1. Spirit Fanfics >
  2. Garota Problema >
  3. Dois tiros

História Garota Problema - Dois tiros


Escrita por: c-cris

Notas do Autor


Demorei, mas voltei! Só tenho a dizer que Scarlett estáva muito diva no discurso da manifestação feita pelas mulheres e seu discurso foi mara!
Gente segue ai mais um capitulo e espero que gostem e POR FAVORZINHO comentem que eu fico loucamente feliz com os comentários de vocês!
Boa leitura! Bjooo
=^_^=

Capítulo 15 - Dois tiros


Fanfic / Fanfiction Garota Problema - Dois tiros

- Não! – Foi à única coisa que ele disse em resposta quando pedi que me soltasse, saiu com o prato sujo em mãos e logo senti meu corpo amolecer de novo.

- Bruce? – Sinto minha voz falha e fraca. – O que tinha na sopa?

...

Steve.

Já era madrugada quando chegamos à casa de Tony e Maria começou a trabalhar, depois de muita insistência de Pepper eu fui me deitar e fingir que dormia, mas não consegui dormir. Fiquei deitado até ver o sol nascer, não sei que horas já eram, mas era dia, removi a droga que imobilizava meu pé e pisei no chão experimentando para ter certeza se aguentaria andar sem aquilo, doía bastante, mas conseguia andar mesmo assim.

Desci as escadas de Tony e por sorte não vi ninguém acordado, talvez Maria ou mais alguém estivesse procurando informações nos equipamentos de Tony, mas se estivessem estariam no escritório e não iriam me atrapalhar. Segui para a enorme garagem de Tony e peguei uma das chaves aleatoriamente a testei até encontrar o carro, uma Ferrari preta, não seria minha escolha, mas eu não tinha tempo para procurar por outra chave e sair testando nos carros novamente, ele tinha uns vinte veículos diferentes ali.

Entrei no carro e respirei fundo repassando na minha cabeça meu plano completamente sem lógica que para qualquer pessoa apenas findaria em se perder ou rodar até acabar a gasolina e não ter um posto suficientemente próximo para abastecer. Quando ligo o motor vejo a porta do passageiro se abrir e Wanda entrar colocando o cinto, sem olhar pra mim, por fim ela apenas diz.

- Vai antes que Bucky perceba que estou demorando com o café da manhã que deveria levar pra eles no escritório! – Eu aciono o portão automático e acelero para fora da propriedade.

...

Narrador, meia hora depois.

- Como assim você deixou sua esposa sair com o perneta na minha Ferrari, James? Você quer morrer ou o que? – Pergunta Tony fora de si ao perceber a fuga.

- Eu não tinha como adivinhar que Wanda iria ser condescendente com uma ideia dessas Tony, e para de reclamar dessa droga de Ferrari! – Diz Bucky alterado.

Todos estavam tentando acalmar a briga quanto à campainha toda e Pepper vai atender.

- Oi! Eu gostaria de falar com Steve Rogers! – Diz uma moça branca com cabelos escuros, compridos e lisos, seus olhos são claros e usa óculos.

- Ele não mora aqui! – Diz Pepper estranhando alguém procurar por Steve na casa do namorado.

- Eu sei, mas meu pai me disse que ele estaria aqui. Eu sou Betty Ross, Psiquiatra. – Pepper continua sem entender o porquê da visita. - Depois de alguns minutos Pepper adentra na sala acompanhada da visita.

Se antes ela estava uma pilha noite passada ao receber a noticia que a amiga havia sido sequestrada, agora nem se fala. Desde que recebeu a noticia que ela limpa a casa e se ocupa com os minimos afazeres domesticos na enorme mansão do namorado, tudo isso para tentar se manter calma. 

- Tony? Vocês vão querer ouvir o que ela tem a dizer! - Diz ela chamando a atenção de todos, inclusive dando fim a discussão entre os dois homens.

Basicamente Betty tinha o histórico crimiinal do cara, as denuncias feitas por Natasha e pelos visinhos deles na época em que eram casados e uma teoria de que ele provavelmente sofre de bipolaridade. 

- Das muitas vezes que dormi na casa deles, por diversas o vi tomando medicamentos nas mesmas horas do dia, se isso é verdade eu acho que ele sabe e ela também! – Diz Bobby.

