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História Garotinho mau - Capítulo 7


Escrita por: Brooklyn1992

Capítulo 8 - Capítulo 7


New Orleans 

09/26

06:40.a.m 

Marshall distribuía beijos por seu pescoço, arrepiando todos os cantos de seu corpo, enquanto suas mãos divagavam por entre o emaranhado de fios negros da cabeleira do moreno. Suas coxas torneadas circulavam todo o torso do maior, pressionando suas ereções uma contra a outra, aumentando a fricção entre seus corpos.

Gumball havia acordado cedo aquela manhã por conta de um sonho incomum que tivera com Marshall Lee, o que levou ambos ao declínio do estopim do prazer. Seus corpos logo cederam aos desejos carnais.

Marshall desceu com beijos pelo maxilar no rosado, sempre apertando sua cintura ou suas coxas, o fazendo gemer e se contorcer loucamente. Marshall mordiscou do rosado, enquanto apertava seus seios. O moreno lambeu toda a extensão do pescoço até os mamilos, onde ele chegou e parou apenas para chupá-los com volúpia enrijerendo-os conforme Gumball se mostrava excitado. 

Gumball gemeu longamente ao sentir os dedos do moreno adentrarem sua cueca e tocar seu falo duro, vazando pré-gozo.

- Tão molhado, Bubba. – Marshall murmurou contra seu mamilo rijo. Seu hálito soprou contra aquela área sensível fazendo assim Gumball arfar.

- Oh, Marshall Lee. – o rosado gemeu o puxando para um beijo quente.

Lee não tardou em livrar -se das únicas peças que ainda restavam em seus corpos, ordenando que Gumball ficasse de joelhos na cama com a cabeça descansando no travesseiro. O rosado ficou bastante constrangido com a ideia de ficar tão exposto, mas não negou nada, permanecendo da posição solicitada. Marshall salivava de desejo com aquele corpo perfeito; a cintura fina e branquinha, a bunda arredondada e bem empinada que tirava seu fôlego, os cabelos róseos, as coxas torneadas, tudo o enlouquecia. O moreno se abaixou até ficar cara a cara com a entrada rósea e rugosa de Gumball; um sorriso ladino estampou seu rosto. Marshall estapeou a bunda farta de Gumball, o fazendo gemer de prazer. Ele não reclamou, o que significava que Marshall poderia dar continuidade aos seus desejos mais proibidos. Ele estapeou Bubba mais algumas vezes no mesmo lugar, até que a pele ficasse vermelha e ele tivesse de partir para o outro lado. O rosado gemia, seus olhos cobertos de lágrimas e todo seu corpo suado.

O moreno se cansou daquilo e partiu logo para seu próximo ato, separando as bandas das nádegas de Gumball para que ele tivesse total acesso àquela anel picante. O menor urrou de prazer, mordendo a fronha do travesseiro para conter seus gemidos ousados.

- Abra mais as pernas, amor. – Gumball estremeceu com o tom sedutor que Marshall usara para referir-se a si.

O rosado obedeceu, afastando mais seus joelhos, o deixando ainda mais expostos. Marshall gemeu com a visão diante mão, seu Bubba piscava de prazer. O moreno lhe deu mais um tapa antes de penetrá-lo com sua língua ávida. Marshall levou sua destra em direção ao membro escorregadio de Gumball, o bombando rapidamente, arrancando mais e mais gemidos sôfregos do menor. O mesmo já rebolava contra a língua do moreno, implorando por mais, foi quando Marshall o penetrou o primeiro dedo.

- Marsh... – Gumball tentou pronunciar algo, mas fora inútil, tudo que saia de sua garganta eram sons de prazer, cada vez mais altos.

O rosado estava perto, Marshall sabia disso e por isso o penetrou mais um dedo, dessa vez fazendo Gumball gritar contra o travesseiro; ele havia gozado, um jato forte que sujara os lençóis da cama do maior. Seu corpo caiu sobre seu próprio prazer, exausto. Sua respiração estava descompensada, seu peito subia e descia com rapidez e de seus olhos ainda escorriam algumas lágrimas.

