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História Garota Má - Drastória - Capítulo Oitenta e Cinco


Escrita por: Samm_Rockman

Notas do Autor


#Lumus

Capítulo 86 - Capítulo Oitenta e Cinco


Fanfic / Fanfiction Garota Má - Drastória - Capítulo Oitenta e Cinco


Ele bateu na porta e esperou encostado na parede com as mãos nos bolsos.

O horário de se recolher dos alunos já havia soado faz tempo, mas isso não fazia muita diferença.

Astória saiu do quarto dela e o encarou.

Os dois imediatamente se beijaram.

Ela o encostou na parede, o pressionando contra a solidificação de concreto enquanto o devorava avassaladoramente.

Draco gemeu e a pegou pelos cabelos escuros como trevas, correspondendo o ato na mesma medida.

Muito tempo depois, separam seus lábios, ofegantes.

Ela o abraçou pela cintura enquanto Malfoy cruzou seus braços nas costas dela.

Ficaram assim por um longo tempo. Agarrados, sem dizer nada, só absorvendo o calor do corpo do outro.

Ele começou a acariciar o pescoço da sonserina de forma tranquilizante.

— Estou cansada — confessou amassando sua bochecha no peito dele.

— Eu também — revelou. — Você como capitã é exaustivamente cansante e deliciosa.

A garota riu para depois o encarar com seriedade.

— Também está cansado de me beijar?

Ele pensou durante um instante mesmo tendo a resposta na ponta da língua.

Passou o dedo pelo rosto perfeito daquela sangue-puro com suavidade analisando cada curva linda que tinha na bela face.

Teve que se inclinar para colar suas testas devido a baixa estatura dela.

— Entenda uma coisa, Tori — falou para logo depositar um beijinho suave no nariz dela, a fazendo abrir um sorriso. — Jamais cansarei de algo que te envolve, porque você é alucinante demais para isso — os seus dedos ágeis envolveram a nuca, trazendo os lábios de ambos para mais perto. — Ainda mais em te beijar.

Ele fez conforme suas palavras.

Suas bocas se encostaram com uma intensa ternura, fazendo-os ficarem pousados um no outro por um tempo, absorvendo aquela sensação boa até começarem a se mover lentamente.

Malfoy demorou para aprofundar o ato propositalmente para impacientá-la.

O que, de efeito, aconteceu.

Astória esperou sem nenhuma calma com os lábios abertos sobre os dele, esperando a língua que não veio.

O xingou.

Malfoy riu e depois a compensou por aquela travessura.

A ponta de sua língua saboreou a parte interna dos lábios, fazendo-o tremer com a própria maciez da Greengrass.

Foi um pouco mais a fundo, só um pouco, experimentando toda textura diferente que encontrava no caminho.

Teve que a segurar firmemente pela cintura para que a garota não caísse.

Ela agarrou seus ombros com força, gravando as enorme unhas na carne dele.

Merlin.

Astória murmurou alguma coisa incoerente, ficando louca com aquele gesto intenso demais.

Revirou os olhos sobre as pálpebras fechadas.

Foi quando Malfoy abriu as íris azuis, ainda durante o beijo e a experimentando, que a viu delirando de prazer pelo que fazia.

Fechou os olhos imediatamente tentando fracassadamente não pensar em outros meios de fazer a rebatedora delirar.

A saboreou mais até onde seu pulmão permitia ficar sem ar.

Sorriem após terminar o gesto, recomeçar outro e mais outro, e mais outro, e mais outro, e mais ou...

Ela se desgruda do sonserino, o deixando num enorme vácuo e se vai sem nenhuma explicação ou palavra, somente aquele sorrisinho irresistível que lhe lançou antes de virar as costas e não o olhar mais.

Malfoy apenas sorriu sonhadoramente enquanto a via partir. Esperou durante apenas um minuto com os braços cruzados numa pode relaxante para a ir procurar.

***

Astória tinha ido longe dessa vez.

Ela não estava na Sala Comunal, nos corredores ao redor das Masmorras, no Armário de Vassouras... Só faltava um lugar.

