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História Gasoline (Hiatus) - Cap. 1 - Begin


Escrita por: yakootie

Notas do Autor


Bom, essa aqui é minha segunda fanfic, eu apaguei a primeira que eu postei por motivos de: estava com um bloqueio de criatividade então resolvi desistir.
Esse é meu shipp fav no Bts então provavelmente eu vou escrever mais fanfics sobre os dois, vocês estão me liberados para pedir fanfics com outros shippers se quiserem. E acho que é isso mesmo kkkkkkkkkkkk. Queria também agradecer a Thais que fez a capa da fanfic <3.
Não vou exigir ou obrigar vocês a comentarem a fanfic, mas ter leitoras fantasmas nunca é bom então se puderem comentar fico agradecida sz sem falar que comentarios e animam a escrever cada vez mais e eu amo interagir com vcs entao vou procurar responder vocês o maximo que eu puder.
É só isso mesmo armygas, Boa leitura.
(Peço desculpa se tiver algum erro ai no texto porem estou tentando meu melhor ja que faz um tempinho que não escrevo).
PLAGIO É CRIME

Capítulo 1 - Cap. 1 - Begin


Fanfic / Fanfiction Gasoline (Hiatus) - Cap. 1 - Begin

Eu podia sentir o vento frio entrar em contato com minha pele me causando um leve arrepio, o casaco fino em que eu estava vestido não me aquecia devidamente, então eu tentava inutilmente me esquentar esfregando minhas mãos contra meus braços, eu já havia parado de chorar e de qualquer modo eu estava decidido a sair de casa de uma vez por todas, Busan já deu o que tinha que dar.

Fui caminhando de volta até minha casa imaginando o que falaria para os meus pais, provavelmente nada, iria voltar pra lá e fingir que nada aconteceu, que nenhuma briga ocorreu e esperar eles dormirem para fugir de madrugada. Não era um plano muito aconselhável sair assim sem dizer absolutamente nada, porém minha cabeça ainda repassava tudo o que havia ocorrido mais cedo, se fosse para continuar com eles e viver eu provavelmente não aguentaria, não aguentaria os olhares julgadores e preconceituosos do meu pai, nem mesmo o seu de desprezo ou tristeza, também não suportaria minha mãe agindo no dia seguinte como se nada tivesse acontecido, tentando nos fazer voltar a ter a mesma relação de antes. Eu estava decidido a me mudar de vez pra Seoul mesmo tendo pouco dinheiro guardado eu daria meu jeito.

Avistei a pequena casa em que eu morava logo a minha frente, a luz da sala estava apagada e nem mesmo a TV estava ligada, meus pais já tinham ido pro quarto. Melhor assim, não sei com que cara os encararia ao entrar em casa já que agora eu sou a mais nova vergonha da família.

Ao entrar subi direto pro meu quarto, a casa estava em completo silencio e todas as luzes estavam apagadas, se eu não a conhecesse bem provavelmente bateria meu dedinho em algum lugar ou até mesmo quebraria algum vaso. Meu quarto estava exatamente como eu tinha deixado no momento em que sai há algumas horas atrás, uma cama de solteiro do lado da janela, um guarda roupa simples, uma cômoda com duas gavetas ao lado da cama onde eu geralmente guardava coisas que eu não usava frequentemente e até mesmo algumas coisas sem utilidade nenhuma. Apesar disso sempre fui muito organizado, não havia roupas espalhadas pelo quarto ou sapatos jogados no chão. Soltei um longo suspiro antes de pegar minha mochila em baixo da cama e começar a guardar minhas coisas, não levaria tudo apenas o necessário.

Após cerca de 20 minutos ao já tinha tudo o que precisava dentro da mochila, então desci rapidamente até a cozinha para buscar bolachas e água para que eu pudesse ter o que comer durante o caminho. Ao voltar me dirigi até meu banheiro relaxando imediatamente ao sentir a agua quente entrar em contato com meu corpo, e após me secar e me vestir, resolvi que deixaria um bilhete para meus pais, apenas avisando que estava partindo, também não queria que eles mandassem a policia atrás de mim.

