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História Garoto Reprimido - Capítulo 22 - Chá com porradas


Escrita por: Divo_Matt

Notas do Autor


Sorry, I ain't sorry
I ain't thinking 'bout you
I ain't thinking 'bout you
Sorry, I ain't sorry
I ain't thinking 'bout you
I ain't thinking 'bout you

Opa, letra de musica? Sabe o que isso significa? CAPITULO NOVO OFICIAL! UUUURRRRUUUUUUU!!!!!! FINALMENTE DEPOIS DE TANTAS DECADAS ENFIM ATUALIZAÇAO! NAO É PIADA DE 1° DE ABRIL HAHAHAHAHAHA

OI, galera. Como vao? Eu sei que sumi, sei que fiquei muito tempo sem atualizar, que deixei geral ansioso e até mesmo triste por falta de capitulos novos. Sei disso porque tambem ja senti isso com fics que li. Entao, o minimo que posso fazer é pedir desculpas. Sqn, o minimo é escrever um capitulo gigantesco! E foi o que eu fiz. Bem, gigantesco acho que nao está, mas fiz o minimo possivel pra que ficasse legal, galera. Gente, eu tive um grande bloqueio criativo, sei que ja usei essa desculpa, mas é a verdade. Ja escrevi esse capitulo quase inteiro e apaguei todo, porque senti ele muito fraco e com muita coisa pra encher linguiça. Acho que agora está bonzinho.
No fim de 2016, quando estava com esse bloqueio, fiz algo que nao fazia há muito tempo: li tres livros. Sim, galera, estava há muito tempo sem ler, entao resolvi ler de uma vez os tres primeiros volumes de HP. Li um atras do outro e reacenderam o leitor em mim. Agora tenho que tambem atualizar as leituras do Spirit e ler outros livros para buscar mais inspiraçao.

Bem, eu tenho uma noticia meio chata: este é o ultimo capitulo. Sim, gente, voces nao leram errado, é o ultimo. Eu decidi finalizar a historia nesse capitulo porque há um bom tempo nao sinto mais aquele amor em escreve-la e minhas ideias sempre flopam. Entao decidi acabar por aqui. Talvez eu retorne com ela, bem melhorada, mas nao dou certeza. Ja nao vejo muito sentido em GR. Me desculpem por isso, mas é a verdade.

Enfim, antes de lerem, quero só comentar duas coisas com voces:
1) há aí uma clara referencia à "How I met your mother", uma das minhas séries favoritas (e já estou com saudades)
2) quando vocês lerem o trecho onde cito a musica da Rihanna, "Shut up and drive", voces leiam o capitulo ouvindo a musica, vai ficar bem mais divertido. Tive essa ideia com uma cena que vi no 2° episodio de Gossip Girl (ainda nao estou vendo essa serie, só vi esse trecho). O link da musica esta nas notas finais

Enfim, falo mais nas notas finais. Mais uma vez, me desculpem por terminar a historia desse jeito.
Boa leitura.

Capítulo 23 - Capítulo 22 - Chá com porradas


POR FAVOR LEIAM AS NOTAS INICIAIS

- Bati! – gritou Liam ao jogar a última carta de Uno no assoalho do gazebo, vencendo o jogo pela terceira vez consecutiva. Ele comemorava rindo da cara dos amigos, que bufaram ao jogarem suas cartas.

Todos, exceto Josh e Ricky, estavam ali no gazebo jogando Uno. Josh estava brincando com seu cachorrinho, Apolo, no quintal; ele jogava o osso de borracha para Apolo pegar, depois tomava dele (com muita relutância do cãozinho) e voltava a jogá-lo longe. Queria aproveitar enquanto estava na casa dos pais para dar o máximo de atenção para seu cachorro, pois sentia muita saudade dele quando estava no colégio. Já Ricky estava dentro de casa, estudando para um teste de matemática que aconteceria dali a duas semanas. Os garotos tentaram convencê-lo a sair para aproveitar o dia e deixar os estudos para outra hora, mas não conseguiram. Ricky, que era o mais estudioso entre eles, queria se adiantar do conteúdo o quanto antes, pois não queria tirar uma nota menor que 10. Temia só de pensar.

Josh segurou Apolo em seus braços e ficou balançando-o, o cachorro começou a latir alto, provavelmente irritado com a brincadeira. Josh se deitou sobre o gramado e deixou Apolo sobre seu peito, ele logo começou a lamber o rosto de seu dono. Josh ficou fazendo carinho no cãozinho da raça Lhaso Apso enquanto olhava para o céu.

Estava uma bela e refrescante tarde de sábado. O céu azul com algumas nuvens fofinhas, os bem-te-vis cantavam, as folhas das árvores e plantas balançavam com a brisa suave que soprava. Os adultos já haviam ido trabalhar deixando a casa para os garotos. Apenas o pai de Josh, o Dr. Gustavo Hale, que ainda não fora trabalhar. Naquele momento estava tomando banho e logo iria para o hospital onde era cirurgião.

Apolo correu até sua casinha para comer sua ração e beber água. Josh se levantou e foi até onde os amigos estavam. Jogavam uma nova partida e, mais uma vez, a vitória foi de Liam.

- Já chega, não quero mais jogar! – Harry reclamou.

- Ah, não seja mau perdedor. – Liam riu.

- Não estou sendo mau perdedor, é você quem está se exibindo o tempo todo.

O celular de João tocou, avisando que recebera uma mensagem. Ele desbloqueou a tela e sorriu ao ler a mensagem de sua namorada, Lydia.

- Ó o sorriso dele quando a namorada manda mensagem – brincou Alex.

- Genta, a Lydia disse que vai num bar com a Daiane, o Julio e a Letícia. É perto de onde ela mora. Convidou a gente. Topam? – João disse.

- Boa. To precisando beber. – disse Liam.

- E o Ben vai rever o boy, hein? – Gilbert caçoou.

Ben revirou os olhos.

 - Ele não é meu boy. A gente só ficou.

- Ficaram, fizeram strip, twerk...

- Chega! Abafa o caso!

- João, fala pra ela que a gente se encontra lá. – disse Josh – Liam, você está com as nossas identidades falsas?

- Sempre estou com elas. – ele piscou. Liam sabia forjar identidades falsas. Ele fazia para ele e para os amigos quando iam a bares, baladas ou compravam bebidas alcoólicas no supermercado. Também fazia disso um negócio no colégio.

- Beleza, então. – João ao mandou uma resposta para Lydia e guardou o celular no bolso do short. – Ei, Josh, mas e o seu primo?

- Ah, é verdade.

Os tios de Josh, Thomás e Laurine, haviam ido trabalhar e deixaram o filho na casa do primo, para que tivesse a companhia dos garotos. O que não sabiam era que ninguém ali simpatizava com William e que nisso havia reciprocidade dele, então o mimado primo de Josh ficara dentro de casa, no quarto de hospedes.

- O que tem aquela baleia? – Gilbert perguntou retoricamente.

- Gilbert. Não fala assim dele, ta? – disse Josh. – Aliás, obrigado por ter arrumado treta com ele ontem, depois que pedi pra ser legal com ele.

- Olha aqui, acontece que seu primo é um moleque chato, metidinho, crianção e mal-educado. Cara, eu só não bati nele ontem por respeito a você, seus pais e seus tios. Você ouviu o que ele falou da minha mãe, não ouviu?

- Não que eu esteja justificando ele, porque ele também estava errado, mas ele queria era se defender. Por que você ficou implicando com ele também?

- Ah, Josh, ficou amiguinho do seu primo agora? Ó, geral ia ser legal com ele, mas tu viu que ontem ele chegou chegando. Não falou com ninguém e a primeira coisa que fez foi meter a mão na pizza sem nem pedir. Gordão olhudo e sem graça.

- Gilbert, pega leve. Também não precisa ofender. – disse Harry.

- Ué, to falando alguma mentira? Ele é gordo, baleia...

- Ei, ei! Basta! Você ta indo longe demais! – Josh se irritou.

- Ta defendendo ele depois de ter sido o primeiro a levar um fora dele ontem?

- Eu não esqueci disso, ta? Mas você viu que comigo ele nem mexeu mais, porque eu não dou confiança pra ele. Enquanto você ficou o resto da noite fazendo piadinha, zoando com a cara dele, sabendo que ele é chato e não gosta de brincadeira.

- O seu primo também não tem humor, hein? Nem leva na esportiva...

- Já parou pra pensar que o problema pode ser você? – Ben falou – Gilbert, sinceramente, você não conhece os limites das suas brincadeiras.

- Ah, Ben, sério que você vai defender o William também?

- Quem disse que eu estou defendendo ele? Eu estou sendo coerente, é diferente. Por exemplo: você quando faz essas piadas de gays pra mim. Você é meu amigo, então não há problema, e eu geralmente levo na esportiva. Mas tem horas que você já abusa e isso já perdeu a graça. Vai chegar um momento em que eu vou ficar muito puto com você.

- Sério? Tudo isso por causa do mimimi do primo do Josh? – Gilbert recusava-se a aceitar que estava errado – Caralho, mas vocês estão mais chatos que o Dumbo lá.

- O Dumbo tem orelhas grandes, não a barriga. – Alex o corrigiu, sarcástico.

- Chega! – Josh exclamou – Vamos encerrar esse assunto agora. Gilbert, por favor, esqueça que o William existe, ok? Ignore a existência dele pelo resto dia. Temos um acordo?

- Fechado. Se quer saber: pra mim, o William já pode morrer.

Josh bufou.

- Olha, Josh, eu vou ficar na minha, juro. – Gilbert continuou – Mas avisa pro seu primo fazer o mesmo, porque se ele vier de marra pra cima de mim, não me responsabilizo pelos meus atos.

