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História Garota Má - Drastória - POR SALAZAR E SONSERINA


Escrita por: Samm_Rockman

Notas do Autor


#Lumus

Capítulo 93 - POR SALAZAR E SONSERINA




Foi o jogo mais agressivo da história.


A goles foi jogada no ar pelo sr. Sprite e milésimos de segundos depois Skay já estava com a posse da bola.


Mas poucos segundos se passaram e ele recebeu uma ombrada de Don Wolfe, o cara que beijara Anne e acabou com um nariz quebrado.


Petterson rodou no ar pela batida forte e foi novamente lançado pela outra direção por Pegnus Nigth, que atingiu com o bastão a ponta do cabo de sua vassoura, o fazendo voltar para Wolfe, que o acertou com um soco tão forte (e disfarçado do juiz) que foi lançado para trás, o tornando praticamente uma bolinha de pinball, que era lancada pra lá e pra cá pelos grifinórios.


Foi instantâneo o momento em que o loiro percebeu que era um alvo marcado dos Leões.


Enxugou o risco de sangue que lhe corria pelo queixo e com a face possuída de fúria, contratacou indo em direção aos dois que sorriam zombeteiros.


Nigth tinha o bastão, símbolo de sua posição, levantado e se preparava para o momento certo.


Mas Skay foi mais esperto que eles.


Indo com grande velocidade contra ambos, girou a 180° graus quando estava a apenas meio metro deles, usando toda a sua força e controle para tal, devido a rapidez que rasgava pelo céu.


Atingiu os dois no peito de maneira tão forte que eles caíram sobre o cabo de suas vassouras, batendo a cabeça na parte de trás do meio de locomoção.


Foi uma pena que não caíram céu a baixo.


A falta foi marcada.


Petterson soltou inúmeros palavrões amaldiçoando o sr. Sprite que vira o lance ilegal.


Quem bateu a penalidade foi Hamon Néri, um dos artilheiros.


Blásio com uma velocidade assustadora, pegou a goles com tanta facilidade que parecia que fora um lance simples jogado por uma criança.


Foi aí que a dimensão do talento do capitão foi observado e amaldiçoado pelos corajosos.


Zabine lançou a bola para Jace que a agarrou e a mandou até Benedict, que por sua vez...


Foi encurralado.


Skay estava livre e por isso recebeu a goles de Sacage, mas depois de precisamente um segundo foi cercado por Wonderly e Néri.


Os dois o atacaram juntos.


Ele acelerou em direção ao aros, mas aqueles Leões estavam em sua cola, quase o alcançando.


Praguejou.


Lançou a goles para Jace que já se mantinha a sua frente.


Quando Petterson pensou que seria deixando em paz, descobriu que não.


Ele realmente era o alvo.


Não importava para onde corresse, ou o que fizesse, era perseguido.


Brousnton e Sacage estranharam que não havia ninguém atrás deles e constataram o mesmo que Skay.


Uma tática nada nova ou criativa da Grifinória. Apenas uma cópia barata do que a Corvinal usara algumas vezes durante o campeonato que ocorria entre a marcação de um artilheiro, já que as jogadas ensaiadas envolvia os três de cada time que passavam a goles um para o outro, eliminar um elo mexia com toda a cadeia, fazendo o tal time avançar, só que não conseguir finalizar por falta daquele jogador que estava sendo perseguido pelos rivais.


Tinha consciência disso porque Blásio os fizera decorar todo tipo de truque que as três Casas utilizaram durante o ano.


Só esperam a ordem de seu capitão para agirem.


Voam para os aros, mas o maldito Isóscleis defendeu quando Ben tentou mirar no aro esquerdo.


A torcida estava preocupada.


Os jogadores jaziam violentos e hiperativos, e já corria os dez primeiros minutos do jogo com o placar de zero a zero.


Temiam que eles fossem para a Ala Hospitalar antes mesmo de marcarem um ponto sequer.


Skay era um exemplo disso.


Sangue escorria pelo canto de sua boca e por uma abertura na testa. Os cabelos loiros estavam ensopados de suor e bagunçados ao extremo. Sentia suas costelas doer de tantas cotoveladas e batidas fortes que recebeu.


E a merda do sr. Sprite não marcara porcaria nenhuma de falta para a Sonserina!


Só mais um pouco, pensou enquanto ainda tinha Hamon Néri tentando alcançá-lo. Blásio daria a ordem que convinha, mas ainda teria que sofrer e tentar esperar que ele mandasse a tática de contra ataque.


Mas... Sentia que... Que Zabine queria mais do que ele fosse o bode expiatório...


Sentindo o olho direito inchar, resolveu olhar para trás para ver o quando aquele garoto estava de distância.


Se arrependeu no mesmo instante, deixando falho a defesa da retaguarda, não vendo quando Brigid Wonderly foi de seu encontro.


Anne, da platéia, jazia com o casaco verde sonserino do namorado e a touca da Casa do mesmo. Ela roía as unhas de preocupação pelo estado que seu amado se encontrava.


Petterson gritou pela força que recebeu do impacto.


O juiz sequer estava prestando a atenção naquela área, mas dividia o foco entre os rebatedores e a goles que era lançada pra lá e pra cá, sem nunca entrar em um aro.


Malditos fossem!


A torcida ainda não havia cessado de gritar ferroneamente por seus jogadores preferidos ou por sua Casa.


Astória e Theodore estava rebatendo os balaços de forma ordenada, não sendo páreos para Don Wolfe e Pegnus Nigth.


Eles tentavam atirar as bolas agressivas para os dois, mas sempre eram rebatidas e voltavam para si.


A Greengrass sorria, mas parou com o gesto quando avistou Blásio querendo sua atenção.


— AJUDE! O! SKAY! — gritou enquanto defendia o aro central.


Ela assentiu para a ordem. Deu de ombros para Theo e sinalizou para um balaço que vinha forte contra os dois. 


 Os rebatedores sonserinos assentiram, se prepararam e rebateram a bola marrom e agressiva não para a frente, mas para trás.


O balaço atingiu Wonderly que bateu em Hamon, liberando Skay da marcação mais do que agressiva.


Ele soltou um "FINALMENTE!" aliviado quando seu capitão o olhou de uma forma que não pode identificar a mensagem transmitida.


Blásio parecia gritar um "PENSE, SEU IDIOTA!" pois agora batia na própria cabeça sinalizando o que Petterson tinha que fazer.


Então Skay fez o inesperado:


Parou e pensou.


Colocou a mão no queixo e tudo. Se considerava um Einstein agora.


Humm...


Bem no meio do jogo.


Enquanto seus parceiros de posição praguejavam e gritavam com ele perguntando o que diabos estava fazendo.


Balaços eram rebatidos, marcações feitas, xingamentos proferidos, combates corporais eram a base daquela partida. E ele pensava.


Humm...


A Corvinal usava os três artilheiros para perseguir o artilheiro adversário então porque... A Grifinória só colocara dois em sua cola?


(Não que estivesse reclamando, longe disso)


Olhou para Brigid e Néri que ainda se recuperavam, mas seu foco não devia ser neles.


Anna Flatman.


(Que gozado, quase o nome de sua namorada)


Soltou um risinho, achando graça.


Blásio se perguntava o porque daquele loiro de merda estar rindo.


Foco, Skay, ordenou em sua mente. Foco e... Anne!


Acenou para sua amada.


Agora porque demônios Petterson estava todo derretido? O capitão ainda o amaldiçoava.


Zabine pediu com os olhos um grande favor a Astória que revirou os olhos e lançou um balaço na cabeca de Skay.


Ele acordou na hora.


Estalou os dedos. Era isso!


Observou a ruiva que cruzava velozmente os céus e ia ao encontro dos dez primeiros pontos da partida.


Blásio não conseguiu defender.


A marca da vassoura de Flatman brilhou quando ela comemorou junto as grifinórios na torcida que deliraram por estar saindo na frente.


Era o mesmo modelo que a de Jake Sacage.