Se dirigiu para a Torre de Astronômia.

— Demorou, hein, Malfoy? — falou com o relógio dele nas mãos, sem o encarar.

Draco tateou o bolso e descobriu só a corrente prateada onde tinha a mini-vassoura que Blásio lhe deu e os dois pingentes prateados, presentes de seus pais, em formato de um pomo e de um bastão de rebater.

— Filha da put... — interrompeu suas palavras quando a sonserina o encarou com uma sobrancelha erguida.

Ele pensou que o mataria naquele instante, mas Astória apenas deu de ombros, murmurou um "Não poderia descrevê-la melhor" que ele não entendeu e continou a olhar para a jóia em suas mãos.

O apanhador a enlaçou pela cintura firmemente, a fazendo rir pela maneira que a puxou para si.

Saboreou o pescoço infernalmente branco e delicioso.

— Não sabia que era uma ladra — acusou a fazendo gargalhar mais.

— Oh, Malfoy — ela exclamou perigosamente. — Já deveria estar ciente de que roubei diversos corações em Hogwarts...

Ele parou com os mimos que distribuía na pele dela para a fitar.

— Ah, é?

A garota assentiu enrolando os braços no pescoço dele.

Aproximou seus lábios provocativamente para perto dos dele. Malfoy fez menção de os juntar, mas ela os desviou para o ouvido do apanhador, sussurrando audaciosamente:

— Aposto que já roubei o seu...

Ele tremeu e paralisou com aquelas palavras. Astória sentiu isso e mordeu o lóbulo da orelha dele para depois cair numa extensa risada.

Draco fora desarmado.

Mas rapidamente contornou a situação negando.

— Acho que não, Tori — murmurou para depois a beijar avassaladoramente.

A mão na cintura dela a puxou para mais, a deixando mais do que colada a si, enquanto a boca de Draco exigia tudo da dela.

Ela passou seus braços por debaixo dos dele, o segurando pelos ombros com as mãos.

Merlin...

Nao conseguia acompanhar aquele ritmo delicioso do ato devido a voracidade do apanhador.

As pernas dela tremeram e ficaram moles com aquele devastador gesto que a destruía por completo.

Malfoy se empenhou mais ainda, para depois vagar os lábios para o pescoço da sonserina onde o devorou também, subindo a boca para o rosto belo mais uma vez.

— Malfoy — gemeu lânguida daqueles carinhos.

Arfou quando ele mordeu sua orelha de maneira tão sensual passando a língua em seguida no lugar onde pressionou levemente seus dentes.

— Acho que quer alguém que roube o seu, Greengrass — rebateu dando golpe seu nenhuma misericórdia.

Agora a rebatedora que fora desarmada.

Depois de um minuto inteiro de extremo silêncio, a garota começa a rir. Ele não aguentou e fez o mesmo, também com os lábios tremendo pela risada.

Se abraçaram forte, ainda gargalhando até Malfoy parar e colocar a face em meio aos fios negros como trevas e absorver o cheiro maravilhoso deles.

— Estou acabado.

Astória suspirou sentindo os músculos dele se retesarem sobre seu abraço. Malfoy havia segurado durante um bom tempo o cansaço que sentia, mas não tinha surportado mais e agora o demonstrava.

Ela também estava destruída com todos os treinos pesados que estavam enfrentando. Ela não ficava só gritando e dando ordens, também se esforçava e participava dos exercícios como todos os outros.

Beijou o pescoço dele de maneira casta.

Por fim, Draco se afastou.

— Vou dormir, Tori — a informou, passando a mão pelo rosto exausto. — Não aguento mais ficar de pé.

Quando deu um passo para chegar a porta da Torre, uma mão segurou a sua.

Ela sabia que estava sendo egoísta, mas...

— Fique — a palavra saiu baixa e o garoto quase não a ouviu. — Fique mais um pouco comigo — pediu com as palavras e com os olhos.

No começo ficou completamente surpreso, mas depois se esvaziou daquele sentimento.

Ele pensou, ainda sentindo seu corpo morto e suplicando por descanso, mas não podia negar algo àquelas esmeraldas verdes.