- Eu vou dizer a ele pra ficar na dele também. Pode deixar. – Josh suspirou – De qualquer forma, se a gente vai mesmo ao bar, teremos que levar ele. Não posso deixar ele sozinho aqui em casa, seria sacanagem.

- Vai ser um dia divertido – Liam disse ironicamente. – Só não vou poder fazer uma identidade falsa pra ele.

- Tudo bem, eu nem pretendia te pedir isso.

- E galera, o que o Josh disse vale pra todo mundo. – falou Ben – Não deem bola pro William. Deixem que ele se ferre sozinho. – finalizou, dando de ombros.

- Obrigado. – Josh agradeceu a ele. – Vou falar com o meu pai que a gente vai sair. Claro que não vou dizer que vamos a um bar, ele me mataria. E depois vou conversar com William.

Josh entrou na casa e procurou o pai no quarto, mas não o encontrou ali. Cogitou o fato do pai já ter ido para o hospital, mas sua pasta estava na cama e as chaves do carro na mesa de cabeceira. Provavelmente ele estava no banheiro. Josh desceu as escadas, foi em direção ao banheiro e bateu na porta.

- Pai, você está aí?

- Estou. Pode entrar, filho.

Josh abriu a porta. O Dr. Hale estava em frente ao espelho secando os cabelos com uma toalha. Usava um roupão cinza claro para cobrir seu corpo nu.

- O que foi? – o pai perguntou.

- Os garotos e eu vamos nos encontrar com uns amigos na cidade. Tudo bem se a gente sair?

- Na cidade? É muito longe daqui de casa?

- Não muito. Só precisamos pegar o metrô. É perto do centro.

- Ah, ta. Tudo bem, então vocês podem ir. Mas você vai levar o seu primo junto, não vai?

- Sim, eu vou. Não pretendia deixar ele aqui sozinho, né?

- E como vão as coisas entre vocês?

- Bem... pra ser honesto... as mesmas. Quero dizer, a gente não brigou nem nada disso, mas não somos o que se pode chamar de amigos. Por enquanto.

Dr. Hale nem precisou perguntar mais nada. Sabia muito bem que seu filho e o sobrinho não se entendiam de jeito algum.

- Bem, eu vou dar um dinheiro pra você e seu primo saírem com os garotos. Deixe-me só terminar de fazer a barba.

- Tudo bem, eu vou lá falar com... – Josh parou de falar quando viu o que o pai pegou de dentro do armário.

Era a máquina aparadora de pelos que ele usara no dia anterior para raspar seus pelos pubianos. E seu pai iria usá-la no rosto! Josh se sentia desconfortável ao deixar isso acontecer. Ele ficou pensando se contava ou não para o pai como usara a máquina. Se contasse, seu pai iria lhe dar uma grande bronca. Se não contasse... Mas afinal, que mal haveria se ele usasse? Josh limpou o objeto. Mas não imaginou que o pai a usasse para fazer a barba também, achou que fosse apenas para alguns pelos do corpo ou virilha. Seu pai ficaria furioso. Era melhor não dizer nada. Ele estava prestes a sair do banheiro quando seu pai ligou a máquina e a aproximou do rosto...

- Pai, não usa isso!

- O quê? Qual é o problema, garoto?

- Pai... é melhor você não usar isso, não.

- O que vai acontecer se eu usar?

- Nada. Mas é que... eu usei isso. – ele corou e olhou para baixo ao falar.

- Usou minha máquina? E qual é o problema disso?

- O lugar que eu usei. – continuou olhando para baixo, morrendo de vergonha.

- O lugar que...? Usou isso pra raspar as axilas? – perguntou, e Josh negou com a cabeça – O peito? Barriga? – Josh negou novamente. Então, o Dr. Hale logo se tocou do porquê do desespero de seu filho quando ele ia usar a máquina – NA SUA VIRILHA?!

- Pai, fala mais alto que os meus amigos ainda não ouviram!

- Moleque, eu... – Dr. Hale pegou a máquina e jogou na direção de Josh, que desviou – Você ficou maluco, Josh?! Eu uso isso no meu rosto! E você pega isso pra usar no teu... Era pra você pedir minha permissão antes! E se eu tivesse usado, hein?

- Calma, eu limpei depois. Pai, desculpa, eu sei que não devia ter feito isso, foi mal. Mas é que... – Josh estava muito constrangido ao falar. – não dava pra esperar mais.

- Rapaz, eu devia... – o pai de Josh parou de falar e de repente ficou pensativo. – Filho, venha comigo, por favor.

Dr. Hale passou por Josh, seguiu para as escadas e subiu. Josh observou seu pai e o acompanhou até o quarto dele e de sua mãe. O pai se sentou na cama e pediu para que Josh fechasse a porta e senta-se ao seu lado, assim ele fez.

- O senhor vai me bater?

- Não! Josh, eu nunca bati em você, não vai ser hoje que vou fazer isso. Só quero conversar, ok? De pai para filho.

- Ah, ta. – ele respirou aliviado. Por um segundo, achou que realmente fosse apanhar do pai pela primeira vez – Sobre o quê?

Dr. Hale coçou a garganta.

- Vejamos... Pra começar: você tem uma namorada?

- Hã? Namorada?

- Sim, namorada. Ou ficante, peguete, amiga colorida, seja lá como vocês, adolescentes, chamam hoje em dia. Acontece que os alunos do instituto tem permissão para sair aos finais de semana. Por acaso, numa dessas saídas, você conheceu ou saiu com alguma garota? Você e seus amigos estão indo encontrar garotas?

- Não, pai, não é isso. Às vezes a gente sai nos fins de semana, mas ultimamente não por causa de alguns trabalhos que os professores passam. E eu também não estou saindo com nenhuma garota – ele disse, corado.

- E pra onde vocês pretendem ir hoje? Vai ter garotas por lá? Vão a uma danceteria?

- Pai, ninguém mais diz “danceteria” nesse século. – Josh riu – A gente só vai encontrar uns amigos nossos. A namorada do João e os amigos dela. – omitiu que o local de encontro seria num bar, pois o pai jamais o deixaria ir a um.

- Entendi. E você está transando?

Josh arregalou os olhos e ficou vermelho como um pimentão ao ouvir a última pergunta.

- Pai! Eu... não acredito... a gente está tendo “a conversa”? – Josh se sentia mais que constrangido. Em sua mente relembrou quando seu pai conversou com ele sobre sexo pela primeira vez, quando ele tinha 11 anos de idade. Foi constrangedor na época, e naquele momento estava sendo ainda mais.

- Josh, apenas me responda. Está tendo relações sexuais?

- Não, pai, eu não estou fazendo nada disso!

- Por que cargas d’água então você usou meu barbeador elétrico pra raspar o saco? Se não fez, por acaso pretende fazer hoje?

- Ah, meu Deus. – Josh, mais do que tudo, queria ter um buraco para se enfiar aquele momento – Pai, não é isso que nenhum de nós vai fazer.

- Está sendo honesto comigo?

- Estou! É verdade. Não estou saindo com nenhuma garota. Nem vou transar com ninguém. E eu... ainda sou virgem.

Josh quase morreu de vergonha ao dizer a última frase ao pai. Ele escolheu bem as palavras, jamais mentira para seus pais antes. Ele só não contou que era gay e que namorava um garoto, e este garoto era Ricky. E nenhum dos dois pretendia fazer sexo no momento.

Dr. Hale olhou para os olhos do filho, parecendo avalia-lo.

- Certo, eu acredito em você. Filho, não me leve a mal, mas você é um dos poucos adolescentes que conheço que ainda é virgem – Dr. Hale riu.

- Ei, qual é, pai. Não sou o único, né? Devem ter outros por aí que ainda são. O Ricky por exemplo.

- Ah, aquele loiro também? Pelo menos você não é o único entre seus amigos, hein? Iria ser muito zoado – Dr. Hale continuou a rir.

- Eu não acredito que eu estou sendo zoado pelo meu próprio pai. – Josh murmurou.

- Mas só mais uma pergunta – disse o Dr. Hale – por que a depilação?

- Ah... isso. Foi questão de higiene. E eu já estava farto de ter pelos.

- Ah, sim. Entendo. Mas na próxima vez que o senhor for se depilar, não use uma coisa minha, muito menos algo que eu for passar no rosto, bobão! – disse meio bravo, dando um tapinha na cabeça do filho.

- Ta bom, eu não vou mais, prometo.

- Bom. Desculpe ter envergonhado você. Só fiquei preocupado. Sabe, é até bom saber que você ainda é virgem, filho. Significa que não resolveu ficar com a primeira que apareceu. Adolescentes estão sempre com os hormônios à flor da pele, querem transar com todo mundo, não ligam pros riscos, não se previnem, e as consequências são graves.

- Eu sei.

- Não que eu esteja julgando, até eu já fui assim, antes de me casar com a sua mãe. Assim como muitos dos meus amigos, eu ignorava as prevenções. Era um daqueles leigos que achava que só os gays pegavam AIDS. Eu corria riscos e nem sabia. Vivia transando com as garotas sem camisinha e...

- Ta bom, pai, já me deu informações demais! Eu já entendi o recado! – Josh voltara a ficar vermelho.

- Rapaz, você acha que foi trazido pela cegonha ainda ou quê?

- Chega! Eu não quero ouvir isso! Sem detalhes, por favor!

O Dr. Hale começou a gargalhar. Às vezes conversava com o filho sobre certos assuntos, deixando-o sem jeito, e Josh agia de modo muito engraçado.

- Ok, “a conversa” numero 2 termina por aqui. Eu tenho que me arrumar para o trabalho.

- Tudo bem.

Ambos se levantaram. O Dr. Hale pegou o dinheiro para o filho e o sobrinho na carteira e, antes de entregar a Josh, pegou algo na gaveta da cômoda. Quando se voltou para Josh, pôs na mão dele algumas notas e três preservativos.