Aquela garota não era agressiva e nem marcativa. Era veloz


Por isso havia sido deixada de fora da corrida de "Pegue o Skay" (Petterson riu mais uma vez porque gostou do nome).

 

E era isso que Zabine queria. Que enquanto ele era perseguido estudasse a tática e os adversários.


Vôo ao encontro de Benedict que agora tinha a posse da goles e sussurrou no ouvido do amigo:


Flatman.


Sacage entendeu na hora. Fez o mesmo se dirigindo até Jace.


Flatman.


Ele assentiu e mudou de direção, marcando a ruiva para que isso servisse para o restante dos grifinórios.


Skay comemorou quando Wonderly e Néri voltaram ao jogo e tiveram que deixar de o perseguir já que estavam marcando Anna e não teriam ninguém para fazer pontos por sua Casa.


O loiro comemorou tanto que acabou fazendo dez pontos sem querer devido sua euforia já que sua vassoura fez o rebote e entrou direto no aro sem chance de... Zabine defender.


Os olhos de Blásio pegaram fogo.


Skay... — ameaçou com o demônio encorpado pelo artilheiro ter feito um gol contra.


Petterson correu ficando atrás da Greengrass que o tirou do alvo do olhar mortífero de seu capitão.


— E Petterson, uma cobra que não sabe se é texugo, acaba virando leão marcando dez pontos para os corajosos! — McRoyner narrou. — Esperamos que ele não acabe se tornando também uma águia, assim sendo o casaca mais famoso de Hogwarts!


O sapato de Anne vôo em direção a testa de Dylan, que caiu para trás da arquibancada.


Draco e Jake piscaram ao ver aquele salto escarpã atingir o narrador do jogo.


Mas logo voltaram a se olhar maniacamente, prontos para capturar o pomo e buscar a vitória que lhes era de direito.


Estavam a trinta metros da onde o jogo estava rolando agressivamente.


Depois de algum tempo (e para sorte da pele de Skay) a Sonserina avançara e agora já tinha cinqüenta pontos, enquanto os Leões jaziam com trinta.


Mas o placar oscilava constantemente ficando impossível decidir quem acabaria vencendo.


Essa já era a decisão dos apanhadores. O destino do time estava em suas mãos.


Draco olhou para o jogo quando esmeraldas verdes o fitaram.


Astória estava maravilhosa sendo agressiva e não humana daquele jeito. Batendo com seu bastão em tudo o que não fosse verde e nem prata (acertando até o sr. Sprite na bunda e levando uma falta que novamente Zabine defendeu).


Ela o encarou brevemente até voltar a atenção ao que estava fazendo.


Os pensamentos do sonserino foram cortados pela risada do grifinório.


— Ah, Malfoy — Jake enxugou uma lágrima de tanto gargalhar. — Ainda gamado na Greengrass?


Draco sentiu seu sangue ferver e resolveu se afastar, mas Jake o seguiu.


— Quer um conselho? —o corajoso perguntou.


A técnica de o ignorar, não resultou de nada.


— Não quero nada de você, Sacage — rosnou furiosamente.


O capitão grifinório ergueu as mãos.


— Calma, Malfoy... — pediu, rendido. — Falar dela te deixa afetadinho? — questionou zombando.


Os olhos frios do sangue-puro loiro pousaram no adversário, o advertindo para não começar aquele jogo perigoso que não acabaria nada bem para ambos.


Jake, como sempre, o ignorou.


— Desista — falou. E por incrível que pareça a voz do rival ficou melancólica e com uma pontada de... amizade? — Essa garota só pensa em si mesmo... Na vida dela não há espaço para outra pessoa que não faça parte da sua dupla personalidade — fez uma pausa e pela primeira vez desde que o apito soou, seu olhar ficou vago e perdido. — Ela nos machuca de um jeito que nem pensamos ser capaz de nos atingir. De doer tanto quanto realmente dói — olhou para o horizonte, que não havia nada de especial só o fundo azul onde o sol, brilhante, era o esplendor que iluminava a partida. — O mais sensato é desistir logo antes que as consequências sejam irreversíveis...


Um extenso momento onde só os gritos da torcida ensurdeciam suas ouvidos passou.

     


Draco cruzou os braços, refletiu sobre aquelas palavras e achou uma verdade em cada uma delas.


Mas uma verdade para Jake, e não para ele.


— Só se pode desistir de algo que ainda não é seu, Sacage.


Foi nesse momento que um balaço cortou o céu, quase dizimando os dois apanhadores da competição.


A bola agressiva havia passado numa velocidade tão grande e entre as pontas das duas vassouras. Mais um centímetro e o cabo se quebraria, causando perda total aos sangues-puros.


Olharam pasmados para a dona da mira incontestavelmente boa.


Astória lançava um olhar reprovador que dizia um grosseiro e direto “É pra vocês se odiarem e não ficarem comendo o cuzinho um do outro”.


Foi aí que o jogo recomeçou de verdade.


Pontos eram acrescentados ao placar, faltas violentas e estratégicas eram marcados, combates corpo a corpo eram feitos.


Sangue a ardor corriam pela corrente sanguínea dos jogadores.


Jace marcou mais dez pontos e comemorou com um high-five triplo com Benedict e Skay.


Zabine defendia os aros furiosamente, não deixando quase nenhuma chance pros adversários marcarem, mas estava ficando puxado.


A partida já passava dos trinta minutos e nada.


— Theo! Astória! — o capitão gritou. — Mire na vanguarda esquerda!


Nott parecia não ouvir, pois ainda estava focado na direita dos grifinórios.


O único erro do goleiro foi ter andado muito com a prima e pegado um pouco da mania do palavreado dela.


— THEEODOREEE! — Zabine o chamou irado por não o ter obedecido. — Traga a sua e a vagina arrombada da Greengrass para cá agora!


Foi quando os olhos da rebatedora faiscaram que o sangue-puro percebeu seu erro.


— Vocês. Que. São. As. Minhas. Vaginas. Arrombadas — a Greengrass pontuou muito mais que furiosa agitando o bastão violentamente.


Blásio engoliu um seco quando o balaço rebatido pela sua prima vinha a sua frente pronto para matá-lo.


Mas foi pior. Beeem pior.


A dor absurda o preencheu no estômago. Ele foi lançado longemente para trás com vassoura e tudo, ultrapassando o aro do meio e indo em direção a torcida.


Para seu azar era a vermelha e dourada, que se afastou, o fazendo bater as costas na arquibancada dura.


Nenhum corajoso pensou em o ajudar.


Se levantou com dificuldade e gemendo.


O mais estranho foi pensar ter ouvido um grito preocupado conhecido, mas estava confuso demais para se concentrar.


Praguejou.


Por todos os infernos! O sr. Sprite não havia visto que foi atingido e os grifinórios ainda marcavam pontos já que o goleiro não estava defendendo o que devia.


Benedict, Skay e Jace tentavam fazer o possível para tentar fazer com que os rivais não acertassem os aros, mas ficava difícil sem Blásio.


Zabine amaldiçoou sua prima pela décima vez só naquele dia e pegou sua vassou...


Sua vassoura! Onde estava sua vassoura?


A torcida da Grifinória passava a Demolions do capitão adversário de mão em mão, de modo que o objeto já estava quase do outro lado do estádio.


— E o líder das Serpentes se enfia no meio da torcida inimiga para tomar o que é seu por direito — McRoyner narrou o acontecido. — Será que ele voltará ainda esse ano para o jogo?


— MALDITOS GRIFINÓRIOS! — o sangue-puro gritava. — ME DEVOLVA A MINHA VASSOURAAAAA!!

  

Avançou rapidamente com uma fúria nunca antes sentida por tantas pessoas assim, conseguiu agarrar um pedaço da ponta do cabo e puxar.


Agora era ele e uma multidão inteira brincando se cabo de guerra.


Mas estava tão inumano que o outro lado sequer teve chance.


Só com uma velocidade absurda montou e vôo contra os céus.


Como diabos o sr. Sprite não vira aquilo? 