‘’ Não se preocupem ficarei bem, porém não pretendo voltar.

Park Jimin. ’’

 

O relógio do meu celular já indicava às 2 horas da manhã, era hora de partir, peguei as chaves do meu carro, minha mochila e celular, e então desci as escadas deixando o bilhete em cima da mesa em que tomávamos café todas as manhãs. Abri a porta e então sai sem olhar pra trás. Minha vida aqui de agora em diante será esquecida de uma vez por todas.

6:59 AM

Iria fazer exatas 5 horas que eu estava dirigindo, eu não ia muito rápido, não precisava de pressa pra nada, estava perdido em pensamentos enquanto ouvia uma musica trot qualquer que tocava no radio. Eu já podia ver os prédios altos de Seoul ficarem cada vez mais visíveis na paisagem a minha frente, só então percebi que não havia dormido uma hora se quer. Mas eu tinha preocupações maiores agora, precisa de um emprego e um lugar para morar, ou até mesmo apenas um lugar para passar algumas semanas até que eu consiga me estabilizar financeiramente.

Assim que cheguei à cidade tive a sorte de pegar uma pequena banca de jornal abrindo. Um velhinho de mais ou menos 60 anos arrumava os jornais e revistas nas bancas, e então como um vulto um menino baixo dos cabelos pretos e pele branca feita porcelana veio e colou dois cartazes pequenos nas paredes da pequena banca de jornal, não consegui ver ser rosto muito bem, mas ele usava calças justas rasgadas no joelho e um moletom preto bem maior que ele. Resolvi estacionar meu carro ali mesmo, foi tempo de ver o menino virar a rua com passos apressados e desaparecer do meu campo de vista.

Desci do carro intrigado e de dirigi até a banca, iria comprar um jornal a fim de ver se tinha algum emprego me agradava, era possível achar uma entrevista de emprego disponível muito rápido pelo jornal, se bem que nesse momento eu estava aceitando emprego até de faxineiro, não que isso seja um emprego ruim, eu apenas não iria me dar ao luxo de ir tentar procurar outra coisa, já que pelo meu currículo não ser um dos melhores eu provavelmente não teria chances muito boas. Paguei ao senhor pelo jornal, dirigindo um aceno de cabeça ao mesmo antes de me virar para sair, porém logo as letras grandes que gritavam no cartaz em que o rapaz desconhecido havia colocado ali mais cedo me chamaram a atenção, parecia até que Deus o havia enviado no momento certo, mesmo eu não sendo a pessoa mais religiosa do mundo nem de longe quase deixei a palavra ‘’amém’’ sair de minha boca, no cartaz o menino dizia que procurava por alguém para dividir o apartamento e dividir também as despesas e o aluguel, arranquei o cartaz da parede o levando junto comigo para meu carro. Fiquei ali parado no carro por alguns minutos com a caneta nas mãos procurando por algum anuncio de emprego viável para mim, e acabei optando por tentar a vaga em uma lanchonete no centro da cidade e um restaurante que ficava em uma área mais afastada dos comércios da cidade, porém só iria até lá na parte da tarde, agora iria tentar ver se conseguia por sorte fazer com que o rapaz de mais cedo topasse dividir o seu apartamento comigo mesmo eu ainda não tendo nenhum emprego.