- Então... Eu penso que serei útil para ajudá-los já que sou psiquiatra...

- Como exatamente pode nos ajudar? – Pergunta Maria em seu ceticismo.

- Pessoas com os problemas que Bruce tem tendem a se comportar de forma bem semelhante quando em crise, então é bem provável que ele esteja em algum lugar remoto.

- Isso não é muito surpreendente já que o cara dirigiu para uma rodovia que tem quilômetros de espaço praticamente inabitado! – Diz Yelena cruzando os braços.

- E eu também sei disso! - Ela se ocupa em tirar um papel do bolso. - Bem... Eu tenho aqui os dados de todas as propriedades num raio considerável! – Ela balança um pen drive e as ultimas cordenadas rastreadas pela policia da placa do carro de Steve, entrega a Maria e todos olham pra ela sem entender como ela tinha isso. – Há! Eu sou filha do delegado que está a frente do caso de vocês...

- E porque não está ajudando eles? - Pergunta Sharon.

- Porque a policia possui protocolos a seguir e quando vi o histórico do homem, achei que seria melhor previnir que vocês o achassem primeiro, é mais fácil que ele saia vivo!

- O protocolo de vocês é a minha cara! Atirar primeiro e perguntar depois! - Brinca Maria enquanto meche no computador.

...

Natasha

Acordo sem amarras e deitada em um colchão velho, era dia e o cômodo tinha uma mala com roupas masculinas e um banco, apenas isso e duas portas, uma para o banheiro e outra para a saída.

- Bruce? – Chamo batendo na porta da saída. – Bruce abra a porta, por favor! Isso é loucura, não faça isso...

- É loucura? Há tá toda vez eu esqueço que é justamente porque sou louco que você me deixou! – Diz ele aos berros do outro lado da porta.

- O que queria que eu fizesse depois que me deu um tiro? Que como todas as vezes que me bateu eu voltasse para casa para colocar um gelinho no machucado? Você me deu UM TIRO! – Digo em completa ira.

- Foi acidental!

- Não! Não foi acidental, apartir do momento que pegou a arma você tornou aquele tiro pelo menos concequencia, o que te levou a pegar a arma em primeiro lugar? Não foi porque brigamos? Porque ameacei ir embora se não passasse a tomar as drogas de comprimidos de forma correta?

- Eu não preciso de remédio nem um!

- Bruce você é um cientista! Uma das pessoas mais brilhantes que já conheci e sabe bem que está apenas tornando tudo pior! Tem que aceitar que sofre de uma doença mental e que precisa se tratar!

- Se tivesse ficado lá comigo nada disso teria acontecido, eu confiei em você! Confiei que me ajudaria que cuidaria de mim...

- E eu te ajudei e cuidei de você pelo tempo que aguentei, o problema é que tudo o que eu queria era ser sua esposa e não a porra da sua mãe! Aquela que tem que estar no seu pé para tomar o remédio na hora certa, que tem que preparar as refeições corretas, que tem que deixar a casa em perfeito estado para quando você retornasse do trabalho.

- Isso é o que uma esposa deveria fazer!

- Não! Uma esposa deveria receber do marido o mínimo de atenção ao chegar em casa, deveria estar com ele nos eventos importantes que marcam a ascensão de sua carreira, deveria ter uma vida fora da casa e não somente dentro dela, deveria ter direito a amigos...

Paro de falar ao ouvir um soco, por alguns instantes me preocupei se ele deu um soco na parede ou algo do tipo, ele poderia vir pra cima de mim. Ouço a chave girar no trinco e me afasto pronta para revidar a qualquer coisa, ele entra com a caixinha que eu vi no carro de Steve antes disso tudo acontecer.

- É isso que espera? Uma vida perfeita ao lado do marido perfeito? – Me pergunta e joga a caixinha em mim me fazendo apanhá-la no ar por reflexo. Sai e tranca a porta me deixando sozinha, eu sentei no chão com a caixinha na mão e matutei por alguns minutos o que fazer pra sair dali. Nem uma ideia me vinha à cabeça, então resolvi abrir a caixinha pra entender o porquê de seu surto relativo a ela, dentro tinham duas chaves e um bilhete.