Tinha que ter paralisado o jogo já que a torcida era proibida de interferir no jogo, ou nesse caso, prejudicar um jogador fosse qual for.


Raivoso, se inclinou para frente aumentando sua velocidade e fúria.


Teve o vilusbre de uma certa loira abraçava com um certo corvino de olhos gélidos na torcida verde e prata, mas desviou rapidamente a atenção.


— E os Leões marcam mais dez pontos nos aros sem goleiro! Virando o placar que fica oitenta a cento e dez para os corajosos! Agora a vitória está mais perto da flâmula vermelha e dourada, será que hoje a...


A COBRA VAI FUMAR!, todos os contra os ambiciosos brandiram como um grito de guerra.


As Serpentes rosnaram possuídas de ira.


Blásio não deixaria a Taça que lhe pertencia se desvanecer de suas mãos tão rapidamente.


— BENEDICT! — chamou o artilheiro Quase Loiro. — ORDEN FORMATE! — anunciou o novo comando. — ATAQUE PELO FLANCO DIREITO COM FORÇA TOTAL! JACE, USE VELOCIDADE NA 10-17A! — defendeu a goles que Flatman lançou e que quase foi passar pelo aro esquerdo. — THEODORE, MIRE NELES ENQUANTO A GREENGRASS DEFENDE OS ARTILHEIROS! — respirou fundo suando como um louco de tanto esforço. — AGORAAAAA!


O time da Sonserina avançou com carga total.


Todos tinham sangue nos olhos almejando a vitória.


Skay roubou a goles de Wonderly, avançou, passou para Benedict, que foi salvo de ser acertado por uma bola agressiva por Astória, e a mirou para Jace.


Este, por sua vez, vôo tão veloz que nem Flatman o alcançou.


Dez pontos foram marcados para os ambiciosos.


Mas não ficaram satisfeitos só com isso.


Atacaram com tanta força, que do alto, Jake começou a se preocupar e a berrar ordens a pleno pulmões. Isso o ajudava a se desconcentrar a procura do pomo e Malfoy teve mais liberdade para se mover sem ser seguido.


Agora o campo pegava fogo.


Astória marcava faltas a vontade porque sempre Zabine as defendia, por isso não tinha medo de acertar o bastão de sua posição na cara de Don Wolfe e muito menos na de Pegnus Nigth, que jazia com o rosto horrivelmente amassado pelas batidas fortes que recebeu.


Theodore rebateu um balaço e suas costas se encostaram na da Greengrass.


Enxugou o queixo coberto de suor e murmurou enquanto arfava de tanto esforço que estava fazendo:


— Quando? — indagou a respeito de algo que só os dois sabiam a respeito.


Astória demorou para responder porque também estava sem fôlego.


— Não demorará muito — respondeu tirando o cabelo da face.


Os dois estavam parados no meio do campo, observando o caos organizado que estava. Goles, golpes, faltas, palavrões, blasfêmias, urros.


Não se moviam, mas os olhos estavam furtivos, procurando alvos, balaços, artilheiros que precisavam ser defendidos. Os bastões não saiam de suas mãos e jaziam apertados com força contra suas palmas.


— Por isso me treinou, não é? — ele questionou, mas Astória nem se deu ao trabalho de responder. Continuou focada e comprometida em atenção.


Mas logo os olhos verdes esmeraldas se surpreenderam ao ver uma mão se estender para ela.


Nott ainda tinha as costas grudadas com as da sonserina, então teve que dobrar o braço para trás para o fazer.


— Amigos então?


A garota mordeu o lábio inferior olhando para os dedos brancos do colega de posição.


Como ela estava demorando para apertar sua mão, Theo apenas virou o rosto para tentar encará-la.


Mas Astória não estava mais a suas costas.


O espanto foi grande quando ela surgiu a sua frente, quase como se tivesse aparatado (algo impossível sem uma varinha na mão).


O braço da rebatedora estava estendido, o bastão erguido no justo momento que um balaço atingiria o rosto do rebatedor sonserino.


O braço dela nem chegou a se mover ou tremer com a força do bola agressiva, que pareceu bater em algo indestrutível.


Diferente de Theo que tinha o queixo caído e os olhos na impressionante posição da garota, a Greengrass jazia com as esmeraldas verdes e perigosas focadas inteiramente nele.


— Você é só um sangue-puro maldito — desprezou com os lábios entortados de nojo.


Astória vôo para longe, defendendo Ben de outro balaço que havia sido rebatido para o deter já que estava com a posse da goles.


Mais dez pontos a Casa verde e prata.


Comemoraram.


Ralph Isóscleis jogou a bola que não havia conseguido defender para Hamon Néri, que a perdeu logo em seguida para um rival.


Jace fez um loop quando foi abatido por Wonderly lateralmente em pleno ápice da manobra e foi arrastado pela garota até ser impulsionado mais fortemente, perder a bola, e girar fora do controle por um bom tempo.


Os olhos de Skay faíscaram de ódio pelo que a grifinória fez com o melhor amigo.


Ele, como um louco, se atirou contra ela gritando um sonoro "AAAAHHHHHHH!!!!".


Brigid apenas se desviou para o lado, o deixando bater de frente com Benedict que foi acertado, certeiramente, com a boca de Petterson na sua.


— E um grande caso de amor surge durante uma fatídica final de campeonato — McRoyner zomba, fazendo o estádio inteiro rir.


Benedict ficou furioso, mas logo teve que esticar os lábios ao encontrar o sorriso mais malicioso de Drewanne o encarando da platéia.


A garota de cabelos marrons como terra jogou o cabelo para trás de maneira sedutora e enfiou um dedo no boca, para o chupar levemente, o olhando com fome como se aquele simples dedo não fosse capaz o suficiente para saciar sua boca.


Merlin. Aquilo prometia segundas intenções.


Tratou de se concentrar no jogo e marcar algum ponto para ela.


Blásio inclinou a vassoura verticalmente para Brigid não conquistar dez pontos para a Casa dos Leões, mas foi em vão.


A goles foi certeira no aro direito.


A loira de cabelos curtos fez um high-five com a ruiva e novamente voltaram a suas posições prontas para mais uma luta travada para conquistar a vitória.


Zabine antes de arremessar a bola para o alto, piscou para um jogador em especial.


Um assovio alto soou por todo o estádio, fazendo a maioria tapar os ouvidos.


Os corajosos fizeram o mesmo, não notando os três artilheiros que juntos avançaram para agarrar a bola.


O som parou e nenhum dos Leões soube dizer quem estava com a posse da goles.


— E Sacage, Petterson e Brousnton realizam um Fultore triplo! — Dylan narrou sem ter sucesso em esconder a surpresa e perplexidade na voz.


A manobra consistia em os três avançarem girando sem parar ao redor do próprio corpo, sempre indo enfrente, ficando impossível saber quem segurava a goles.


Os três artilheiros grifinórios se dividiram para os impedir.


Néri segurou a vassoura de Sacage, o impedindo de continuar rodando, mas praguejando por o adversário não estar com a bola.


O mesmo acontece quando Flatman barrou Jace, que sorriu docemente para ruiva por a ter deixado zangada.


Sobrou para Wonderly pegar a gole de Skay antes que este alcançassem a área do gol e o impedisse de marcar.


Mas o loiro de olhos verdes girava loucamente enquanto ria de modo maníaco e só quando estava de frente a Ralph, o goleiro, foi quando Wonderly agarrou na sua vassoura.


Ele parou no ar de cabeça para baixo e teve que agarrar o cabo para não cair do céu ao chão.


Brigid piscou junto com Isóscleis.


Onde diabos estava a goles?


Astória assoviou mais uma vez, fazendo todos gemerem com o som agonizante.


Ela e Theo sorriram quando debateram a bola que velozmente cruzou todo o campo e passou pelas pernas do goleiro, fazendo a Sonserina empatar com a Casa rival.


A torcida delirou.


Cento a vinte a cento a vinte.