Coloquei o endereço que estava escrito no cartaz no GPS e então dirigi até o locar indicado, a área onde o apartamento ficava era bem afastada do resto da cidade, havia pouco movimento e tinha um ar sombrio mesmo de manhã cedo. Parei então em frente ao prédio, ele tinha no mínimo cinco andares, e a tintura de suas paredes estavam descascadas. Desci do carro e logo senti um arrepio percorrer minha espinha, porém continuei meu caminho até a entrada do pequeno prédio, o porteiro ainda dormia então eu subi as escadas direto ao segundo andar, o apartamento era calmo, no entanto no andar de cima era possível ouvir um casal brigando, ambos gritavam alto demais, meus ouvido doíam. Ao avistar o numero 17 na porta do apartamento, parei em frente ao mesmo. Era aqui. Tomei coragem e no momento em que eu iria bater na porta a mesma fui aberta revelando então um jovem poucos centímetros mais altos que eu, que logo ao me ver deixou aparecer uma breve expressão assustada no rosto que logo se desmanchou e passou a me encarar com certa duvida, o olhar do mesmo queimava e me fez por alguns segundos que pareceram horas prender a respiração, e perder a fala, eu já podia sentir minhas bochechas queimando de vergonha, os olhos negros do rapaz a minha frente pareciam ler minha alma, então ainda gaguejando um pouco resolvi desembuchar de uma vez, já que o mesmo a minha frente parecia não estar entendo muito bem o que estava acontecendo.

- E-eu vim por causa disso – Soltei uma risada nasalada ao levantar o cartaz até a altura de meus ombros, logo o olhar do rapaz se dirigiu ao mesmo, que logo pareceu entender o que eu queria ali e sua expressão já não era tão confusa assim, agora ela ele que estava envergonhado, sua boca se abriu algumas vezes tentando sibilar alguma coisa, porém o mesmo desistiu de dizer algo e apenas me deu um espaço para entrar no apartamento. Ele disfarçava bem sua timidez, mas eu pude notar suas orelhas rosadas. Fofo. Dirigi um sorriso sem mostrar os dentes ao mesmo, que fez com que meus olhos fechassem parcialmente.

Dei uma breve olhada ao redor do apartamento, era aconchegante, porém meio bagunçado. Pude ouvir o barulho da porta se fechando e o mesmo rapaz se dirigir até mim novamente estendo sua mão para que eu a apertasse, ato que eu logo fiz.

- Park Jimin – Sorri para ele novamente que apenas assentiu com a cabeça e um pequeno sorriso envergonhado.

Segundos depois então pude ouvir sua voz rouca sibilar o que provavelmente seria seu nome.

- Suga. – Disse ele enquanto soltava nossas mãos, repeti em um sussurro seu nome estranhando um pouco. A mãe dele havia o registrado como Suga? Ri com meus pensamentos, mas me repreendi mentalmente logo depois, o rapaz a minha frente provavelmente percebeu que eu ria de seu nome, e então pela terceira vez naquele dia eu corei violentamente na frente dele. Que logo pigarreou parecendo que iria dizer algo.

O mesmo olhou em volta do apartamento enquanto se dirigia a mim – Bom, sei que não é o apartamento mais luxuoso da cidade, mas ele é aconchegante, eu não costumo ficar muito em casa por que geralmente tenho coisas importantes para resolver a noite, então se você for morar aqui comigo mesmo vai passar a maior parte do tempo sozinho então... não tem com o que se preocupar – Disse ele enquanto se sentava no sofá ao nosso lado enquanto olhava para mim novamente – E então tem algo para me dizer? – Me perguntou ao perceber que eu ainda permanecia em completo silêncio.

- Bom, porque seu nome é Suga? – As palavras saíram quase que automaticamente da minha boca e eu perceber o que tinha dito comecei a me odiar mais ainda, droga eu só falo as coisas erradas e na hora errada, pude ver Suga me lançar um olhar estranho como se me perguntasse ‘’qual é o seu problema garoto?’’ e eu até que o entendia.  E então eu logo tentei concertar meu fiasco – Q-quer dizer, me desculpe não era isso que eu queria ter falo mas, me desculpe de novo. Bom é que na verdade eu acabei de chegar aqui em Seoul então eu ainda não tenho um emprego, mas pretendo procurar algum hoje mesmo, a única coisa que te peço é que me deixe ficar aqui mesmo assim, eu tenho um dinheiro guardado então posso te ajudar com as despesas sem problema nenhum nessas primeiras semanas.