Não! Eu ainda não vou te pedir em casamento porque acho que se fizesse isso agora você sairia correndo ou talvez antes de sair correndo me desse uma surra. Essas chaves são de uma nova casa que comprei com o dinheiro daquela antiga que fomos visitar a um tempo atrás, eu andei pensando bastante a respeito do que esperar pra um futuro e uma coisa é certa, eu gostaria muito que você estivesse nesse futuro. As chaves são apenas um convite para que passe a morar comigo, se aceitar ótimo, se não está tudo bem! Iremos permanecer levando as coisas devagar, no ritmo que achar melhor e quem sabe mais na frente acelerar um pouco mais.

Eu te amo!

Ao terminar de ler já tinha lágrimas escorrendo pelo rosto, o que diabos acontece comigo pra não só atrair coisas ruins, mas também inflingir a qualquer um que se aproxime coisas ainda piores. Parei então pensando na superproteção de Steve com relação a uma simples reunião que eu teria com Bruce, eu tinha que fazer algo antes que ele resolva vir atrás de mim. Agora mais que nunca eu sei que Bruce está em uma de suas crises e é capaz de absolutamente tudo e não importa que Steve tenha o dobro do seu tamanho, Bruce é um gênio e seu cérebro vale muito mais do que músculos em situações como essa.

...

Steve

- Steve eu preciso atender! – Diz Wanda a meu lado com o celular tocando, já era a quinta vez que Bucky liga pra ela desde que saímos da mansão Stark.

- Eles vão rastrear a gente...

- Steve pelo amor de Deus! Olha o que você tá falando, todos naquela casa estão preocupados com a segurança da Natasha tanto quanto você, ninguém lá vai tentar te impedir de ir atrás dela! – Ela fala irritada e atende a ligação. – Oi amor? ... Sim, estou com ele... Diga ao Stark que eu não me importo com o valor da Ferrari dele! ... O que?

- O que foi? – Pergunto ao notar sua aflição.

- Tá, tá! Eu já entendi! – Ela vasculha o porta luvas e encontra um GPS digitando algumas coordenadas e ativa a guia. – Siga esse percurso. – Me ordena.

Segui o que ela pediu e pouco depois ela desliga o celular.

- O que aconteceu?

- E-Ele t-tem bipolaridade! – Diz ela.

- Mas isso não é tão incomum assim Wanda, é uma doença controlável, não quer dizer muita coisa certo?

- Eu não quero que entre em pânico, mas tem uma mulher com eles lá que possui o histórico de denuncias que a Natasha fez e na ultima vez que ele teve uma crise ela foi parar no hospital com um tiro no quadril... – Lembrei-me da cicatriz que vi nela em uma das primeiras noites que passamos juntos.

- E esse endereço?

- Essa moça está ajudando a esclarecer algumas coisas e levou um mapa que indica as poucas moradias na rodovia que vimos Bruce entrar por ultimo, existem alguns galpões e umas três casas. Vamos começar pelas casas e depois galpões... – Ela diz ainda aflita segurando algumas lágrimas de preocupação enquanto acelero o carro.

- Wanda se acalme ok? Eu preciso da sua ajuda! Nos já fomos à guerra, isso aqui não é nada comparado!

- Só mais um lunático pondo a vida de inocentes em risco certo? - Diz segurando minha mão.

Nós dirigimos por horas e fomos a cinco locais diferentes, nada até agora que indicasse que eles poderiam estar lá, até que em um determindado momento já a noite vejo algo refletir as luzes do meu farol, como um espelho.

- Viu isso? - Ela pergunta.

- Pode ser um carro abandonado! - Dou meia volta e entro no terreno irregular que ladeia a rodovia, logo vimos meu carro, mas não parei porque vimos uma cabana em péssimas condições com uma luz acesa dentro.

- É ali Steve, tem que ser ali! – Diz Wanda.

- Liga pra policia! – Digo e sigo pela estrada de areia que leva ao casebre, pouco depois que entrei na estrada de areia ouvimos dois disparos e então meu coração pulou uma batida, não sei o porquê fiz isso, mas derrapei o carro ainda a quilômetros de distancia e sai correndo a pé em direção a casa, meu desespero foi tamanho que na minha cabeça correr até a casa seria mais rápido que dirigir.

...

Natasha, pouco tempo antes.