Mas nada estava definido. Somente os jogadores mais sensatos que acompanhavam a pontuação das Casas sabiam que antes do jogo o placar total de pontos jazia com 13.790 para as Serpentes.


Mas a pontuação Grifinória não se encaixava nesses critérios.


A tensão era grande para os ambiciosos e corajosos. Míseros dez pontos poderiam definir primeiro e segundo lugar no campeonato.


As oportunidades eram de 50 a 50.


Mas aquilo não iria acontecer.


E foi justo nesse momento em que o pomo resolveu aparecer.


A bolinha dourada travessa surge logo entre os dois apanhadores que não ousaram nem respirar ao encararem seu alvo.


Depois de trinta segundos em completa inércia, ambos avançaram.


O pomo mergulhou trinta metros a baixo enquanto era perseguido pelos apanhadores.


Tiveram que desviar de jogadores tentando marcar pontos, correndo atrás de seus adversários, fazendo jogadas ensaiadas e rebatendo balaços para todos os lados.


A torcida delirou enquando acompanhavam a corrida a busca da bolinha dourada.


As vassouras cortavam o céu como um risco veloz de vento.


Jake estava na frente, mas isso era o que exatamente Malfoy queria para...


Alguém bateu de frente com o sangue-puro, o destabilizando por completo.


Draco rugiu para Don Wolfe, mas assim que tentou desviar do idiota grifinório, o time inteiro rival foi ao seu encontro.


Os corajosos pareciam ter esquecido o jogo, suas posições e as estratégias criadas para o atacar.


Mas a Sonserina não deixou barato.


Skay brandiu um “SOLTE O MEU DRAKENHO!” possessivo demais para o gosto de Malfoy.


Avançou contra os adversários, os tirando do caminho de seu apanhador, o deixando livre para perseguir o pomo.


Mas logo uma confusão começou e o sr. Sprite teve que intervir uma certa pessoa que aproveitara a oportunidade para distribuir rebatidas fortes na cabeças dos corajosos.


A falta não foi marcada porque o tal jogador(a) não foi identificado.


Draco amaldiçoou a Jake e cruzou o céu, batendo o corpo na lateral do grifinório, o fazendo se desviar da direção do pomo.


Sacage rugiu, furioso por ter sido desviado de seu objetivo.


Enquanto isso os olhos esmeraldas cerravam as pálpebras, observando a captura do determinante do jogo.


— Astória! — Jace a repreendeu pela falta de atenção após ser atingido fortemente por um balaço.


Ela apenas deu de ombros e voltou a focar na sua posição.


Zabine praguejou quando viu Néri com a posse da goles voando em sua direção. Se preparou para defender apertando os dentes cerrados.


A bola foi lançada com força e precisão, além de uma mira indefendível.


Mas Blásio era conhecido por fazer milagres.


Veloz como um raio, cruzou dois aros para chegar até o esquerdo e enquanto corria pelo céu, pegou a ponta do cabo com a mão direita e se inclinando, deixou sua vassoura verticalmente quando girou 360° graus para defender o gol.


A torcida vai ao delírio.


O goleiro comemorou com um "Yeah!" animado, mas foi uma surpresa quando seus olhos castanhos claros encontraram-se com os cinzentos tempestuosos de seu padrinho.


Blásio estava em choque.


Nunca na sua vida havia visto Lucius Malfoy impressionado.


E com ele.


Conseguiu sorrir brevemente pra tia Ciça que batia palmas animadas com os olhos cheios de orgulho, murmurando vários “Esse é o meu afilhado” para todos que quisessem ouvir e até os que não queriam.


Mas logo voltou a ativa, jogando a goles para Skay e gritando ordens que eram prontamente obedecidas.


— E depois desse recesso — McRoyner narrou —, o goleiro com mais lances defendidos de toda Hogwarts volta com as forças renovadas logo depois de ter sido destronado pela Greengrass. Será que nosso capitão conseguirá uma vitória hoje para deixar invicto seu nome na história?


As Serpentes gritam com uma paixão tão grande que a vaia dos corajosos passou como um eco distante e fraco.


A torcida enlouquecida chamava por Blásio.


Como Zabine amava aquela sensação...


— Jace! Mais rápido! Cruze com Skay! — (nessa ordem Petterson murmurou um "Ui" se fingindo de envergonhado "Aqui? Com todo mundo olhando?"). O capitão revirou os olhos. — Benedict cubra a vanguarda direita! Astória e Theo!


Os dois rebatedores olharam para o líder esperando o mandamento.


Mas Blásio somente sorriu.


— Continuem assim.


Eles assentem.


Os dois que brandiam os bastões não brigaram um segundo sequer (o que sempre acontecia em todos os jogos até mesmo quando Astória era a capitã) e estavam fazendo um excelente trabalho.


O placar marcava cento e cinqüenta a cento e cinqüenta, deixando fixado os valores dos pontos na partida.


Nenhum jogador estava conseguindo marcar mais gols pela dificuldade que o jogo estava apresentando.


No nível mais alto da competição Sacage e Malfoy ainda brigavam na busca pelo pomo.


Jake rangia os dentes por seu rival estar na frente, por isso não teve dó nenhum quando puxou a vassoura dele para trás.


Draco levou um susto quando retrocedeu e o corajoso roubou seu lugar na corrida.


Mas não fora só isso.


Sem a atenção no juiz, sonserino foi lançando contra o mastro de uma das bandeirolas que ficava acima do estádio e da torcida.


Suas costas doeram infernalmente com o impacto e ele gritou.


Antes de cerrar os olhos pela dor, pode contemplar Jake confuso no ar, como se tivesse perdido algo de vista, para depois mergulhar.


Seu braço parecia deslocado. E o pior: era o que usava para segurar o cabo enquando voava.


Maldito.


Praguejava, fazendo uma careta de dor, mas mesmo assim se moveu, ofegando enquanto pegava sua vassoura já que estava sentado em plano regular, acima da platéia e no ponto mais alto do estádio.


Montou com dificuldade e avançou.


Mergulhou na onde Jake Sacage antes estava e o avistou no meio do ar, onde acontecia a partida.


O corajoso empurrou o próprio rebatedor para seguir mais rapidamente em frente.


Agora o pomo estava a menos de um metro de distância.


Sorriu internamente.


Ergue a mão para tentar agarrá-lo e a distância entre garoto e objeto diminuira mais de cinqüenta por cento, agora era só uma questão de tempo até...


Uma pessoa colidiu bruscamente com ele.


O grifinório rosnou ao descobrir de quem se tratara.


E num momento que até a surpreendeu, pegou a Greengrass pelo pescoço e a arrastou consigo, ainda apertando firme a garganta da garota.


Astória tentou chutá-lo, mas não teve sucesso. Tentava desafroxar a mão grande que a segurava, mas Jake era forte demais, movimentava os pés desesperadamente em busca de um apoio, mas sua vassoura ficara para trás a muito tempo.


Seus pulmões suplicavam por oxigênio.


Os olhos do sangue-puro ardiam com algo a mais do que fúria: rejeição.


A arrastou por todo o campo até jogá-la contra os aros da Sonserina para depois seguir mais uma vez rumo ao pomo.


A sonserina arregalou os olhos pelo impacto, abriu a boca e...


Não a fechou mais.


Draco desceu mais dez metros para em seguida cruzar uma diagonal pelo campo.


— E Malfoy avança depois de um tempo desaparecido do jogo — McRoyner narrou sentado nas arquibancadas e atento a tudo. — Será que ele se escondeu secretamente para dar mais suspense para a vitória que planeja? Mas lamentamos contar a esse iludido sonserino que hoje, certamente, a...


COBRA VAI FUMAR!, metado do estádio ecoou.


O apanhador das Serpentes se inclinou para frente para ganhar mais velocidade, se desligando das vaias e até os gritos de incentivo da torcida. Naquele lugar só existia ele e o pomo.


Que Jake estava perseguindo, mas jazendo longe demais para a bolinha dourada que corria...


Em sua direção?


