História Garotas Perigosas - Era uma vez...

 

 

P.O.V.  LAUREN

 

Depois do que aconteceu, o dia correu normalmente e já era bem tarde quando todos foram embora, até a mãe de Camila foi. Ela estava em um hotel junto com o pessoal que ela trabalha, eu ganhei um aperto de mão e um sorriso o que me deixou super feliz.

 

Agora Camila estava tentando ajudar Alycia a tomar banho, mas ela diz que é grande e sabe tomar banho sozinha.

 

- Finalmente - Olhei para o lado e Camila descia as escadas. - Ela está te chamando.

 

Levantei apressada e subi rapidamente.

 

Assim que entrei no quarto dela, Lyci estava deitada abraçada com uma bonequinha e um ursinho.

 

- Oi princesinha - Digo entrando no quarto.

 

- Fica aqui comigo até eu dormir?  - Ela perguntou e eu sorri feito boba.

 

- Claro meu anjo...

 

- Vem.... Deita aqui - Ela pediu e bateu no colchão ao seu lado.

 

Fui até a cama e me deitei da maneira que pude onde ela havia indicado, o espaço era pequeno. Na verdade eu estava praticamente sentada.

 

Mas aquilo foi o suficiente para Alycia que praticamente se deitou em cima de mim.

 

- Se cobre papa – Pediu manhosa e eu sorri.

 

Puxei o seu edredom rosa e cobri todo o seu corpinho e uma parte do meu.

 

- Papa, conta uma história – Me olhou com os olhinhos brilhando em expectativa e eu engoli seco.

 

- É.... conto – Digo e ela sorri animada, se deitando em minha barriga novamente.

 

Enfiei meus dedos por entre os seus cabelos lisos e comecei a acariciar.

 

- Conta papa... - Me apressou.

 

- Ah é.... hum... Era uma vez – Digo e paro, pensando no que falar.

 

Meu deus do céu que história eu vou contar?

 

Me lembrei das histórias que contava para Taylor antes de dormir.

 

- É.... era uma vez, um homem muito, muito mal – Ela me olhou arregalando os olhinhos.

 

- Muito mal? – Perguntou e eu ri baixo assentindo com a cabeça.

 

- Aham, muito mal... Um dia.... – Continuei a história – Uma bruxa apareceu e jogou um feitiço nele, e ele virou um monstro muito feio, e para se curar, ele precisava de um beijo, um beijo do verdadeiro amor. - Sorri e Alycia se aconchegou mais em mim -  Um dia ele encontrou uma moça, ela ficou com medo porque sabia que ele era mal, mas o homem jamais faria algo com a ela, porque ela era muito linda, ela era uma princesa...

 

- Igual a mamãe? – Levantou o rosto me olhando mais uma vez e eu assenti sorrindo.

 

- Igual a mamãe! – Falei sorrindo – Em um belo dia, a princesa teve que partir para visitar a sua família, e quando ela voltou, ela encontrou o monstro quase morrendo de saudade dela. A princesa ficou com muito medo de perder o monstro, porque ela gostava dele, então o que ela fez...

 

- O que? – Me olhou curiosa

 

- Ela beijou o monstro – Digo e minha filha arregala os olhos levando suas mãozinhas até a boca.

 

- Beijou?

 

- Beijou – Digo sorrindo – E sabe o que aconteceu? – Perguntei.

 

- O que?

 

- O monstro se transformou em um lindo príncipe e agora eles estão juntos e felizes para sempre...  - Ela sorriu com os olhinhos brilhando - Agora dorme minha princesinha – Digo deitando ela em minha barriga novamente e ela assentiu.

 

- Boa noite papa...

 

- Boa noite meu anjo.

 

Demorou um tempinho para ela pegar no sono e foi difícil levantar pois ela estava agarrada comigo.

 

Assim que eu saí do quarto dela, fui para o quarto de Camila pois vi o mesmo com a luz acesa.

 

Assim que eu entrei vi Camila estava deitada mexendo no celular.

 

- Não me esperou para tomar banho? - Perguntei e ela me olhou negando com a cabeça.

 

- Não... - Ela diz e volta a mexer no celular.

 

- Então está.- Digo indo até minha mochila que estava sobre a poltrona.

 

Tomei um banho bem rápido e assim que sai do banheiro Camila estava deitada de bruços com a camisola na cintura, deixando aquela bunda gostosa toda de fora.

 

Apaguei a luz e me deitei ao lado dela.

 

- Você gosta de me provocar né? - Perguntei puxando ela para mim.

 

- Não sei do que você está falando - Ela diz ficando por cima de mim.

 

- Não? - Perguntei subindo minhas mãos por suas coxas.

 

- Não... - Ela diz rebolando em cima do meu pau.

 

- Amooor - Digo apertando a bunda dela.

 

- Boa noite - Ela sussurrou e se deitou ao meu lado de costas para mim.

