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História Garoto Errado - Pedido


Escrita por: Cherry-Bomb-91

Notas do Autor


Olá meus amores!
Semana passada não deu para aparecer por questões de saúde.
Mas enfim, essa semana tem combo de quatro capítulos ♡ (os dois dessa semana e dois da semana passada).
Agradeço aos comentários (vou responder ainda, mas estou com pouco tempo, mas li todos ♡) e aos favoritos (muito obrigada ♡)
Espero que gostem.
Boa Leitura.

Capítulo 10 - Pedido


GAROTO ERRADO

Eu estava no portal da entrada de casa observando papai colocar as malas no carro. Finalmente o tão sonhado dia que eles teriam sua lua de mel havia chegado. A chuva que estava castigando naquela tarde de sexta-feira havia dado uma trégua, o que era um alívio, já que meu pai e minha madrasta iria pegar a estrada naquele comecinho da noite.

- Pronto, achei a echarpe – a voz de Mikoto soou enquanto ela aprecia com a echarpe em um tom de verde pastel na mão e a bolsa em seu ombro direito.

Sasuke vinha atrás dela e ficou ao meu lado no portal, observando nossos pais se organizarem para sair. Ele estava agora com roupas secas e confortáveis, mas os cabelos continuavam úmidos, consequência da chuva que ele havia pegado mais cedo quando vinha do cursinho. Não havia nada nele que não estivesse molhado. Mikoto quando viu o estado em que ele chegou começou a reclamar por ele nunca sair com um guarda-chuva dentro da mochila, e logo o mandou subir para trocar aquelas roupas para não se resfriar.

Posso dizer que eu evitava confrontos diretos com Sasuke depois daquele dia na escola, para falar a verdade, evitava ficar no mesmo cômodo com ele por muito tempo. E por mais que aquela situação estranha na escola tivesse me deixado em alerta por possíveis problemas futuros – que não quero nem imaginar – eu dei preferência a ignorância. Sim, a melhor coisa que eu podia fazer era ignorar aquele desconforto, e dizer para o meu consciente de que tudo aquilo não passava de um grande mal-entendido. Isso! Um mal-entendido e uma brincadeira de muito mal gosto feita por Sasuke para pode me chatear.

E assim estava agindo como se nada tivesse acontecido, e parece que Sasuke fazia o mesmo, pois nenhuma vez ele me abordou com assuntos estranhos novamente.

- Já estamos indo, crianças – disse papai enquanto abria a porta do lado do motorista. – Espero que se comportem.

Mikoto veio até nós, olhava de mim para Sasuke com a expressão pouco preocupada.

- Têm certeza de que vocês vão ficar bem?

- Não somos mais crianças, mãe.

Eu não olhava para Sasuke, mas eu posso jurar de pés juntos que ele deveria estar revirando os olhos.

Sorri para minha madrasta.

- Fique tranquila, Mikoto, ficaremos bem.

- Ok, mas qualquer coisa não hesite em me ligar.

Assenti com a cabeça.

- Tá bom.

Em seguida Mikoto se aproximou mais de Sasuke, agarrou seu rosto e beijou a sua bochecha.

- Se comporte, e não fique atormentando a Sakura.

E por mais que um pequeno corar estivesse em seu rosto devido a vergonha pelo gesto maternal, Sasuke não evitou abrir um sorriso sujo, desviando seus olhos para mim por alguns segundos.

- Acho que isso é meio que impossível, mãe.

Mikoto apenas balançou a cabeça para os lados e logo em seguida me abraçou.

- Se cuide, querida. Qualquer coisa você tem minha permissão em dar umas chineladas nesse garoto.

- Mãe!

Reprimi uma risada enquanto nos afastávamos. Dar umas chineladas em Sasuke era praticamente uma coisa maravilhosa. Iria pensar seriamente a respeito.

- Pode deixar – e olhei de relance para ele que estava com a boca e o cenho franzido. – Eu saberei cuidar dessa criança levada.

E como resposta de Sasuke recebi um empurrão no ombro pelo ombro dele, e eu soube ali que consegui finalmente irritá-lo.