Marshall sorria satisfeito, sabendo que havia o levado a loucura outra vez; mas ainda não havia acabado. Suas mãos ardilosas viraram o corpo do rosado na cama, o deixando de barriga para cima. Seu corpo se debruçou sobre o menor, o pegando de surpresa com um beijo delicado. Bubba enlaçou seu pescoço com os braços, o puxando para si.

- Pronto para mim? – questionou sorrindo maliciosamente, recebendo um aceno fraco em respostas. Marshall sorriu mais ainda, o beijando mais uma vez.

O moreno posicionou-se entre as pernas do rosado, pronto para possuí-ló outra vez. Marshall Lee tocou sua glande na entrada sensível de Gumball, ouvindo o mesmo arfar surpreso. O moreno sorriu, o beijando.

- Calma, amor. – outra vez ele usou aquele tom, deixando o rosado ainda mais constrangido.

Marshall o penetrou lentamente, sentindo Gumball comprimir à sua volta. O rosado fechou os olhos com força, mordendo seu lábio inferior para conter a vontade de gemer longamente. Lee suspirou, entrando mais e mais, atingindo altos pontos dentro do rosado. Ele sentiu quando seus testículos tocaram as bandas de Gumball, o que só fez o rosado se contorcer mais e mais sob seu corpo. Marshall gemeu bombeando dentro de Gumball, repetindo o ato de ir e vir ardilosamente.

Gumball gemia sem maneirar o tom descontando seu prazer nas costas largas de Marshall, sentindo o suor escorrer entre seus corpos. Marshall ergueu sua perna esquerda, a descansando em seu ombro, atingindo mais fundo dentro de si, sempre apertando sua próstata. Bubba chorou, agarrando a fronha dos travesseiros, ele estava perto outra vez. 

- Espera mais um pouco, Bubba, só mais um pouco. – Marshall pediu entre um gemido e outro, o penetrando com cada vez mais força. - Ah! Meu Deus, Bubba. – Marshall urrou tomando seus lábios em um beijo violento.

- Marshall... – Gumball pediu permissão puxando suas madeixas negras.

Mais algumas estocadas e eles atingiram seus respectivos àpices, gemendo em uníssono. Gumball escondeu seu rosto totalmente corado na curvatura do pescoço do moreno, respirando fundo o eflúvio do mesmo. Marshall sorriu, o abraçando como podia, deitando ao seu lado.

- Acho que te amo. – Gumball murmurou sonolento, sem nem ao menos ouvir suas próprias palavras.

Marshall paralisou sem fala, sua respiração continuava desregulada, mas seu coração parecia processar tudo da forma mais rápida possível, como um acidente que acabava de acontecer.

Então era isso? Eles se amavam? Não era tão difícil de admitir, nem de ver. Todos já sabiam o que todavia deveria ter sido dito há muito. Mas o que era tão difícil? Amar era difícil? Ou o difícil era admitir que estava amando.

Um suspiro escapuliu por entre os lábios do moreno antes de um sorriso surgir no canto de sua boca.

- Eu também... Acho que te amo, Bubbs. – o rosado despertou no mesmo segundo, o encarando com um sorriso largo.

Gumball o atacou com um beijo desesperado tentando transmitir ao máximo o que ele sentia naquele momento.


A verdade é que quando sentimos algo, por mais sincero e menos recíproco que seja, nós precisamos falar, gritar para que todos sabiam, mesmo que ninguém se importe. É algo que fazemos por nós e não pelos outros.

  


12:11.a.m 

Às onze da manhã, Marceline os acordou com um estrondo um tanto constrangedor. Ela abriu a porta do quarto do irmão em um ato abrupto, os pegando de surpresa ainda abraçados sobre a cama, totalmente despidos. Marceline gritou constrangida, saindo do quarto em um outro rápido ato.

