou a narrar. — Mas ele não me ouviu e puxou a cortina...

Todos já estavam rindo mesmo antes dele terminar a história.

— Vimos Minerva McGonagall tirando o roupão e quando a peça caiu no chão...

A risada do time era a mais alta do que qualquer outra mesa.

— A diretora estava usando uma camisola tão pequena quando qualquer outra coisa! — completou gargalhando.

Skay estava rindo loucamente.

— E o mais engraçado foi que Jace corou e gritou feito uma menininha assustada! — revelou.

O riso era incontrolável.

— O pior foi você — Brousnton alfinetou. Virou a atenção para seus colegas. — Skay berrou um "É O DEMÔNIO!". Minerva quase o estuporou com os olhos.

Passaram-se minutos com todos gargalhando sobre a ida de Skay e Jace para a sala da diretora e que terminou em um horrível tragédia em ver McGonagall em trajes mais do que indecentes.

Draco olhou para Astória de modo desejoso. Não estava sentado perto dela já que Alexis e Nott ocupavam os assentos dos lados da sonserina, mas ainda a contemplava sorrindo e gargalhando.

Ela ficava com os olhos menos perigosos quando fazia tais gestos.

— Temos que ir pra aula — Zabine estragou a felicidade de todo o grupo falando.

Os demais alunos já havia o feito, só restada alguns poucos além do time das Serpentes sentados na mesa.

Se levantaram para irem embora e estava se despedindo dos demais já que nem todos estavam na mesma turma.

A Greengrass abraçava com força Skay e Jace ao mesmo tempo. Draco se pega também o querendo fazer aquilo com a garota, mas os dois tomavam cuidado para não demonstrar afeto em público.

Os dois artilheiros a fazem rir de algo que sussurraram. Astória olhou por cima do ombro, ainda os abraçando, e encontrou Malfoy a observando.

Ela sorriu maliciosa quando ele virou o rosto para o lado.

Se afastou dos dois que começaram a conversar com Nott. Andou até a amiga loira que estava do lado de Draco e Zabine.

— Vamos, Lexis — a chamou. — Não quero chegar atrasada na aula de...

Uma pessoa apareceu.

Todos do time estranharam a presença de Benedict Sacage já que ele sempre estivera tão distante da equipe durante dias.

Ele tinha a faceta determinada e a expressão firme e severa em seu rosto.

Todos os sonserinos pararam o que estavam fazendo para observá-lo.

Estava de frente para Malfoy, que colocou as mãos no bolso e ergueu a face, pronto para enfrentá-lo.

Mas o Quase Loiro o surpreendeu, dizendo:

— Greengrass.

Astória se virou já que estava de costas para o artilheiro.

Ergueu a sobrancelha com arrogância com a face recheada de desprezo e nojo já que ele era um bruxo de linhagem pura.

— Fale, Sacage.

— Quero falar com você — informou. — Em particular.

Ela hesitou, mas por fim assentiu.

Benedict foi na frente, indicando o caminho. A Greengrass, entediada, o seguiu, mas antes, uma mão a agarrou pelo braço.

Draco tinha o olhar firme que enviava uma mensagem mais do que clara e pontuada:

Não. Quero. Que. Vá.

A Greengrass respondeu com um olhar mais firme e mortal ainda, como se retrucasse:

Você. Não. Manda. Em. Mim.

Malfoy, começando a ferver de raiva, nota o estranho silêncio e deduz que todos os observavam.

A largou, ainda mantendo um fixo contato visual, e se abaixou para pegar algo no chão.

— Seu bracelete caiu — aproveitou a situação para criar uma desculpa.

Astória não o agradece, somente arranca a jóia da família Black das mãos do apanhador e continua seu caminho, ignorando a ordem explícita no olhar dele.

Ele quase soltou um palavrão quando a viu sumir por um corredor com Benedict Sacage.

Blásio o tocou no ombro de uma forma nada amigável.

— Vamos pra aula, Malfoy — ordenou.

Tudo o que pode fazer era crispar os lábios, apertar os punhos com força e obedecer.

***

Ela praticamente arrombou a porta da sala de aula.

Não havia aparecido na aula de História da Magia, mas chegou depois de meia hora que ela havia começado.

O professor Cuthbert Binns fez uma careta fantasmagórica (já que era o único fantasma que lecionava em Hogwarts) para a sonserina que chutara a porta com tal violência.

— Srta. Greengrass — começou —, creio que queira levar uma detenção por ter chegado de maneira tão bruta após...

O ignorou entrando na sala com as íris esmeraldas focando em cada aluno, procurando o que estava tentando achar.

Todos que eram revistados por aquela periculosidade dos olhos verdes estremeciam de pavor.

Por fim, encontrou Malfoy.

Caminhou furiosamente até ele, que estava sentado. Ela se inclinou ficando a centímetros do rosto dele, que moveu a cabeça para trás, evitando não fazer o que sempre fazia quando ela fervia em raiva: a beijar.

Agarrou a gravata dele com uma força tremenda, quase o sufocando.

— Você vem comigo — decretou tão entredentes que as palavras saíram quase inteligíveis.

O puxou violentamente por aquele pedaço de pano enrolado em seu pescoço pela sala até atravessarem a porta, o arrastando como se fosse um cachorro desobediente.

Um silêncio perpétuo se instalou sobre os alunos e professor.

E, pela primeira vez, todos os presente sentiram pena de um Comensal.



Notas Finais


Nos pegamos não-publicamente
😂😂😂

Sério, desculpa pelos sustos que cês levaram com o Hébio. Ele e Asty REALMENTE são só amigos. Acho que não deixei isso claro ( foi mal)

Só Zabine tem que temê-lo e muito ☺😑


Te loves ❤❤❤😍😍
#Nox


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...