Uma coisa que descobri nessas semanas que movamos juntos era que Sasuke odiava o fato de quando alguém o tratava como algo inferior a um adulto, ou seja, uma criança. O que era engraçado, pois ele era o mais novo daquela casa e eu amava o fato de ser mais velha que ele – mesmo por alguns meses –, o que me dava mais voz entre nós dois.

Depois de ter se despedido, Mikoto e meu pai entraram no carro e logo já estava dando a ré, entrando na rua. Acenei com a mão para eles, observando o carro tomar velocidade até sair no meu campo de visão ao mesmo tempo que os primeiros pingos de chuva começavam a cair.

Abaixei minha mão e soltei um suspiro, observando o céu escuro e enublado se preparando para mais uma tempestade. Eu estava sozinha agora com Sasuke por duas noites e dois dias, e eu esperava sobreviver aquela experiência.

- O que acha de darmos uma festinha?

Franzi o cenho e ergui meus olhos para cima.

- Só nos seus sonhos, meu caro – dei tapinhas em seu ombro e entrei para dentro de casa.

- Não acho uma má ideia – ele continuou, fechando a porta e me seguindo até a cozinha.

- Pode excluir isso do seu caderninho, por que enquanto eu estiver no comando, festinhas aqui em casa está fora de cogitação.

- E quem disse que você está no comando?

Parei de andar e me virei para ele, estava com as sobrancelhas levemente arqueadas.

- Por que eu sou a mais velha. Então eu estou no comando.

Sasuke deu um passo a minha frente e se esticou todo como um pavão.

- E eu sou o maior e o mais forte.

Coloquei as mãos nos quadris, e me segurei para não perder a paciência.

- Tamanho não é documento.

- Idade não é documento também, Sakurinha – e os cantos de sua boca se curvaram para cima.

Apertei os olhos e ergui as sobrancelhas.

- É mesmo, docinho?

E na mesma hora a expressão debochada de Sasuke deu lugar a uma séria, o cenho franzido.

- Não me chame assim.

Por que a vingança era um sentimento tão bom? Juro que estava me deliciando por ter acabado com aquele sorrisinho nojento dele com aquele apelido carinhoso que Mikoto o chamava de vez enquanto e que eu sabia que ele detestava.

- Então não me chame de Sakurinha. – Rebati, me segurando para manter minha expressão séria. Suspirei cansada e pendi meus braços para baixo. – Olha, vamos estar sozinhos por dois dias. Então vamos ser civilizados e agir como pessoas civilizadas, ok?

Sasuke apenas cruzou os braços e ergueu as sobrancelhas.

- Civilizadas.

- Vamos jantar logo.

Revirei os olhos e entrei na cozinha, indo direto para as panelas.

- O que tem para comer? – Ele perguntou assim quando apareceu na cozinha.

- Comida – respondi sem o olhar. – Pegue os pratos.

- Você é muito mandona – ele resmungou, soltando um espirro em seguida de um fungado de nariz.

Apenas dei de ombros.

*  *  *

Acordei no sábado com um pequeno frio no estômago, era o dia do meu “encontro” com Naruto. Bom, não exatamente um encontro de casal, pois Ino e seu namorado estariam lá, mas não deixava de ser um encontro. Eu havia acertado os detalhes com Ino na noite anterior, iriamos nos encontrar no Snack and Arcade - que era uma espécie de lanchonete com fliperamas e Karaoquê, bem famosa na população adolescente – as dez e meia da manhã. Ino me garantiu que Naruto iria, e assim ela e seu namorado marcariam um tempinho para depois inventar algo e me deixar a sós com o meu futuro namorado.

Eu estava feliz e murmurava uma música qualquer enquanto procurava a roupa perfeita para o meu encontro. Optei por um vestido com estampas e sandálias, preferi deixar meus cabelos soltos, joguei minha franja de lado, passei maquiagem clara e casual, pulseira de pedrinhas e brincos de gota cor-de-rosa. Olhei-me no espelho e gostei do resultado, cruzava os dedos para que Naruto gostasse também.

Depois de arrumar minha pequena bolsa com dinheiro, celular e as chaves de casa, eu saí do meu quarto e desci as escadas.

- Aonde você vai?

Virei meu rosto para o lado e vi Sasuke vindo da direção da cozinha vestido com calça e casaco de moletom, os cabelos um ninho e a cara amassada.