- Vamos almoçar com a Bonnie em menos de uma hora, então por favor se apressam aí e saiam. – a morena gritou do outro lado da porta, correndo escada a baixo, deixando para trás um Bubba Gumball corado até as orelhas e Marshall com dor de cabeça.

Após ali ambos foram tomar um banho e cuidaram para deixar o quarto mais apresentável possível. Marshall emprestou algumas roupas à Gumball, uma calça jeans preta e uma camiseta branca, que ficou um pouco grande demais no menor.

Bonnibel foi os buscar na casa do irmãos Abadeer com o seu carro e surtou ao encontrar o irmão naquele estado, ainda mais com a bochecha roxa. Marshall lhe explicou a situação o que só piorou o estado da rosada. Bonnie quis matar seu pai por fazer dizer aquelas coisas à seu irmão. Que culpa tem a pessoa amar? 

Gumball acalmou sua irmã, afirmando estar bem e que de agora em diante ficaria com ela. Claro, ela aceitou de muito bom grado, mas nem todos estavam prontos para tocar naquele assunto. Marcy sabia que Bonnie iria embora uma hora ou outra e não era algo que ela estava pronta para enfrentar.

Bonnibel os levou, sob os protestos de Marshall, para o restaurante de sua amiga outra vez, onde almoçaram entre risadas e discussões amigáveis. 

‐ Então você finalmente contou? – Bonnie questionou risonha. - Já estava na hora, não aguentava mais esperar para conversar sobre roupinhas e nomes. – disse empolgada.

- O nome dela vai ser Marcela. – sua namorada comentou na mesma empolgação.

- Que fofo, linda. – Bonnie murmurou a abraçando de lado.

Gumball e Marshall assistiam a tudo calados, rindo outrora.

- Mas não sabemos se é uma menina. – a rosada murmurou pensativa. - Então, se for menino, será Ingeras ou Arthur.

Marceline a encarou sorrindo. Ela queria tanto ter a sorte de seu irmão.

- Certo, quando foi que o jogo virou e vocês ficaram grávidas? – Marshall perguntou debochado.

- Somos tias, temos direitos. – Bonnie retrucou com um bico.

- Somos pais. – Lee murmurou sorrindo convencido.

- Os nomes serão Leo se for menino e Marylin se for menina. – Gumball cessou o falatório na mesa, bebericando seu suco de limão. - E acabou.

Marshall sorriu orgulhoso, lhe dando um selinho carinhoso.

- Mesmo sem ter participação, eu adorei os nomes. – murmurou contra seus lábios.

- Isso é muito injusto. – Marcy cruzou os braços rolando um bico infantil chamando a atenção de todos na mesa. - Eu um também.

Bonnibel gargalhou de nervoso, encarando-a com uma sobrancelha arqueada.

- Sério? Marcy, você não cuida nem de si mesma. – comentou zombeteira.

- Assim você me acaba, Jujuba. – moreno se fez de ofendida arrancando mais gargalhadas dos demais na mesa.

- Eu tenho certeza que vocês ainda terão um também. – Gumball murmurou brincando com os dedos de Marshall por cima da mesa.

- Quem sabe... – Bonnie murmurou vagamente.

Após aquela conversa, meio fora de contexto, os casais levantaram-se da mesa, agradeceram a Phoebe e partiram em direção ao consultório de Íris, que já os aguardava ansiosa.

Marshall estava um pouco nervoso, deveria confessar, não conseguia largar a mão de Gumball. Aquela cena não parecia real, tudo ocorria em câmera lenta, desde o carro ao consultório. Bubba já parecia adaptado àquilo, parecia ter acostumado-se com facilidade. Como ele conseguia? Tinha um pequeno ser em sua barriga, alguém que um dia dependeria de si para tudo e, mesmo assim, ele parecia pleno com aquela carinha inocente que Marshall sempre admirou e continua admirando, agora, até um pouco mais.