- Ah, pai, eu não vou precisar disso...

- Calma, filho. É apenas precaução. Não estou querendo dizer pra você sair por essa porta e ir transar, nem que eu não confie em você. Mas, caso você conheça alguma menina e... role algo... quero que você esteja prevenido. E não deixe seus amigos o arrastarem para um bordel, por favor.

- Eles não fariam isso. – eu acho, completou em pensamento – E obrigado, pai.

Josh saiu do quarto e fechou a porta. No corredor, ele fechou os olhos e respirou fundo. Tudo aquilo foi muito, muito constrangedor. Depois ele foi até o quarto de hóspedes, outrora seu antigo quarto, onde William estava. Antes de bater na porta, ele o ouviu falando, como se estivesse conversando com alguém.

- Não, Ross, não! Ai, que raiva! Você e Rachel se amam, devem ficar juntos! Joey e Rachel não!

Josh franziu o cenho. Seu primo estava falando sozinho?

- Affe, que casal mais nada a ver! Ridículo! – William disse novamente.

Aquilo estava estranho, mas Josh bateu na porta e esperou a resposta de William.

- Quem é?

- Sou eu, Josh. Posso entrar?

William levou alguns segundos para responder, até que por fim disse sim. William estava sentado na cama, com o celular nas mãos. Ainda estava de pijama e seu cabelo loiro bagunçado.

- Você estava falando sozinho? – Josh perguntou.

- Não. É que eu estou assistindo Friends – William mostrou para ele o celular, mostrando que assistia ao seriado pelo aplicativo Netflix. – O que você quer?

- Falar com você. – Josh se sentou na cama – William, ontem você foi muito desnecessário. Sério. Por que você é assim, hein? Você chegou ontem, não falou com ninguém, tratou o Ricky e o Ben com desprezo quando eles tentaram se enturmar com você e, como se tudo isso não bastasse, ainda teve aquilo com o Gilbert. Claro, ele também foi tão culpado como você. Mas isso não teria acontecido se você não tivesse sido antipático.

- Por acaso você já acabou? Tenho coisa melhor pra fazer.

- Está vendo? Eu venho aqui interagir contigo, ser amigável, mas você não perde a oportunidade de ser arrogante.

- E por que eu deveria ser legal com você? Só por que nossos pais pediram?

- Francamente, William, não entendo você. Por acaso você é assim com seus amigos?

William não teve resposta.

- Não é só porque os nossos pais pediram que eu estou fazendo isso – continuou Josh – É também por mim. E por você. Nós não somos mais crianças, e eu sei que você é bem mais maduro que isso, ok? Já está mais do que na hora de deixarmos essa rixa boba de criança para trás.

William continuou mudo.

- William, o que estou falando é verdade. Eu quero que a gente seja amigo. Só que isso não vai acontecer se você também não tentar. E, claro, não parar com toda essa arrogância pra cima de mim e de quem mais tenta se aproximar de você.

- E o seu amigo, também? Aquele Gilbert. Não gostei nada daquelas brincadeiras dele.

- Eu sei disso, eu vi. Ele não facilitou também. Mas eu já falei com ele, ele disse que não vai te incomodar mais. É só você não dar confiança. E quando falarem com você, seja legal e eles serão legais também. Certo?

William levou alguns segundos para responder.

- Ta. Tudo bem.

- Quanto a mim e você, temos uma trégua? Chega dessa rivalidade? – Josh estendeu a mão e esperou o primo aperta-la. William esticou o braço e apertou a mão do primo.

- Trégua – ele disse.

- Ótimo. Olha, a gente vai até a cidade encontrar uns amigos nossos. Você vem com a gente, não vem?

- Até a cidade? Ah... eu não sei. Não estou muito a fim de sair.

- Vamos, William, todos nós vamos. Você não vai ficar aqui sozinho, vai? Vai ser legal.

William mordeu os lábios, pensativo.

- Ta legal, eu vou.

***

Para Josh foram precisos longos trinta minutos para convencer seu namorado, Ricky, a deixar o livro de matemática de lado e sair com os garotos. Josh disse que ele não precisava ficar tão desesperado, pois ele era considerado o melhor aluno da classe, sempre tirava nota máxima nos testes e trabalhos e que teria muito tempo para estudar ainda. “Josh, duas semanas passam num piscar de olhos”, “você não sabe como vai estar esse teste, pode cair tudo”, “se eu não tirar a nota máxima posso perder algum ponto logo no 1° bimestre”, era o que Ricky dizia, completamente neurótico. Até que Josh conseguiu acalmá-lo – e calá-lo – com um beijo. E após uma longa conversa, Ricky topou ir ao bar com os amigos, mas somente com a promessa de que Josh estudaria todos os dias com ele quando voltassem para o instituto.

William fez como Josh pediu, cumprimentou aos amigos dele – exceto Gilbert – de forma agradável, os garotos retribuíram, mas sem muito entusiasmo. Juntos eles foram até a estação de metrô, conversando no caminho, sendo que William ficou calado a viagem inteira, se sentindo fora da conversa. Sentado no banco do metrô, Ricky não parava de bater o pé no chão, nervoso, querendo voltar para o quarto de Josh e estudar para o teste de matemática. Cada segundo que não estudava ele achava que era um ponto a menos em seu boletim.

- Cara – Gilbert chamou sua atenção – Relaxa. O teste é daqui duas semanas, não é amanhã.

- Eu sei disso. Mas é que eu to com medo de tirar alguma nota abaixo da media. Cara, o professor disse pra gente estudar toda a matéria. E se ele passar tudo o que passou no bimestre e eu esquecer uma coisinha e essa coisinha valer 1 ponto ou dois? Ou se ele passar só a metade e eu não tiver estudado o suficiente? Ou se...

- Se você não calar a boca agora, eu vou te matar. – disse Alex.

- Ricky, já falei pra você, ainda tem muito tempo até o dia do teste – falou Josh, tentando tranquiliza-lo.

- Ta legal, vou me acalmar. – Ricky suspirou – E não esquece que você vai estudar comigo dia e noite.

- Ei, amigão CDF, faz um favor? – pediu Liam – Não fale mais as palavras “teste”, “matemática”, “estudar” e nem qualquer coisa relacionada, ou eu juro que corto o seu cabelo quando estiver dormindo.

Ricky fez uma cara de espanto e pôs a mão sobre seu cabelo, os garotos começaram a rir, inclusive William riu. Ricky não falou mais nada até chegarem à estação. Saindo da estação de metrô, atravessaram a rua e viram o letreiro de um bar com uma seta apontando para o subsolo: Maclaren’s Pub, o ponto de encontro indicado por Lydia. Os garotos desceram uma pequena escada e atravessaram uma porta que estava aberta e entraram no bar. Não estava muito cheio, apenas algumas mesas ocupadas por grupos de amigos bebendo, no balcão havia dois amigos virando doses de cerveja. What You Want, do Evanescence, tocava na jukebox.

De um canto do bar, eles avistaram Lydia, Daiane e Julio. Ela acenou para eles, que foram se juntar aos três. Lydia se levantou e logo abraçou e beijou seu namorado. Apesar de se conhecerem há pouco mais de um mês, João e Lydia decidiram assumir namoro logo. Alguns dos amigos de ambos achavam que eles estavam sendo um pouco rápidos demais, mas apoiavam o namoro dos dois. Gostavam-se para valer, então pra que esperar mais?

- Que bom ver vocês – Lydia disse ao outros.

- Ei, Ben – Julio o cumprimentou. Ben retribuiu com um sorriso tímido. Seus amigos olhavam pra ele com olhares maliciosos.

- Ah, esse é o meu primo, William – apresentou-o Josh – William, esses são Lydia, Daiane e Julio.

William apertou a mão de cada um, tímido. Gilbert ficou admirado.

- Jesus... – Julio disse baixo ao olhar para William.

- Oi? – ele perguntou.

- Nada, eu só tava pensando em Cristo – Julio riu, disfarçando.

Uma garçonete veio atende-los e pediu para que todos mostrassem as identidades. Assim como os garotos, Lydia, Daiane e Julio também tinham identidades falsas. A garçonete ficou desconfiada, pois quase todos aparentavam ser mais jovens do que suas identidades diziam, mas fez seus pedidos mesmo assim. Pediram cerveja, caipirinha, piña colada e uísque. Como William era o único sem uma identidade falsa, pediu uma Coca-Cola. Ben, mesmo com a identidade falsa, pediu um refrigerante. Não queria beber uma bebida alcoólica perto de Julio. A ultima lembrança de quando bebera junto com ele era completamente embaraçosa.

- Julio, o Ben ficou falando o caminho todo que tava ansioso pra te ver – brincou Liam.

Ben fez uma cara feia e chutou a canela dele por debaixo da mesa.

- Ai!- gemeu Josh.

- Josh, era o seu pé? Foi mal.

- Ainda chutou o pé errado. – Gilbert riu, mas por pouco tempo – Ai, merda! Isso doeu!

- Dessa vez foi o pé certo. – Ben resmungou.

- Nem queira levar um chute da Lydia. No caso dela, coice. – falou Daiane. Lydia olhou para ela com cara de brava.

- Pois é, essa é a rainha do coice – disse Julio, recebendo um pescotapa de Lydia.

- Aí, chega de zoar a minha rainha do coice, ta? – João também entrou na brincadeira, Lydia ficou boquiaberta, mas riu.

- Falando sério agora, é legal ver você, Ben. – Julio disse a ele, na frente de todos. Ben riu de nervoso.

- Josh – William sussurrou para o primo sentado ao seu lado – esse seu amigo, Ben, e esse Julio... eles são gays?

Antes que Josh respondesse, Ben falou por si próprio.

- Ei, William. Eu estou aqui, ta? Ao seu lado. O Julio se encontra há poucos centímetros longe de você. Se quer saber, pode perguntar diretamente a nós.