- Isso não é da sua conta – e desci os últimos degraus.

Ele parou a minha frente, me olhando de cima a baixo e voltou seu olhar subindo até fitar o meu rosto.

- É da minha conta sim - suas sobrancelhas negras franziram, e cruzou os braços. – Pois se você sai assim sem avisar e vestida desse jeito... – ele suspirou e estendeu a mão. – E se algo acontecer com você... como ser atropelada ou cair dura de repente? Como saberei? Está querendo preocupar os nossos pais com sua negligencia infantil de sair sem avisar para aonde está saindo e...

- Tá, tá, tá, tá, tá... – o interrompi, sentindo minha cabeça girar. – Meu Deus, Sasuke, está parecendo uma matraca! Eu vou me encontrar com a Ino, está bom para você?

Ele me fitava e seu rosto não havia um pingo de humor, mas de repente algo pareceu abrir em sua mente e seu cenho franziu novamente.

- Vai se encontrar com o panaca do basquete. – Aquilo não havia sido uma pergunta. – O plano estúpido.

- O plano não é estúpido, então não me amole.

Dei as costas para ele e me preparei para ir até a porta quando senti sua mão bem quente agarrar meu pulso.

- Você não pode ir.

- Como? – Virei-me para ele e pisquei algumas vezes, pouco desorientada. – Você não pode me obrigar a não ir.

Sasuke me olhava daquele jeito que me fazia entrar em alerta.

- Eu estou doente – ele disse de repente. – Você não pode ir.

Eu olhava perplexa com o descaramento daquele garoto. Era só o que me faltava.

- Pare de graça, Sasuke – o adverti. – Não é legal ficar fingindo doença.

E como para poder provar o que dizia, ele começou a tossir com a mão sobre a boca.

- Viu?

Apertei os olhos. Por mais que seu nariz estivesse com uma coloração rosada na ponta e seus olhos caídos, aquela tosse era um fingimento muito mal feito.

- Você é ridículo! – E puxei o meu pulso e sua mão apertou mais sobre ele. Crispei os lábios. – Me solta!

- Fique – ele murmurou baixinho, com um tom desesperado de carência, a sobrancelha abaixada me fez desestabilizar por alguns segundos. – Por favor.

Eu tive que me agarrar a todas as situações que tivemos e que fiquei com raiva de Sasuke para não ceder aquele olhar carente e acabar fazendo as vontades dele. Sasuke estava querendo me manipular.

Engoli a seco e inspirei profundamente, e consegui me manter fria e calma.

- Me solta agora, Sasuke.

Ele precisou de alguns segundos para obedecer a minha ordem e me soltou, mas em seguida explodiu:

- Então vai logo atrás daquele imbecil! – E caminhou com passos pesados em direção do sofá maior e se jogou nele. – Vai logo ter o seu tão sonhado encontro e me deixe morrendo aqui!

Pisquei algumas vezes, a boca aberta diante daquele ataque de fúria de Sasuke.

Franzi o cenho, irritada.

- Fique você sabendo que eu vou mesmo, por que você não é nada meu para me impedir!

Ele deitou no sofá e tampou seus olhos com o braço, também irritado.

- Tomara que der tudo errado!

Olhei incrédula para ele. Como uma pessoa podia ser tão... estúpida?

Franzi a boca e caminhei até a porta e levei a mão na maçaneta, mas antes de girá-la, virei para Sasuke que estava na mesma posição.

- Você é um idiota! – Meu tom saiu quase que gritante. - E só para você ficar sabendo, a sua praga não vai dar certo. Por que tudo vai dar certo e pode ter certeza que chegarei em casa namorado o garoto que eu gosto!

Em seguida girei a maçaneta e atravessei o portal e bati a porta com força.


Notas Finais


E aí? O que me dizem?
Esse pedido desesperado de Sasuke? Quem sentiu peninha dele?
Será mesmo que está doente ou estava só fingindo mesmo?
E esse encontro da Sakura com Naruto? O que acham que vai dar?
Espero saber suas opiniões, teorias e as críticas são bem-vindas.
Nos vemos na terça-feira.
Bjs ♡


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