O olhar do garoto a minha frente era parcialmente indiferente, ele olhava a cada dois minutos pro seu celular como se estivesse esperando algo, mas logo desistiu de esperar guardando o celular de volta em seu bolso em quanto acenava com a cabeça para mim – Por mim tudo bem então, mas se você não arranjar um emprego dentro de dois meses eu não vou poder continuar com você aqui – Concluiu ele enquanto eu apenas assenti com a cabeça – Vem vou te mostrar o resto do apartamento.

Ele me mostrava cada cômodo dali normalmente, o local tinha apenas um quarto, eu seja eu teria que dormir com ele, eu optar por dormir na sala. Claro que não iria dormir com ele em sua cama, ele havia um colchão ali para caso eu precisasse. Após terminar de me mostrar tudo, Suga apenas me deu a instrução de não mexer em nenhum de seus pertences, ou guarda roupa, estranhei um pouco, porém apenas assenti para o mais velho.

- Hyung? – O chamei e pude o ver se virar em minha direção novamente – Posso ir tomar um banho?

- O te faz pensar que não? – O mesmo me disse depois de me olhar com uma expressão estranha no rosto, chegava a ser engraçado – Bom você sabe onde o banheiro fica, fique a vontade, você mora aqui agora de qualquer modo.

 Assenti para o mesmo enquanto o dava as costas e me dirigia até o banheiro com minha mochila, precisa relaxar um pouco.  A água quente trouxe então exatamente a sensação que eu queria assim que entrou em contato com minha pele, só então a realidade havia caído com toda a sua força sobre meus ombros. Eu realmente havia saído de casa, essa ideia por mim nunca fora antes cogitada, já que pensei que meus pais não teriam uma reação tão ruim ao me ouvir confessar minha sexualidade, porém eu estava extremamente enganado. Apesar de tudo, precisei deixar pessoas que eu gostava para trás, Jungkook era um dos meus melhores amigos, e eu não havia lhe contado nada sobre o assunto, resolvi então que o ligaria assim que eu tivesse um tempo livre. Ele era o único amigo que eu tinha em Busan, eu na realidade era motivo de piada na escola pela minha sexualidade, e fui poucas vezes nas baladas gays que havia escondidas pela cidade, considerando o fato de que eu não gostava nem um pouco de sair. Eu já estive em um relacionamento, mas durou apenas um mês e meio, já que descobri que o mesmo garoto me traia com uma garota. Realmente patético.

Após terminar meu banho, saí do box pegando uma toalha que Suga havia dito para mim usar se preciso, e então me sequei. Após me vestir, me dirigi até meu novo e compartilhado quarto. O que me fez pensar se deveria contar a Suga minha orientação sexual, porém tinha medo de que o mesmo me afastasse depois disso, e também não queria fazer o mesmo sentir que a qualquer momento eu o atacaria tentando iniciar um ato sexual.

Percebi então ao revirar minha mochila que não havia trazido comigo nenhum moletom, o inverno havia acabado de chegar e em Seoul mesmo na parte da tarde o vento era gelado, diferente de Busan, lá a maior parte do ano nós tínhamos sol e praias lotadas. Ou seja, eu tinha apenas três moletons e não havia trazido nenhum comigo.

Logo pensei em pegar um moletom de Suga emprestado, mas o mesmo havia me dado ordens claras de que eu não deveria tocar em seu guarda roupa, então eu o chamei no mínimo quatro vezes e não obtive nenhuma resposta. Estranho, pensei, então me dirigi lentamente até a sala e logo pude notar que a mesma estava vazia, será que ele saiu e não me avisou nada? De qualquer modo não é como se ele me devesse satisfações, resolvi não me preocupar por pouco coisa e voltei ao quarto, o frio já começava a me incomodar, e então ao rolar os olhos pelo quarto pude notar um moletom cinza jogado desleixadamente sobre uma cadeira de rodinhas. Fui até o mesmo e logo o vesti, espero que Suga não se importe com o fato de eu ter pegado seu moletom sem autorização. O mesmo tinha seu cheiro, era bom, o cheiro do perfume se misturava com um leve e quase imperceptível odor de tabaco, seu cheiro provavelmente ficaria em minha camisa depois que eu tirasse o moletom.