William corou. Pelo visto não falara tão baixo quanto pensou.

- Ah... desculpa, é...

- Sim, eu sou gay. O Julio é bi. É isso o que você queria saber?

- É que eu não sabia que vocês eram... bem, vocês ficaram falando desse jeito e... sei lá.

- Algum problema com o fato deles serem gays? – perguntou Liam.

- Liam, por favor – Josh chamou sua atenção.

- Só perguntei, Josh.

- Não, eu não tenho nada contra. – respondeu William.

- Gente, não precisam apavorar o menino também, calma. Ele só quis tirar uma dúvida – disse Julio – Aliás, ele não seria contra os semelhantes dele, né?

Gilbert cuspiu seu uísque na mesa, respingando um pouco em todos. Reclamaram com ele, este cobriu a boca com a mão para abafar o riso que ameaçava escapar.

- Eu não entendi o que você quis dizer – disse William a Julio, enquanto se limpava do uísque que respingou em si.

- Quero dizer que você não tem preconceito porque é igual a gente, né? A mim e ao Ben.

Então William entendeu o que ele queria dizer. Julio achava que ele era gay. Todos olhavam para William, incrédulos. Gilbert estava segurando o riso, Alex não se preocupava em disfarçar muito e deu um gole em sua cerveja.

- Eu não sou gay! – William negou em tom indignado.

- Não? Sério que não é?

- Não! Digo, sim! Quero dizer... eu não sou gay!

- Conseguiu deixar o menino sem graça, hein, Julio? – Lydia olhou para ele com reprovação.

- Caraca, me desculpa, William. Foi mal, eu me enganei.

- Com licença – Gilbert se levantou da mesa e foi até o banheiro, gargalhar. Alex foi logo em seguida rir junto com ele. Ambos se divertiram com a cara de tacho de William. Foi merecido, depois de todo aquele showzinho da noite anterior.

- O que te fez achar isso? – William perguntou a Julio.

- Se eu te falar você vai ficar mais sem graça.

- Seja lá o que for, pode falar. Não dá pra eu ficar mais sem graça que isso.

Julio tomou mais um gole da caipirinha antes de responder.

- Tudo bem. Acontece que... foi seu jeito de falar. Sua voz. Meio estranha, sabe? Aí pensei que... você jogasse nesse time.

William ficou boquiaberto. Ricky começou a rir baixo, Josh olhou para ele de um jeito reprovador e ele logo parou e voltou a beber sua pinã colada.

Sim, isso deixou o primo de Josh ainda mais sem graça. Ele se sentiu um completo idiota depois que Julio falou aquilo, e decidiu ficar calado durante o resto da noite, dando atenção apenas a sua Coca-Cola e seu celular, enquanto os demais conversavam entre si.

***

Mais tarde, o Maclaren’s estava mais cheio. As garçonetes corriam para atender a todas as mesas. Josh e seus amigos sentiram fome e resolveram pedir alguns lanches do cardápio do bar. A maioria pediu hambúrgueres e refrigerante, William pediu uma porção de batatas fritas malucas, e Josh, Ricky e Ben pediram fatias de pizza. Gilbert reparou no tamanho do prato de batatas fritas de William, que não ofereceu uma sequer a ninguém. Ele comia enquanto mexia no celular. Gilbert se perguntou para onde ia toda aquela comida.

- Dá licença, gente, vou escolher uma musica – disse Daiane. Ela foi até a jukebox, tirou uma moeda do bolso do jeans e inseriu no aparelho. Segundos depois começou a tocar a canção Blue Jeans, de Lana Del Rey, e ela voltou para a mesa.

- Ah, que sono. – disse Julio brincando e fingindo um bocejo.

- Ah, cala a boca – Daiane riu – Lana Del Rey é linda e maravilhosa.

- Eu também gosto dela. – disse Harry.

- Sério?

- Sim, bastante. Me amarro nas musicas dela.

- Ai, finalmente encontrei alguém com bom e que entende a obra prima que é  Lizzy Grant. – Daiane e Harry fizeram um hi-five.

- Cara, não consigo gostar das musicas dela. – Julio reclamou – Sei lá, indie não é minha praia não. Não vejo graça.

- Eu amo musica indie, amo. Gosto de todo tipo de musica e indie é um deles. – Daiane disse.

- Temos isso em comum – Harry sorriu para Daiane – O tipo de musica que eu mais gosto é indie.

- Eu gosto de indie, mas de Lana Del Rey não. – João falou.

- Já eu não consigo gostar de nenhum tipo de musica sem ser rock – disse Gilbert, falando com a boca cheia de hambúrguer.

- Não fala de boca cheia, porcalhão – João disse a ele. Mas se surpreendeu quando ouviu um arroto bem ao seu lado, vindo de Lydia. João e seus amigos olharam para ela pasmos.

- Que foi? Garotas também arrotam, até eu.

Todos eles riram.

- Que namorada é essa que tu arranjou, hein? – falou Alex – Falando em namorada, Gilbert, e a Shelley? Disse se vem?

- Mandei mensagem pra ela perguntando se vinha, disse que ia ver com os pais dela. Mandei de novo quando a gente chegou, mas nem visualizou a mensagem, só recebeu.

- Xiii... – Julio murmurou.

- Que foi?

- Nada. Nada.

- Eu sei o que você está pensando. Tranquilo, também estranhei isso. Sei lá, galera – o roqueiro bufou – Ta muito estranho esse bagulho. Tem hora que ela ta animada, tem hora que ela ta... mais pra lá do que pra cá. Não to entendendo mais porra nenhuma.

- Gil, ela só não leu a mensagem, não quer dizer nada. – disse Josh.

- Brother, tu não ta sacando. Desde que as aulas começaram ela ta assim. Mando mensagem pra ela, ela recebe mas não visualiza. E tem vez que visualiza e não responde. Eu ligo, ela não atende, quando atende, me trata com frieza. Engraçado que tem hora que ela é diferente, em outras ela é a Shelley que eu conheço. Ou ela é bipolar ou... ou...

- Ou?

Gilbert bufou mais uma vez antes de responder.

- Ou ela ta me dando o maior corno.

- Ei, não é porque ela ta distante que esteja te traindo. – disse Lydia – Não parou pra pensar que pode estar acontecendo alguma coisa na família?

- Eu perguntei se era isso. Várias vezes. Mas ela só responde: “não é nada”, “esquece”, “deixa quieto”, “não se mete”. Se o que ela quer é um namorado que não se importa com porra nenhuma da vida dela e que só procura na hora boa, me avisa.

- Amigão, calma. Esfria a cabeça, ta? – aconselhou Harry.

- Por que não liga pra ela agora? – falou Ricky.

- Duvido que ela vai atender – Gilbert resmungou – Pensando bem... caguei! Não vou procurar mais não. Ela ta me fazendo de babaca. Deixa ela me procurar, não vou correr atrás também não. E se ela vier falar comigo, vou mandar logo a real e perguntar se ela ta com outro cara. Que se dane.

Gilbert levou seu copo cheio de cerveja até a boca e virou.

- Daiane, sua musica acabou, agora eu vou por uma musica de verdade nessa porra.

O baixinho se levantou e foi até a jukebox. Inseriu a moeda e a musica que ele escolheu foi I want to break free, da banda Queen. Ele pegou seu copo e pediu para a garçonete lhe servir mais cerveja. Ela fez e ele ficou cantando enquanto bebia perto da jukebox.

Ricky suspirou.

- Complicado.

- Pois é – concordou Daiane – Gente, vou pegar mais bebidas pra gente.

- Eu vou com você – disse Harry, se levantando e acompanhando Daiane até o balcão.

- Ta rolando um clima ali. – falou João.

- Entre o Harry e a Daiane? – indagou Josh – Acho que não.

- Josh, você é cego por acaso? – Ricky perguntou retoricamente a ele – Desde que a gente chegou o Harry pareceu interessado nela. Quando ela falou de Lana Del Rey, surgiu o primeiro assunto pra eles conversarem. E agora ela foi buscar bebidas pra gente e o Harry se ofereceu pra ajudar ela. Tradução: ele ta a fim dela.

- Ah... mas será que ela gosta dele?

- Ela disse que acha ele bonito. – Lydia revelou – Na noite da festa ela me contou que o Harry chamou a atenção dela. Ela só não se aproximou muito porque estava com vergonha. Falei pra ela hoje tentar puxar uma conversa com ele. Quem sabe... – ela finalizou a frase com um sorriso.

Josh olhou para trás, observando Harry e Daiane no balcão enquanto aguardavam as bebidas. Os dois conversavam animadamente, parecendo se entrosar. Josh não queria, mas se sentia incomodado com aquela aproximação dos dois.

Gilbert voltou à mesa.

- Ben, tem cigarro?

- Tenho. Pode fumar aqui? – Ben perguntou.

- Aqui dentro, não. Mas aquela porta dá para um beco onde o pessoal que vem aqui costuma fumar – Lydia apontou para uma porta à direita, próxima ao balcão de bebidas.

- Certo, vou lá. – Ben se levantou.

- Vou contigo. – falou Gilbert.

A noite estava chegando, o beco estava quase escuro, iluminado apenas pela luz de uma lâmpada perto da porta. Além de Ben e Gilbert, ali só havia um casal encostado na parede dando uns amassos. Ben pegou seu maço de cigarros e pegou um para ele e outro para Gilbert. Gilbert usou seu isqueiro para acendê-los.

O baixinho deu uma tragada e soltou a fumaça pelo nariz.

- Vai encher a cara e dar uns pegas no Julio hoje? – ele perguntou a Ben, com sua ironia de sempre.

- Gilbert, não começa. – Ben reclamou e deu mais uma tragada no cigarro – E, por favor, para de me lembrar do que eu fiz na festa com ele. Depois disso eu nunca mais vou beber.