Suspirou e assentiu.

Eles enrolaram seus dedos mais fortes e percebeu que a muito tempo não davam as mãos.

Se beijavam, abraçavam, trocavam afeto de inúmeras e, infelizmente, castas formas, mas não davam as mãos.

Achava que, dentre todos aqueles gestos, esse que quase nunca faziam era romântico demais para o não-relacionamento dos dois.

Ficou observando seus dedos colados aos dela por um tempo enquanto se aproximava e a enlaçava pela cintura, mas não soltou suas mãos.

A beijou por toda a noite, a abraçou, sussurrou palavras maliciosas e engraçadas que a fizeram rir e suspirar, a acaricou com carinho nas costas e cintura, a fez delirar sobre seus lábios por enquanto que as estrelas brilhavam no negro céu, mas não ousou, em hipótese nenhuma, soltar seus dedos entrelaçados.

***

Já tinham terminado o treino e estavam exaustos. Astória tinha acabado de os dispensar e caminhavam pelo campo para chegar até o vestiário.

Suava terrivelmente e ainda tinham suas respirações ofegantes devido os exercícios pesados. Os músculos doiam terrivelmente como o resto do corpo.

Mas mesmo acabado, destruído fisicamente, ele conseguiu abrir um sorriso quando a viu.

— Benedict! — Drew correu até ele com uma animação pouco comum e pulou em cima dele, o agarrando com força.

O artilheiro surpreso, mas feliz, também a abraçou. Ela tinha as pernas enroladas em seu quadril e a face escondida no pescoço do namorado.

Ela ria. Drewanne ria.

De felicidade. Por ele. Com ele. Ali.

Ah, Merlin.

Como a amava...

O relacionamento dos dois ainda continuara depois daquele lance todo e estava melhor como nunca antes. Mas mesmo assim... Essa explosão de felicidade repentina... O deixou mais do que alegre.

Todos do time, inclusive Astória, pararam (um pouco distante, é claro, para vê-los). A Greengrass tinha um sorriso satisfeito nos lábios.

— Benedict, Benedict, Benedict... — ela continuou a repetir sem fazer qualquer menção em o largar. — Estou tão feliz! Tão feliz que eu podia explodir de felicidade!

O Quase Loiro tinha um sorriso bobo nos lábios.

— Porquê? — perguntou a abraçando mais forte. — Charles a aceitou como irmã?

Ela o encarou.

— Melhor — falou e deu um grutinho de uma alegria alegria que não podia conter.

Ele beijou a boca dela que sorriu largamente.

— Porquê então?

Drew, ainda tremendo de deleite, revelou:

— Eu convidei Thomas para o baile!

Algo dentro dele morreu.

O sorriso que sustentava desapareceu tão rápido como o tivera formado.

O abraçou mais forte.

— E ele aceitou! — informou gritando de júbilo. — Ele aceitou! Ah, Merlin... — murmuru como uma reza escondendo a face no pescoço dele. — Obrigado, obrigado, obrigado... Hoje é o dia mais feliz da minha vida!

Benedict parecia que não tinha mais vida naquele momento.

A soltou, a deixando com os pés sobre a grama do campo e continuou a fitá-la.

Como queria morrer naquele momento.

Morrer dolorosamente para esquecer tudo aquilo.

Ela tinha os olhos cor terra brilhando como nunca antes. E notou que aquelas íris nunca ficaram assim por ele.

Somente por Turner.

Ela tentou tirar o sorriso do rosto quando viu a expressão do artilheiro, mas nem assim conseguiu.

— Não está feliz? — questionou.

Ele piscou.

— Não, não é isso — falou, mas o que mais poderia dizer?

"Pise menos nos meus sentimentos", talvez?

Não. Não poderia.

Drew o amava. O amava como Benedict a amava.

O que mais poderia falar sendo que teria a mesma sensação de fosse ele?

Mas... Mas não a convidou primeiro porque... Merlin...

Estavam namorando. Namorando! Como ele pensaria que ela fosse com outra pessoa?

Deus...