A Grifinória começou a gritar enlouquecida. Mas não eram berros de felicidade.


— E Sacage tentando alcançar o pomo, entra em desespero quando a bolinha do jogo voa na direção de Malfoy!


O sonserino ainda estava focado a sua frente, com a atenção na mira do alvo.


— Dez metros para cobra e pomo se encontrarem e Jake continua a vinte, tentando fazer o impossível! 


A decisão já estava acertada. Primeiro e segundo lugar decedidos.


— MALFOY APANHARÁ O POMO E FARÁ A SONSERINA A CAMPEÃ DA TAÇA DE QUADRIBOL DAS CASAS! — Dylan gritou agarrando os próprios cabelos como se não acreditasse. — CINCO METROS PARA ALCANÇAR! — a Grifinória xingava e amaldiçoada, mas não era páreo para as Serpentes que deliravam sentindo a vitória. — DOIS! — os gritos não se cessam. — UM! — os jogadores param sua função para olhar o movimento que lhes daria o primeiro lugar. — E... E... E... MALFOY PASSA RETO!


A torcida comemora.


Segundos depois, o próprio McRoyner consegue entender suas próprias palavras.


As serpentes estavam mais que confusas.


— Malfoy passa reto pelo pomo! — berrou. — RETO PELO POMO! — voltou a esgoelar. — Que merda passa na cabeça desse cara?! Ele poderia ter ganho a Taça agora! Cobra estúpida que...


McGonagall, da platéia o repreendeu duramente com o olhar, mas o que o fez engolir um seco foi os olhos frios de Lucius Malfoy o encarando de forma gélida.


Draco nem se limitou a escutar nada da torcida porque ainda voava em direção ao seu alvo.


E, em nenhum momento desde que remontou em sua vassoura, era o pomo.


Bateu no peito de Sacage o empurrando brutalmente, mas logo o pegou mais uma vez pela camisa do uniforme.


Tocou no rosto do grifinório.


— Jake, Jake, Jake... — falou o nome dele negando com a cabeça como se pensasse como um ser humano poderia ser tão burro. Continuou o tocando como se percebesse que aquela face era perfeita pra ser deformada mais uma vez, só que muito mais dolorosamente. Porém logo parou de se movimentar e o encarou com uma inércia perpétua. — Você foi avisado.


Os olhos de Malfoy não estavam humanos. Jaziam loucos.


As íris azuis tremiam junto com as pupilas numa ameaça não falada.


O soltou sem mais nem menos e com uma calma tão tranquila que chegava a ser duvidosa.


O grifinório engoliu um seco, temendo o que o esperava no jogo ou até mesmo depois dele.


Malfoy vira tudo o que o bostinha vez com ela.


Zabine abandonou os aros que defendia para segurar a prima antes que caísse. Ela agarrou forte os ombros do goleiro de tamanha dor.


Draco sabia disso porque Astória não tocava em Blásio.


O juiz fez uma pausa no jogo.


A boca da sonserina ainda jazia aberta.


— Astória! Astória! — Blásio gritou mas ela ainda não respondia. — Respire, Astória! Respire!


Ela tentava o fazer mas seu peito tremia compulsivamente, sem conseguir aspirar por ar.


Zabine tentou ver se ela estava no mesmo estado que Skay quando caíra da vassoura, mas não inchava.


A sonserina cravou as unhas na carne dele, mas o garoto sequer sentiu.


— A..... Ahhhhhhhhhhh........  A.....hhh...a.. — tentava murmurar em sussurros desconexos.


Ele a agarrou mais forte a fazendo sentar em sua vassoura.


Por favor. O momento é sério, deixem suas mentes poluídas pra depois.


Foi quando a rebatedora o olhou tão penetrantemente que conseguiu ler as esmeraldas verdes da garota.


Abraçou forte, socando as costas dela.


Astória aspirou fôlego, tossiu, tossiu tossiu e tossiu. Se engasgou algumas vezes durante esse tempo, mas não se permitiu lacrimejar.


No final abraçou Blásio com mais força do que antes.


Contudo, quando voltou a si, rapidamente o largou, tentando ficar longe o máximo possível que uma vassoura com duas pessoas nela permitia.


Mas Zabine tinha um pensamento bem diferente quando a puxou novamente para si.


Ela virou o rosto com a bochecha espremida contra o peito dele e não retribuiu em modo nenhum o gesto.


De longe, Draco suspirou.


A partida ainda estava paralisada pelo sr. Sprite.


O juiz chegou até o capitão da Sonserina e perguntou se a rebatedora teria chance de continuar no jogo.


Ela assentiu e Blásio negou.


Os olhares perigosos e idênticos dos dois se encontraram.


Tinham a mesma periculosidade, a única diferença que a Greengrass o usava constantemente quanto Zabine raramente o impusera em seu rosto.


Astória assobiou aquele som infernal, fazendo sua vassoura que jazia parada no ar se aproximasse da dona.


— Você não vai — o goleiro a impediu de trocar de meio de locomoção.


— Pare de chiliques, Blásio — falou ainda com a voz fraca e rouca, além de um pouco lenta e confusa. — Estou bem melhor.


Iria fazer o que pretendia, mas não lhe foi permitido.


— Astória — seu primo avisou. — Sou o capitão dessa equipe, e se eu disser que você vai sair do jogo, você vai sair do jogo.


Ela desfez o olhar perigoso para se tornar irado.


Não — negou. — Não, Blásio — repetiu mais uma vez. — Não irá fazer isso porque lutei tanto quanto você para chegar até aqui e não tem direito nenhum de...


Eu tenho — a cortou. — Não arriscarei sua saúde. Mal consegue se sustentar sozinha!


Foi quando a garota percebeu que o primo que estava decidido que ficou quieta com seus próprios pensamentos a enchendo de fúria.


Teria que... Teria que... Ahhhhh!!! Como o odiava.


Se aproximou do sangue-puro e sussurrou algo em seu ouvido.


Blásio arregalou os olhos.


E depois que a prima se afastou, praguejou todas as maldições que conhecia e mandou meio mundo ao inferno.


Aquilo era golpe baixo. Jamais poderia nega algo a ela depois daquelas palavras.


A encarou com grande raiva porque lhe tinha deixado sem escolhas. Suas narinas dilatavam de tanta ira enquanto bufava como um touro furioso.


Tudo o que pode fazer era rosnar um "Saia!" para que ela se retirasse.


Astória, calmamente voltou a sua vassoura e sorriu quando disse que ao sr. Sprite que poderia continuar o jogo.


Olhou brevemente para Malfoy com um olhar de "Você é burro?".


Claro que ela citava o fato dele não ter pego o pomo.


Draco lhe respondeu cruzando os braços e mandando outra mensagem pelos olhos "De nada, Greengrass".


A garota revirou os olhos e depois focou no céu como se perguntasse a Merlin se merecia vadiazinhas tão estúpidas quanto ele.


O apito foi soado mais uma vez e tudo recomeçou.


Mas não do mesmo modo.


Malfoy e Sacage pareciam se matar pelos céus. Entre eles não haviam mais regras ou faltas apitadas, existiam sangue vontade não apenas de vencer, mas deixar o outro mais miserável o possível.


O pomo continuava solto. Ele não paralisava quando o juiz ordenava, só os jogadores o faziam, sem oportunidade de pegá-lo.


Os artilheiros se matavam enquanto os rebatedores tentavam aniquilar uns aos outros.


Os goleiros defendiam seus aros com o maior afinco que conseguiam.


Nenhuma goles passou mais pelos aros.


Agora era vitória ou derrota.


Cento e cinqüenta a cento e cinqüenta.


— E o jogo se torna mais violento e louco do que antes!— McRoyner comentou para o estádio todo. — Conheço jogadores apaixonados pelo esporte que pagariam para estar longe desse campo! 


O sr. Sprite estava perdido com aquilo. Anos de profissão e nunca vira coisa igual.