- É, você até pediu pra garçonete te trazer refrigerante igual a bola 7 lá.

- Você também não precisa ficar ofendendo o primo do Josh o tempo todo, né? Lembra do que eu disse mais cedo? Apenas deixa ele pra lá.

- Aquele moleque me irrita. Esse jeitinho cínico dele, mimizento, chato.

- Mas ele mal falou desde que a gente saiu da casa do Josh.

- Porque o Josh deve ter falado pra ele “ser legal”, sabe? Quando ele desceu, até falou “oi” pra todo mundo, menos pra mim. Não que eu esteja fazendo questão, quero mais é que ele se foda. – Gilbert tragou o cigarro mais uma vez e acabou soltando a fumaça com uma alta gargalhada – Cara, eu quero aplaudir o Julio depois daquela. Viu só como ele ficou todo sem graça quando o Julio pensou...

Ele não conseguiu terminar a frase, pois voltou a gargalhar. Ben riu também.

- Tenho que admitir, foi muito engraçado. E constrangedor. Se eu fosse ele, dormia depois dessa. Mas olha, eu não pensei a mesma coisa que o Julio. Digo, a voz dele é engraçada e um pouco estranha. Mas não achei que ele fosse gay.

- Mas eu acho, papo reto. Eu acho que ele é viadinho encubado.

-Talvez seja. – Ben deu de ombros. – Vai saber.

- Namoral, esse moleque é feio, gordo, encubado e ainda por cima arrogante. Ele devia no mínimo se espiritualizar, o resto dava pra perdoar. – Gilbert finalizou a frase dando mais uma tragada no cigarro.

- Ok, você já está pegando pesado.

- Ta maluco, eu não to pegando o William, não. – soltou a fumaça do cigarro com mais uma gargalhada – Nem se eu fosse gay pegaria ele. Você pegaria?

- Credo. Nem sonhando.

A porta dos fundos do bar foi aberta e Julio se juntou a eles. Gilbert deu mais um olhar irônico a Ben, que sussurrou um baixíssimo “não”.

- Posso pedir um cigarro?

- Claro. – Ben respondeu, entregando um cigarro a ele. Julio pôs na boca e Gilbert lhe emprestou seu isqueiro.

- A gente tava falando aqui que você deixou o William com a cara no chão – Gilbert contou a ele.

- Sem zoação, eu achei que o garoto fosse gay. – ele riu – Não parei pra pensar que talvez não fosse assumido, achei que qualquer um perceberia. Falando sério, fiquei com dó dele. Eu não devia ter sido tão direto.

- Que nada, tu fez muito bem. Merece ser aplaudido de pé. Aquele fedelho é um bobão. Tu fez uma coisa que eu tava doido pra fazer, que é esculachar e deixar ele mauzão. Só não fiz porque o Josh pediu pra não fazer isso. Josh é meu amigo e eu não quero ficar mal com ele.

- Entendi. Bem, não há de quê.

- Aí, e aquela hora você falou que tava pensando em Cristo...

- Sim, porque só Jesus na causa daquele menino. – os dois riram – Dá pra fazer uma nova marca de Chokito com a cara dele.

- Ta louco, a empresa ia à falência por fabricar chocolate com coisa estragada.

- Pessoal. Chega, né? – Ben disse e os dois pararam de rir.

Gilbert jogou o cigarro no chão e pisou.

– Seguinte, vou entrar, tomar uma gelada... vocês dois ficam aí à vontade.

Antes que Ben protestasse, Gilbert entrou de volta no bar correndo, deixando-o sozinho com Julio. Ben revirou os olhos e voltou a tragar o cigarro, que já estava quase no fim.

- Fica calmo, eu não vou te morder.

- Eu sei que não. – Ben riu.

- Ta tudo bem com você? Faz um tempo que a gente não se vê. Te mandei mensagem depois que o João passou o seu numero pra Lydia e ela passou pra mim. Você não respondeu as últimas que te mandei.

Ben suspirou.

- Olha, Julio... aquela noite, na festa, quando a gente ficou, foi legal, ta? Eu gostei bastante. Com exceção da parte em eu que fiquei muito bêbado e tirei a roupa na frente de todo mundo.

Julio riu.

- Enfim – continuou Ben – Foi legal conhecer você. Você é legal, é um gato. Mas eu não to pra isso agora. Não to a fim e nem com cabeça pra namorar. Entrar num relacionamento agora não está nos meus planos. Entende o que eu estou dizendo?

Julio ficou sério por alguns segundos, até que um sorriso se formou em seu rosto e ele começou a rir. Riu tão alto e forte que teve que se apoiar sobre os joelhos. Ben não entendeu nada. Julio, então, se recompôs e suspirou.

- Cara, tu me pegou de surpresa agora. Olha, fica tranquilo porque não era nisso que eu tava pensando, não. Só queria bater papo mesmo, conhecer você melhor. Não queria um namoro. Era mais amizade mesmo. Ou ficada, se você quisesse também. Eu não sou do tipo que namora, sabe? Sou galinha demais pra isso. Quero dizer, não roubo o namorado das minhas amigas ou coisa do tipo. Mas eu curto mesmo é ficada, um sexo casual. Sacou?

Ben ficou sem fala por alguns segundos e depois riu.

- Nossa, então... To me sentindo meio idiota agora. Olha, foi mal então. Por não ter respondido as suas mensagens. Achei que você estava... se apegando. Eu não sou disso, sabe?

- Graças a Inês Brasil, porque eu também não sou. Se quer saber, tenho vontade de ficar com você, sim. Você foi uma das minhas melhores ficadas e beija pra caralho! Mas eu vou respeitar o seu espaço. Ainda assim, eu queria bater papo com você, te conhecer melhor. A gente podia, sei lá, sair de vez em quando...

Julio deu uma tragada no cigarro, aguardando a resposta de Ben.

- Pra mim tudo bem. A gente podia sair, sim. – sorriu.

- Legal – Julio respondeu soltando a fumaça. – Ei, quer ver um truque?

- Quero.

Ben observou Julio tragar o cigarro mais uma vez. Ele não deixou a fumaça ir até os pulmões, pois suas bochechas ficaram cheias. Ele abriu a boca devagar e a fumaça foi saindo devagar. Empurrou para fora o lábio inferior e começou a inalar a fumaça pelo nariz.

- Ah, a tragada francesa. Vi isso em Grease – disse Ben.

- Eu também. Logo quando comecei a fumar fui pesquisar como se faz a tragada francesa da Frenchy.

- Legal. – Ben deu uma ultima tragada em seu cigarro, que já estava no fim, depois jogou-o no chão e pisou-lhe.

O casal que estava dando uns amassos agora estava fazendo um pouco mais de barulho. Gemiam alto e estavam praticamente se comendo ali. Ben e Julio viram que o rapaz estava colocando a mãe por baixo da blusa da parceira e parecia estar tentando desabotoar seu sutiã.

- Acho melhor deixarmos eles à vontade. – disse Julio.

- Com certeza, porque isso está me dando muita náusea. Heteros – Ben resmungou, revirando os olhos.

De volta ao bar, estava tocando uma canção hip-hop que Ben e Julio desconheciam e os amigos de ambos estavam tirando fotos. Os dois correram para se juntar a eles. William estava sentado a mesa mexendo em seu celular, pelo visto não queria sair na foto.

- Nossa, to ficando gordo – Ricky reclamou ao se ver na foto – Tenho que começar uma dieta.

- Não é só você que precisa – Gilbert sussurrou.

- Disse alguma coisa? – Josh indagou a ele e este negou – Ricky, para de palhaçada, você não está gordo.

- Ainda.

- Gente, eu tenho que estar em casa daqui meia hora – disse Lydia conferindo as horas. – Preciso chegar antes dos meus pais.

- Ultima rodada? – Harry perguntou e todos concordaram – Daiane, vem comigo.

- Aí, vou colocar um K-pop pra tocar – Julio disse indo até a jukebox.

- Você disse “K-pop”? – Ben perguntou a ele.

- Sim, eu sou muito fã de K-pop – ele respondeu enquanto procurava uma musica na jukebox – Achei! BTS. Nem acredito que eles tem essa musica!

- Eu sou K-popper!

- O quê? Ta falando sério?

- Sim, e eu amo BTS! J-Hope é meu amorzinho!

- Ah! – Julio o agarrou forte e o levantou no ar por um segundo – Viado, eu te daria um beijo agora! Quero dizer... você entendeu.

Julio inseriu a moeda no aparelho e escolheu a canção Boy in Luv do grupo BTS. Ele fez uma dancinha engraçada e Ben riu.

- Eu rio tanto com o Julio – Daiane disse a Harry, quando os dois estavam no balcão. Os amigos haviam acabado de tomar uma ultima rodada e eles estavam pagando a conta que todos racharam.

- É, ele até que é engraçado. E parece muito interessado no Ben.

- Quando eu vejo eles dois juntos, eu só lembro do que fizeram na festa – ela riu junto a Harry – Já vi o Julio fazendo cada coisa maluca, mas aquela foi o auge da... putaria.

O barman veio até eles, recebeu o pagamento e lhes agradeceu.

- Então – falou Harry – vocês vão direto pra casa agora?

- Julio e eu vamos pra casa da Lydia e dormir lá. Mas antes faremos uma maratona Gossip Girl. E vocês?

- Bem, vamos todos pra casa do Josh e dormir lá. Mas antes acho que faremos uma maratona Smallville.

Os dois riram.

- Daiane.

- Sim?

- Será que eu posso pedir seu número?

- Claro. Anota aí.

Harry pegou seu celular e adicionou o número dela em seus contatos.

- Beleza. Eu... posso encontrar você qualquer dia?

- Ai, que droga. – Daiane então fez uma cara de desagrado.