Passou a mão pelos cabelos em desespero enquanto a via ainda em êxtase, dando alguns pulinhos de leve.

— Ah, eu nem acredito — o sorriso era impossível de abandonar seus lábios. — Merlin! Vou com Tom ao Baile!

Devido a euforia, o abraçou mais forte.

— Oh, Benedict... — exclamou o agarrando mais firmemente como se fosse chorar de tanta emoção.

Ele não passou o braço por sua cintura ou sequer a tocou. Só ficou parado. Paralisado. Anestesiado. Pois a dor dentro de si era tão forte que não a sentia.

A vivia. A respirava.

Mas Drew o largou repentinamente.

— Oh, mas pode acontecer alguma coisa entre nós — cogitou. — Entre eu e Tom — a ideia a fez sorrir abobadamente. O olhou. — Mas não quero o trair também.

Benedict sequer fez algo.

— Então... — ela deu de ombros. — Temos que fazer algo a respeito, não é mesmo? — indagou pensando. — Pode acontecer, mas não tenho nenhuma garantia que isso aconteça... Ele pode... — os lábios dela tremeram de emoção quando cogitou: — Ele pode até me beijar...

Levou a mão a boca e fechou os olhos, como se sonhasse com isso.

Benedict não acreditava que seus ouvidos ouviam ou o que seus olhos viam.

— Podemos abrir o relacionamento — sugeriu desta vez o encarando. — Que tal?

Drewanne ainda sorri. Por ele. Por Turner, pensou.

— Abrir? — sua voz tremeu quando pronunciou aquela palavra.

— É — a garota assentiu. — Termos um relacionamento aberto só no caso de não me sentir culpada depois se de repente algo entre eu e Thomas acontecer.

O artilheiro sentiu as lágrimas arderem em seus olhos.

Cristo. Iria chorar? Na frente dela?

Era um homem ou um trasgo?

Se virou de costas.

— Se por acaso... — tentou salvar sua dignidade pela ultima vez. —... Eu não concordasse em abrir o que temos... Você se impediria de algo acontecer entre você e ele?

Drewanne não precisou nem pensar.

— Não.

Nossa. Aquela sinceridade doeu.

— Tudo bem — concordou.

Drewanne deu a volta para novamente o olhar nos olhos.

O que mais queria que dissesse?

O cenho dela se enrugou.

— Você está bem?

— Estou — respondeu desviando seus olhar do dela. — Será que pode... — sua voz embargou e pigarreiou para tirar aquele tom.— Será que pode me deixar sozinho, Drew?

A sonserina continuou preocupada.

— Tem certeza? — insistiu.

— Eu... Eu só estou cansado pelo treino então se puder se retirar... — fez um gesto com a mão para a saída do campo aindasem a fitar.

Não conseguia.

Drew amava a ele. "Ele" não era Benedict.

McGuire assentiu, mas não foi embora antes de lhe dar um beijo.

Ele não o correspondeu.

Não sentiu nada por aquele gesto. Absolutamente nada.

Só seus olhos arderem mais.

Merlin.

Sua namorada se foi, o deixando no campo, sozi...

Não. Se esquecera que não estava sozinho.

Olhou para o time que o observava em silêncio. Mas as lágrimas já tinham descido por sua face.

Skay foi o primeiro a se aproximar.

— Benedict... — o chamou. — Você está be...?

— Chorando? — ele questionou com a voz amarga mesmo não sendo isso que seu amigo iria dizer. — Quem está chorando? — indagou procurando alguém que estivesse nesse estado, mas não conseguiu ver as próprias lágrimas caindo de seus olhos e regando a grama verde. — Eu não estou chorando. Eu não choro. E não há motivos para chorar, não é? — afirmou convicto, pondo as mãos na cintura sentindo seus ombros tremerem. Olhou subitamente para Jace. — Você está chorando?

Brousnton não soube o que responder. Abriu a boca e ficou mudo.

Sacage estava ferido. Não. Mais do que isso.

Estava destroçado. Destroçado como um animal.

Draco se aproximou e tocou-lhe o ombro. Zabine fez o mesmo e colocou sua mão no outro.