 

- Você me paga - Digo e ouço a risada dela.

 

Puxei o edredom nos cobrindo, abraçando Camila pela cintura, beijei o ombro dela e ela se aninhou mais em mim.

 

- Boa noite amor - Digo e ela me olha por cima dos ombros.

 

Aproximei meu rosto do dela e a beijei com carinho.

 

- Boa noite meu amor - Ela disse assim que encerramos o beijo.

 

[...]

NO DIA SEGUINTE

 

Camila dirigia com cuidado enquanto cantava uma música com Lyci, que estava na cadeirinha no banco de trás. Eu filmava a cantoria das duas com meu celular, estávamos levando Alycia para a escola.

 

- Chegamos - Camila diz parando de cantar e eu paro de gravar. - Vamos meu denguinho. - Camila diz tirando o cinto.

 

Guardei o celular no bolso da frente de minha calça e tirei o cinto, saindo do carro.

 

Camila desceu do carro e abriu a porta de trás tirando Lyci da cadeirinha e eu peguei a mochilinha e a lancheira dela.

 

Alycia assim que saiu do carro correu para o meu lado e pegou a pequena mochila a colocando nas costas. Camila travou o carro e veio em nossa direção.

 

Alycia deu uma mão pra Camila e outra para mim.

 

Eu estava tão feliz de estar fazendo parte da vida delas.

 

Acordar com Camila ao meu lado, tomar café em família, trazer Alycia na escola. Isso sim é o que mais importa para mim agora, ter minha família comigo, e ver minha filha animada por eu estar trazendo ela na escola me deixa feito boba toda emocionada.

 

Atravessamos a rua e quando chegamos no portão da escola, Alycia soltou nossas mãos e eu entreguei a lancheira dela.

 

- Boa aula meu amor - Digo me abaixando e abraçando ela.

 

Ela me abraçou se pendurando no meu pescoço me fazendo sorrir ainda mais. Depois ela abraçou Camila e a mesma a encheu de beijos.

 

Alycia entrou para dentro da escola e eu e Camila ficamos olhando ela através das grades.

 

Ela soltou um gritinho animado assim que viu Malu e eu sorri vendo a interação das duas.

 

Malu abraçou minha filha e em seguida acenou para eu e Camila, que acenamos de volta. Alycia saiu puxando Malu pela mão sumindo de nossas vistas.

 

- Você vai trabalhar agora? - Camila perguntou entrelaçando nossos dedos.

 

- Só mais tarde - Digo enquanto voltávamos para o carro. - Vou em casa primeiro pegar algumas coisas.

 

[...]

MAIS TARDE...

 

Eu dei uma fugida lá da sede do FBI e vim ver Camila, eu estava bem perto do trabalho dela que ficava à algumas ruas da minha boate.

 

Alí na rua do trabalho dela havia uma floricultura, eu nunca fiz nada do tipo mas...quero agradar ela, mostrar pra ela o quanto eu à amo e dizer o quanto eu amo ver o sorriso dela.

 

- Acha que ela vai gostar? - Perguntei para a mulher que me atendeu e ela sorriu concordando com a cabeça.

 

- Com certeza, você escolheu bem - A mulher disse e eu suspirei olhando para o enorme buquê de flores rosa em minhas mãos.

 

- Certo. - Digo e a vendedora ri do meu nervosismo.

 

Assim que eu paguei pelo buquê de flores, saí da floricultura. De longe eu vi Camila saindo do seu estúdio falando ao celular.

 

A rua estava bem tranquila e eu sorri ao ver minha latina olhando para os lados cuidadosamente antes de começar a atravessar a rua.

 

Eu caminhava em direção a ela mordendo o lábio. Eu estava nervosa.

 

Um som de pneus deslizando sobre o asfalto me chamou atenção.

 

Eu olhei para trás mais o carro já estava passando por mim o que me fez virar para frente novamente.

 

Aconteceu tudo muito rápido.

 

Eu só vi o corpo de Camila ser arremessado longe.

 

- CAMILAAAA - Gritei sendo tomada pelo desespero.

 

As flores que estavam em minhas mãos caíram no chão.

 

O carro passou por mim novamente em alta velocidade, e eu no momento só consegui correr até Camila que estava atirada no chão.

 

Algumas pessoas foram se amontoando em volta dela e eu sai empurrando todo mundo sem me importar com nada.

 

- Camila... dá licença - Empurrei a garota que estava atrapalhando o meu caminho, sem me importar em ser delicada ou não, eu só queria chegar logo em minha mulher - Camila - Me atirei no chão ao lado dela - Meu amor... fala comigo, Camila...

 

- Não toca nela, ela pode ter quebrado alguma coisa - Escutei uma voz atrás de mim e travei a minha mão que estava indo de encontro ao seu rosto.

 

- Amor? Fala comigo - Pedi - Por favor.... Camila? - Chamei, mas não tive nenhuma resposta.