- “Droga”? Não achou uma boa ideia? Qual é o problema?

- O problema acabou de entrar no bar.

Harry se virou e viu o que causou o desânimo em Daiane, e causou ao jovem ainda mais: Johnny Roland, acompanhado de Bob, Ruan e até mesmo Pedro, acabara de cruzar a porta de entrada do bar. Os quatro não o perceberam ali e se sentaram numa mesa. Harry deu um suspiro.

- Ótimo. Era só o que faltava. A gente cruzar com Johnny e o bando dele.

- Eu quero sair daqui – Daiane sussurrou.

- Vamos chamar os outros.

Harry e Daiane voltaram até os amigos, escondendo os rostos e tomando cuidado para não chamar a atenção dos Trogloditas. Ao chegarem à mesa, Harry disse que eles estavam ali, e era provável de que uma confusão iria rolar se os vissem no bar. Todos concordaram e acharam melhor sair pela porta do beco, sem chamar atenção.

- Não vamos todos de uma vez, eles podem perceber. Vamos nos dividir e grupos. – disse Lydia – Dai, vamos primeiro eu, você e Ricky.

- Se querem saber, não to nem aí se ele me ver – disse Gilbert – Ele pode vir que eu aplico nele meus novos golpes de judô.

- Concordo, eu também não tenho medo do Roland e dos amiguinhos dele – falou Liam, estalando os dedos.

- Galera, é melhor não, podemos nos meter em problemas depois. – João disse a eles. – Vai Lydia, esperem a gente lá fora.

Ricky foi com as meninas até a porta dos fundos discretamente, e conseguiram não chamar atenção dos Trogloditas. Depois foram Alex, João e Liam, sobrando Harry, Josh, William e Gilbert. Ben e Julio estavam sentados a uma mesa num canto, próxima a jukebox, conversando. Harry pediu para os três irem na frente que ele iria avisa-los pra irem embora.

- Ben. Julio. Temos que cair fora.

- Como assim? E cadê o pessoal? – perguntou Ben.

- Saíram pela porta dos fundos. Johnny e os Trogloditas estão aqui, achamos melhor sairmos sem eles perceberem ou poderia arrumar algum problema com a gente.

- Johnny? – Ben se virou rapidamente para verificar e logo avistou seu arqui-inimigo de costas. Na mesma hora seus joelhos começaram a tremer. Ben tinha muito medo do ex-líder (que, pelo visto, era ainda o líder) dos Trogloditas, devido a ameaça de morte que recebeu dele. E não foi só uma. E ninguém sabia disso.

- Ora, ora, ora. Se não é Johnny Roland. – murmurou Julio, muito sério. – Quase não deu pra reconhecer ele. Ele andou malhando? Nada mau, hein?

- Julio, a gente tem que sair daqui agora. – Ben se levantou.

Julio continuou com sua expressão séria e se levantou lentamente.

- Acho que vou ali dar um oi.

- O quê? Dar um oi? Você é louco? Para de enrolar e vamos embora logo, nossos amigos estão nos esperando! – Harry sussurrou.

- Calma, Harry, eu conheço a peça. Ele foi namorado de uma das minhas melhores amigas.

- Sim, a gente sabe disso, agora vambora! – Ben exclamou num sussurro.

- Num minuto.

Julio se encaminhou para a mesa dos Trogloditas, Harry e Ben não conseguiram impedi-lo. O que ele pretendia?

- Ei, Roland! Quanto tempo, hein? – Julio o surpreendeu ao chegar apoiando as mãos sobre a mesa.

- Você? O que você ta fazendo aqui?

- Quem é esse cara, Johnny? – Bob perguntou.

- Quem sou eu? – Julio se recompôs – Eu sou Julio. Estudei com esse cara aí no ensino fundamental. Quero dizer, ele era um ano a mais que eu, mas a gente se conheceu. Ele... namorou com a minha amiga, Daiane. Lembra dela Johnny?

- Como poderia esquecer? – Johnny respondeu de mau humor – Que você quer aqui, hein, boiolinha?

- “Boiolinha”? Sério, Roland? Você já foi mais simpático. Até mais original. O que esse internato fez contigo?

- Aí, meu irmão – Pedro ficou de pé – Cai fora, ninguém ta querendo você aqui, não.

- Eu não estava falando com você.

- Cai fora daqui, Julio. – disse Johnny.

- Julio – Harry apareceu e tocou no ombro dele – Vamos embora agora.

- Olha só quem ta aqui: Tyree, o defensor das Bibinhas – Ruan debochou.

- Julio, vamos – Harry ignorou o comentário dele e tentou puxar Julio, que se esquivou do toque dele.

- E olha quem veio também: a Bibinha Junior. – Bob avistou Ben logo atrás de Harry.

Johnny olhou para ele, que engoliu em seco e olhou para baixo. O líder dos Trogloditas sorriu de forma maligna, pois sabia do medo que provocava em Bem. Ele se levantou e encarou Harry.

- O que é isso, um encontro triplo? Você e o seu namoradinho resolveram apimentar a relação com mais um parceiro?  Vão fazer um ménage a trois?

- Cala a boca, Roland. – disse Harry a ele.

- Ou o quê?

- Eu preciso responder? Esqueceu do que aconteceu na ultima vez que se meteu com um amigo meu?

O sorriso debochado de Johnny foi substituído por uma face de frustração. Se lembrava muito bem desse dia. Não conseguira acertar um só golpe em Harry e levou uma bela surra dele na frente de todos. O pior de tudo foi que, na sala do diretor, se humilhou na frente de seus amigos e de seus maiores inimigos. Este sim era seu maior arrependimento.

- Você teve sorte aquele dia, Tyree. Não vai se repetir.

- Quer apostar?

- Harry, vamos embora logo. – disse Ben.

- Que foi, Ben? Ta com medo de apanhar ou de ver seu macho alfa apanhando? – zombou Pedro.

- Sério, Pedro? Eu to ouvindo isso vindo logo de você? – Ben respondeu com uma ironia no ar.

- O que esse viado quer dizer? – Bob perguntou a Pedro.

- Nada! – ele respondeu – Esquece esses caras, Johnny. Vamos beber.

- Não tão rápido, Pedro. E aí, Tyree, o que me diz? Quer tentar a sorte hoje?

- Você não vale a pena. Vamos, Julio – Harry tentou puxa-lo pelo braço.

- Não. Antes eu quero dizer umas verdades pra esse cara.

- Você não tem que falar nada, vamos.

Liam, Alex, Gilbert, Josh e Ricky voltaram a entrar no bar pela porta dos fundos e viram a cena. Perceberam que uma briga estava prestes a acontecer ali.

- Vocês demoraram muito a sair – disse Ricky.

- O clã inteiro das Bibinhas está aqui. – disse Ruan.

- Julio, vamos! – Ben falou alto.

- Ei, vocês! – o barman os chamou – Eu não quero confusão aqui! Se quiserem resolver alguma coisa, resolvam lá fora!

- Não se preocupe, não vai haver confusão – Harry garantiu – Vamos, Julio. Suas amigas estão esperando você.

- Espera um pouco, Harry. Antes eu quero falar umas verdades pra esse cara.

- Ah, é? – Johnny indagou – Então, vai. Diz aí. Bota pra fora, bichinha. Quero ouvir.

Julio e Johnny ficaram se encarando. Ninguém disse nada, esperando para ouvir o que Julio iria falar ao líder dos Trogloditas. Johnny ergueu uma sobrancelha, esperando-o dizer algo. Mas nada foi falado. Julio abriu a boca para falar, mas nenhum som saiu. Ele continuou calado.

- E aí? Nada? Nenhuma “verdade”? Hã?

Julio engoliu em seco.

- Faz um favor? Para de me fazer perder meu tempo contigo. Você é um inútil.

Os Trogloditas riram da cara de Julio.

Uma das clientes do bar foi até a jukebox e inseriu uma moeda no aparelho. Ela escolheu uma musica, que foi Shut Up and Drive, da Rihanna. Neste momento, entram João, Lydia, Daiane e William no bar, pela porta dos fundos.

- Daiane? – Johnny ficou surpreso ao vê-la.

- Johnny.

- Ei, é a tua ex, Johnny. – falou Bob – Namoral, como é que tu dispensa uma gata dessas, meu? Menina toda da gostosinha.

- Cala a boca, idiota! – exclamou Lydia para ele.

- Ele terminou comigo? Foi isso o que ele disse?

- O papo aqui não é contigo. – Johnny deu um fora nela.

- Galera, vamos dar um fora daqui logo? Dá pra ser? – insistiu Ben.

- Julio, agora! – chamou Lydia.

Julio deu uma ultima olhada a Johnny e depois virou-lhe as costas.

- Vai lá, ô viadinho indeciso.

Nesta hora, o sangue de Julio ferveu e ele voltou-se para o líder dos Trogloditas. Julio fechou a mão em punho e acertou um forte soco na face de Johnny. Lydia gritou para ele não fazer isso, mas era tarde demais. Johnny, furioso, acariciou sua boca, de onde já saía uma gota de sangue, e atacou Julio, caindo pra cima dele e o derrubando no chão. Ele ficou por cima do mais novo começou a lhe acertar socos na cara. Harry segurou Johnny, conseguindo separa-lo de Julio. Ele o jogou por cima de uma das mesas, derrubando tudo e fazendo uma enorme bagunça. Alguns clientes e as garçonetes do bar gritaram assustadas.

E então uma baita confusão se iniciou.