Ao sair dos meus devaneios ao pensar sobre o quão agradável era o cheiro do meu mais novo amigo e ‘’colega de quarto’’, me dirigi até a cozinha para procurar algo agradável para comer antes de sair na caçada de um emprego, não queria que Suga me visse como um encosto que apenas servia para dar despesas. Achei apenas ramen no armário, mas decidi que servia para saciar minha fome parcialmente. Ao terminar de comer escovei meus dentes e peguei o que precisava, saindo então do apartamento, não sabia que horas o moreno voltaria então achei melhor não espera-lo, queria conseguir um emprego ainda hoje se possível.

Suga avia me informado sobre a chave extra que ele deixava dentro do pequeno vaso do lado de fora do apartamento, então após apagar tudo e verificar se todas as janelas estavam fechadas segui meu caminho até a lanchonete onde tentaria primeiro conseguir a vaga para o trabalho. Para o meu azar, nem a lanchonete nem o restaurante me contrataram, porém não iria desistir assim tão fácil e segui meu caminho pela grande e movimentada cidade a procura de alguma vaga de emprego disponível. Já passava das quatro horas da tarde quando um Sex Shop chamou minha atenção, ele era todo na cor rosa e preto, seu nome era um simples ‘’100’’ em números de neon, sim um Sex Shop, e não eu não iria entrar ali para comprar algo para minha diversão ou algo do tipo, o que chamará minha atenção realmente, foi o cartaz ‘’precisa-se de funcionários (Homens)’’ e logo não hesitei em entrar no lugar, como eu avia dito antes, eu não estava em posição de escolher.

Assim que entrei uma mulher loira de no mínimo 30 anos que estava no balcão mexendo em algo no computador me lançou um sorriso, seus lábios estavam na cor vermelho sangue e o decote do seu vestido – Extremamente curto tenho que ressaltar – Fazia com que seus peitos praticamente pulassem para fora do bojo, espero que eu não tenha que me vestir assim se por acaso eu começar a trabalhar aqui.

- Boa tarde o senhor precisa de ajuda? – Disse a mulher a minha frente, ela sorria tanto que pensei que a qualquer momento seu sorriso rasgaria teu rosto.

- Na verdade eu vim para a vaga de emprego – Sorri, mas não tão exageradamente quanto à mulher a minha frente.

- Oh, me acompanhe, por favor – Segui a mulher loira por entre os corredores do lugar, passamos pela ala dos vibradores, haviam de diversos tipos, inclusive em formato de legumes, eu sei, é estranho. Passamos por no mínimo cinco corredores onde havia fantasias para mulheres, chicotes, algemas e lingeries de diversos tipos cores. Porém assim que passamos pelo quinto corredor pude ver a iluminação do lugar mudar, o local de coloração rosa ficou para trás dando lugar a um cômodo todo iluminado em cores roxas, não demorou muito para que eu pudesse notar que estávamos na ala gay do sex shop, já que os filmes pornôs e fantasias ali eram apenas de homens, inclusive os famosos brinquedos sexuais. Agora eu entendi a necessidade de um funcionário Homem. Senti minhas bochechas ruborizarem rapidamente, eu já tinha assistido vídeos pornôs antes, isso é obvio, mas a quantidade de coisas direcionadas para o publico homossexual masculino eram tantos, que despertou certo interesse em mim, trazendo com sigo um sentimento atormentador de vergonha e culpa.

Eu olhava para tudo a minha volta cuidadosamente, enquanto a loira a minha frente explicava onde ficava cada item, e para o que os mesmos serviam. Agradeci pela iluminação do local ser de uma cor tão escura, se não a mulher a minha frente provavelmente veria o quão vermelho eu estava naquele momento, o que seria ainda mais constrangedor.