— Benedict... — citaram em uníssono.

Mas o artilheiro se desvencilhou do toque deles.

— Não — negou. — Não quero a pena de vocês. Não quero nada de vocês! — gritou subitamente. — NADA! — berrou.

Os olhou com raiva e ódio como se fossem culpado por tudo e entrou dentro do vestiário.

O restante do time se olharam sem saber o que fazer.

***

Sacage demorou duas horas no chuveiro para poder esperar o vestiário se esvaziar para sair.

Quando se trocou, se retirou dos banheiros para chegar ao seu armário.

Já estava com o uniforme normal de Hogwarts e tinha se arrependido pela explosão que deu no time.

Suspirou e bateu a testa no metal frio da porta do seu compartimento.

Nada era culpa deles.

Pegou o que queria, que era seu livro favorito e trancou novamente a fechadura com sua varinha.

Se virou e...

Toda a equipe das Serpentes estava reunida no ântro.

Skay, Jace, Theo, Blásio, Draco o olhavam com preocupação. A Greengrass também estava lá, mas não o encarava, só ignorava sua presença com os olhos distantes como se pensasse em algo.

Nott foi o único que tomou a palavra:

— Quer conversar?

***

— Pode enganar a todos — a voz sombria soou. — Mas não a mim.

A pessoa parou. Esperou alguns segundos no mesmo lugar e depois se virou para encarar a dona da fala.

As duas themonias se olharam.

Drewanne apenas arqueou a sobrancelha com suprema arrogância.

Astória tinha a face séria e fixada na colega de quarto.

— Não sei do que está falando... — McGuire falou perigosamente observando as própria unhas.

A Greengrass cruzou os braços.

— Não se faça de sonsa, Drew — repreendeu-a com voz dura, para depois revirar os olhos verdes. — Aquela felicidade toda por ir ao Baile com Thomas... Por favor — pediu como se dissese que era mais inteligente que aquilo.

A outra garota apenas continuou normalmente tranquila.

— Não acreditou na minha felicidade?

Astória a olhou com um sorriso debochado.

— Mas é claro que sim — afirmou sincera. — Mas todo aquele drama de "Oh, estou tão feliz! Vou com ele! Obrigado Merlin!" — a imitou exageradamente para depois ficar totalmente séria. — Você não me engana. Tem mais senso que toda essa cena — cruzou os braços. — Porque fez isso?

McGuire continou debochada.

— Posso ter me excedido? — sugeriu com uma pergunta.

— Não a esse ponto ridículo — rebateu. — A conheço como ninguém...

Drewanne se aproximou e a rodeou, dizendo...

— Ah, Tori, Tori, Tori... — usou o apelido que Malfoy a deu alisando os cabelos negros como trevas da colega. — Com total respeito que sinto por você — falou com sinceridade absoluta, pois sentia mesmo aquilo pela rebatedora. — Não é da sua conta o que faço ou...

A mão de McGuire passou pelos ombros dela enquanto falava, mas subitamente sentiu em seu pulso uma mão o agarrar com força.

— Você o prendeu — cuspiu as palavras na cara dela. — O prendeu, Drew — repetiu com os olhos indignados. — Porque fez isso?

As íris cor terra se arregalaram de surpresa. E logo em seguida as esmeraldas fizeram o mesmo.

Foi aí que perceberam.

Se afastaram imediatamente uma da outra.

A discussão não estava como as de antes. Tinha mais ódio, deboche e raiva embutidos nas palavras de ambas.

Faltava respeito em ações, mesmo sobrando em palavras.

Se olharam fixamente como se estivessem se desculpando em silêncio.

Depois assentiram uma para a outra, aceitando o perdão silencioso que lhe pediram.

— Você sabia — a de cabelos castanhos afirmou pois já não tinha dúvidas. — Se você sabia o que eu fiz porque me perguntou?

Astória ergue o queixo de maneira superior.

— Porque queria que confessasse — revelou para logo depois apontar: — Prendeu Benedict a si com um "relacionamento aberto" para que ainda tivesse algum vínculo com você. Mesmo indo ao Baile com Tom, Ben estaria vinculado ao que tem... Mas — não entendia essa parte: — Porquê?