- Olá, é bom revê-los e... – a loira parou, abrindo um sorriso ainda maior. Íris parecia ter o dom de ser gentil com todos e isso era adorável. - Marshall, é bom ter você aqui. – disse o cumprimentando com um abraço.

- Digo o mesmo, Lady, é bom estar aqui. – Lady era um apelido que Jake dera a namorada e acabou sendo adotado por todos do grupo.

- Venham, acompanhem-me, vamos dar uma olhada nesse bebêzinho. – a médica começou a ditar o caminho, os levando até sua sala, onde ela pediu para que Gumball repetisse os mesmos processos da última consulta.

O rosado deitou-se na cama e ergueu um pouco sua camiseta, ou melhor, de Marshall, o mesmo moreno que estava em pé ao seu lado, segurando sua mão. Era inexplicavelmente bom tê-lo ali, segurando sua mão como uma forma de conforto e apoio, claro, as meninas também estavam ali para oferecer apoio, mas era diferente quando se é o homem que ama.

Íris despejou aquele gel frio em sua barriga outra vez, ligando o ecrã ao seu lado. Sua mão encapuzado deslizava sobre a barriga de Gumball, segurando o pequeno aparelho para identificar como estava o feto.

- Olha ele ali, o bebê tímido. – comentou apontando para um borrão que surgia no ecrã.

Marshall encarava tudo atônito, apertando a mão de Gumball em certas ocasiões.

- Ele está super saudável, graças a grande capacidade de Gumball em manter seu corpo saudável, parabéns, vejo que anda seguindo à risca sobre minhas recomendações. – sorriu orgulhosa, o encarando com ternura. - Alguns deslizes obviamente, mas isso a gente releva. 

Gumball sorriu travesso, segurando as lágrimas em seus olhos.

- Tudo bem, papais, até aqui tudo bem. – encarou os dois, desligando seus aparelhos. - Eu preciso que sejam sinceros. – pediu fazendo uma lista mental de suas perguntas diárias. - Vocês têm uma vida sexual ativa? – Gumball corou bravamente, ouvindo as risadas dos demais na sala.

- Sim. – Marshall respondeu rindo sem nenhum pingo de vergonha.

- Isso é bom, mas devem estar atentos às mudanças, não quero que nada machuque essa barriguinha linda. – a mulher fez graça, ouvindo os risos ecoarem pela sala outra vez. - Você deve fazer algum exércicio, Gumball, irá fazer bem aos dois. Próxima, você se alimenta bem? Claro. Sente alguma dor? Náuseas? 

Gumball parou por um segundo, pensando bem em sua resposta.

- As vezes quando fico enjoado, acabo vomitando, mas não passa disso, não sinto nenhum tipo de dor. – respondeu dando de ombros.

- Ok. – a mulher estendeu um lenço ao rosado, indicando sua barriga.

Marshall tomou a frente, limpando o líquido viscoso, o que fez Gumball corar outra vez.

- Obrigado. – sussurrou ao ver -se limpo outra vez. O moreno sorriu, lhe deixando um beijo na testa e outro na barriga.

Bonnie e Marcy sorriam sem parar, sentindo o clima amenizar em um lugar onde todavia era um pouco mais gélido.

Íris sorriu de canto, acariciando sua própria barriga, um pouco saliente.

- Acho que acabamos por hoje, irei lhe passar algumas vitaminas e, se os enjoos persistirem, me diga, irei tratar disso.

O rosado assentiu, sentando na maca. 

- Já sabe o que vai ser, Íris? – Gumball questionou, indicando sua barriga.

- Ah! – a loira sorriu animada. - Sobre isso, acabei por descobrir, amena passada, que terei trigêmeos. – seu tom era de empolgação e orgulho, como se tivesse acabado de ganhar na loteria.

- O Jake deve ter enlouquecido. – Marshall disse rindo, abraçando seu namorado de lado.

- Mais ou menos. – murmruou anotando algo em um papel. - Ele está feliz, mas um pouco paranóico, ele anda mais protetor que o normal e isso está me enlouquecendo. – disse irritadiça.