Após me mostrar tudo o que precisava, a mulher me levou até o balcão onde ficava o computador, e tudo que eu precisava para realizar as vendas, logo pude perceber que no mesmo havia diversas fotos de homens sem camisa e alguns até mesmo pelados.

- Bom, nós vamos inaugurar esse ala homossexual direcionada para o publico masculino amanhã então, eu vou passar uma semana com você trabalhando aqui para que eu possa te avaliar e decidir se você ficara trabalhando aqui ou não, e antes de qualquer coisa queria te informar que você ira precisar se fantasiar em alguns dias da semana, não todos, apenas na segunda, quarta e sexta-feira. Espero que não se importe. – Completou a loira enquanto direcionava um olhar significativo para mim. Apenas assenti com a cabeça enquanto terminava de fazer algumas perguntas, logo depois então indo embora.

Eu estava cansado de ter andado tanto, e já passava das oito horas quando finalmente cheguei a minha mais nova casa, assim que abri a porta pude notar o silencio predominante no local, Suga ainda não havia voltado. Porém eu estava tão cansado que apenas tive forças para fechar a porta e me dirigir lentamente até o sofá, onde assim que eu encostei a cabeça, adormeci.

Acordei ao ouvir a porta se abrir, revelando então a figura baixa de Suga a minha frente, ele estava com a mesma roupa que usava de manhã, mas estava claramente bêbado, já que se enrolava com a chave da porta e resmungava alguns palavrões e frases sem sentidos. Logo a atenção do mais velho fora dirigida a mim que ainda me encontrava deitado no sofá, o mesmo ao me olhar logo percebeu que eu usava seu moletom, pude ver o mesmo vir em minha direção praticamente caindo ao tentar se equilibrar sobre as próprias pernas, ao notar que o mesmo se desse mais um passo iria de encontro ao chão, levantei em um pulo e o abracei impedindo assim que o mais velho caísse, pude sentir ele rodear os braços pela minha cintura, me causando um leve arrepio que logo ignorei ao perceber que mesmo assim ele não conseguia parar em pé.

Resolvi leva-lo para o banheiro e lhe dar um banho de agua gelada, e enquanto arrastava o mesmo com dificuldade para o local pude notar que ele sussurrava coisas sem sentidos em meu ouvido como ‘’aquele filha da puta’’ ‘’ele vai se ver comigo’’ ‘’cuzão’’ ‘’da pra acreditar?’’ ‘’vou acabar com a raça dele’’. Ignorei os murmúrios indignados e irritados do mesmo e abri a porta do banheiro com certa dificuldade, logo então a realização de que eu teria que despir o moreno veio em minha mente me deixando de imediato com um rubor violento nas bochechas, eu odiava ruborizar por tudo, aish.

Tentei ao máximo ignorar a vergonha e comecei a tirar a camiseta do garoto a minha frente, assim que tirei sua camiseta o mesmo tinha um sorriso estranho nos lábios, diria até que malicioso, mas preferi ignorar, e voltei a despi-lo dessa vez desabotoando suas calças, minhas mãos tremiam um pouco e nem eu sabia o certo o porquê, mas Suga mesmo bêbado pareceu perceber meu nervosismo.

- Nossa Jiminie – Riu o mesmo do apelido que tinha acabado de dar para mim – Se era isso que você queria desde o começo era melhor ter avisado – Completou dessa vez me olhando com um sorriso ainda mais malicioso nos lábios.

- Aish, cale essa boca Hyung e me deixe ajudar você – Disse irritado para o moreno a minha frente, apesar de tentar disfarçar eu sabia que o vermelho em minhas bochechas tinha piorado violentamente, o que me deixou ainda mais frustrado.

Suga apenas deu os ombros e voltou a murmurar frases sem nexo enquanto eu terminava de retirar sua calça, o deixando só de cueca, claro que eu não o despiria por completo, eu também não era nenhum tiro de tarado.