Drewanne respirou fundo.

— Benedict falou coisas horríveis a mim. Que não me magoaram — ela garantiu com firmeza. — Mas, de certa forma, me afetaram. Não o perdoei por isso. E me fez uma proposta. Uma proposta absurda de ser meu namorado para descobrir o que eu tinha de errado. Se ainda fosse só isso... — riu amargamente. — Mas Sacage tinha que apelar. Tinha que dizer que talvez se Thomas me desse uma chance. "Talvez você fique com ele" — citou a frase que zeraram a chance dela ter alguma misericórdia pelo artilheiro. — Sendo que isso é absolutamente impossível — afirmou sem nenhuma mentira na voz. — Tanto que Tom só aceitou meu convite pro Baile porque você recusou o dele — acusou. Suspirou fundo com força. — Mas continuando, ele terminaria comigo em menos de uma semana e voltariamos a ter o sexo casual de sempre, só que — fez uma pausa para respirar — a minha vingança era que nunca durmo com exs. E Benedict seria um. Ora, jamais poderia me tocar novamente. Seria um ótimo castigo pelo que fez: não me ter nunca mais. Mas... — os olhos dela pesarem infinitamente. — Descobri o lance de Charles e tudo mudou... Menos o fato dele ter um castigo por me afetar.

— Aí o prendeu?

— Sim. O prendi a mim. Enquanto dançarei com Tom pelo salão, o olhar de Ben vai sempre me acompanhar, não importa que ele esteja com outra garota ou não — murmurou. — Nós ainda temos algo. Ainda estamos namorando. E ele me ver nos braços de outro é um preço que nenhum dinheiro paga...

A Greengrass suspirou, desanimada.

— Por seu orgulho ferido?

— Por ele ter me destruído, Astória — rebateu indignada por ela achar que por alguma coisa tão boba que segueria com uma vingança como aquela. — Me reduzido a um animal ferido, atacado, sem fala ou reação — apontou com a voz dura de raiva. — Por ter me humilhado, mesmo eu admitindo a mim mesma que não me senti assim, eu senti — bateu no peito repetidas vezes. — Eu senti todas aquelas malditas palavras me acertarem como um Estupefaça! Me atingirem no peito! Bem em cheio! Não por causa de uma droga de ego ferido!

A Greengrass suspirou.

Sabia que fora difícil Drewanne confessar aquilo, mas do mesmo modo...

Ela amava a Thomas e não a Benedict e não fez aquilo tudo sem motivos. Teve os dela. Por mais que não pudesse compreender, ela tinha princípios que não haviam se quebrado ou ignorados.

A Greengrass respeitava isso.

— Você o destruiu — acusou com a voz baixa. — Esse era seu objetivo?

— Sim.

A capitã mais uma vez ergueu o queixo antes de falar:

— Fez um ótimo trabalho então.

— Obrigado.

— Isso não foi um elogio.

— Agradeço do mesmo modo.

As íris perigosas se encontraram como se fosse uma batalha de feitiços grudados, tentando ver qual dos dois prevaleceria.

Por fim, no meio dessas guerras sobrenaturais de olhares themoníacos, nenhum dos dois prevaleceu.

O silêncio perpétuo continuou instalado quando...

— Tenho que te agradecer.

Astória arqueou a sobrancelha, não entendendo absolutamente nada.

— Sei que falei pra não ter pena de mim naquela discussão, de não se meter na minha vida me dando restos da atenção do Tom, mas... — pigarreiou. — Agradeço por respeitar meu pedido mesmo tendo agido indiretamente para que eu descobrisse sobre Charles.

A Greengrass não falara nada. Só ficou quieta. Em silêncio.

Sempre soube o porque os namorados de Drew a largavam. Sempre soube que Charles, mesmo a odiando por mágoas profundas sentia um amor imenso pela irmã.

Era os ouvidos e olhos do toda Hogwarts. Cada mínima coisa que acontecia dentro do castelo era de seu conhecimento.