- Sei bem como é. – Bubba murmurou rindo. Marshall o encarou chocado, sorrindo logo em seguida.

- Os pais são sempre assim, vai se acostumando. – a doutora brincou arrancando risos dos demais.

- Ouviu? Vai se acostumando. – Marshall sussurrou rente seu ouvido, acariciando sua barriga.

Gumball revirou seus olhos, assentindo.

Após sair dali, sob a afirmação de que retornaria no mês seguinte, Gumball convenceu à todos que precisava passar na sua casa urgentemente para pegar todas as suas coisas e nunca mais olhar na cara daquele crápula.

- Não sei, eu não confio nele, Gum. – Bonnie disse comprimido seus lábios.

- Por favor, Bonnie, uma hora ou outra eu vou ter que acabar indo lá mesmo, então que seja hoje, agora, com todos vocês ao meu lado.

Marshall suspirou, abraçando seu corpo com mais força no banco de trás.

- Tem certeza disso, Bubbs? – inquiriu próximo ao seu ouvido.

Gumball segurou o rosto do moreno entre suas mãos, olhando fundo dentro daqueles olhos negros.

- Tenho. – respondeu decidido.

Lee suspirou, o beijando.

- Ok, então, vamos nessa, Bonnibel. – Marshall socou de leve o banco do motorista ganhando um olhar irritado da rosada.

- Eu ainda não concordei com isso. – murmurou chateada, mudando seu rumo.

- Mas também não está fazendo o contrário. – debochou com um sorrisinho vitorioso.

Bonnibel dirigiu em direção à sua antiga casa sob seus próprios protestos, sendo ignorada com sucesso.

No meio-fio, eles sentiram o peso do fardo que aquela casa carregava. Jazia muitos fantasmas que precisavam ser libertos. Era hora de viver outra vez.

Um suspiro cortou a garganta de Gumball.

- Marcy, segura a Bonnie dentro do carro, Marsh, você vem comigo. – Gumball abriu a porta sem esperar mais nada.

- Espera, eu não vou ficar aqui, parada sabendo que você está com aquele infeliz. – Bonnie gritou enfurecida, ameaçando sair do veículo.

- Bonnie, por favor, eu sei como você reage quando está perto dele, acho que já tivemos espetáculos demais. – disse apontando para o próprio rosto. - Vamos, Marshall.

Os rapazes desceram, ouvindo Bonnibel reclamar mais algumas vezes.

- Se ele falar alguma coisa para vocês, me chama, Marshall. – Bonnie gritou com metade do corpo fora da janela.

- Nem precisa se preocupar com isso. – Lee disse, entrelaçando seus dedos aos do namorado.

Bubba engoliu à seco, abrindo a portinhola que dava acesso ao jardim. Tinha tantas lembranças felizes ali de uma época passada, a qual só pertenciam a pessoas felizes, sua mãe, sua irmã e o homem que um dia fora seu pai.

- Estou com medo. – murmurou apertando a mão do namorado.

- Ele não vai encostar um dedo em você, Bubba. – murmurou de volta, o assegurando daquilo.

Gumball assentiu, respirando fundo.

- Vamos.

Eles caminharam lado a lado, atentos a qualquer coisa. Ao que tudo indica, Gustavo não estava em casa pois, como sempre, tudo estava fechado e escuro.

Gumball segurou na maçaneta da porta, abrindo-a lentamente. Tudo estava quieto, dava para ouvir o som da poeira caindo sobre os móveis. O cheiro de bebida ali era terrível, parecia que havia ocorrido um funeral ali com uma aura tão efêmera.

- Vamos pegar suas coisas e sair daqui o mais rápido possível, Bubba, não gosto desse lugar, não vai fazer bem para o bebê. – murmurou puxando seu corpo para os seus braços acolhedores como uma forma de protegê -lo.

- Marsh, o bebê nem sabe onde está. – respondeu, puxando-o escada a cima enquanto sorria.