O mais velho resmungou assim que sentiu a agua fria entrar em contato com sua pele, parecia ter recobrado parte dos sentidos, mas ainda parecia meio zonzo. Ao perceber que o mesmo podia permanecer em pé sozinho, fui até o quarto pegando uma toalha, e logo indo contra a primeira regra que ele tinha emposto, eu não podia mexer no guarda roupa, mas eu precisava pegar uma roupa e cueca para o rapaz, então não pensei duas vezes e abri as quatro gavetas uma de cada vez, quando achei a camiseta e as calças fechei as mesma, indo a procura da gaveta de cuecas, e ao procurar achei algo dentro da ultima gaveta, apesar de curiosidade estar gritando para mim continuar e ver o que era, retirei a mão do objeto gelado e aparentemente metálico que havia ali pegando a cueca e voltando para o banheiro. Suga estava na mesma posição que eu havia o deixado, então fiz o favor de desligar o chuveiro, o garoto estava tremendo de frio, e por um momento me senti culpado por telo deixado ali. Coloquei sua roupa em cima do vaso e sai, falando para o mesmo se vestir.

Fui até a sala e sentei no sofá esperando o mesmo sair do banheiro, o que não demorou muito, logo eu pude ouvir a porta ser aberta e os passos do mesmo pelo corredor. A figura do moreno ficou ali parada no corredor me observando, o olhei de volta e percebi o mesmo soltar um suspiro pesado pela boca.

- Eu disse para você não mexer no meu guarda roupa – Falou calmamente enquanto passava a toalha por seu cabelo, ele estava bem mais sóbrio pelo visto.

- Desculpa, eu não mexi em nada demais juro, apenas peguei suas roupas – Disse enquanto esperava que o mesmo não ficasse bravo, não queria criar uma relação estranha com a primeira pessoa que eu havia conhecido aqui, ainda mais por que eu moro com o mesmo.

- Tudo bem só não faça isso de novo – Disse o mesmo em um tom ríspido, provavelmente eu tinha falhado na missão de me desculpar. Suspirei pesado enquanto vi o mesmo seguir de volta para o corredor logo depois ouvindo a porta do quarto se fechar. Pelo visto hoje eu dormiria no colchão da sala.

Estava com vergonha de ir até o quarto e pedir para o mesmo um travesseiro e cobertor, então me contentei em me encolher abraçando o máximo que eu conseguia do meu corpo para me proteger do frio, acordaria no outro dia com dores horríveis nas costas já que o sofá não era o mais confortável do mundo, porém mesmo assim tentei fechar os olhos e pegar no sono, eu estava meia hora ali sem pregar os olhos, e precisava dormir já que no outro dia eu acordaria cedo para meu primeiro dia de trabalho. Falhei violentamente na missão de pegar no sono já que o frio também não ajudava em muita coisa, já havia me conformado de que hoje meu sono iria ser um dos piores que eu iria ter na vida e foi então que pude ouvir a porta do quarto de Suga se abrir, no susto apenas fechei os olhos como se eu estivesse dormindo e tentei ao máximo acalmar minha respiração, qualquer pessoa perceberia que eu estava acordado, mas o moreno não percebeu ou não ligou para isso, já que pude perceber o mesmo se aproximar lentamente de mim com algo em mãos que logo deduzi ser um cobertor quando o mesmo colocou o tecido delicadamente em cima de mim enquanto o arrumava tentando deixar de forma que o agradasse, o mesmo ficou alguns poucos segundos ali com a mão no cobertor e percebi que o mesmo me observava, já que podia sentir seu olhar em mim queimar, logo agradeci mentalmente por estar escuro já que já podia sentir minhas bochechas ficarem vermelhas.

O moreno suspirou enquanto se levantava por completo. Apesar de estar quase pegando no sono, não pude deixar de ouvir o sussurro quase inaudível de Suga onde o mesmo dizia ‘’Boa noite Jimin’’.


Notas Finais


É isso ai, espero que vocês gostem sz pretendo postar o próximo capitulo depois de amanhã se possível, bjs e até a próxima. ( pra quem quiser me seguir no twitter meu user é @darkenyoongi).


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