Mas mesmo assim não ousou contar nada. Drewanne não acreditaria. E não se envolveria na vida dela que já deixara bem claro que repudiava se o fizesse.

Mas claro que arranjara um jeito: incentivando Ben a não desistir. Sabia que ele não era um covarde e enfrentaria a Charles.

Enquanto os outros caras eram apenas idiotas covardes, inclusive Porghateo que não ousou nem enfrentar o próprio amigo.

— Como você é burra.

Drew piscou, pensando não ter entendido direito.

— Perdão?

— Como você é burra — a capitã repetiu. Se aproximou ficando rente a sonserina que cuspia fogo pelo xingamento. — Você é uma garota incrível, McGuire. Não sei como não percebeu isso. Não podia sequer se culpar por esses malditos que te abandoram. São uns perdedores por terem feito isso e garanto que se arrependerão por toda as suas miseráveis vidas.

As duas ainda se encaram, os olhos afiados, perigosos, sem abaixar a guarda.

Apesar se iguais na essência, diferente nas aparências, divergentes nos princípios e opiniões e de não serem amigas, as duas se imaginaram naquele momento se tudo fosse diferente.

Se não tivesse Thomas no meio daquela não-amizade que um dia talvez pudesse ser profunda.

Mas a cogitação era improvável e, diriam até, impossível.

Estavam prontas para virar as costas e irem embora quando uma ideia surge na mente de uma delas:

— Quer comprar os vestidos do Baile comigo?

Astória que já havia virado as costas, a encara, avaliando a proposta com superioridade.

Descruzou os braços e não respondeu que sim, nem que não, somente indagou:

— Já tem uma cor em mente?

As duas sorriram com sinceridade uma para a outra.

— Qual a preferida de Thomas?

***

Ela riu quando fugiu de seu abraço.

Mas Malfoy logo a alcançou a pegando pelo cachecol da Casa das Serpentes que usava.

— Ei! — Astória reclamou, achando aquilo muito injusto.

Ele beijou o biquinho fofo que a rebatedora fez.

— Acha certo bolar tantas aulas assim, Tori? — indagou procurando a orelha dela para mordiscar.

A garota deu de ombros, não se importando.

Por favor — pediu revirando os olhos de tanta impaciência. — Pare de ser chato.

Ele a encarou seriamente, mas com um sorriso que teimava em se abrir.

— Você me chamou de "chato"? — perguntou incrédulo. — Ninguém nunca me chamou de chato...

— Já estava mais que na hora — rebateu dizendo e o olhando dos pés a cabeça com arrogância.

Draco fez cócegas nela como castigo. Ela riu e se afastou para fugir daquilo.

Estavam nos jardins desde o começo do período de aulas. Já havia até passado o almoço e não tinham voltado a cursar as matérias.

A neve que possuiu por completo o verde da grama, dificultava a perseguição que Astória sofria.

Ele a apanhou depois dela tropeçar em uma pedra.

Colou as costas da sonserina em seu peito enquanto ela ria.

A beijou no rosto.

— Merlin — exclamou com os olhos verdes brilhando. — Isso foi divertido.

Malfoy a empurrou para que estivesse com as costas numa árvore.

— A diversão começa aqui, Tori — murmurou possuindo os lábios dela.

A capitã lamuriou um "Que frase brega" enquanto a língua alucinante e saborosa a invadia.

Ela pronunciou um palavrão por nada em especial, fazendo Malfoy rir durante o ato.

A experimentou com mais profundidade fazendo ambos delirarem durante o beijo magnífico em que se encontravam.

E vagamente o terminam, arfando alto, e se olhando interminavelmente.

Se beijam mais lenta e curtamente em outra vezes até Astória o afastar um pouco, mas sem desgrudar seu corpo do dele, só diminuindo a pressão entre os dois.

Arrastou sua boca para o pescoço de Malfoy retribuindo imensamente as deliciosas carícias que lhe fazia com tanta devoção. O fazendo gemer alto pelos chupões, mordidas, arrastar de língua que dava em sua pele.