- Mas você sabe e eu aposto que por isso ele sabe também. – entoou sorrindo vitorioso.

- Você é maluco, sabia disso? – inquiriu rindo.

- Quantas fotos. – murmurou passando os dedos pela parede coberta de fotos.

- É, minha mãe gostava de capturar momentos felizes. – respondeu cabisbaixo.

Marshall percebeu que havia tocado em um assunto um pouco delicado, conhecia bem aquela dor e concordava com o fato de que deixar para lá era melhor. 

Ambos seguiram até o quarto de Gumball, onde ele pegou duas malas grandes sob a cama e começou a arrumar suas coisas.

- Seu quarto é do jeitinho que eu imaginei. – Lee zombou, organizando alguns livros dentro de uma das malas.

- Rosa? – questionou risonho referindo-se às paredes cor de rosa.

- Também, mas eu imaginei estantes cobertas de livros, as roupas bem alinhadas dentro das gavetas e o cheiro de lavanda no ar. – sorriu analisando cada mínimo detalhe daquele quarto. - Sem falar na cama bem arrumadinha.

- Eu gosto de manter minha coisas organizadas. – deu de ombros, olhando em volta, memorizado cada lembrança que tinha daquele lugar.

- Eu sempre soube disso. – murmurou abraçando sua cintura.

Um suspiro entristecido escapuliu por entre os lábios do rosado.

- Acho que vou sentir falta do tempo que gastei dentro desse quarto. – disse comprimido seus lábios, abraçando o moreno de volta.

- Não fique, Bubba, iremos criar nossas lembranças, um quarto enorme com uma cama de casal, que será bem usada devo dizer. – murmurou malicioso, ganhando um tapa em resposta. - Uma cozinha com azulejos cor de rosa, uma sala de estar com flores na mesa e uma cópia nossa correndo pela casa.

Gumball sorriu nasalado, ruborizando.

- Essa foi a melhor carona da minha vida. – murmruou referindo-se ao primeiro contato que tivera com o moreno. Marshall gargalhou, o apertando em seus braços. - Que bom que eu me perdi naquele dia, caso contrário nunca teria descoberto que amo você

Lee sorriu mais ainda.

- Que bom que eu fui trabalhar naquele dia. – murmurou de volta. - E ainda bem que descobri que te amo muito mais que o esperado. – sussurrou antes de beija-ló com carinho.

Gumball acariciou sua cabeleira negra, sentindo as mãos de Marshall o apertarem com carinho.

- Então é isso? Eu te crio, te dou tudo e você faz isso? – aquela voz asquerosa cortou o clima entre os dois. Gumball empalideceu, estremecendo nos braços de seu amado, voltando seu olhar para a porta onde seu pai os observava com uma garrafa de uísque em mãos. - Na minha casa? Vocês decidem fazer essa pouca vergonha sob meu teto, seus viadinhos? 

Gumball engoliu à seco, apertando o braço de Marshall. O moreno tomou sua frente, pondo seu corpo atrás de si como uma forma de protegê -lo.

- Olha, cara, não queremos confusão, já estávamos de saída, então se nos der licença. – Marshall estava prestes a pegar uma das malas quando Gustavo partiu para cima de si com a garrafa como ameaça.

- Marshall. – Gumball exclamou exasperado.

Lee agarrou o pulso do mais velho, o impedindo de quebrar a garrafa em si.

- Gumball, sai daqui. – Marshall gritou, empurrando o homem para longe de si. Gustavo bateu com as costas contra a cômoda, ficando desnorteado por alguns minutos.

Bubba estava estático, pálido como o papel; suas mãos tremiam e seu estômago dava enormes voltas.

- Gumball. – Marshall exclamou outra vez, o balançando pelos braços. - Fala comigo, Bubba.