Theodore acertou um balaço na cabeça de Wonderly e comemorou por ter tirado uma grifinória da disputa, mas logo Skay também desmaiou quando Pegnus Nigth o acertou direto na nuca.


Continuaram a guerreiar.


Jake bateu na lateral da vassoura de Draco e o mesmo lhe retribuiu o movimento duas vezes mais forte.


Não estavam para brincadeiras.


Tiveram que passar pelo aro esquerdo da Grifinória para perseguir a bolinha dourada que voava na mais alta velocidade.


Fizeram três loops seguidos para tentar acompanhar o pomo de ouro. Ambas as torcidas, mesmo depois de quase duas horas de jogo não se cansaram de gritar ferroneamente.


Foi quando Malfoy passou a sua frente e esticou o braço que Jake se sentiu ameaçado.


Estava mais que na hora.


Tirou de seu bolso três bolinhas pequenas.


Riu-se internamente antes de as jogá-las as fazendo grudar na vassoura de Malfoy.


Conseguiu sorrir diabolicamente.


Draco ouviu uma explosão e rapidamente perdeu velocidade além de altitude. Olhou de um lado para outro para logo focar na parte de trás da sua Cumulus 3091.


A parte de trás da sua vassoura pegava fogo.


Teve tempo de olhar para Jake antes que o mesmo o ultrapassasse.


Os lábios esticados de malícia do grifinório eram a prova inquestionável que nem precisava para comprovar o óbvio.


Miserável — rosnou com tanto ódio dentro de si que sua voz saiu irreconhecível.


Jake deu um tchauzinho zombador e continuou a seguir na busca do objeto dourado.


Foi no momento em que os olhos verdes esmeraldas capturaram a imagem de Malfoy tentando controlar sua vassoura que ela pensou:


Está na hora.


Se ajoelhou sobre o cabo de sua  Fevorest, mantendo o equilíbrio perfeito que precisava.


— E Malfoy tenta entender o que aconteceu com sua vassoura — Dylan narrou com uma pena fingida na voz. — Agora temos certeza que o apanhador sonserino não era tão profissional quanto pensamos ser...


Ele continuou amaldiçoando, já havia apagado o fogo, agora bastava recuperar falha na direção.


— Mas... — o corvino continuou estreitando os olhos no binóculo que usava para enxergar melhor o jogo. — O que a Greengrass está fazendo?


Astória pisou com a sola do pé no cabo, deixando somente um joelho apoiado e com apenas um impulso...


As torcidas, no plural, soltaram um “Oooooohhhh”, completamente impressionadas.


— E a Greengrass fica de pé sobre a vassoura! — McRoyner exclamou totalmente pasmo. — Será que...?


Mas as palpitações do garoto desapareceram assim que foi feito o gesto seguinte:


A sonserina prende os cabelos cor trevas com um alfinete especial que guardara naquele mesmo dia, fazendo um penteado lindo, deixando os fios presos com algumas mechas caindo sobre a fronte.


— Nott!


Theo se virou depois de rebater um balaço com força total contra um adversário e a viu plena e imperativa naquela posição.


Jogou o bastão que lhe pertencia para ele, que assentiu com firmeza depois de o pegar no ar.


— E... e... e... a Greengrass abandona sua posição! — os olhos do narrador se arregalaram de choque quando a garota avançou. — ELA ESTÁ SURFANDO SOBRE A VASSOURA!


Queixos de grifinórios, lufanos, corvinos e sonserinos caíram.


Aquela themonia....


Não havia ninguém páreo para Astória Greengrass.


Ela avançou com velocidade, fazendo curvas perigosas como se fosse manobras simples, se equilibrando movimentando e inclinando o corpo nos momentos certos e com os braços abertos num ângulo perfeito.


Deu um loop ainda de pé sobre a Fevorest só pra arrancar mais pasmaridade dos espectadores.


Mas o movimento seguinte foi o mais extenuante de todos:


Quando passou por uma arquibancada especial piscou para uma pessoa.


Quem piscava para Lucius Malfoy?


O bruxo não pode deixar de abrir um sorriso.


Narcisa tinhas mãos juntas com os olhos tão adoráveis quanto ela própria.


A Greengrass se fixou na frente, aumentando a rapidez que avançava contra Jake Sacage.


O sangue-puro rosnou e tentou ignorá-la enquanto estava mais perto do pomo de ouro do qu...


Astória lhe soprou um beijo quando avançou dois metros a sua frente.


Sacage se inflamou por dentro e por fora.


Num gesto desesperado, rezou e tocou no bolso.


Bosta. Não tinha mais bolinhas explosivas.


Tentou conseguir pelo menos um empate nas posições, mas a vassoura dela era rápida demais. E sua intuição desconfiava que a sonserina não estava usando sua velocidade total.


Como a odiava...


E de repente, o alvo daquele sentimento parou a sua frente.


Literalmente, parou.


Jake teve que freiar para não colidir com Astória que não recuou um centímetro sequer.


Ela ainda estava de pé, com os braços cruzados e a expressão divertida.


— Sua vagabunda — ele murmurou desviando, mas a sonserina novamente o fechou.


Tentou outra vez e nada.


Não conseguia. Por todos os lados e por mais que tentasse, ela sempre se punha a sua frente. 


A amaldiçoou.


E de repente, Astória vôo para longe.


Longe do pomo e longe de Sacage.


Jake aproveitou e avançou para a bolinha dourada.


Mas logo uma Greengrass estúpida o atrapalhou.


Sem pensar, a empurrou com a mão e ela caiu.


O sangue-puro conseguiu sorrir diabolicamente ao ver a Fevorest vazia. Abaixou o rosto para a ver gritando enquanto caía céu a baixo, mas se surpreendeu.


A rebatedora tinha o peito do pé apoiado no cabo e jazia de cabeça para baixo como um morcego.


Ela sorria.


Vôo naquela mesma posição ao redor de Sacage até se impulsionar e prender a parte de trás dos joelhos sobre o cabo, se reerguendo e sentando na Fevorest.


Sacage rosnou por estar sendo feito de otário.


— Vamos, Sacage — a garota insistiu observando as unhas. Para depois o encarar indesviavelmente com as orbitantes esmeraldas verdes. — Já foi melhor que isso.


Sem pensar, apenas seguindo o ódio que circulava pelo seu sangue, avançou contra ela.


Mas a sonserina pulou, fazendo o furioso acertar o nada, para logo pousar novamente com os pés sobre a vassoura.


Revirou os olhos, como se achasse aquilo ridículo.


Jake mergulhou.


Astória, pensando se tratar de um plano dele, ficou parada esperando, mas depois de um tempo notou que não era.


O grifinório perseguia o pomo e estava a trinta metros da onde a sonserina se encontrava, praguejando por seu erro, avançou.


Não percebera a hora de parar de brincar.


Mas mesmo com sua excelentíssima Fevorest, não o alcançaria a tempo.


Cruzou o céu com rapidez sentindo o sangue ferver com os gritos da torcida e os ataques histéricos de McRoyner.


Jake estava no meio do caos do jogo, onde os artilheiros e rebatedores dominavam a área, passando a goles, rebatendo balaços e xingando muitas mães inocentes.


Nunca se ouviram tantas pragas juntas.


Sacage se desviou furiosamente de tudo o que se mexia focado no alvo dourado que batia as asas velozmente sobre os céus.


Sorriu quando esticou a mão e estava a centímetros de tocar na superfície do metal caro do pomo quando...


— THEODORE! — a Greengrass gritou.


Ele, suado e exausto por estar dando conta de todo o trabalho sozinho com os dois bastões em cada mão, se virou bruscamente vendo em câmera lenta o momento em que Jake Sacage apanharia o pomo.


O capitão grifinório podia jurar que sentiu a ponta de seus dedos roçarem na superfície do precioso objeto.


Mas foi instintivo quando o sangue-puro sonserino rebateu a bolinha dourada para longe.


Torcida, jogadores e juiz olharam cima no instante que o pomo ultrasssou os cem metros acima da onde a partida ocorria.