— Merlin... — exclamou a puxando pelos cabelos negros e a direcionando novamente ao seus lábios. — Quero sua língua na minha boca, Tori — exigiu ainda extasiado com os movimentos que podia fazer.

E ela obedeceu com grande gosto a ordem.

O beijou com vontade de reduzi-lo a nada. Completa e unicamente a nada...

Merlin.

Cristo.

Deus.

Alá.

Maomé.

Ela fazia movimentos novos e totalmente extasiantes que o deixaram louco. E não era apenas uma maneira de falar.

Como era possível esquecer que a sonserina beijava deliciosamente sendo que fazia questão de o lembrar toda vez que colavam seus lábios?

A imprensa mais forte contra a árvore sentindo as formas do corpo dela moldarem ao seu.

Tori o puxou pelos cabelos loiros que tanto criticava e enfiou os dedos por entre os fios, levando mais a fundo o ato que comandava.

Draco gemeu e abriu a boca mais pra ela que fez questão de explorar todo o espaço que lhe era permitido.

Merlin. Ele era delicioso.

O apanhador se perdia no gosto dela, mas também tinha um sabor incrivelmente viciante.

Era de entender o porque várias garotas se entregaram pra ele com um único beijo.

Talvez se fosse a dois anos atrás quando era apenas uma jovem normal, teria sido uma delas.

Pensou melhor até confessar a si mesmo, pois não havia sentido em mentir:

Ah, inegavelmente teria sido.

Os pensamentos conexos com que sentia se esvaziaram quando percebeu que o beijo havia se acelerado e mãos sorrateiras a tocaram por baixo da blusa.

Merlin. Ele era ligeiro.

Ela nem tinha notado seu casaco que agora jazia aberto.

Quando perdera o comando do ato?

Nem se lembrava mais.

A boca do apanhador se aprofundou no seu pescoço de maneira devorativa e faminta.

A garota revirou os olhos com aquilo e deixou-se aproveitar um tempo até permiti que o afastasse de si.

— Malfoy — o repreendeu, o empurrando.

Draco suspirou, irritadiço, mas logo a Greengrass o mimou, deixando que a beijasse da forma que queria.

Aproveitou seu prêmio de consolação ao limite até a rebatedora novamente descolar seus lábios e enrolar os braços em sua cintura.

— Tenho que confessar algo — ela falou de repente.

O sonserino ficou sério e a capitã riu pela preocupação dele.

— Quando usei seu uniforme pela primeira vez — começou —, mandei que Thomas fizesse um feitiço nele...

O apanhador não acreditou, tentou se afastar, mas a Greengrass não o largou.

— Mandou que Turner enfeitiçasse o meu uniforme? — questionou mais do que irado.

Astória deu de ombros como se não fosse nada demais ou se importasse para o fato.

— Era um feitos desconcentrante — explicou beijando a bochecha do garoto para logo a mordiscar de leve. — Que exalava um cheiro que o deixasse desatento a tudo a sua volta...

Malfoy ficou visivelmente incomodado depois daquele informação.

A Greengrass saboreou o desconforto do sangue-puro com uma risada.

— E que surpresa foi a minha — continuou depois de parar de rir —, quando descobri que era o meu cheiro que você, Malfoy — acusou o olhando atentamente —, sentia...

Ele não a encara, mas tinha o rosto fechado e emburrado.

A sonserina deu um selinho nele que virou um beijão quando o apanhador, sem que ela esperrasse, a agarrou pelos cabelos negros, a saboreando intensamente com a língua.

Ele a invadiu tão plenamente que por um momento Astória pensou estar no céu.

Separam seus lábios, completamente sem ar nenhum nos pulmões.

— Tudo em você me desconcentra, Tori — confessou a beijando outra vez avassaladoramente.

Astória ficou paralisada com e aquelas palavras, sentindo Draco a beijando com uma vontade devoradora.

Mas logo tentou ignorar o que sentiu dentro do peito ao ouví-las e corresponder o gesto ainda sorrindo mais do que internamente já que o sentimento vazavam por seus lábios...



Notas Finais


Genti. To me derretendo toda por esses dois...
#Nox


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