Harry atacou Johnny, caído no chão, e começou a dar socos nele. Ruan e Bob entraram na briga, tentando pegar Harry, mas foram impedidos por Liam e Alex. Liam golpeou Ruan com um pontapé no estomago e Bob ganhou de Alex um soco no meio da cara. Pedro tentou cair fora, mas foi pego por Gilbert. Gilbert acabou levando uma joelhada no meio das pernas, caiu de dor e levou mais uma joelhada na cara dada por Pedro. João ajudou seu amigo dando um soco em seu estomago e nariz. Os clientes do bar que estavam de fora da briga conseguiram escapar pela porta da frente, outros se esconderam nos banheiros. Alguns tentaram apartar a briga, mas acabaram sendo agredidos também. O barman também tentou separar as brigas, sem sucesso. Quando foi tentar puxar Ruan para longe de Liam, acabou levando deste primeiro uma cotovelada no pescoço.

Josh, Ricky, Ben, Daiane, Lydia e William assistiam a briga, assustados e sem saber o que fazer. Até que Lydia viu que Pedro conseguiu imobilizar João no chão e lhe deu uma série de golpes no rosto. Ela pegou uma garrafa de cerveja e correu até Pedro, quebrando a garrafa bem em sua cabeça, desnorteando o agressor de seu namorado. Ricky a ajudou a levantar João.

- Temos que fazer alguma coisa. – disse Josh.

Juntando toda a coragem que tinha, ele pegou uma cadeira e acertou Bob com ela. A cadeira se espatifou nas costas de Bob. Este gemeu de dor e logo viu que fora Josh quem o acertara. Riu debochadamente e pegou o jovem pelo braço, torcendo-o em suas costas. Josh gemeu de dor. Para ajudar o amigo, Ben pulou sobre o pescoço de Bob. Bob soltou Josh e tentou tirar o outro de cima de si. Ben o agrediu mordendo sua orelha e arranhando seu rosto. Bob se jogou no chão com Ben. Ricky entrou na briga também e se atirou em cima de Bob, esmagando-o.

Harry estava aplicando uma gravata em Johnny, mas este o acertou na lateral do corpo com uma forte cotovelada. Livre dos braços de Harry, Johnny o golpeou bem no queixo e Harry foi até a parede. Johnny deu um chute em seu estomago.

- Ei!

Johnny se virou e, antes que percebesse, levou uma joelhada no meio das pernas. Foi Julio quem o acertou. Este caiu em cima dele e começou a soca-lo no rosto.

Gilbert aplicou seus golpes de judô em Pedro. Pelo visto, as aulas deram bons resultados. Bob se levantou novamente e voltou a lutar com Alex. Bob quase nocauteou Alex quando este caiu no chão e demorou a se levantar, mas Alex o tropeçar em sua perna e cair, e voltou a soca-lo. Parou quando viu que estava quase deixando-o inconsciente. Liam pegou Ruan pelo pescoço e bateu sua cara contra a parede. Ele desmaiou, então Liam verificou sua respiração. Apesar do golpe estava normal.

Johnny conseguiu sair de baixo de Julio e deu nele socos mais fortes ainda, tanto que sua boca começou a sangrar. Ele estava quase perdendo os sentidos, então Harry interveio pulando sobre ele.

- Quero ver você falar que foi sorte dessa vez! – esbravejou.

Então Harry pôs toda sua raiva nos punhos e deu um golpe atrás do outro na face de Johnny. Mais uma vez o líder dos Trogloditas apanhou do novato.

- Estou chamando a policia! – gritou uma das garçonetes. – Eu estou chamando a policia!

- Gente, temos que sair daqui agora! A policia ta vindo! – Ben gritou para os amigos.

Gilbert deu um ultimo soco em Pedro e se afastou. Liam e Alex terminaram de dar uns golpes em Bob e foram tirar Harry de cima de Johnny antes que ele o matasse. Os amigos escaparam do bar pela porta dos fundos. Ricky e Josh tiveram que carregar João, pois ele levara alguns chutes pelo corpo dados por Pedro. Subiram uma escada na saída do beco para a rua e correram bastante, até se afastarem o máximo possível do bar antes que a policia chegasse ao local. Chegaram a um ponto de ônibus e pararam para recuperar o fôlego.

- Mano, que puta tretão foi esse. – disse Liam, massageando a costela. Havia levado um chute no local por Ruan.

- Aqueles babacas! – gritou Gilbert – Se ferraram. Todos eles apanharam. Brothers, acabamos com eles! – Gilbert comemorou fazendo hi-five com Alex e Liam.

- A gente tem que sair daqui – disse Ricky – O pessoal do bar pode descrever a gente pra policia e eles podem nos achar aqui e estamos ferrados.

- Gente, minha casa não é longe daqui. Vamos até lá pra gente verificar os ferimentos. – falou Lydia.

***

- Aqui, toma esse saco de gelo. – Letícia entregou um a Harry, que usou para aliviar a dor no punho – Ainda bem que nossos pais ainda não voltaram da casa da vovó e do vovô, eles ficariam loucos se vissem isso. E ainda iriam me responsabilizar por você ter ido a um bar – ela disse a Lydia.

- Eu sei. – respondeu Lydia, enquanto cuidava da ferida na boca de João, que estava começando a inchar. – Está sentindo muita dor?

- Um pouco – João gemeu ao falar.

- Será que a policia pegou eles? – Julio, deitado no sofá, começou a rir.

Lydia bufou. Pediu para João segurar o pano molhado sobre o lábio e foi até o amigo.

- Qual era o seu problema?! A culpa disso tudo foi sua, Julio! Por que tinha que comprar briga com o Johnny Roland no bar?! Hein? – ela bateu na cabeça dele – O que tem de errado com você?

- Lydia, fica calma. – pediu Ricky, mas foi ignorado.

- Você é idiota por acaso? Por que você simplesmente não saiu do bar quando o Harry pediu? Por que tinha que chamar a atenção daqueles caras?

- Porque eu quis. – Julio ria – Eu tava doido pra quebrar a cara daquele Roland. E tu não ouviu do que ele me chamou? E aquele cara falando aquilo da Daiane?

- Não vem me colocar no meio dessa merda toda! – Daiane exclamou para ele – A ultima coisa que eu queria na minha vida era ver Johnny Roland de novo! A gente estava só esperando você sair de lá junto com o Harry e o Ben, e você acabou fazendo a gente entrar no bar de novo! E eu fui obrigada a encarar Johnny!

- Daiane, eu meti a porrada nele, para de reclamar. Aquele filho da puta arruinou sua vida, arruinou a minha...

- CALA A BOCA!

Todos se assustaram com o berro histérico de Daiane e ficaram sem dizer nada por alguns segundos.

- Você só tinha que sair do bar sem eles perceberem! Só isso!

Daiane cobriu o rosto com as mãos e grunhiu.

- Daiane, você está bem? – Harry perguntou.

Ela negou com a cabeça.

- Eu to morrendo de dor de cabeça. Lydia, você se importa se eu subir e tomar um banho? Preciso muito relaxar.

- Pode ir.

- Obrigada. Boa noite, meninos. Até a próxima.

Daiane subiu as escadas. Harry observou até ela sumir no topo.

- Bem, a boa noticia é que vocês não quebraram nem fraturaram nenhum osso. – disse Letícia – Se sentirem dores, tomem um analgésico.

- Valeu, Letícia. – Gilbert agradeceu – Uma pena que eu não tenha conseguido acertar o Roland.

- Gil. – Harry chamou a atenção dele.

- Josh, eu quero ir pra casa – falou William.

- Nós já vamos. Acho melhor todos irmos pra casa agora. Foi uma longa noite.

- Tem razão, meus pais devem chegar a qualquer minuto e não vão gostar de garotos na casa. – Lydia avisou.

- E quanto ao Julio? – indagou Alex.

- Garotos heteros. – Lydia complementou – Consegue se levantar? – ela ajudou seu namorado a ficar de pé e ele lhe entregou o saco de gelo.

- Acho que sim. Letícia já me deu um analgésico.

- Vamos indo, pessoal. – Harry se levantou. Todos se encaminharam para a porta.

Lydia deu um beijo leve em João.

- Ei, Lydia – Harry a chamou – Desculpa pela noite ter acabado assim.

- A culpa não foi de vocês. Eu vou ter uma conversa séria com Julio depois.

- Certo. Até logo.

- Se cuidem.

***

- Mano, eu to morto – Gilbert se jogou na cama de Josh – Namoral, gostei de dar umas porradas no Ruan, mas se tivesse conseguido dar ao menos um soco no Roland...

- Shh! Cala a boca, Gil! As paredes tem ouvidos! – disse Josh a ele.

Quando chegaram em casa, Emily perguntou aonde haviam ido. Josh disse que foram encontrar uns amigos no centro da cidade e que depois foram à casa de um deles. Como sempre, escolheu bem as palavras para evitar mentir para a mãe. Ela não havia reparado na ferida no lábio de João, portanto não precisaram explicar isto, temporariamente.

- O que será que vai acontecer quando a gente se ver na segunda-feira no instituto? – Alex se perguntou.

- Nada, vai ser tudo normal. Não podemos brigar no colégio. Podemos pegar detenção ou, pior ainda, ser expulsos. – Harry disse – Sério, não arrumem confusão com eles, galera. Não valem a pena.

- Harry, qual foi a sensação de socar o Roland pela segunda vez este ano? – Gilbert perguntou.

- Gil, você acha que eu tenho orgulho disso? Eu odiei o fato de ter desperdiçado minutos da minha vida com Johnny Roland. Queria muito não ter tido que fazer isso, mas não havia outra opção. Quero que o Johnny se foda.

- Mas um dia eu ainda pego ele. E vou fazer que nem fiz com aquele otário do Pedro e aplicar todos os meus golpes de judô. Iá! – o baixinho deu alguns golpes no ar – Caraca, tenho que ir ao banheiro.

Gilbert correu até a porta e tentou abri-la, mas estava trancada. Ben estava no banheiro.

- Ben, eu preciso ir ao banheiro!

- Já vou sair!

- Anda logo!

- Calma!