Astória e Jake se olharam por apenas alguns milésimos de segundos e avançaram em direção ao recurso que decediria tudo.


McRoyner gritava sobre o feitiço Sonorus de sua varinha enquanto narrava tudo com a mais pura emoção que o jogo transmitia.


Agora os dois tinham a mesma velocidade, o objetivo em comum e o mesmo número de chances de trazer a vitória ao seu time.


Jake, sentando sobre a vassoura cerrava a mandíbula pronto para vencer. Astória, de pé, ainda surfando sobre a Fevorest, espremia os lábios pronta para fazer o outro perder.


Ambos contrários; verde e vermelho, dourado e prata, corajoso e ambiciosa, buscavam o mesmo destino:


Vitória.


E só um poderia a obter.


Blásio se concentrava em Wonderly que se desviava de Jace e, com a goles na mão ia ao seu encontro.


Eles giraram, crendo que era o melhor, a Greengrass ficando pelo direta e Sacage pela esquerda.


Don Wolfe vendo sua parceira de time, sorriu brandindo o bastão.


O pomo tinha parado, ficando no mesmo lugar, mas não inércio já que ainda batia as asas douradas, esperando ser apanhado.


O goleiro suava prevendo o que os dois fariam.


Esticaram o braço ao mesmo tempo, esperando, torcendo, rezando para serem os primeiros a alcançar o pequeno, esférico e precioso objeto.


Rebatedor e artilheira lançaram as bolas diferentes de maneira única.


Mas Jake sorriu antes de o fazer.


Blásio respirou fundo se concentrando nos dois alvos iguais para si.


A mão erguida não era para apanhar o pomo.


Ele defendeu apenas uma.


A Greengrass foi jogada para trás devido o forte empurro que levou, se desvaicendo de toda a esperança que possuía.


— E A GRIFINÓRIA VENCE!!!! — Dylan gritou quando o pomo foi apanhado.


A torcida vermelha e dourada delirou berrando a plenos pulmões, fazendo o estádio se tornar unicamente dela.


Mas Jake não comemorou de imediato.


Olhou para Astória que ainda caía, e também que tinha a expressão vazia, sem nexo, derrotada no rosto.


Sacage absorveu isso, saboreou. E foi infinitamente melhor que a vitória.


Gritou como um louco orgulhoso de si mesmo que recebia os gritos dos vermelhos e dourados, os urros, seu nome sendo aclamado, os uivos de derrota das Serpentes.


Trezentos a cento e cinqüenta era o placar (ou cento e sessenta, não interessando se Blásio ou não tivesse defendido a goles ou o balaço).


Draco segurou Astória.


Ela caiu perfeitamente em seus braços.


O elenco de jogadores da Sonserina estavam pasmos, ressentidos demais consigos mesmos para se moverem.


A Greengrass escondeu a face no pescoço dele e chorou.


Merlin.


Draco foi destruído por muito mais, mas aquilo acabou com a alma dele.


O estádio ainda retumbava e, em algum lugar naquele vasto caos, uma autora era jurada de morte.


Mas era o que era.


Nada poderia ser feito ou mudado.


Draco mesmo daria o mundo para isso.


Os jogadores corajosos voavam ao redor da torcida, recebendo gritos de júbilo, glória e comemorações.


Dennis, na torcida perdedora, tinha os lábios tremendo, querendo chorar. Sua melhor amiga, Shamiran, rodeou os pequenos braços nele para consolá-lo da grande tristeza de ver seu irmão mais velho, Jake, ganhar a competição.


Alexis se ressentia profundamente pela amiga e era abraçada por Hébio que acariciava os macios fios loiros da pequena, sussurrando algumas palavras frias, mas reconfortantes em seu ouvido.


Cally e Anne se consolavam juntas já que haviam virado melhores amigas devido a amizade de seus namorados.


Pansy sorria ao ver a derrota da própria Casa, vingada por aquela maldita Greengrass mais nova.


Daphne tentava aparentar estar feliz junto com a amiga, Pansy, já que não queria que ela pensasse que secretamente tinha ficado e escondia um aperto no peito por Astória.


Drewanne, que não se importava com o esporte, se perguntava se ela e Benedict transariam hoje.


— E AS NAJAS PEÇONHENTAS SÃO HUMILHADAS PELOS LEÕES QUE NOVAMENTE CONQUISTAM MAIS UMA TAÇA! — mostrou o dedo do meio para a torcida verde e prata. — CHUPEM ISSO, COBRAS MALDITAS!


Jake, abriu a mão para erguer o pomo como um troféu e...


Nada.


O feitiço de ilusão já tinha se dissipado.


Os ombros de Astória ainda tremiam quando Malfoy a abraçou mais forte, para dar o conforto, o carinho que ela precisava.


Mas logo Draco estranhou um som vindo dela. A obrigou a encará-lo e percebeu que a Greengrass estava rindo.


Rindo.


Ficou incrédulo.


Mas, em algum momento depois que ela conseguiu parar de gargalhar, apoiou a cabeça no ombro do apanhador, como se estivesse extremamente confortável naquela posição e numa situação normal e não em uma derrota lendária que seria lembrada pelo resto da história.


Pegou na mão dele, encostando os lábios na orelha do sangue-puro.


— Isso é pelo beijo — sussurrou em seu ouvido.


Draco tremeu, sentindo algo sobre sua palma e quase não acreditou quando viu.


O pequeno pomo de ouro ainda batia as brilhantes asas.


Astória realmente não percebera a hora de parar de brincar.


Jake ainda olhava horrorizado para sua mão vazia.


Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não. Não.

NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOO!!!!


A torcida corajosa ainda delirava de prazer, agradecendo a Merlin, se abraçando e compartilhando a vitória que sua Casa conquistou.


Mas alguns notaram e estranharam o capitão que estava em total inércia, e não gritando de felicidade como deveria, olhando para a própria mão vazia com completo choque e horror.


Depois de um longo tempo, grifinório por grifinório começou a perceber a realidade que não queria crer ser possível.


Malfoy surgiu no céu, como uma luz, uma esperança no olhar, erguendo o pomo de ouro e ainda com Astória em seus braços, com a cabeça da garota encostada em seu ombro enquanto ela acariciava os botões do uniforme dele, alheia a tudo e a todos.


— NÃO! — Jake berrou. — NÃO, NÃO, NÃO E NÃO! VOCÊ PERDEU! — acusou, apontando para Astória. — EU VI O SEU ROSTO! FICOU DESOLADA PORQUE PERDEU!


Ela sequer o encarou, somente se aconchegou mais em Draco e respirou fundo, fechando os olhos.


Astória Greengrass realmente era uma ótima atriz.


Mas ainda restava o fato da Grifinória estar com um pomo a mais (150 pontos) no placar do campeonato.


Estava empatado as Casas, mas como a Sonserina apanhara o pomo teria que ser a vencedora se não fosse pelo fato de...


Blásio engoliu um seco.


A goles que Wonderly tinha lançado.


Ele conseguira apanhá-la ou a confundira com o balaço já que enxergava as duas cores igualmente e não as sabia diferenciar pelo seu grau de daltonismo?


O estádio ficou em completo silêncio.


Nemhuma respiração era ouvida, porque tinham cessado.


Dez pontos poderiam mudar tudo.


Com esse gol Grifinória poderia vencer, sem ele a Sonserina era campeã.


Blásio olhou para as próprias mãos, vendo o que defendera.


O balaço se mexia constantemente.


Se mexia constantemente no céu, mas a goles jazia parada sobre as palmas do goleiro.


Blásio levantou a bola.


Ninguém ainda se mexia, mesmo constatando a real decisão.


Até que...


— E A SONSERINA VENCE A TAÇA DAS CASAS DE QUADRIBOL! — a voz de Skay soou pelo estádio depois de ter roubado a varinha de McRoyner e a por em seu pescoço ainda com o feitiço Sonorus ligado.


Som que retumbou foi assustador.


Mil vezes maior que a comemoração da Grifinória.