Já era noite novamente e ouvi o som de um motor ou algo do tipo soar pela casa e então as luzes se acenderem. Mais uma vez ele abre a porta e dessa vez tem a arma em mãos novamente sendo mirada na minha direção.

- Eu preciso que me responda algumas perguntas e então eu vou te deixar ir embora! – Diz ele com as mãos tremulas segurando a arma.

- O que quiser perguntar eu respondo! – Digo tentando soar o mais calma possível.

- E me responderia honestamente qualquer coisa? – Eu balanço a cabeça positivamente.

- Você o ama? – Balanço novamente a cabeça em afirmação. – Eu quero que fale! – Diz chacoalhando a arma.

- Sim, eu o amo! – Digo levantando os braços para que ele se acalme.

- E algum dia me amou ou pelo menos foi feliz comigo?

- Sim Bruce! A única razão por eu ter me submetido a tudo foi porque eu te amava, e fui feliz com você, mesmo que por pouco tempo. Agora me responda você algumas perguntas, era você na estação de trem?

- Sim! Eu ainda sou se marido Natalia, esqueceu? – Ele parecia estar derivando entre a lucidez e devaneios e essa afirmação de ser seu marido foi só mais uma prova.

- Porque então só agora veio me procurar? O que ainda pretende fazer comigo que já não tenha feito antes?

- Eu nunca ti fiz Nada Natalia! A única coisa que quero é que volte pra casa! – Ele fala baixando a arma, sua voz era suave e calma.

- Você precisa de ajuda, precisa de um médico...

- Eu não estou doente Natalia! – Esbraveja erguendo a arma novamente.

- Acha que é normal passarmos dois anos em paz e armonia e de repente você resolve me dar uma surra por qualquer bobagem?

- Eu já disse que perdi o controle naquele dia! Já te pedi desculpas inúmeras vezes e sabe que me arrependo de cada vez que te fiz algum mal.

- Se realmente sente pelo que aconteceu no nosso passado me deixa ir embora! - Ela ignora o que eu peço e continua em seus devaneios.

- Me responde uma coisa, é possível? Que você e eu voltemos a ser como antes, nos primeiros meses?

- Não, me desculpe, mas não!

- Steve não é? O investiguei um pouco sabe? Tenho que saber com quem minha esposa me trai.

- Não posso te trair se estamos separados Bruce! Sabe bem que não temos mais nem um laço.

- Aquela separação não pode ser legal! Eu nunca assinei nada!

- No momento em que atirou em mim... Aquela foi à assinatura, foi o que eu precisava pra anular qualquer laço que me prendesse a você! – Ele parou por alguns instantes de cabeça baixa e quando pensei em tomar a arma de sua mão ele levanta o rosto agora com uma expressão mais calma.

- Meses atrás eu fui até o parque que costumávamos frequentar e dirigi por toda sua extensão, pensei sobre a ultima vez que nos beijamos e era quase como se eu sentisse novamente o gosto, a forma! Cheguei a contatar alguns dos seus amigos, mas nem um deles chegou a me dizer como você estava. Alguns me disseram que você estava bem e depois que descobri onde você estava e que estava com alguém, eu soube que esse cara te fazia não era bom pra você.

- Você não sabe de absolutamente nada! - Esbravejo.

- Ainda tem as cartas que te escrevi? Lembrou-se delas quando ele te julgou por não ter contado a ele sua real identidade? - As cartas que recebi e consegui identificar ser dele até hoje estavam lacradas em uma pilha de correspondencias na minha casa. Quando escondeu dele que eu estava te processando?

- Do que... Como sabe disso? – Comecei a me perguntar como isso era possível, como ele sabia que eu não tinha contato a Steve essas coisas e que tivemos uma briga por isso.

- Às vezes eu começo a me perguntar se aquilo tudo foi uma mentira, se o que tivemos foi real como você pode estar bem? Eu queria poder acordar com amnésia algumas vezes, pra esquecer, esquecer especialmente as pequenas coisas, como quando caia no sono nos meus braços e todos os sorrisos e beijos que compartilhamos, mas eu posso dar outro jeito nisso! – Ele desvia arma de mim e aponta pra própria cabeça...


Notas Finais


E então? Bruce se mata?
Natasha não permite?
E os dois tiros?
Comentem!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...