- Gil, vai tem mais dois banheiros na casa, lá em cima.

- Eu to com preguiça de subir a escada de novo e não vai dar pra segurar até lá em cima, to muito apertado. – Gilbert bateu na porta – Ben, libera logo o banheiro!

- Já vai, caralho! Porra! Ta com pressa, enfia essa mão no cu!

Nenhum deles se aguentou e começou a gargalhar alto. Gilbert quase que se urinou nas calças, pois não conseguia parar de rir e tinha que se segurar. Ben finalmente saiu do banheiro, rindo também, e o baixinho entrou correndo no cômodo e bateu a porta.

- Ben, você é muito doido, papo reto! – gritou Liam.

- “Ta com pressa enfia essa mão...” – Alex tentou repetir, mas voltou a gargalhar.

Todos ficaram rindo por um longo minuto, até que conseguiram parar e respirar. Quando Gilbert saiu do banheiro, os amigos decidiram passar o resto da noite assistindo Smallville. Josh, antes, foi até o quintal pegar Apolo. Iria leva-lo até o quarto para dormir consigo, pois só teria mais um dia com seu cãozinho. No caminho, se deparou com William.

- Josh... o que vocês vão fazer agora?

- Vamos assistir Smallville. Você quer vir também?

- Eu... – William espirrou. Foi por causa de Apolo. Era alérgico a animais peludos – Acho melhor não. Você ta levando o cachorro e os seus amigos não gostam de mim. – ele disse e espirrou mais uma vez.

- Ah, é verdade. – Josh se afastou um pouco do primo – Digo, sobre o Apolo. Meus amigos não tem problema nenhum com você – mentiu – Acho que tem um antialérgico no banheiro, lá em cima ou aqui embaixo. Pergunte à minha mãe.

William espirrou mais uma vez.

- Tudo bem. Eu já desço.

Josh voltou para o quarto com Apolo no colo. Ele se sentou na cama e ficou brincando com o cãozinho enquanto o episodio não iniciava.

- Já posso dar play, Josh? – Ricky perguntou.

- Espera o William.

- Convidou ele? – Gilbert perguntou, Josh confirmou com a cabeça – Ah, você ta de sacanagem, Josh? Convidou o babaquinha do seu primo pra quê?

- Gil, eu não vou excluir ele, né? E também, ele não fez nada hoje.

- Affe, Josh, tava tudo muito bem até agora. – Liam reclamou.

- E agora a gente vai ter que aturar o Free William pelo resto da noite. – Gilbert reclamou. – Entenderam? Free William.

- Gilbert... – dizia Ricky, mas foi interrompido.

- Mano, viu o tamanho do prato de batata frita dele lá no bar? Porra, pra onde vai tanta comida? O moleque parece um poço sem fundo.

- Gilbert... – Ben tentou dizer algo a ele também.

- Espera, Ben. Ele parece até aquele porco devorador de comida dos Power Rangers. Só come, come e come. Daqui a pouco vai estar maior que um balão...

- Gilbert, cala a boca! – Josh gritou.

Antes que Gilbert dissesse mais alguma coisa, ouviu um espirro vindo de trás dele. Ele se virou e viu William no meio da escada. O queixo do baixinho caiu. Perguntou-se há quanto tempo o primo de Josh estaria ali e se ouvira o tudo o que dissera. A resposta era óbvia e ele já sabia.

- Não achei o antialérgico. Deixa pra lá, Josh. – William disse ao primo com uma voz triste antes de subir a escada correndo.

- Você é um idiota! – Josh se irritou profundamente com Gilbert. Deixou Apolo no quarto e foi atrás do primo.

- Acho que perdi uma ótima oportunidade de ficar calado. – Gilbert murmurou.

- Você acha? – Ricky, Ben e João disseram juntos.

- William, espera! – Josh o seguiu até o 2° andar – Não liga pro que ele diz, ele...

O primo de Josh entrou no quarto de hospedes e bateu a porta na cara dele. Josh bateu na porta várias vezes, pedindo que ele a abrisse.

- Sai daqui! Vai ficar com os seus amigos! Eu quero ficar sozinho!

Josh achou melhor respeitar o pedido de William e desistiu de tentar conversar com ele. Decidiu deixa-lo sozinho e desceu. Queria pedir desculpas por Gilbert, mas sabia que William nunca aceitaria. E também porque quem deveria estar ali tentando se desculpar com ele era o próprio Gilbert.

William não ouviu mais a voz do primo do outro lado da porta e constatou que ele o deixou só. Assim, afundou seu rosto no travesseiro e desatou a chorar.


Notas Finais


Link de Shut up and drive: https://www.youtube.com/watch?v=up7pvPqNkuU

Lovatics, a nossa tartaruga ta com musica nova! Voces ja ouviram No promises, em que ela faz feat com Cheat Codes? Ouçam e re-ouçam (acho que essa palavra nao existe, mas tudo bem): https://www.youtube.com/watch?v=kocwJaOmkP0
A voz dela ta um pouco diferente do que estou acostumando a ouvir, mas eu gostei bastante da musica. E voces sabem que vem novo album por aí, né? Vamos só aguardar ansiosamente <3

Então é isso galera. Sei que ficou estranho esse final, mas foi o melhor que eu pensei. Era isso ou excluir a fanfic. Me desculpem mesmo, voces tem todo o direito de ficarem chateados, mas como eu disse, ja nao vejo mais sentido em continuar essa historia. Ela perdeu a graça pra mim. Talvez eu a reescreva ou continue futuramente, mas nao prometo nada. Mais uma vez, lamento muito. Um grande beijo a quem leu até aqui, adoro todos voces. Tchau gente...




PRIMEIRO DE ABRIL! KKKKKKKKKKKKKKKKKK! TA MALUCO MEU IRMAO TA ACHANDO QUE ESSE É O FIM?! NEM A PAU! TEM MUITA HISTORIA PRA CONTAR AINDA, MUITAS PERGUNTAS AINDA NAO RESPONDIDAS! AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Ok, parei parei, ja vou sossegar. Desculpa galera, talvez eu os tenha assustado, mas nao resisti, tinha que pregar uma peça em voces. Por isso eu escolhi justamente esta data para atualizar a historia. Nao, nao estava pronto este capitulo desde agosto, eu comecei a escreve-lo ha menos de um mês. Espero que tenham gostado.

Agora um aviso sério e desta vez nao é piada. Entao, como alguns aqui sabem, comecei a escrever GR em 2014. Na epoca tudo foi na pressam entao alguns meses depois eu recomecei do zero. O problema é que eu demoro muito a atulizar GR e ja faz quase tres anos desde que comecei e nem terminei sequer a primeira temporada. O que quero dizer é: a fic entrará em hiatus. "de novo, Matt?". Eu sei gente, fiz voces esperarem seculos pra mais um hiatus, mas é por uma boa causa. Detesto faze-los esperar muito, portanto, na proxima atualizaçao de GR saibam que A FANFIC ESTARÁ TERMINADA E VOCES NAO TERAO QUE ESPERAR MAIS DE UMA SEMANA PELO PROXIMO CAPITULO! ISSO MESMO, SO VOLTO A ATUALIZAR DEPOIS DE ESCREVER O ULTIMO CAPITULO! Por favor, entendam. Quero terminar de uma vez a primeira temporada e escrever a terceira de uma vez. ISSO MESMO SERAO TRES TEMPORADAS DESSA FIC, DEPENDENDO DE VOCES! E DEPENDENDO DE MIM E DO ANDAMENTO DA HISTORIA TERÁ UMA QUARTA!
Entao é só isso galera. Por favor, nao me abandonem pois voces sao o que me motivam a continuar. Deixem seus comentarios (que eu percebi que deram uma queda nos ultimos capitulos T_T), favoritem a historia, e se nao for pedir muito, indiquem para amigos que gostem de yaoi, romance gay e o que mais agradar em GR.

Agora falar rapidinho de duas coisas:
1) O FINAL DE TVD! Gente, eu só chorei! Primeiro porque acabou, segundo por causa do destino de alguns personagens. Olha, me decepcionei um pouco. Não foi um dos piores finais de séries, mas teve algumas coisas que poderiam ser melhores e o episodio foi rapido demais. Uns 10 minutos a mais nao fariam mal algum. E agora tenho que preparar meu coraçao, pois ainda tem o final de PLL (QUEM É A.D.? COMENTEM AS SUAS TEORIAS! APOSTO NO WREN!) e TW (DEREK TA VOLTANDO, SÓ FALTA O ISAAC!)
2)Já assistiram a série The O.C.? Pessoal, assistam pois é uma serie maravilhosa. Estou na 1ª temporada e completamente viciado e apaixonado. Seth é meu crush S2 Tem as 4 temporadas completas (série já finalizada) na Netflix e tambem em sites pra baixar. E nada de preconceito pela serie ser de uma decada atras. A série é bem moderna, e parece que voce está assistindo uma série atual. Vale a pena!

Ah, eu já estava esquecendo. Pessoal, tem uma história muito, muito, muito boa que quero recomendar a vocês. O autor é meu bestie do coração, @Wesley-Thomas <3 Se você gosta de histórias épicas com fantasia, no estilo de Senhor dos Anéis e Game of Thrones, Crônicas de Kyloth é perfeita para você.
Link: https://spiritfanfics.com/historia/cronicas-de-kyloth-7768813
Sério, galera, deem uma olhada, vale muito à pena. Wesley migs, te desejo toda a sorte com a fic pois você merece. :3

Entao é isso galera. Nos veremos em breve. Nao fiquem tristes, pois ainda tem muito mais por aí. Prometo escrever capitulos bem gostosos para voces! Essa fanfic só existe graças a voces, meus amores. Eu voltarei!
UM GRANDE BEIJO E UM ABRAÇAO PARA TODOS OS FÃS DE YAOI PRESENTES! <3


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