Jace, Theo, Benedict e Blásio nem se moverem ainda céticos pela vitória.


Petterson teve que os inflamar voando em direção a cada um deles e os abraçando, bagunçando seus cabelos e beliscando suas bundas para os acordarem para a realidade.


A feliz realidade.


Mas depois começaram a gritar como malucos e a surtarem como doidos.


Draco ainda estava estático e parado. A Greengrass brincava com um botão do seu uniforme sob os gritos ensurdecedores de todos os ambiciosos de Hogwarts.


Mas logo se surpreendeu quando Malfoy a abraçou fortemente, quase a esmagando de tanta felicidade e brandando como um animal.


Ela se sentiu feliz. Como nunca antes.


Retribuiu o gesto, o agarrando e sentindo seus corpos grudados.


Mas logo Malfoy a largou e a puxou para cima, a sentando em seus ombros e berrando como um completo idiota.


Astória riu.


— YEEAAHHH!!! — berrou junto com Malfoy, mesmo se sentindo ridícula. — CAMPEÕES!!!


Skay sorrindo, jogou algo para ela.


Astória agarrou a varinha de um certo corvino e a pôs na sua garganta.


— QUEM AGORA VAI CHUPAR ISSO, McROYNER? — berrou mostrando o dedo do meio para Dylan.


Blásio gritava aos céus e brandia insultos aos grifinórios.


Jace beijava Cally, ainda montado em sua vassoura e em pleno ar, enquanto a pequena de olhos puxados ficava na ponta dos pés para corresponder o gesto.


Theodore estava no meio da torcida Sonserina com a vassoura pousada na mão, com várias ambiciosas foguentas o tocando e o parabenizando maliciosamente pela vitória.


Alexis, com uma das mãos entrelaçadas com os dedos de Hébio, acenava para Astória quase explodindo por a ver daquele jeito.


Dennis chorava de alívio e Shamiran estava totalmente corada ao receber um beijo na bochecha do melhor amigo.


Anne corria para descer as arquibancadas, sem se importar com o cachecol amarelo e preto que voava de seu pescoço, e abraçar Skay com todo amor que sentia por aquele retardado demente.


Drewanne apenas observava Benedict que fazia loops no ar, com toda alegria e euforia que sentia.


Yep, ela pensou. Com certeza iriam transar hoje.


E seria aquela transa foda.


Draco ainda tinha Astória nos ombros, voando seu rumo pelo ar, em completo êxtase.


Mas depois de ficarem tontos ele desceu, pousou em solo e a tirou de cima de si.


Os dois, com os pés sobre a grama verde e fresca, orvalhada pela neve que antes fora tirada e iluminados pelo céu que escurecia, o sol e o clima magicamente criados.


Draco se aproximou um passo e Astória se aproximou outro.


Tinham os corpos colados, encostados, e podiam sentir o calor que emanavam.


Malfoy pegou no rosto dela com as duas mãos e grudou suas testas.


Sorriu. Os dois sorriram.


Merlin.


Queriam se beijar. Queriam. Mas não o fizeram. Não saberiam explicar o porquê, mas mesmo tão juntos como estavam, não aproximaram seus lábios em nenhum momento.


Só sorriram.


E aquilo bastava.


O momento foi afastado pelos gritos dos garotos que invadiram o espaço entre o casal e os abraçaram, berraram, fizeram coisas sem sentido ou propósito.


Jace tirava Astória do chão, a rodando em um abraço e a fazendo rir, com a cabeça jogada para trás e os cabelos trevosos esvoaçantes.


Meu Merlin, Draco pensou. Como ela é linda.


Mas linda de um jeito inexplicável, inenarrável, indescritível.


Era Astória Greengrass e só.


Nada mais bastava ou adiantava para acrescentar naquela exuberante visão dela.


Theodore o tirou dos devaneios o esmagando em um abraço.


— Parabéns, Draco! — falou depois que o soltou.


— É — Jace conlogo rdou. — Belo trabalho, Draco, pelo descontrole da vassoura — brincou.


— Ah, mas nosso Drakenho mandou bem — Benedict acrescentou.


O sonserino poderia morrer de felicidade agora.


Eles... Eles o chamaram pelo primeiro nome.


— Vocês... Vocês... — tentou falar mas não conseguiu.


Os garotos os olharam depois de entender porque ele estava assim.


— Ah, Draco — Nott falou. — Pare de ser uma marica, já somos seus amigos a tempo suficiente para o chamarmos pelo primeiro nome.


Amigos.


— É — teve que afirmar tentando não agir como um bocó. — Eu acho que sim.


Logo Blásio parou de dar manobras no ar e os encontrou para distribuir abraços em todos até na prima, que fez uma careta de nojo quando recebeu um beijo na bochecha por parte de Zabine Sem Medo De Ser Morto que surgiu pela euforia do goleiro.


Um som brutal foi ouvido.


Jake, descontrolado, e do outro lado do gramado, quebrava a própria vassoura a atirando contra o chão com violência.


Ele gritava palavrões, insultos e blasfêmias das mais feias que poderiam ser ditas a Merlin.


Seus companheiros de time tentaram contê-lo, mas não foi possível.


Wonderly pediu para que ele parasse, mas o sangue-puro somente lançou seu olhar maníaco a garota com a mesma linhagem que a sua.


Parar? Está me pedindo para parar, Brigid? — tentou se aproximar dela, mas foi segurando por Néri e Pegnus devido o capitão estar fora de si. — Logo você, sua bostinha cretina, que deveria ter acertado apenas uma goles num maldito aro?! Sua vagabunda arrombada, não me venha falar para parar quando poderíamos ter vencido se...


— Você tivesse apanhado o pomo — o cortou friamente dizendo sem abaixar a cabeça já que era sangue-puro o suficiente para o enfrentar.


Jake ergue a mão e acertou um tapa na cara dela.


Mas não fora em Wonderly.


Anna tinha tomado a frente da amiga.


O rosto da ruiva estava da cor de seu cabelo.


Sacage nada falou ou sentiu a respeito, só tentou avançar mais sem sucesso.


Mas os garotos estavam revoltados.


Não por ter batido numa garota, mas por ter batido em uma deles.


Flatman o fuzilou com os olhos de maneira furiosa e puxou a mão da loira que estava descontrolada da ira que lhe subiu pelo corpo.


— Como ousa? — questionou querendo matá-lo.


Mas a amiga a empurrou para dentro do vestiário, mas não antes de a impedir de gritar um sonoro:


— ATIRE A MÃO CONTRA MIM OU CONTRA ANNA DE NOVO PARA VER O QUE ACONTECE, JAKE! SEU PERDEDOR INÚTIL E MISERÁVEL!


Mas logo a cena acabou com a retirada do grifinórios do campo.


Blásio assovio, admirado.


Skay e Jace vinham por trás dele com um balde enorme que transbordava de um líquido verde.


— É impressionante — Zabine comentou olhando para Benedict — o quanto de merda que seu irmão pode fazer em um d...


O líquido foi derramado.


Blásio xingou os sete infernos para depois gritar palavrões a Brousnton e a Petterson enquanto corria atrás dos travessos.


A torcida verde e prata ainda gritava mesmo depois de minutos que a partida e a confusão havia acabado.


Theo e Ben iam na frente, ignorando os berros, e comentando sobre todos os lances do jogo.


Draco e Astória se olharam e sorriram mais uma vez.


Ele fez um gesto de cortesia para ela ir na frente, a garota sorriu. E depois começaram a caminhar lado a lado.


Mas ainda não sabia que, se aquele jogo se tornou histórico, a comemoração se tornariam mais ainda...






Notas Finais


#Nox


Oiiii 👀


Quanto tempo né? Sdds...


17 mil palavras só pra vcs 😙 e qria um favor:


Me indiquem músicas (que tenham uma letra/tradução maravilhosaaaa) para o Baile 💚


Ou me indiquem alguma música que vcs acham que tem tudo a ver com algum casal de GM (Ex.: The Only Exception/Skay e Anne)


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