- Marshall. – o rosado disse outra vez, dessa vez sem conseguir impedir seu pai. Gustavo acertou a garrafa de álcool contra a cabeça do moreno, o fazendo desmaiar na mesma hora. - Marsh... – Gumball caiu de joelhos ao lado de seu corpo desacordado. - Acorda, meu amor, por favor. – sua visão começava a embaçar aos poucos por conta das lágrimas, seu coração doía com a culpa.

- Você engravidou. – e não fora uma pergunta. Gumball o encarou furioso. - Você engravidou, Bubba Gumball, você enlouqueceu?

- Sim, engravidei e não me arrependo de nada. – o rosado gritou. - Sai daqui. – gritou abraçando o corpo desacordado do seu namorado.

- Dessa vez não, filho.– Gustavo estava prestes a avançar sobre si quando Bonnie entrou correndo.

- Gummy, eu não... – Marcy parou, estática assim como sua namorada. - Marshall. – a morena exclamou preocupada intercalando seu olhar entre seu irmão e monstro entre eles. ‐ O que você fez com o meu irmão, seu escroto? – a morena gritou tentando avançar contra o homem, sendo impedida por Bonnie. - Seu verme, crápula, filho de uma...

- Chega, Marceline. – Bonnie a interrompeu. - O que fez com ele? – perguntou irritada. ‐ Seu demente, saia daqui. – entoou com raiva.

Gostava continuava indiferente, encarando a filha com tédio.

- E por que eu deveria? – questionou sarcástico.

- Porque assim eu não chamou a polícia. – respondeu em um tom ameaçador.

O mais velho sorriu debochado.

- Vá em frente, chame. – debochou, virando-se totalmente na direção de sua filha.

- Agora chega, seu infeliz. – dessa vez Bonnibel não conseguiu segurar a namorada, Marceline havia avançando no homem. - Vou fazer o que já deveria ter feito a muito tempo. – gritou endurecida lhe desferindo um soco no rosto. - Seu crápula. 

Seus tamanhos eram de um absurdo desproporcional, mas nem isso a impediu de bater no mais velho até se cansar. Claro, ele não reagiu em nenhum momento, Bonnie constatou que fora por causa da bebida, ou medo de revidar e as coisas piorarem.

- Marcy, chega, para. – Marceline estava sentada sobre o corpo desacordado do mais velho, o socando sem parar.

- Seu puto, o que você fez com o meu irmão, seu crápula. - e ela continuava a ofendê-lo sem parar.

A morena só cessou seus golpes quando a namorada a segurou por trás, impossibilitando-a de continuar. Gostava já sangrava por toda a extensão de seu rosto, o homem enfim parecia ter sido posto em seu lugar.

Gumball ainda implorava aos céus para que Marshall estivesse bem, para que acordasse. 

O moreno resmungo algo desconexo nos braços do amado, abrindo seus olhos aos poucos.

- Bubba? – murmurou sonolento.

- Oi, meu amor. – sussurrou chorosa, acariciando seus cabelos. - Senti sua falta, não faz mais isso comigo, por favor. – pediu o puxando para um abraço.

- Vai com calma, Bubba, tem um galo na minha cabeça. – sussurrou risonho, sentando-se ao lado de seu parceiro. - O que fizeram com ele, malucas? – questionou encarando o corpo fraco do homem estirado no chão do quarto.

- Dei o que ele sempre mereceu. – Marcy respondeu o encarando com nojo. - E você, como está? – inquiriu aproximando-se do irmão.

- Com dor de cabeça. – respondeu massageando sua própria nuca.

- Vamos embora, por favor. – Bonnie pediu, segurando uma das malas. - Eu não quero mais voltar aqui. – murmurou sombria, dando as costas aos demais.

Gumball suspirou, deitando a cabeça no ombro do namorado.

- Está tudo bem, Bubba, vamos embora. – sussurrou entrelaçando seus dedos.

- Sim, vamos.

Marceline já havia partido com a outra mala, Gumball só precisou levar sua mochila e o ursinho de pelúcia que sua mãe o dera, deixando para trás tudo que um dia lhe fez mal.



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